Vinculo Completo Parte 2: agora ou Nunca escrita por Fernanda Melo


Capítulo 7
Capítulo 6 - Lei do silêncio




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            Era um fim de semana lindo e também iria ser ótimo porque estou esperando um convidado, na verdade não para diversão, mas sim para trabalho escolar. Hoje era dia de caça para minha família, então acho que teria tudo sobre controle.

            - Voltamos antes de o rapazinho chegar. Disse meu pai, me deixando apenas com minha avó.

            - Pai! Eu reclamei, eu odiava os momentos de ciúmes do meu pai. Para minha sorte tinha minha mãe, que nesta ocasião saiu puxando ele pelos braços, eu a adoro. – Nunca percebi que o papai é tão ciumento.

            - Todos os pais são em principal com suas filhas. Vovó disse. Nós ficamos na sala esperando e conversando sobre algo. Não tinha nada na TV que me interessasse. – Aonde você vai?

            - Lá em cima. Disse subindo as escadas correndo. Fui para o cômodo onde ficava um piano, sabe meu tio Edward havia me ensinado como se toca, praticamente eu tocava piano só quando me dava inspiração e inventava uma música. Aos poucos comecei a tocar, uma que eu tinha treinado para tocar junto do meu tio de homenagem para a vovó, em uma das grandiosas festas que mamãe fazia, eu gostava dela, era uma das minhas músicas preferidas.

[Esme]

            Ela havia subido as escadas em alta velocidade e logo após alguns minutos soube o que ela queria fazer, tocar a linda música que ela e Edward haviam feito para me homenagear em uma das festas que a Alice organizou. Eu adorava meus filhos e minhas netas e também o meu querido marido, eles são tão especiais para mim.

            - Ela está tocando piano novamente? Disse Carlisle chegando em casa junto com Jasper e Alice, logo após de muito tempo que haviam saído.

            - É e ela esta lá a um bom tempo.

            - Essa música é nova não é?! Disse Alice prestando bastante atenção, a nova musica que ela acabara de inventar era maravilhosa tinha precisão em cada nota, ela ecoava em uma suave melodia que no começo parecia triste, mas depois foi ficando mais alegre. Nossa apreciação foi interrompida pela campainha. Carlisle foi logo abrir a porta, pois já sabia quem era pelo cheiro de humano.

            - Olá Luka seja bem vindo. Carlisle disse com seu jeito gentil de sempre.

            - Olá e muito obrigado. Disse o garoto apertando a mão de Carlisle. É bom poder conhecê-lo em uma ocasião melhor.

            - Digo o mesmo, bom você já deve conhecer os meus filhos.

            - Ah claro, Kristin diz muitas coisas a respeito dos irmãos.

            - Ótimo, e essa é minha esposa Esme.

            - Prazer. Disse o garoto um pouco tímido.

            - O prazer é todo meu.

            - Bem vou chamar Kris. Disse Alice subindo as escadas.

            - Poxa é ela que está tocando essa música maravilhosa?

            - É minha irmãzinha aprendeu com nosso irmão Edward, tenho que confessar que ela toca melhor. Respondeu Jasper, todos nós demos risadas enquanto Alice descia junto com Kris para a sala.

            - Oi luka.

            - Oi.

            - Pai podemos usar seu escritório? Perguntou Kris com uma carinha de anjinho, ela sempre fazia aquela cara párea nos pedir alguma coisa, era como um recurso hipnotizante.    

            - Claro, mas lembre-se do que já te disse.

            - Está bem.

[Kristin]

            Nós entramos no escritório do meu avô, liguei o computador, peguei alguns livros dele já que o assunto tinha haver com a profissão dele.

            - Nossa você tem uma casa incrível.

            - Isso porque você não tinha visto as outras.

            - Outras?

            - É eu já morei em três casas, contando com essa é claro,       meu pai viaja muito por causa do trabalho.

            - Nossa, mudar sempre não deve ser muito seu estilo.

            - Não, nunca foi. Eu sempre gostei mesmo de ficar na mesma cidade, sabe eu gostava tanto de forks, tinha muitos amigos por lá.

            - Então quer dizer que minha amiga enigmática é de Forks?! Você gosta de lá? Tipo chuva, frio, nunca tem sol.

            - Isso é mentira, às vezes tem sol, mas a pesar das chuvas e do frio lá é legal. Sabe minha vida toda começou lá, até mesmo a parte que eu não lembro.

            - Que parte? Como assim?

            - A parte dos meus... Esquece Luka, não vamos falar da minha vida, é melhor fazermos o trabalho.

            - Mas promete uma coisa pra mim?

            - O que?

            - Que se terminarmos o trabalho rápido, podemos falar um pouco sobre você?

            - Eu não sei. Eu disse retornando meu olhar para o rosto de Luka, seu olhar estava suplicando para que eu dissesse sim para ele. – Está bem, apenas algumas coisas.      

