"All my life ive dreamed of love, never thought it would hurt this much to kiss goodbye and wait for your return, so i'll be strong and hold on to the picture and the thought of you, getting all the love that you deserve. Come home to me, come home to me, back into my arms home where you belong."

10 ANOS DEPOIS

Rachel PDV

– Nanana, você não me pega! – Disse fazendo voz de criança e mostrando a língua para Justin, que estreitou os olhos saindo correndo atrás de mim, dei um gritinho histérico e comecei a correr pelas ruas, sem me importar com o que os outros pesavam.

Rá, uma garota de 24 anos na cara, grávida, correndo feito uma idiota pelas ruas de Paris, enquanto seu noivo, que aliás era Justin Bieber, corria atrás dela.

Quando mais velho mais idiota a gente fica, e cara, isso é um fato.

Justin havia descansado um pouco na carreira, mas ainda fazia o maior sucesso com as adolescentes fogosas, hahaha, mas agora até mesmo ator ele era, que orgulho!

Agora nós dois morávamos em uma casa em Atlanta, que era até bem perto da antiga casa do Jus, que agora Pattie morava sozinha com seu novo namorado, adivinha quem é?

USHER!

Eu ri tanto quando soube disso, Justin, claro, deu ataque de ciúmes e quase bateu no amigo, mas graças a Deus tudo deu certo. Papai ainda mora em Milão, e depois de quatro anos enrolando a namorada finalmente eles vão se casar!

Até Kenny voltou com a ex mulher! Acho que todo mundo encontrou sua outra metade. Até mesmo Selena Gomez, minha antiga “arque inimiga” tinha sumido das nossas vidas desde o dia em que Justin deu um fora nela, só sabia que ela estava namorando um novo cantor aí, revirei os olhos, bem típico mesmo.

Harry, meu irmão emprestado se re-aproximou de mim, e acredite nós dois brigamos como irmãos de verdade, mas ele é incrível, sempre fazendo tudo por mim. Aliás, o garoto me deu um presente maior ainda, Lea, hoje minha melhor amiga e futura madrinha do pequeno Justin II. É, a namorada do meu irmão é a pessoa mais engraçada que já conheci na vida, depois de Ryan claro, e nós duas viramos melhores amigas.

Ah, e o que falar do meu filho.

Depois de todo aquele drama finalmente eu e Justin nos acertamos, ele me pediu em namoro ali mesmo no aeroporto e desde lá nunca mais nos separamos, naquele dia Justin foi embora por causa da turnê, e eu fiquei em Milão por causa do meu trabalho, a gente se falava todos os dias por todos os meios possíveis. Até que Believe Tour acabou e ele veio passar um tempo comigo, e nesse meio tempo, era como se todo o meu sonho estivesse virado realidade, em todas as suas partes, tínhamos recuperado tudo finalmente, e eu mal podia acreditar por quantas coisas tivemos que passar até ficarmos juntos.

Justin praticamente me pediu em casamento do mesmo jeito em que ele pediu no sonho, eu tinha certeza que o enxerido do Ryan que havia lhe contado, mas eu preferi não argumentar, apenas aproveitar o máximo do momento.

Enfim, tudo na nossa vida estava indo relativamente bem, e agora grávida acho que tudo finalmente estava completo.

Ah, eu estava grávida de dois meses, e era um menino.

Justin Drew Bieber II. Claro, como se meu noivo com um super ego fosse me deixar colocar outro nome.

– TE PEGUEI! – Justin falou me abraçando por trás e me girando no ar, assim que chegamos à praça da torre Eiffel, gargalhei sentindo vento gostoso bater no meu rosto.

– Justin, todos estão olhando pra nós! – Disse rindo, assim que ele me colocou no chão, Justin apenas deu de ombros acariciando meu rosto.

– Não me importa, até é bom, assim todos vão ver que você é a mulher da minha vida! Je t’aime Rachel.

– Je t’aime Biebs...

E...

– Mamãe, eu já conheço essa história. – Jus disse me interrompendo, enquanto eu contava mais uma vez partes da minha história com o pai deles, eu ri vendo que havia me empolgado demais.

– Cala a boca seu feioso, mamãe conta outra vez! – Anne disse batendo palminhas, sorri acariciando suas bochechinhas rosadas.

Incrível como Anne tinha tudo meu e apenas os olhos eram iguais aos de Justin, já Jus era exatamente igual ao pai, em cada detalhe, apenas os olhos eram iguais aos meus.

Meus dois pequeninos eram lindos, Anne tinha 4 anos e Justin iria fazer 6 em três meses, e eu mal podia acreditar que depois de tanto tempo eu e Justin nos casamos de verdade e ainda tivemos dois filhos lindos, talvez o meu sonho durante o coma não tenha sido tão sonho assim, talvez eu e Justin poderíamos fazer ele virar realidade.

– Ei ei ei, nada de brigas! – Disse enrugando a testa, me fazendo de brava, os dois gargalharam.

– O que foi?

– Mãe, é muito hilário você falando assim usando essas roupas, você não parece ser tão velha assim. – Jus disse encarando minhas roupas e rindo junto com Anne, abri a boca incrédula.

