Da Morte para a Vida escrita por DRACENA
-O que esta fazendo?
-Limpando o chão humana idiota!
-Mas precisa ser com a minha blusa nova!
Kagome tomou a blusa das mãos do haion e examinou o tecido totalmente manchado e gorduroso.
-Droga! Não tem conserto! – virou-se para “o destruidor” com os olhos saltando faíscas – Seu idiota! Você estragou minha blusa nova!
A garota avançou ameaçadoramente, com as mãos estendidas e começou a socá-lo.
-Hei! Pára! E eu lá tenho culpa se sua blusa mais parece um pano de chão!
-É a cor dela idiota! E não fale assim por que ela é de marca.
-De o quê? – confuso.
-De marca! Custou caro baka.
-Neste caso deveria pedir o seu ouro de volta!
Cheia de raiva, a garota começou a socá-lo, apesar dos protestos, mais forte ainda. Então finalmente Inu Yasha conseguiu prender os punhos dela. Kagome ainda tentou se soltar, mas ele era muito mais forte.
-Solte-me agora!
-Só se você parar de me bater.
-Eu não vou prometer nada!
-Ótimo! Assim você me dar à oportunidade...
-De quê?
Ele não lhe respondeu, apenas a trouxe para junto de si. Por alguns segundos se encararam sem dizer uma palavra. A respiração deles era quase dolorosa. Ele então se apossou dos lábios dela e toda a capacidade de raciocino a abandono-a de vez.
Sentia-se atordoada com a pressão de seus longos beijos, tanto que não percebeu quando enlaçou o pescoço dele e entrelaçou os dedos nos longos fios prateados. Com os olhos fechados ele sentiu os lábios dela se entreabrindo como uma rosa desabrochando. Beijos suaves, mas exigentes.
Eles perderam completamente a noção de tempo e espaço. Entregaram-se por completo, sentindo sensações indescritíveis e que juntos e somente juntos poderiam sentir.
Depois de algum tempo suas bocas se separaram, mas ele a manteve junto de si. A jovem encostou sua testa na dele tremula.
-Por que fez isso?
-Você não tem idéia de como fica linda quando esta brava.
-Não, não é isso. Por que faz assim comigo, droga?
-Assim como? – levantou o queixo dela e o obrigou a encará-lo.
-Me beija desse jeito tão maravilhoso para depois fingir que nada aconteceu. Por que faz isso? Por acaso se diverte em me fazer sofrer desse jeito? – lágrimas escorreram de seus olhos e ela abaixou a cabeça de modo que sua franja escondeu metade do rosto.
-Não existe a menor hipótese de que eu possa me diverti em vê-la sofrer, ao contrário odeio vê-la chorar.
-Então por que faz isso comigo? – fitando os olhos dourados.
-Eu não sei. Só sei que não consigo evitar. Preciso tê-la nos meus braços, sentir seu cheiro – encostou o rosto no pescoço dela – toca sua pele – ela apenas fechou os olhos e uma solitária lágrima caiu – beijar tua boca – e tomou os lábios dela que os entregou com prazer.
A boca máscula buscou a dela com avidez e ela correspondeu apaixonadamente, abraçando-o pela nuca e abrindo os lábios. A beijou impaciente, expressando toda a urgência que sentia daqueles lábios. Ele reconheceu no desejo a origem do medo que a torturava. Tinha pressa de amá-la e esquecer de tudo mais.Vários medos o assombravam, mas o maior de todos era o de não tê-la ao seu lado.
Então da mesma maneira abruta que começou que havia começado, o abraço cessou. Com um esforço supremo Inu Yasha se afastou. Kagome o fitou com os olhos grandes e inocentes.
-Vamos conversar sobre isso, mas por enquanto não devemos nos precipitar.
Toda a esperança da jovem se quebrou em mil pedaços. Começou a balançar a cabeça como se tentasse negar os fatos. Os olhos se encheram de lágrimas, mas por algum milagre ela conseguiu retê-las. O coração estava pequeno, apertado de dor.
-Não, não precisamos conversar. Eu já entendi tudo. Você ainda ama a Kikyou. Tudo bem eu entendo. Assunto encerrado! Não precisamos falar nisso.
Então deu as costas para ele, mas quando ia sair da cozinha o hayon a segurou o braço dela.
- Não, não é nada disso... Você entendeu tudo errado!
Ela puxou o braço bruscamente e conseguiu se soltar. O encarou friamente.
-Então me diga o que é, por que eu acho que eu sou muito burra mesmo!
-Não. Você não é burra. Eu é que acabei me tornando um covarde mesmo – ficando de costas para ela, deixando-a desconcertada.
- Eu poderia pensar varias coisas de você Inu Yasha menos que fosse um covarde... Do que afinal tem medo? – não se podia determina o sentimento que a dominava. Talvez raiva, mágoa ou esperança.
-Medo... Medo de amá-la e acabar te perdendo. Assim como pedir a minha mãe e finalmente a Kikyou. Medo que se vá e me deixe sozinho.
Um sorriso emocionado surgiu em seus lábios. Tocou-lhe o ombro e o voltou para si.
-Você não tem que ter medo. Eu te amo. E você não vai me perder. Eu prometo – o sorriso morreu em seus lábios – a não ser que deseje e acho que nem mesmo assim, pois eu não sei se conseguiria ir embora.
-Você não sabe o que diz! Não estou falando de uma simples separação! – afastou-se dela impaciente – Ontem você não sabe o que eu passei... Se aquele yokai a machucasse... Eu não conseguia me mexer... Estava impotente e se ele a machucasse ou pior...
-Mas não aconteceu nada!
-Mas poderia ter acontecido e seria minha culpa! Você poderia ter morrido!
-Todos vamos morrer um dia droga! E contra isso não há jeito. Não adianta ficar com medo do que pode ou não acontecer.
-Mas Kagome...
Ela se aproximou dele e colocou um dedo sobre os seu lábios silenciando-o.
- Por favor não pense mais nisso. Eu te amo e o quero ao meu lado. Será que não entende? Eu prometo que vou enfrentar o que vier pela frente pelo que sinto. Nós vamos enfrentar. Mas eu não posso lutar contra você. Por favor, fique do meu lado e que se exploda o resto.
Depois de alguns instantes, que Kagome descobriu que retinha o ar nos pulmões, esperando a resposta do haion, ele a abraçou e sussurrou em seu ouvido as palavras mais lindas que ela já ouvira.
- Então lutaremos.
Continua...
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!