POV Narrador

Era uma tarde tranquila no acampamento, os campistas treinavam esgrima, arco e flecha, escalada e entre outras coisas que eles faziam no acampamento. Os nossos campistas que acabaram de voltar da missão estavam em seus respectivos chalés descansando, cada um deles estava adormecido, tão cansados que não perceberam a presença de uma pessoa em seus chalés, sim, era o tal espião de quem Ponto havia falado, ele já havia cuidado desse detalhe antes mesmo que os campistas recebessem a missão, enquanto todos estavam em suas casas ele selecionou o campista que tivesse um ponto fraco e acessível e que ninguém percebesse. Então ele a achou, ela morava apenas com a mãe, seu pai quase nunca a via mais, sua mãe era a coisa mais importante em sua vida, ela trabalhava e estudava ao mesmo tempo, quando tirava férias ficava no acampamento ajudando os outros sendo uma monitora e dando aulas. Ela era uma boa garota, com um bom coração. Foi ali que Ponto viu a fraqueza, o seu bom coração, que às vezes não era escutado, ela era muito orgulhosa, falava aquilo que sentia sem se importar com os outros, isso era um defeito.

Ponto se viu diante de uma oportunidade única, ele começou a simpatizar com a menina, ele começou a seguir a menina todos os dias discretamente assumindo várias formas diferentes para que ela não desconfiasse. Um dia, ele conseguiu uma brecha, seguiu a menina até o parque e a encurralou lá.

- Senhorita? – Ele estava com sua aparência normal, a menina virou-se para o homem que a chamou.

- Olá. – Ela disse meio desconfiada, hoje em dia esse tipo de atitude era meio que preciso, não sabemos se quem nos para na rua é gente boa ou quer o nosso mal.

- Você sabe onde fica este endereço? – Ele entregou um pedaço de papel a ela. O endereço que ele mesmo havia escrito era de um hetol próximo à casa dela. – Eu estou aqui para uma conferência e não consigo achar este hotel. – Ponto disse tentando ser simpático com a menina, ela apenas se limitou a analisá-lo por alguns segundos para depois assentir.

- Ok, eu sei onde fica, venha comigo. – Ela disse e ele a seguiu, a menina o levou até o hotel.

- Muito obrigado senhorita. – Ponto disse dando um sorriso e a menina retribuiu.

- De nada senhor. Tenha um bom dia. – Ela disse e depois foi andando para a sua casa.

No outro dia Ponto ficou esperando a menina passar para sair do hotel, todos os dias era a mesma rotina, a garota começou até a gostar da companhia do belo homem do hotel, eles até tinham conversas bem animadas durante o caminho.

Porém, um dia, Ponto percebeu que já sabia o suficiente sobre a menina e que já era hora de colocar seu plano em ação. Eles se encontraram de manhã, como de costume, e caminharam conversando sobre banalidades, o homem seguiu seu caminho entrando em uma rua onde ele dissera à garota que ficava o seu “trabalho”, a menina continuou seu caminho para a faculdade.

A menina teve um dia normal na faculdade, no dinal da tarde, ela voltou para a sua casa, assim que a menina abriu a porta, ficou horrorizada com a cena que viu. O belo homem que a acompanhava todos os dias estava acompanhado de um homem encapuzado e, entre os dois, estava a mãe da garota, cheia de cortes e arranhões pelo corpo inteiro.

- Filha. – A mãe da garota disse fracamente, a menina, sem pensar duas vezes, foi levando sua mão ao seu pingente encantado.

- Oh não querida. Se eu fosse você não usaria sua arma. – Ponto disse sorrindo sarcasticamente. A vontade da menina era de cortá-lo em milhões de pedaços. – Acho que sua mãe não aguentaria um simples corte com a minha espada. – Ponto disse e levantou sua espada brilhante apontando para o pescoço da mãe, o simples toque da lâmina com a pele da mulher fez um filete de sangue escorrer pelo pescoço dela.

- O que quer de mim? – A garota perguntou soltando o pingente mágico.

- Sua lealdade querida, faça o que eu mando e você terá sua mãe de volta logo, logo. – Ponto disse e ela assentiu deixando uma lágrima cair. – Pode ir. – Ele disse para o capanga que estava com ele, no mesmo momento, o capanga e a mãe desapareceram em pó dourado. – Agora permita-me que eu me apresente. Meu nome é Ponto.

- Ponto? Tipo o deus primordial dos mares? – A menina perguntou curiosa.

- Vejo que Quíron treinou bem os campistas dele. – O deus disse. – Sim, sou eu mesmo.

- O que quer aqui? Sua era já acabou. – A garota disse ríspida.

- Aquela era foi só o começo, pode esperar por uma nova era querida. – Ponto disse. – Agora venha comigo, preciso lhe contar o seu trabalho nos próximos meses.

- Só me prometa que vai manter a minha mãe segura enquanto eu trabalhar para vocês. – Ela exigiu logo antes de ir com o deus primordial.