– Não parece ser tão velha assim!? Aaaah! Eu só tenho 28 anos seus malvados! E agora vocês vão sofrer! – Disse começando a fazer muitas cócegas nos dois, gargalhamos juntos e eles se jogaram em cima de mim, me fazendo cair deitada no chão com os dois fazendo milhões de cócegas em mim.

Aquela era a cena mais fofa que eu já vivi, meus dois filhos com pijamas fofos de rena gargalhando em cima de mim, me atacando com cócegas.

– Okay, okay! Vamos parar! – Disse rindo, já sem fôlego, me levantando e colocando Justin e Anne na cama. Eles ainda riam da minha cara.

– Mamãe, o papai não vai vir para o natal? – Justin perguntou, agora mudando sua expressão para um rostinho triste assim como Anne, senti meu coração se apertar.

– Ahn meus amores, vocês sabem que o papai trabalha demais na turnê não é? Mas ele mandou um moooooonte de beijos e abraços pra vocês. – Disse cobrindo os dois com o cobertor do homem aranha, Anne e Justin sempre dormiam no quarto dele na véspera de natal, assim quando o dia amanhecia eles corriam juntos para a sala pegavam os presentes que o “papai Noel” havia deixado.

Geralmente o papai Noel das festas era o Ryan. Hahahahaha

– Mas agora, não quero ninguém triste aqui, tudo bem? – Disse apertando as bochechinhas gordinhas deles, que gargalharam concordando com a cabeça. – E agora vamos dormir, por que se não o papai Noel não vai trazer presentes! Sabem um segredo? Ele já está vindo! – Sussurrei sorrindo de lado, eles abriram as boquinhas surpresos e bateram palmas juntos, gargalhei dando um beijo na testa de cada um.

– Boa noite amores.

– Boa noite mamãe! Eu te amo. – Disseram juntos, abraçando seus ursinhos e virando para o lado, sorri ligando o abajur e indo até a porta, desligando a luz do quarto, fiquei ali encostada no batente encarando os dois caírem no sono.

Um sorriso bobo estava no meu rosto, wow, 10 anos haviam se passado desde que me apaixonei por Justin, e hoje eu estava aqui, Rachel Bieber, colocando nossos filhos para dormir na véspera de natal.

Senti uma lágrima rolar pelo meu rosto e a limpei rápido, sorrindo abertamente. Apesar dos aquecedores pela casa, o frio lá fora ainda nos atingia aqui, fechei meu casaco até em cima, dei uma última olhada nos pequenos e deixei a porta entre-aberta, descendo em direção da sala.

Ainda no corredor me encarei no enorme espelho com as bordas douradas cheias de luzes de natal, apesar de ter cortado um pouco o cabelo e ter pintado ele outra vez de castanho cobre eu ainda era a mesma de 10 anos atrás, tudo bem, eu devia ter algumas rugas, mas enfim.

Gargalhei ao pensar nisso, eu era tão neurótica.

Fui até a cozinha buscar o chocolate quente que havia feito antes de colocar as crianças pra dormir e dei uma corridinha até a sala, pegando a manta lilás em cima do sofá e me enrolando nela, encarei a enorme e toda decorada árvore de natal ao lado do sofá, ali já havia tantos presentes, do papai, de Pattie, Harry, Ryan, Scooter...todos que seriam abertos na grande festa de amanhã, mas por algum motivo eu não me sentia feliz por todo o espírito de natal.

Justin estava fora, e nem ao menos havia me ligado para desejar feliz natal, sim, eu sabia que esse era o seu trabalho, a vida dele, mas poderiam se passar até 50 anos, eu sempre sentiria sua falta, e contaria os segundos até a hora dele voltar para casa.

Suspirei indo sentar a beirada da janela, encolhi meu corpo e abracei minhas pernas, deitando minha cabeça nos joelhos.

Encarei a neve branquinha cair lá fora.

Com a ponta dos dedos desenhei um coração na janela embaçada e escrevi um J no meio dele, logo em seguida rindo comigo mesma.

Incrível como depois de tanto tempo a única coisa que eu conseguia fazer era me apaixonar a cada dia mais por aquele garoto, ou como a cada segundo ele me fazia sentir a garota mais feliz e sortuda do mundo.

Justin era meu paraíso, ele era o meu melhor amigo. Com ele eu podia ser idiota, que mesmo assim ele me amaria do mesmo jeito.

Irritada, descabelada, neurótica, complicada, chorona, indecisa, louca...não importava, ele continuava ali do meu lado, me amando como nunca ninguém fez.

E por isso eu o amava tanto, depois de 10 anos ele ainda gostava de mim apenas por ser a velha Rachel estranha de antigamente.

Fiquei ali, apenas encarando a neve e sorrindo feito boba, lembrando dos nossos momentos juntos, lembrando de seus beijos e abraços, e de como com o passar do tempo seu sorriso se tornou mais perfeito ainda.

Encarei o relógio em cima da lareira, meia noite e quinze.

– Rá, feliz natal Rachel. – Sussurrei a mim mesma um tanto amargurada, e logo em seguida revirei os olhos tentando ignorar tudo.

