Se Enamora escrita por Misu Inuki


Capítulo 4
"... Tesouros de um amor que vai chegar!"


Notas iniciais do capítulo

Gente, como eu perdi esse capítulo, acabei optando por refaze-lo.
Eu achei que ficou melhor dessa forma, mas quero saber a opinião de vocês, afinal é o ultimo capítulo, né?
Muito obrigado por todos os comentários!*--*
E espero que gostem!^-^



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E a ansiedade foi tomando conta dos dois coraçõezinhos cada vez mais.
Mal o carro parou na frente dos portões da casa de Haku, Chihiro sentiu seu rosto ficar mais corado que o de costume.
Os pais da menina, e a mãe do rapazinho ficaram conversando enquanto o menino entrava no carro.

-Oi Chihiro!- Haku falou sorrindo.

-Olá...- a garotinha falou bem baixo, tímida, virando o rosto para a janela.

O jovem Kohaku não insistiu na conversa, e o carro deu a partida.

-Quantos anos seu avô está fazendo hoje, Haku?- a mãe de Chihiro falou ao notar o silêncio dentro do automóvel.

A senhora Ogino gostava muito da amizade da sua filha com o menino.
Ele era muito educado, gentil, e inteligente, sem perder a típica inocência infantil.

Mas ela tinha um carinho especial por ele que vinha há muitos anos.

-O vovô Kamaji está fazendo 86 anos, Sra. Ogino.- ele respondeu polidamente.

-O senhor Kamaji é seu avô? De verdade?- Chihiro pulou do banco, se virando para Haku.

A mãe da menina riu ao ver a cena pelo retrovisor do carro.
Era só puxar um assunto que a curiosidade da criança falaria mais forte que a timidez.

-Sim, ele é pai da minha mãe.

-Mas eu nunca te vi lá nas vezes que eu fui visitar ele!- ela argumentou desconfiada.

-Eu morava em outra cidade até o ano passado. Raramente minha família vinha pra cá, porque era muito longe- o menino justificou. – Mas eu já tinha te visto antes...

-Antes da escola? Não me lembro...

Fez-se um silêncio no carro enquanto a menina pensava, apoiando uma das mãos no queixo.
Quando estavam a menos de cinco metros da casa de Kamaji, a menina gritou assustando todos.

-AAAAH! ME LEMBREI!

Haku riu do escândalo da menina, coisa, alias, que era bem comum dela.

-Aquele dia, na casa de banhos da Yubaba. –Chihiro falou olhando pra ele- Eu estava olhando o rio de cima da ponte. Mas eu escorreguei e meu pé ficou preso entre as tábuas de madeira.
Eu estava quase caindo da ponte, presa apenas pela minha perna. E aí, você apareceu...

A menina se debatia, tentando se segurar no corrimão, mas com isso fazia a madeira cravar ainda mais em sua perna.
Então, alguém a segurou pelos braços.

-Procure ficar calma-  a pessoa disse. Era um menino.

Chihiro engoliu o choro e parou de se mexer, com os olhinhos fechados pelo medo.
O garoto tirou um pequeno canivete do bolso, e foi cortando a madeira apodrecida para livrar a perna da menina.
Em alguns tensos minutos, ela estava livre.
Os dois pularam para o outro lado da ponte, e o pedaço de madeira onde eles estavam antes, despencou no rio logo em seguida, criando um grande buraco.

-Você está bem?- o menino perguntou.

Chihiro se virou e olhou o rosto do garoto pela primeira vez.
Um rosto pálido, contrastando com seus cabelos longos e negros, presos em um rabo de cavalo.
A menina balançou a cabeça confirmando, sem conseguir falar nada por conta do susto.
O pequeno rapaz, soltou seus cabelos, e pegando a faixa azul que o prendia, amarrou firme porém cuidadosamente uma ferida que Chihiro tinha na perna.

-Tenho que ir... Até algum dia, Chihiro- o garoto se levantou e foi embora correndo.”

-Era você! – a menina falou enquanto eles saiam do carro.- Mas seu cabelo era bem maior na época.

-Sim- Haku riu mexendo em seu próprio cabelo- Nunca gostei muito de cortar ele, mas minha mãe me obriga.

-Haku... Naquele dia, você tinha falado meu nome. Então nós nos conhecemos antes disso?

-Na verdade Chihiro, eu...

-Haku! Venha dar um abraço no seu velho avó!- Kamaji falou do portão da casa, interrompendo os dois.

Kohaku sorriu pra a menina como se pedisse desculpas, e correu para abraçar o parente.
Chihiro ficou observando de longe pensando no que ele iria dizer, até Haku entrar na casa, e Kamaji finalmente vê-la.

-Minha pequena Chihiro! Porque está ai escondida embaixo da árvore? Venha cá!

A menina sorriu e foi até o idoso de longos bigodes e de óculos grosso, desejando-lhe parabéns. Os dois se abraçaram e entram na casa.

A festa começou, e as duas crianças não se encontram novamente.
O Senhor Kamaji era conhecido da cidade, então eram muitas pessoas andando de um lado para o outro pelo enorme sítio.
Chihiro até ficou um tempo na festa, conversando e brincando com alguns amiguinhos que também foram convidados, mas algum tempo depois, deu um jeito de sair da casa.