- Sua mãe estará segura enquanto você for útil para nós. Ou seja, espero que você seja uma bo atriz.

- Então vamos. – A garota disse por fim. Ponto a levou para onde ele e os outros deuses primordiais estavam escondidos.

- Você vai nos fornecer todas as importantes informações do acampamento, quero plantas do local, fotos, relatórios das pessoas que frequentam o acampamento, em especial alguns campistas. – Ponto disse.

- Quais? – A garota perguntou.

- Os irmãos Jackson e os irmãos Di Angelo. Samantha, Michael, Jacob e Allyson. – O deus disse.

- Só tem um pequeno problema: Allyson não frequenta mais o acampamento, senhor. – A garota disse.

- Acredite querida, ela vai voltar mais rápido do que você pensa.

POV Allyson

Quando eu acordei já era quase hora de jantar, corri para a cabine de Poseidon e me enfiei no chuveiro. Quase esqueci que eu tinha um encontro com Apolo hoje. Tomei um banho bem rápido, depois abri o meu armário para procurar uma roupa para sair. Achei um vestido preto de frente única que caía muito bem em mim, peguei uma sapatilha que achei por aí só para ir jantar, depois eu voltaria e terminaria de me arrumar.

- Onde é que a minha amiga pensa que vai com esse vestido mega lindo? – Quem chutou que era a Olívia acertou, aquele toquinho de gente me olhou sorrindo.

- Encontro com Apolo. – Eu disse e ela começou a dar pulinhos e bater palmas. Quem via minha amiga de longe podia facilmente confundi-la com uma filha de Afrodite desse jeito. – Você está parecendo uma filha de Afrodite assim. – Eu disse e ela riu.

- É, talvez eu seja neta dela ou coisa do tipo. – Liv disse e nós rimos juntas, depois subimos para o refeitório juntas, Liv se sentou na mesa de Dioniso e eu na de Hadesm junto com Jake e as gêmeas. Eu estava com muitas saudades do meu irmão.

- Então...como foi a sua missão? – Eu perguntei para Jake para puxar papo.

- Eu descobri que certos gêmeos podem ser muito pervertidos. – Jake disse e eu fiquei olhando para ele com uma cara de: O que no Hades aconteceu? Meu irmão me contou a história, Ash e Naty entraram na conversa e ficaram se defendendo das acusações do meu irmão, quando os três terminaram de contar tudo eu caí na gargalhada e eles logo me acompanharam.

Depois do jantar, enquanto todos se dirigiam para o anfiteatro, eu voltei para o meu chalé e terminei de me arrumar, penteei meu cabelo, fiz uma maquiagem bem natural, coloquei um par de brincos, um colar e uma pulseira e calcei um par de sandálias que eu havia separado. Passei um bom perfume e fui me encontrar com Apolo na colina onde fica a entrada para o acampamento.

E lá estava ele, lindo como sempre, trajando uma calça jeans escura, uma camisa branca e uma jaqueta vermelha por cima, seu sorriso iluminava tudo à sua volta, ele olhou para mim e veio ao meu encontro, me beijou e depois disse:

- Você está linda. – Eu me limitei a apenas corar com suas palavras.

- Então...para onde vamos Apolo? – Eu perguntei curiosa.

- Vamos passear pelo Olimpo, o que acha? – Apolo perguntou apreensivo, eu dei um sorriso para ele e assenti.

- Parece perfeito para mim. – Eu disse a ele. Apolo abriu a porta do seu Maseratti vermelho para mim, depois ele deu volta e se sentou no banco do motorista, a viagem do acampamento para o Olimpo não durou mais que 10 minutos, eu apenas apreciava a bela vista da cidade de Nova Iorque enquanto meu namorado dirigia. O Olimpo parecia ficar cada vez mais belo toda vez que eu o visitava, Apolo parou o seu carro perto do seu palácio, depois nós saímos de mãos dadas para caminharmos pela bela calçada do Olimpo.

- Este lugar sempre me surpreende. – Eu disse para Apolo.

- Não sei, depois de algum tempo você acaba se acostumando com isso. – Ele disse e eu ri. Passamos longas horas conversando antes de irmos para o palácio de Apolo.

Nós entramos no belo lugar e meu namorado me ofereceu uma taça de vinho, eu aceitei com educação. Ele trouxe duas taças e entregou uma a mim, encheu as taças e depois ergueu a sua.

- À nós. – Apolo disse.

- À nós. – Eu repeti o gesto dele e brindamos.

Uma taça aqui e outra ali, as coisas começaram a esquentar entre nós, e logo eu já estava num beijo cheio de luxúria com Apolo, suas mãos apertavam minhas coxas com suavidade, um toque gostoso e excitante.

- Vamos para o meu quarto. – Ele disse me pegando em seu colo logo em seguida, eu apenas dei uma risada e me deixei levar pelas sensações que aquele lindo deus provocava em mim.