            Nós procurávamos nos livros e no computador, às vezes chamava meu avô para me ajudar, estávamos empenhados no trabalho e queríamos obviamente uma boa nota, pesquisava cada vez mais, para saber mais sobre o assunto de ciências, na maioria das vezes eu odiava fazer esses tipos de trabalho, mas este diguemos que estava especial e enquanto isso não percebia que o tempo voava.

            - Terminamos. Nós dois dissemos juntos desmoronando nas nossas respectivas cadeiras.

            - Pensei que esse trabalho não terminaria. Ele disse ansioso para que eu pudesse contar minha história.

            - Hum, pelo cheiro acho que minha mãe preparou um lanchinho.

            - O cheiro está ótimo. Eu levantei da cadeira e fui à direção da porta.

            - Você não vem? Eu perguntei com um breve sorriso, ele se levantou da cadeira rapidamente, andamos até a cozinha, conversando algo sobre a suposta apresentação do trabalho. Entrando na cozinha me deparei com a vovó colocando os copos na mesa, fui em sua direção e lhe dei um beijo em sua bochecha fria, apesar de conviver com isso quase 14 anos eu ainda não me acostumei com a pele fria da minha família, ela me devolveu um beijo e logo me deu um forte abraço, logo após olhei para o Luka que estava me observando atentamente. Vovó saiu da cozinha, nos deixando a sós para conversar.

            - Você tem certeza que é adotada?

            - Infelizmente tenho, mas porque?

            - Você trata sua família tão... Normal.

            - Eles são uma ótima família, sabe Carlisle e Esme são os melhores pais que poderiam existir e sem contar os meus irmãos, que apesar de um são legais.

            - Hei eu ouvi isso. Disse o Emmett entrando na cozinha.

            - Dá pra parar de ouvir o que eu digo?

            - Depois que eu sair da cozinha e desde quando eu não sou legal pentelha?

            - Desde quando você me chama de pentelha, incrível Huck sem sabedoria.

            - Vou deixar vocês as sos. Ele disse bagunçando meu cabelo.

            - Então você quer saber mais sobre mim não é?

            - É afinal somos amigos.

            - Bom, eu não me lembro de muita coisa, apenas sei que meus pais morreram quando eu tinha poucos meses de vida, eles sofreram um grave acidente, me dizem que foi em uma estrada em forks e que não sabem como eu sobrevivi.

            - Deve ser difícil conviver com isso.

            - Não muito quando você tem uma família como essa, eles te fazem esquecer os piores momentos e sem contar que eu nem me lembro dos meus pais então é menos difícil conviver com a morte deles.

            - Você é tão... Ele parou para descobrir a palavra que escapara de sua boca. – Especial, nunca encontrei uma pessoa assim como você.

            - E eu posso dizer o mesmo de você, apesar de ter alguns amigos nenhum é comparado com você. Mas agora que eu já contei sobre minha vida ta na hora de você contar sobre a sua.

            - Sabia que você iria pedir isso. Bom eu moro apenas com minha mãe e meu irmão surtado, meu pai foi morto na nossa casa, nesse dia eu estava com ele em casa, quando ouvimos um barulho meu pai pediu que eu fugisse eu sai para me esconder em alguma casa próxima ou em algo assim, depois tive coragem de voltar pra casa e encontrei minha mãe chorando abraçada ao meu irmão e um monte de policiais na minha casa, pelo jeito que meu pai foi morto ou era um maníaco ou...

            - Ou o que?

            - Esquece você não vai acreditar mesmo. Ele disse abaixando a cabeça.

            - Mas como assim? Eu perguntei meio que fingindo que não tinha entendido o que ele quis dizer.

            - Meu pai tinha uma ferida no pescoço, que mais parecia um monte de dentes e ele não tinha sequer uma gota de sangue, sendo que no chão da minha casa não tinha poças de sangue apenas algumas gotas. Fiquei de boca aberta quando ele disse aquilo, seu pai havia sido morto por um vampiro, isso era loucura, ele não teria conseguido fugir.

            Fomos para o lado de fora da casa esperar pelo irmão do Luka, enquanto isso havíamos mudado de assunto, estava mostrando algumas fotos minhas para ele.

            - Porque nessa foto seu irmão está segurando muletas?

            - Por que nessa foto era aniversário da Mary e eu estava com as muletas, eu tinha torcido meu pé. Ficamos ali nos divertindo, contando casos, rindo um da cara do outro, até que o irmão dele chegou, nós nos despedimos e ele foi embora. Entrei em casa rapidamente, vampiros, ele acreditava em vampiros, eu não podia vacilar e muito menos meus tios e Reneesme no colégio, mas eu não posso falar para eles que Luka acredita em vampiros ou se não, teremos que mudar daqui novamente, o que eu vou fazer agora? Só teria uma solução e pela primeira vez eu iria apelar para a lei do silêncio.


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Notas finais do capítulo

E aí o acharam;...



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