- Scarleth, Chrysanthemum, Death Corps, Selenus, Sonata, Crystallis e finalmente a mais pura família: Draculea!

Sentado em um trono envolto a um salão imenso de tijolos de pedra, onde  haviam várias armaduras ao lado de cada pilar de sustento, e bandeiras do poderoso Clã Draculea pendurada no intervalo de cada janela nas paredes.

Ele, sentado com postura majestosa e formal, exibia em sua pálida face um sorriso maldoso.

- Existia uma oitava família. – Disse tirando da cesta a de frutas ao lado do trono, uma maçã. Tão vermelha que parecia ser de rubi. – Burnett era seu nome! Depois dos Draculea, a família mais forte! Conhecida pelos seus guerreiros... A astúcia, a coragem, a postura para se portar uma espada. E a facilidade para controlar o dom maior dos vampiros.

Ele levantou do trono de ouro estofado de seda carmim, caminhando em passos calmos e de postura nobre. O cabelo escorrido até a nuca, com franja e costeleta que chegava lisa e reta até o peito, afinando até se tornarem duas mechas ao fim. Olhos azuis, como eram comuns dentro da família Draculea.

A palidez tão sutil e delicada que se comparava a neve, porém um olhar e sorriso aparentemente diabólicos.

O físico atlético, como o de qualquer vampiro,  vestido a trajes sociais finos do século dezenove.

A mão delicada de dedos longos ainda segurava a rubra maçã.

- Mas então... Os Draculea ao verem que não havia mais saída a não ser executar todo o clã, iniciaram seu plano e este foi bem sucedido. – Assim terminou mordendo um pedaço da maçã, deliciando-se de seu sabor. – Mas... Parece que certos membros sobreviveram. – E mais uma vez tomou da maçã, mais um pedaço. – O prodígio do Clã depois de Scorpius... E a garota da profecia. A encarnação da mais forte e bela criatura. Deusa da Luxúria, Mãe de todos os vampiros! Seu nome... Lilith!

- Interessante... – uma voz surgiu no salão. – Você ama contar essa história até para as paredes Nick.

Sophie apareceu no meio do salão com uma garrafa de vinho, ainda arrolhada e cheia, duas taças de cristal.

- Ah... Sophie! – Disse o homem. – Não é surpresa aparecer por aqui a essa hora, com um bom vinho em mãos, e eu acho isso tão interessante  de sua parte, porém... Peço que não me chame de Nick. Niccholai é meu nome!

- Perdão milord. – Disse agora formalmente como deveria ser.

- Oh! – Exclamou Niccholai. – Assim está até melhor!

Sophie entregou uma taça para o homem, que aparentemente era seu superior. Este segurou a taça observando-a ainda vazia.

- Hum... – Examinou. – Cristal dos bons! É bom saber que alguém ainda conserva as relíquias de nossa família.

Sophie serviu-o do vinho e logo depois serviu a si mesma, deixando a garrafa na mesa ao lado do trono. Então voltou para perto de Niccholai, que lhe propôs então um brinde.

- Á história tão bela e poética de nossa raça! – Disse sorrindo ao mesmo tempo em que erguia a taça.

As duas tilintaram uma na outra e então o vinho fora apreciado pelos paladares aguçados dos dois vampiros puros.

- Ah! Maravilha. – Disse Niccholai. – Depois de nossa fonte de vida, eis a bebida mais saborosa.

Ela esboçou um sorriso de ironia... Niccholai falava de mais.

- E então! – Começou novamente. – Como estão nossos planos? E por onde andam nossas presas?

- Estamos perto, milord. – Disse Sophie tomando mais do vinho em sua taça. – Summy está nos Estados Unidos, como sempre depois de cinco anos. Seus guarda costas estão indo ao seu encontro.

- Ah... Kain, Seth e Abel são três patetas que sempre estragam tudo... – Resmungou Niccholai.

O rapaz caminhou até uma das janelas do salão e observou a lua que se incandescia de frente para a enorme torre na qual ele se localizava.

- Eles não são problema agora... – Disse Sophie. – Tenho medo de que eles se unam a Children of the Night.

Houve silêncio... Niccholai ficou pensativo, mas logo virou-se sorrindo.

- Sophie... – Disse. – Arrume suas malas! Nós vamos para onde jaz a Estátua da Liberdade.

