Da Morte para a Vida escrita por DRACENA


Capítulo 19
Capítulo 18




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Rin tomou sua decisão.
Depois de ter dormido apenas três horas remoendo tudo que se passará. Arrumou-se, escreveu um bilhete, pegou o embrulho que ainda estava sobre a mesa e saiu.
Acabou se atrasando um pouco para o trabalho, mas muito triste, depositou o pacote no correio.
Assim que chegou à loja resolveu arrumar todo o estoque, em ordem cromática, para ver se esquecia o que fizera.




O haion abriu os olhos lentamente. Aos poucos as lembranças da noite anterior invadiram sua mente. Levantou-se com cuidado, mas logo viu que o ferimento já começara a cicatrizar. Sentiu então um movimento na borda da cama.
Olhou naquela direção e viu Kagome dormindo sentada no chão e com a cabeça reclinada na cama. Os cabelos espalhados em total desordem sobre o lençol e o rosto. Notou as olheiras de alguém que mal dormirá.

“Por que ela está dormindo no chão?”.

Aproximou-se e retirou delicadamente alguns fios de cabelo do rosto dela.

“Hum... ela tem um cheiro tão bom”.

-Kagome... – sussurrou baixinho no ouvido dela.

Ela se mexeu um pouco e colocou o braço sobre o rosto, mas ele não desistiu e a chamou novamente:

-Kagome...

Ela entreabriu os olhos devagar e se endireitou rapidamente ao ver o rosto dele tão perto do seu. Ficou um pouco confusa, mas logo se lembrou de como viera parar ali, no quarto de Inu Yasha.

-Como está o ferimento?
-Já está cicatrizando. Por que estava dormindo no chão?
-Vim ver como você estava e de tão cansada devo ter pegado no sono – bocejou novamente e levantando-se do chão.
-Volte para a cama. Você ainda está cansada.
-Eu não estou cansada – bocejou – e além do mais eu tenho que ir trabalhar – novo bocejo.
-Claro que está cansada. E deixe o trabalho para lá afinal você está mais parecendo com uma morto-viva!
-Não exagere. Depois que eu tomar um banho frio... – mas ela não pode terminar a frase, pois acabou batendo a testa na parede – Ai! Quem colocou essa parede aqui?!
-Não, chega! É melhor você voltar para a cama antes que se machuque Kagome.

Inu Yasha se levantou e a conduziu pela mão, como uma criança teimosa, para a cama dele. A jovem se aconchegou aos lençóis sem ao menos protestar e logo esta dormindo profundamente.

“O que esta acontecendo comigo? Basta olhar para ela que eu me sinto daquele jeito... como se o mundo parasse e só existíssemos, como se precisasse dela para respirar, para continuar a existir. Eu não estou gostando disso. Primeiro o beijo de ontem e agora não quero me afastar nenhum minuto dela. Isso tem que pára. Não quero sentir, não posso sentir isso de novo. Sempre que começo a amar alguém está pessoa acaba me deixando. Parece até que sou amaldiçoado. Amaldiçoado com o dom de não poder amar. Não quero me machucar novamente. Não quero que mais ninguém morra por minha causa”.

O haion fitou o rosto dela por alguns momentos, levantou-se da cama e saiu do quarto.



Sango tentava se concentrar no trabalho, mas estava difícil. Toda vez que começava a tradução seus olhos começavam a se fechar e acabava cochilando na mesa.

-Doutora não é melhor a senhora ir para casa descansar?
-Não agora eu tenho que cuidar da tradução desses pergaminhos.
-Sango você não vai conseguir fazer nada desse jeito. Façamos o seguinte, a Ayame está indo almoçar na cidade. Quando ela for você pega uma carona com ela.
-E o meu carro?-Se quiser eu posso levar pra você já que o meu estar na oficina.

Ela pensou um pouco, mas por fim aceitou a sugestão.

-OK. Eu vou aceitar a sugestão.
-Então eu vou falar com ela – saiu.

Sango tentou mais uma vez se concentrar no trabalho, mas não conseguiu. Desta vez por causa de um certo rapaz de olhos castanhos, cabelos sempre presos num rabo de cavalo e com modos bastante atrevidos.

“Onde será que ele esta agora? Na certa na cama aquele preguiçoso”.

Pensamentos sombrios escureceram lhe o semblante.

“Será que ele vai pára de corre atrás de todos os rabos de saia que encontra? Pára, pára, pára. Você já esta ficando paranóica. O Mirok disse que só tem olhos para mim... mas eu fico com medo”.

-Que pensamentos nebulosos trazem essa linda cabecinha?
-Oi Ayame. Já esta de saída?
-Já mais no que você estava pensando?
-Em nada demais – arrumando suas coisas e seguindo a colega.
-Nada demais não deixa ninguém com essa cara de velório – elas entraram no carro e colocaram os cintos.
-Está bem. Eu estava pensando no Mirok...
-Não me admira ficar com aquela cara. Eu o conheci em apenas três minutos e ele já tentou passar a mão em mim.
-Eu sei e por isso estou preocupada. Estamos namorando e...
-E tem todos os motivos para ficar assim. Aquele rapaz é um sem-vergonha, pervertido e... – ao notar a expressão da garota decidiu parar – mas se ele disse que te ama vai ter que aprender a confiar nele e para de ficar sofrendo antes do tempo.
-Você está certa. Ele merece um voto de confiança – e deu um pequeno sorriso incerto.
-Isso mesmo. Assim esta muito melhor. Bem que tal irmos ao restaurante do seu namorado e depois eu a levo para casa?
-Não vai adianta nada. Ele não vai esta lá.
- E quem disse que eu vou para lá por causa dele. A comida de lá é divina e de uma coisa estamos certas: Você fez um ótimo negócio. Com um namorado desse nunca mais vai ter que ir para o fogão.
-Ai é que estar o erro. Com um namorado desse quem é que pensa em comida?

Continua...


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