- Aaaai!
Kagome saiu do sofá correndo e dirigiu-se ao banheiro onde deixará o haion tomando banho.
“Eu sabia que não deveria tê-lo deixado sozinho”.


Depois de encher a banheira e ensiná-lo a usar a parafernália do banheiro, ela hesitava antes de sair.
- O que há? Vai continuar parada aí que nem uma baka?
- Não, é claro que não. Eu... Qualquer coisa é só chamar.
“Por que ele está agindo dessa maneira? Desde que os outros saíram, ele está muito estranho...”
Saiu e fechou a porta muito cismada.


Quando chegou ao banheiro, abriu a porta como se fosse tirar o pai da força e o encontrou na banheira.
Muito corada, observou o porte atlético até perceber que ele esfregava os olhos sem parar e com força. Entendeu o que aconteceu. Dirigiu-se ao chuveiro, pegou a mangueira e jogou um jato de água na cara dele quase o afogando.
- Cof-cof – tossindo – Por que você fez isso humana idiota?
Aí o sangue ferveu.
“Ora quem ele pensa que é?”
- Para tirar o xampu de seus olhos haion baka!
- Quem é baka aqui?!
- E quem é idiota?!
Os dois continuaram de fitando como inimigos mortais.

Depois de alguns instantes se fitando, ela abaixou os olhos magoados.
- É melhor eu te ajudar a terminar o banho.
- Eu posso muito bem fazer isso sozinho!

- Eu sei disso. Só quero que termine logo, pois eu também quero tomar um banho antes de dormir - disse com uma voz muito cansada, pois não queria começar uma briga.
Muito embaraçado, ele permitiu.
“Mas será que ela não pode me deixar em paz! Preciso pensar em tudo que aconteceu no que estou sentindo agora. E ela não me deixa pensar direito!”
Kagome se sentou na beira da banheira, jogou um pouco de xampu na água e agitou produzindo espuma até que sua mão esbarrou na perna do haion. Ficou corada no ato e olhou para ele que permaneceu com os olhos fechados, perdido em seus pensamentos.
A garota colocou xampu em suas mãos e começou a massagear os cabelos prateados de Inu Yasha. Estava tão bom que ele acabou adormecendo.



Os pássaros estavam alvoroçados e os pequenos animais corriam para suas tocas.
Quanto mais se aproximava de seu objetivo, tornava-se então acentuado o cheiro de sangue.
“Por favor, agüente firme, por favor, Kikyou.”
Ele se aproximou e a tomou nos braços. Sua dor era visível pelo rosto contraído que traduzia seu desespero. Lágrimas caíam de seus olhos e suas mãos acariciavam a face pálida da mulher que amava.
- Kikyou, por favor, não morra, não me abandone!


- Inu Yasha acorda!
Kagome tentava despertar o haion, pois ele estava muito agitado. Então ele abriu os febris olhos dourados.
- O... O quê houve?
- Você teve um pesadelo. Está se sentindo bem?
- E-e-estou – mas sabia que não.
A jovem também sabia, mas preferiu, por enquanto, nada comentar.
- Então ok. Termine o banho, ali está à toalha e assim que terminar vá para o seu quarto.
Ela saiu do banheiro e dirigiu-se ao quarto de hóspedes onde arrumou a cama e deixou um pijama, que Mirok emprestou, ali, mas apesar da distração, ela não parou de pensar no nome que ele chamara enquanto sonhava.



Continua...