Sophie desapareceu do salão... Niccholai continuava a sorrir, tomou toda a taça de vinho a jogando no chão, partindo-se em pedacinhos de cristal. Jogou a maçã para frente e da sua mão apareceram cinco adagas as quais ele arremessou diretamente para a fruta no ar. As cinco armas brancas cravaram na parede do outro lado derramando o néctar da fruta. E a maçã caiu ainda rubra e inteira no chão.

- Tenho contas a acertar com seu irmãozinho... – Disse por fim, e assim a maçã se partiu em cinco no chão.

A lua inteira era agora um manto negro... De cima daquele prédio, o céu agora era dominado por estrelas, milhares delas, já que a Lua era nova.

- Nova York... – Disse Abel. – Este lugar é tão... Estranho. Me sinto fora do meu mundo.

- É normal quando se sai de um país no qual viveu por muito tempo. – Disse Kain colocando as mãos nos bolsos do sobretudo. – Se bem que... Me sinto estranho aqui também. E vim para cá muitas vezes.

- Seth e Edgard estão na mansão... – Abel cortou o assunto. – Onde estará Mamie e Summ?

Abel sentou-se na beira do topo daquele extenso edifício. Kain permaneceu em pé.

- Logo vamos descobrir... Já se passaram cinco anos desde a última vez. Ela deve estar forte. Logo começaremos a agir na cidade, Vampiros renegado dos clãs vão saber. Alguns vão se opor contra nós, outros irão se aliar. Os Lycans ao ficarem sabendo vão começar a nos caçar. Por isso é bom começar a caçá-los antes disso.

- Este cenário estranho está prestes a virar um local cheio de conflito de seres da noite. – Disse Abel. – O Sangue humano correrá pelas ruas. Inocentes ou não, estes serão sacrificados...

- Queria saber com mais detalhes, o porquê de você ter tirado Summy da guarda de Abel e de Kain. – Zack estava sentado de frente para Mamie, olhava atento para seus olhos, esperando que argumentasse ou simplesmente lhe cortasse o assunto.

- Você conhece a lenda dos “Oito Lordes do Submundo”, não é? – Perguntou Mamie. – Eu, depois que me rebelei a Draculea, participei de três clãs diferentes, era uma leiga, tinha perícia apenas na espada... A queda dos Burnett me preocupou, pois eles levavam a segunda reencarnação de Lilith com eles. Quando isso ocorreu já era o topo entre os melhores sacerdotes e feiticeiros da Death Corps, e assim eu saí do Clã, com o propósito de formar uma organização que protegesse Summer Burnett, e fizesse com que Lilith despertasse consciente de quem foi, para não sair por aí matando humanos, vampiros e o que fosse.

- Entendo... – Respondeu Zack. - Você se especializou em Sacerdócio Vampírico quase sem querer, e aproveitou do que aprendeu para ajudar Summy.

- Exatamente. – Disse Mamie. – Summy está forte, ótima esgrimista, e já controla sua Black Rose. Logo ela irá despertar a força que tem.

Zack levantou-se e foi em direção da porta da sala de estar. Parou um momento na frente dela, ainda de costas.

- Estarei por perto quando isso acontecer. – Zack abriu a porta e saiu.

Mamie suspirou e logo depois se espojou na poltrona olhando para cima.

- Essa frieza temporária dele... – Disse pra si mesma. – Zack... Depois de séculos, eu não sei se te conheço.

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Muito tempo atrás... Antes das Guerras da Noite, muito antes da nossa existência, nos primeiros anos da idade média, Oito Lordes Governavam entre os Vampiros: Scarleth, Chrysanthemum, Morpherius (Death Corps), Selenus, Sonata, Crystallis, Burnett e por fim o mais forte de todos eles, Draculea.

Ambos tinham o mesmo propósito se estender sua raça e perpetuá-la. Dominar a noite e todo o reino do que era chamado Submundo.

Klaus Van Burnett, o Lord da Família Burnett era o menos radical entre os outros Lords, e o outro pólo destacando-se como o mais radical, era Dracula Van Draculea. Klaus e Dracula tinham um conflito muito grande por terem pensamentos diferentes.

Enquanto Burnett queria igualdade entre Vampiros e Humanos, Dracula desejava uma era eterna onde os Vampiros eram puros e superiores aos humanos.

A qualidade em guerra, dos Burnett sempre fora a espada, Nem mesmo Draculea era tão bom, nem mesmo os mais fortes tinham tanto estilo e astúcia ao empunhar um sabre.

