Céu de Sangue escrita por Pricililica


Capítulo 35
Capítulo 35, Morrendo...


Notas iniciais do capítulo

Oie, Tb com vcs?
Espero que sim...
Então nós vemos lá em baixo e boa leitura.
OBS: Capítulo um pouco confuso, leiam com atenção



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É engraçado que quando acontece algo assustador e conseguimos superar nunca esperamos que para frente possa acontecer coisas piores ainda.

Eu pensava que depois de ter quase sido morta por Usui á algum tempo atrás, nunca iria passar novamente pela sensação de sentir que minha vida estava por um fio.

Nunca estive tão errada.

Porque quando você sente algo tão ruim e ameaçador... Que te paralisa e enfraquece de uma maneira que você nunca pensaria ser possível.

É aterrorizante de uma maneira inexplicável, daquele tipo que mesmo depois de tempos que aconteceu, ao se lembrar você vai sentir seu corpo formigar e o medo querer voltar.

É irracional.

Era exatamente o que eu sentia naquele momento.

Enquanto a tempestade caia como uma cascata de aguas turbulentas sobre a floresta, sobre mim.

A escuridão não me deixava ver nada.

Eu não sabia onde realmente estava.

Eu estava com tanto medo que não conseguia pensar.

A única coisa que se passava pela minha mente era que eu tinha que correr.

E eu corri.

O máximo que pude.

Entre as arvores que não conseguia enxergar. Batendo em troncos e tropeçando em raízes.
Escorregando na terra lamacenta.

Eu corria sem parar.

Minha mente era como um alarme soando uma única palavra.

Fuja

Mesmo quando meu pé latejava e eu sentia meu peito se apertar devido ao esforço, eu não parei de correr.

Por que eu sabia que se eu parasse iria morrer.

Era uma certeza tão forte.

Como se todo o meu instinto de sobrevivência gritasse.

Eu podia sentir a presença atrás de mim.

Como um fantasma, sem som... Sem forma.

Ele não corria ele só... Seguia.

Como uma cobra brincando com o rato preso dentro do aquário.

E mesmo quando o medo que eu sentia era forte demais para me fazer perceber outras coisas, eu ainda conseguia sentir todos os pelos do meu corpo arrepiados.

Um arrepio que não tinha nada a ver com o frio que eu deveria sentir por causa da tempestade gelada.

Um arrepio... Um frio diferente.

Era a presença.

Uma presença tão ruim... Uma presença que nós faz pensar no pior tipo de morte possível.

E eu só pensava que não podia deixa-lo me pegar. Nunca.

Eu não gritava. Não pedia por ajuda.

Eu só corria, desesperadamente... Sem parar, sem me lembrar de que aquilo era perigoso, sem me lembrar que poderia ter um ataque de asma por causa do esforço.


Ele estava chegando perto. Eu podia sentir a presença dele colada a minhas costas.
- Não... – Foi o único som que saiu de minha boca.

“riririrri”

Eu senti meu coração bater mais rápido ainda ao ouvir a risada dele.
Ele estava brincando.

“Não fuja coelhinha” A voz soou tão cruel como um presságio de morte. Ele chegou mais perto.

Meu corpo ficou tenso e quase não consegui continuar correndo.

Como num instinto virei a cabeça para trás tentando ver algo... Tentando vê-lo.

A luz dos raios que cortavam o céu iluminavam a floresta em intervalos de segundos, mas, não vi nada.

Com uma energia que nunca imaginei que teria eu corri mais rápido.

E quando voltei a olhar a escuridão a frente, foi como se minha respiração bloqueasse e invés de meu coração bater ele parasse por que... Ele estava na minha frente.

A única coisa visível para meus olhos foi os olhos dele.

Pequenos e as pupilas de um amarelo forte praticamente brilhavam na escuridão.

Eu não pude evitar de colidir com ele.

O impacto foi forte o bastante para que eu caísse com força no chão.

Algo pontudo perfurou minha mão, mas, eu não senti a dor.

- Então, finalmente nós encontramos... – Ele disse.

- Que... Quem é você? – Perguntei, mal disfarçando o terror em minha voz.

- Quem eu sou? – Ele repetiu. – A pergunta correta seria, quem é você... ?

- O que você quer? – Perguntei, enquanto me arrastava tentando ir para longe dele, mas sendo impedida pela arvore no meio do caminho.

- O que eu quero ?– Ele se aproximou pisando no meu pé que estava torcido.

Eu pude ouvir o barulho do osso quebrando ao mesmo tempo em que gritava de dor.

- Eu vou mata-la...- Ele disse enquanto se abaixava em minha direção.

Mãos ásperas seguraram em ambos os lados do meu rosto e pude sentir o hálito podre que exalava de sua boca.

- Eu esperei por tanto tempo...- Ele disse. – Tanto tempo para ter minha vingança contra aquele maldito vampiro...

- Sasuke... – Sussurrei.

- Sim, Sasuke – Ele repetiu. – O tão poderoso Uchiha não sabe que matarei a sua estupida vadia...

O quê... – Tentei dizer, mas, ele apertou meu rosto com tanta força que cheguei apensar que ele quisesse parti minha face.

- Ninguém espera que eu a mate... – Ele continuou. Os olhos eram a única coisa que eu conseguia enxergar nele.- Todos temem os puros sangue... – Prosseguiu. - Mas, eu não me importo com o medo daqueles tolos que se deixam intimidar pelos vampiros...

- O que... – Tentei novamente.