A menina foi andando pelo vasto quintal até chegar as margens do rio que cortava o sítio ao meio.
Tirou os seus sapatinhos e colocou os pés na água, sentada na grama.
Ficou olhando o céu estrelado, com a lua cheia brilhando e iluminando o lugar.

- Foi exatamente ai.

Chihiro se virou assustada, e viu Haku descendo de uma árvore há poucos metros de onde ela estava.

- Foi aqui que nós nos conhecemos.- o menino completou se sentando ao lado dela.

A menina ficou em silêncio, e sorrindo, ele começou a contar a história.

-Uma vez, quando eu tinha uns seis anos, saí escondido de perto da minha mãe e fui explorar o sítio do meu avô.  Acabei chegando nesse rio, e vi uma menina brincando na margem.
Ela usava um vestido amarelo e sapatilhas brancas. Seus cabelos estavam soltos, e meio cacheados. Cheguei a pensar que ela era uma fadinha da floresta, rindo sozinha e girando de braços abertos. Mas então, ela se abaixou na borda e caiu na água. Acho que escorregou, ou queria pegar alguma coisa ali dentro, eu realmente não sei. Mas a menina não voltou. Seus bracinhos apareceram apenas uma vez e sumiram no leito do rio. Foi algo automático. Eu simplesmente me joguei no rio. Sempre fiz natação, mas o rio tinha uma correnteza muito forte. Meu avô disse que o Grande Dragão Branco, espírito guardião da nossa família, me deu forças, e nós conseguimos chegar na margem.

-Sim!- Chihiro falou emocionada- Meu sapatinho até caiu no rio naquele dia!

-Pouco tempo depois nossos pais chegaram e você dormiu nos braços da sua mãe antes que eu me apresentasse.

-Eu ainda ia fazer 4 anos eu acho...- a menina completou se recordando.- Por que você não me contou antes?

Haku balançou os ombros e olhou pra cima.

- Não sei... Mas, naquele mesmo dia, eu descobri um tesouro. Um tesouro que ficou comigo durante todos esses anos...

O menino colocou uma das mãos no bolso, e tirou um pequeno objeto.
Sob a fraca luz da lua, permitia encher poucos detalhes de uma pequena sapatilha.

-Meu sapatinho!- Chihiro exclamou abraçando-a – Como a encontrou?

-Quando estava pescando com meu avó aqui, no mês passado.

-Mas...- a menina franziu o cenho, confusa- Você tinha dito que foi no dia do acidente que...

-Que eu descobri o meu maior tesouro... Você.

Chihiro começou a chorar novamente, de pura alegria.
Seus lábios abriram em um enorme sorriso por entre as lágrimas.

-Obrigada...- foi a única coisa que a menina consegui dizer.

Os dois se abraçaram, e ficaram olhando o céu cheio de pontinhos brilhantes, enquanto ao fundo ainda podia se ouvir a música da festa.
Uma musica que combinava completamente com a festa que havia nos jovens coraçõezinhos naquela noite.

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Se Enamora A Turma do Balão Mágico

Quando você chega na classe
Nem sabe
Quanta diferença que faz
E às vezes
Faço que não vejo e nem ligo
E finjo, ser distraída demais

Quantas vezes te desenhei
Mas não consigo
Ver o teu sorriso no fim
Te sigo
Caminhando pelo recreio
Quem sabe
Você tropeça em mim

Se enamora
Quem vê você chegar com tantas cores
E vê você passar perto das flores
Parece que elas querem te roubar

Se enamora
Quem vê você chegar com tantos sonhos
E os olhos tão ligados nesses sonhos
Tesouros de um amor que vai chegar

Quando toca o despertador
De manhãzinha
Me levanto e vou me arrumar
E vejo
A felicidade no espelho
Sorrindo
Claro que vou te encontrar

Fico só pensando em você
E juro
Que vou te tirar pra dançar
Um dia
Mas uma canção é tão pouco
Nem cabe
Tudo que eu quero falar

Se enamora
Quem vê você chegar com tantas cores
E vê você passar perto das flores
Parece que elas querem te roubar

Se enamora
Quem vê você chegar com tantos sonhos
E os olhos tão ligados nesses sonhos
Tesouros de um amor que vai chegar

Se enamora
E fica tão difícil
De ir embora
E às vezes escondido
A gente chora
E chora mesmo sem saber porque
Se enamora
A gente de repente
Se enamora
E sente que o amor
Chegou na hora
E agora gosto muito de você


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Notas finais do capítulo

Foi muito bom escrever essa fic. Muito bom mesmo!
Apesar de todas as dificuldades em colocar em um tom mais infantil, mais inocente o possível, foi maravilhoso relembrar do meu tempo de criança. Nesse capítulo talvez nossos meninos pareçam estar mais crescidos.
Mas o amor nos transforma em adultos e bebês ao mesmo tempo.
Não sou a favor de namoricos infantis, mas o que eles tem é algo puro, realmente puro.
São almas gêmeas, mas não deixam de ser crianças.
Obrigada por todos os reviews e beijos para todos!



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