Algumas décadas se passaram e Klaus se apaixonou por uma humana, e desse amor nasceu Lilith.

Lilith cresceu tendo uma educação voltada para respeito com qualquer tipo de ser, independente de que raça ele fosse. Tornou-se uma moça inteligente, educada, e assim como o pai, uma verdadeira esgrimista.

Foi numa noite de Lua cheia, que Lilith passeando pelos campos encontrou aquela que iniciaria com ela um verdadeiro conflito no submundo.

Aquela era Lucy Van Draculea, filha de Dracula e assim como o pai, orgulhosa, arrogante e radical.

Ambas fugiram a primeira vez que se viram, mas isso não tornou a acontecer mais de uma vez...

Nesta época, Draculea entrou em guerra com Burnett, dando inicio a primeira Guerra da Noite. E também a mais sangrenta já registrada, na qual até mesmo Klaus e Dracula se confrontaram e no fim, ambos morreram pelas suas próprias espadas.

Mas a morte dos dois “Reis”, não decidiu a guerra... Esta parou quando Lilith e Lucy entraram num confronto mortal.

O Resultado de tal luta, se resumiu na vitória de Lilith sobre Lucy e com o pouco da energia restante que ainda circulava em Lilith, ela utilizou para prender a alma de sua inimiga numa gema de pedra rubra, o Sangue de Dracula cristalizado. Parecia uma preciosa gema de rubi, mas seu preço era muito mais alto, pois em mãos erradas significaria a destruição.

Esta jóia ficou sob a guarda dos Burnett, e hoje não se sabe onde tal se encontra.

Mas a profecia ainda diz: “A mortal que um dia gerar a filha de um Burnett, causará a extinção de toda a sua família, e aquela que for gerada a partir desta mortal, nascerá com o destino de impor a paz ou a extinção na Era Noturna.”.

- Uma terceira Nightwar? – Perguntou Abel, após a leitura de Edgard, sobre um livro volumoso o qual lera um trecho.

- Exato. – Disse Edgard. – Estávamos cientes disso, mas Draculea veio se tornando muito forte com o passar dos anos, e nossa família foi morta por eles, sem que pudéssemos prevenir.

Kain sentado em uma poltrona na sala da mansão de Edgard ficou pensativo.

- Summer carrega toda essa responsabilidade? - Perguntou Kain. – Temos que ajudar de alguma forma...

- Não existe como ajudá-la tanto, Kain. – Explicou Edgard fechando o livro.

Kain não tinha mais como dizer nada, ele sabia a real situação, realmente não haveria como ajudá-la tão cedo. Tudo que tinha que fazer, era confiá-la aos cuidados de Mamie. Mesmo assim ele queria muito, vê-la de novo, nem que se fosse mais uma vez...

- Eu... Eu vou respirar um pouco. – Disse se levantando. – Abel, vou pegar a Morbhius emprestada. E por favor, não me sigam.

Desceu até a garagem e montou na moto, ligando-a. Saiu o mais rápido que pode de lá. Queria limpar a mente afinal de contas.

- A guerra está começando. – Disse Shadow observando de cima de uma residência a moto de Kain se locomovendo para o Sul da cidade.

- E nós como juizes, temos que acompanhar estes vampiros até o fim de tudo isso. – Comentou Light.

Os juizes também estavam de volta, depois de algum tempo. As alcatéias de Lobisomens estavam longe de serem extintas... Muita coisa estava para ser revelada.

Os mistérios da noite se revelaram sob a luz brilhante de uma lua cheia...

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Notas finais:

Muito bem, depois de um super hiatus xD eu resolvi postar alguma coisa, não se preocupem, essa história não será abandonada. Pelos menos por mim xD, farei o possivel para terminá-la.

Algumas observações:

- Logo será explicado o que é uma Black Rose.

- O Enredo principal vai girar  em torno desta guerra sim!

- O novo personagem é uma icognita até pra mim xD Tudo que eu sei é que ele não é nada bonzinho.

- Tem muito mais sobre a primeira Nightwar e sobre os Oito Lords, mas isso é com o tempo, e estou pensando em esclarecer estes mistérios em uma fic separada depois dessa,já que é apenas uma história secundária. ( O enredo principal afinal, é o presente.)

OK OK terminou aqui \o\ bom espero que tenham gostado deste capitulo, se é que vocês lembram da existencia desta fic né? xD

Obrigado e mais uma vez pesso  desculpas X_X'