- Eles matam o que querem sem pensar... Então eu também vou fazer o mesmo – Suas pupilas amarelas aumentaram de tamanho. – E matarei você, por que não posso mata-lo... – Suas mãos foram para o meu pescoço e senti a pele da minha nuca ser perfurada.

Nenhum som saiu de minha boca enquanto eu sentia a unhas dele afundarem se em mim.

- Sua vida pela de Usui e Takumi... – Ele disse. – Ele os matou por que estavam fazendo o que sempre fizeram, só que por azar ou ironia, a vadia que eles iriam devorar era o brinquedinho de uns dos Uchihas...

Meus olhos estavam fixados nos dele.

- Eu esperei pacientemente por um descuido do Uchiha... E quem poderia imaginar que hoje seria o grande dia, tudo por que a coelhinha dele quis dar uma de aventureira...
Um grito ficou preso na minha garganta quando ele retirou as unhas bruscamente do meu pescoço.

- Vou faze-la sofrer tão lentamente – O ouvir dizer. – Para que quando o Uchiha vier me matar eu possa o presentear com as lembranças de sua morte.

Sua mão áspera envolveu uma das minhas mãos.

Eu não consegui me impedir de gritar quando ele a quebrou.

Estava tão frio.

Eu estava com tanto medo.

Meu pé e minha mão latejavam insuportavelmente.

Na parte de trás do meu pescoço era como se estivessem colocando ferro em brasa na minha pele.

Eu iria morrer...Eu estava morrendo.

De novo.

E eu iria morrer sem saber de nada.

Nada do que havia vivido em outra vida com Sasuke.

Morrer sem saber os reais motivos que me levaram a me matar e deixa-lo a séculos atrás.

Eu iria morrer sem dizer a ele que eu sentia muito por tê-lo feito sofrer por todo aqueles anos.

Eu iria morrer sem minha mãe... Chiharu...

Eu iria morrer sem dizer que eu as amava demais... Sem dizer que elas eram tudo para mim.

Sem dizer que eu sentia muito por talvez não ter sido a filha perfeita, ou a irmã mais presente e amiga...

Amiga... Eu iria morrer sem ver Ino, sem saber se Tenten estava bem...Sem saber se Lee estava vivo.

Eu não sentia, mas, sabia que estava chorando.

- Não chore... – Ele disse. – Grite... Grite bem alto, implore por sua vida... Implore para mim, assim com Usui e Takumi devem ter implorado para o Uchiha...

Eu não implorei, mas, gritei... Gritei bem alto quando o sentir atravessar as garras no meu peito.

- Isso... – Ele disse. – Grite, grite mais...

Mas, eu não gritei, não de novo. Mesmo quando ele perfurava meu corpo em vários lugares me fazendo perguntar o porque de eu não ter morrido ainda.

E quando a dor se tornou forte demais e meu corpo fraco demais para suporta-la eu sussurrei o nome dele.

- Sasuke...

E então eu senti tanto frio, tanta dor que realmente desejei morrer.

Os olhos de um amarelo purpura esta a centímetros do meu.

O frio que se apoderou do meu corpo superou toda a dor que eu sentia.

Minha consciência estava ficando distante... Nublada.

Era como se eu estivesse me perdendo.

Perdendo minha essência... Minha alma.

E na realidade era exatamente isto. Ele estava me devorando.

Devorando minha alma.

Como Usuii quis ter feito naquele dia.

E eu só pensei em Sasuke naquele momento.

Nos olhos rubros dele, na pele branca, e aqueles cabelos tão negros.

E me perguntei se ele também aniquilaria o clã dos demônios quando descobrisse o que havia acontecido.

Perguntei-me se talvez eu reencarnaria novamente dali a duzentos anos.

E com uma vontade que me surpreendeu mesmo naquele momento eu desejei que sim.

Desejei poder me encontrar com ele novamente.

Desejei poder fazê-lo feliz na próxima vez...

E depois não desejei mais.

Por que eu estava tão cansada.

As pupilas amarelas estavam tão embaçadas, ou talvez eram meus olhos que já não podiam vê-las mais.

Então eu senti como se meu corpo levasse um golpe forte.

Novamente a dor se fez presente em todas as partes do meu corpo sobrepondo-se ao frio.

E em vez de pupilas amarelas eu vi rubras.

Lindas.

- Sakura... – Eu ouvi a voz dele tão nitidamente que por um momento quase acreditei que realmente ele estava ali... Comigo.

- Sakura...- Eu a ouvi novamente e se não fosse pela dor e cansaço eu até poderia sorrir por que a voz soava irritada... Tão parecida com a dele.

Então a senti os dedos no meu rosto, eles não eram ásperos. Eram lisos e familiares.

Eu quis fechar os olhos... Por que se aquele era o momento para eu morrer eu morreria me lembrando dele.

- Sakura... – Me forcei a manter meus olhos fixos nos rubros. – Não me deixe...

Então eu senti.

Os lábios dele nos meus e soube que ele estava ali.

Comigo.

Ele tinha vindo, de novo, mais uma vez.

Para mim.

- Sasuke... – Sussurrei nós lábios dele enquanto sentia o gosto metálico de sangue na minha boca.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Hum... e aí????, o que acharam, tipo, vcs entenderam o tudo o que aconteceu no capítulo direitinho, pq se não entederam pode perguntar que eu respondo ainda hoje, ta??
E ai tipo, estou muito ansiosa para saber a opinião de vcs sobre o capítulo, então não deixem de comentar.
Bjos.