Remember escrita por K Valentine


Capítulo 50
Do seu lado


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo e cheio de amor pra vocês!
Espero que gostem!
Leiam ouvindo By Your Side do TH, tem tudo a ver com o capitulo!



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[Tom Narrador Mode-On]

Cheguei mais perto de Alicia, que se levantou e não disse nada. Apenas saiu correndo e me abraçou forte. Eu retribuí o abraço, e notei que ela estava muito nervosa e não iria parar de chorar.

— Vamos entrar. – eu disse e ela assentiu.

A conduzi até o sofá da sala, onde nos sentamos. Ela se aninhou e eu a envolvi com meus braços. Sempre soube muito bem como encaixar a sua cabeça no meu peito. É, eu era bom nisso. Valentim chegou perto de nós e deitou perto do meu pé. Alicia continuou chorando sem dizer uma palavra e eu também permaneci em silêncio. Nunca há o que dizer em momentos como esse. Apenas estar presente já é suficiente.

Retirei meu celular do bolso para desliga-lo. Em seguida comecei a acariciar sua cabeça, passando a mão por seus cabelos, que tinham um perfume maravilhoso. Só de pensar que aquele babaca fez algo para deixá-la assim, minha vontade é de ir atrás dele e lhe dar uma surra daquelas! Como ele pôde ser tão idiota? Pelo menos, ao que me parece, os dois terminaram o relacionamento e eu espero que não voltem nunca mais! Essa é a única explicação para o fato dele ter saído às pressas, bufando de raiva e de Alicia estar dessa maneira. Aos poucos pude notar que ela foi se acalmado e o choro foi diminuindo de intensidade.

Acordei meio assustado e me dou conta que cochilei. Olho para Alicia, que ainda dormia. Ela caiu no sono depois de tantas lágrimas e eu acabei fazendo o mesmo. A observo dormir e continuo a acariciar seus cabelos.Prefiro mil vezes estar aqui olhando para ela, sem dizer nada, do que estar em qualquer outro lugar do mundo.

Eu não faço ideia da dimensão do que ela sente nesse momento e nem entendo o porquê de tudo isso estar acontecendo. Sei que hoje não foi um dia fácil e que ela acordará e as coisas estarão iguais. Mas pelo menos, verá que eu estou aqui do seu lado. Eu sempre estive, independente de tudo.

Continuo olhando para ela e é inevitável uma chuva de pensamentos e lembranças tomarem conta da minha cabeça. Percebo quanta coisa mudou em minha vida desde que a conheci. O Tom de hoje é um cara completamente diferente do Tom de um ano e meio atrás. E a maioria dessas mudanças aconteceram por causa dela. Olho para trás e percebo que antigamente minhas alegrias eram muito solitárias às vezes. E uma alegria solitária se torna patética. De certa forma eu era patético também.

Só que agora me sinto sozinho de tudo. Sinto que em cada parte de cada sentimento meu, falta uma coisa. Sei lá, não consigo explicar o que falta, só sei que não estou completo... E esse vazio que insiste em aumentar.Mas quando estou perto dela tudo isso desaparece e me sinto completamente preenchido.

Ela é a única coisa que eu quero e nunca tive.

E u prefiro morrer seu amigo do que dar um passo em falso e perder esse elo para sempre. Ás vezes queria saber se ela não gosta nem um pouquinho de mim, nem sequer um tiquinho... Porque eu sempre me apaixono por ela. Todas as vezes que a vi, eu sempre me apaixonei.

Fiquei voando em pensamentos até que notei que ela havia acordado e estava me olhando, ainda deitada no meu peito.

— Acho que encharquei a sua blusa com minhas lágrimas. – ela disse, com um sorriso fraco.

— Não tem importância. – respondi. – Você está melhor?

— Estou sim... Por quanto tempo estamos aqui?

— Também não faço a mínima ideia. – sorrio, dando de ombros.

— Obrigada por ter ficado aqui comigo, Tom. – ela se levanta e senta do meu lado, virada para mim. – Por ter me acalmado... Isso me fez muito bem. – ela faz uma pausa. - Me desculpe por não ter dito nada antes, eu não conseguia...

— Tudo bem, não se preocupe com isso. O importante é que já passou.