Apolo me deitou em sua cama e começou a me beijar avidamente, eu aprofundei o nosso beijo agarrando seus cabelos, quando nos separamos em busca de ar, eu aproveitei e arranquei sua jaqueta e camisa. Deuses! Como ele é lindo! Fiquei perdida naquela bela visão do Olimpo, aquele tanquinho maravilhoso e bem definido que era só meu.

Ele começou a beijar meu pescoço e a morder de leve, eu estremeci com suas carícias, aquele homem me deixava louca. Quis inverter a situação, então e o deitei na cama e comecei a beijar seu peitoral definido, subi para seu pescoço e depois para a orelha, Apolo pirava com as minhas carícias.

Ele passou por cima de mim e, em um rápido movimento ele arrancou meu vestido, agradeci mentalmente por ele não ter rasgado minha roupa. Apolo beijou meus seios desnudos com carinho e mordiscou de leve me levando à loucura, eu já gemia descontrolada pelas suas carícias, sentia minha intimidade reagindo aos carinhos do meu namorado, clamando por ele, mas não me daria por vencida, torquei nossas posições novamente e tirei sua calça.

Depois de um longo tempo apenas nos provicando, estávamos nus e pronto para nos completar, Apolo me deitou com delicadeza e, devagar, se posicionou entre minhas pernas, seu membro me preencheu com cuidado e logo ele começou a se movimentar em mim. Eu pedia por mais velocidade, mais força e Apolo nunca negava os meus pedidos, só paramos quando, juntos, explodidos no clímax gritando os nomes um do outro. Aquilo era a melhor sensação do mundo.

Apolo deitou-se ao meu lado e adormecemos, só acordei no outro dia quando meu namorado me trouxe uma bandeja de café da manhã na cama. Ele é um fofo!

- Bom dia meu amor. – Ele disse me dando um selinho, eu me espreguicei e sorri.

- Bom dia querido. – Eu respondi. Olhei para o relógio, não era muito tarde, Quíron não brigaria comigo, ainda bem. – Isso é pra mim? – Eu perguntei apontando para a bandeja.

- Sim amor. Preciso conversar com você antes de voltarmos. – Ele disse e colocou a bandeja no meu colo.

- Pode dizer. – Eu disse enquanto pegava uma fruta para comer.

- Bem, esses últimos meses com você foram os melhores da minha vida, de TODA a minha vida Allyson. – Apolo disse para mim. – Eu realmente amo muito você.

- Eu também amo muito você Apolo. – Eu disse.

- Eu sei minha pequena, é por isso que quero te propor uma coisa. – Ele disse.

- O que? – Eu perguntei curiosa.

- Quero que você venha morar comigo, eu te tornarei uma deusa menor e você se casará comigo. – Apolo disse.

Eu fiquei sem palavras, não sabia o que fazer. Apolo realmente pediu aquilo para mim? O que eu vou fazer? E a missão?

POV Samantha

Eu estava muito intrigada com esse negócio de ter uma espiã no acampamento, decidi então ir até a Casa Grande conversar com meu pai, ele estava na varanda olhando para o nada enquanto minha mãe, Sr.D e Quíron jogavam pinoche.

- Pai, posso conversar com você? – Eu perguntei e ele assentiu, avisou ara mamãe que iria sair e caminhamos pela praia.

- O que houve filha? – Papai perguntou.

- Pai, como podemos fazer progresso se temos uma espiã atrás de nós, não temos como surpreender o inimigo. – Eu disse meio frustrada.

- Querida, eu sei como é se sentir assim, mas aprenda uma coisa, as pessoas sempre te surpreendem. – Meu pai disse.

- Como você sabe como eu me sinto? – Eu perguntei.

- Lembra da grande profecia a qual eu fiz parte meu bem? – Ele perguntou e eu asssenti. – Então, antes das coisas se realizarem eu descobri que havia um espião entre nós, na verdade, uma espiã. Ela era uma menina do bem, mas foi enganada por alguém que não era tão do bem assim. É assim que eles pegam espiões, quem sabe o que Ponto deve ter feito com esta menina para ela acatar as ordens dele? – Meu pai disse.

- E o que você quis dizer sobre as pessoas surpreenderem? – Eu perguntei.

- A menina que era espião, no final, tornou-se uma grande heroína e nos ajudou a trazer reforços do acampamento para lutar conosco. Ela surpreendeu a todos nós e morreu como heroína. – Meu pai disse.

- Mesmo assim, ainda é frustrante pai. – Eu disse e ele riu.

- Conheço a pressão que esse tipo de responsabilidade traz querida, eu sempre tive sua mãe comigo, mas mesmo assim, no final, a decisão foi minha. Isso pode te deixar maluca, mas não se acanhe, criamos você e seu irmão para serem os melhores, do jeito que eu sei que são. Temos total confianã em vocês dois e em todos os campistas. – Meu pai disse e eu sorri para ele, estava começando a me sentir mais segura com relação à essa missão.