Dizendo a mim mesma que eu realmente não me importava com isso, mas na real eu me importava sim, e muito, lá no fundo eu desejava chorar.

Encarei a neve lá fora fazendo a piscina praticamente virar uma pista de patinação e engoli em seco, tamborilando meus dedos na janela gelada.

– Você está linda, sabia? – Ouvi a voz de Justin sussurrar no meu ouvido, dei um pulo de susto enquanto ele me encarava com um sorriso enorme no rosto.

– Você...você veio! – Arfei ainda surpresa, me jogando em cima dele em um abraço de urso, Justin largou as caixas de presente que segurava no chão, me abraçando forte e me erguendo.

– Achou mesmo que eu não viria? Feliz natal meu amor. – Ele disse segurando meu rosto e me dando um beijo apaixonado, senti meu coração pular no peito, como era bom sentir seus lábios nos meus outra vez depois de dois meses.

– Feliz natal bebê, você não sabe como senti sua falta. – Disse o apertando forte contra o meu corpo, sentindo às lágrimas rolarem pelo meu rosto.

– Eu também Rach, mas agora estou aqui, e sou todo seu. – Disse dando aquele sorriso que eu tanto amava, limpando as minhas lágrimas com a ponta dos seus dedos, sorri abertamente o beijando outra vez.

– PAPAI! – Ouvi o grito das crianças no topo da escada, Justin sorriu completamente emocionado enquanto eu tentava me conter, limpando as lágrimas, Anne batia palminhas enquanto Jus a ajudava a descer as escadas, logo os dois saíram correndo se jogando nos braços de Justin.

– Senti tanta falta de vocês, pequenos! – Disse segurando um em cada braço, os apertando em um abraço apertado, enquanto as crianças enchiam ele de beijos.

Eu via a cena sorrindo de orelha a orelha, eu definitivamente tinha a família mais linda do mundo, e era a mulher, a mãe, mais feliz do mundo.

– Viu, somos a família mais bonita do mundo! – Justin disse rindo, quase como se tivesse lido meus pensamentos, enquanto Anne pulava para o meu colo e Justin me puxava pela cintura, fazendo com que déssemos um abraço em grupo.

Eu finalmente estava completa. E por isso afirmo, não importa quantos caminhos ou curvas erradas você pegue durante a caminhada da vida, você não pode desistir, você tem que lutar por aqueles que ama.

No final, vai valer a pena. No final você encontrar alguém que vai te amar por aquilo que você é, alguém que vai te fazer feliz todos os dias, horas e segundos da sua vida, alguém que vai te abraçar e pedir desculpas depois de uma briga boba, alguém que vai te abraçar em um dia frio e vai te dizer que você é linda, alguém que vai te dar filhos e uma família incrível. E nunca vai cobrar nada em troca além de um sorriso.

Alguém que vai fazer todo o errado dar certo.

E minha mãe estava certa desde o princípio, pois eu encontrei esse alguém. O meu melhor amigo, o meu tudo. Por isso você deve lutar por aquilo que ama, pois eu te garanto que no final tudo vai valer à pena. E eu não me arrependo de nada, nem mesmo das lágrimas e das brigas, foi por causa de tudo isso que hoje eu estou aqui, em frente à uma janela coberta de neve branquinha, abraçada ao meu marido e meus dois filhos, foi por causa de todas aquelas curvas erradas que eu finalmente cheguei ao final do percurso e para assim então começar outra jornada.

Justin era a melhor coisa sobre mim. A melhor coisa que já foi minha.

– Papai trouxe um mooonte de presentes pra vocês! – Justin disse animado, Anne e Jus bateram palmas pulando de nossos braços e correndo até a árvore, dando aquelas gargalhadas infantis lindas enquanto abriam seus presentes, sorri abertamente sentindo meu coração transbordar de tanto amor.

– E você? O que quer de natal? – Justin perguntou carinhoso, me abraçando pela cintura, sorri envolvendo um dos meus braços em seu pescoço.

– Eu? Só quero isso, mais nada. – Disse passando a mão em cima do seu peito, onde fica o coração. Ele sorriu me dando um beijo na testa.

– Bom, isso você já tem desde há treze anos atrás, quando nos conhecemos. – Ele disse piscando pra mim, sorri dando um selinho nele e entrelaçando uma das minhas mãos em seu cabelo, enquanto ele segurava a minha outra mão, cruzando nossos dedos.

– Que bom então, você prometeu, lembra? Right next to me?

– Right next to you. – Afirmou colando nossos narizes, pronto para me beijar outra vez, sorri sentindo seu hálito fresco bater em meu rosto, pois sabia que o que ele dizia era verdade.

Mas por um segundo me perguntei se beijá-lo iria quebrar o feitiço sob o qual nós dois estávamos, mas era tarde demais para parar. E quando os seus lábios encontraram os meus, eu sabia que poderia viver até os cem anos e visitar todos os países do mundo, mas nada iria se comparar àquele momento que eu beijei o garoto dos meus sonhos e soube que nosso amor duraria para sempre.

Sempre. ♥