— Eu e Bruno terminamos de vez. – ela começa. - Não tem mais volta. Parece que hoje saiu na imprensa fotos da gente aquele dia na praia. Não sei como, ele ficou sabendo disso, veio tirar satisfações comigo e começamos a discutir. – ela coloca uma mecha de cabelo atrás da orelha e continua, sem olhar para mim. - No meio das coisas que ele disse e de que me acusou, uma luz atingiu a minha cabeça e eu acabei tendo um flashde alguns acontecimentos e atitudes estranhas dele, desde que voltamos a namorar. Foi aí que minha ficha caiu, e eu percebi que ele estava me usando para conseguir alavancar a carreira da Neon e se tornar famoso. – ela respira fundo. – E logo agora que eu estava gostando dele de verdade. – lamenta, me fazendo gelar ao ouvir essas palavras. – Mas... Mas isso não importa mais. Não quero mais falar disso, só esquecer ele e tudo que aconteceu. – ela faz uma pausa e me olha. – E não se preocupe, eu estou bem... De verdade! – ela reforça. – E me conta, o que te trouxe aqui?

— Bom, eu vim para te ver e lhe trazer um presente exclusivo. – coloco a mão no bolso.

— Jura? – ela se anima e eu lhe entrego o pen drive.

— Aqui dentro estão nossas músicas novas! Já que você gostou aquele dia, então nada mais justo que ser você a primeira fã a ter as faixas antes mesmo de serem lançadas!

— Meu Deus! – ela cobre a boca com as mãos, incrédula. – Não acredito! Muito obrigada Tom, você não existe! – me abraça. - Amei o presente, vou ouvi-las o dia todo! Tô falando sério! – ela ri, vendo minha cara incrédula. – Tem um cigarro aí?

— Você fuma? – me surpreendo com o pedido, nunca a vi fumando.

— Eu costumava fumar escondido da minha mãe quando era adolescente. Não é um hábito meu e nem nunca foi, mas de vez em quando é bom. – ela sorri. - Vamos para a varanda.

— A cada dia que passa eu descubro um novo lado seu! – a acompanho, pego um cigarro e lhe entrego outro, acendendo-os em seguida. Debruçamos na grade da sacada.

— Tem muitas coisas que também não sei sobre você. E outras que sei e você nem imagina. – ergue a sobrancelha.

— O que, por exemplo?

— Acha mesmo que eu vou entregar o ouro de bandeja assim? Claro que não Tom Kaulitz!

— Não é justo me deixar curioso!

— Usarei contra você as informações necessárias, nos momentos adequados. – ela ri, debochada.

— Não acredito nisso! – resmungo.

— Estou pensando aqui e quero dicas... – ela muda de assunto. – O que será que eu faço com as roupas do Bruno que ainda estão aqui?

— Colocar fogo seria uma boa! – dou risada.

— Fazer picadinho delas também! O coitado, além de passar a noite com a roupa do corpo, vai ter que ir embora sem bagagem! - gargalhamos juntos.

— Você não vai devolver?

— Lógico que não, eu sou má! Eu doo para a caridade, mas não devolvo para ele! A não ser que, no meio das coisas, tenha algo importante para ele ir embora. Aí sim eu mando entregar, com um singelo bilhetinho de despedida, é claro!

— Meu Deus! Eu jamais quero brigar com você.

— Isso nunca aconteceria. – ela me olha e sorri. - Ah! – ela se levanta. – E antes que eu me esqueça, tenho que lhe entregar uma coisa. – caminha até seu quarto e eu saio da sacada. – Aqui está. – me entrega duas pencas de chaves. – Essas chaves são daqui de casa, uma para você e outra para o Bill. Queria ter as entregado há mais tempo, mas acabei esquecendo. Vocês podem entrar e sair a hora que quiserem. Como eu vou ficar um tempo sozinha aqui, pois Gaby está em NY e as meninas no Brasil, é bom vocês terem as chaves caso aconteça alguma coisa... Nunca se sabe!

— Obrigada Alicia! Entregarei ao Bill.

— Eu que agradeço! – ela me abraça. - Você está com fome? Vou fazer algo para comermos.

[Tom Narrador Mode-Off]


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Notas finais do capítulo

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