The Soul escrita por CaahOShea, Bellah102


Capítulo 14
Corpo, alma e coração


Notas iniciais do capítulo

Oi amoras! Mais um capítulo repostado!
E tenho certeza que muitas estavam ansiosas por esse, não? Hehe. Bom, tenho que admitir que foi complicado escrevê-lo, afinal não é fácil escrever uma cena de amor, sem acabar perdendo a magia do momento, e exagerando. Mas realmente gostei muito do resultado final, ficou bem leve, e super Ian e Peg *-*
Esperamos realmente que gostem!
Ah só um aviso para depois não haver problemas. Capítulo contém nudez e insinuação sexual. É bem leve, nem chega a ser um Hentai, mas se te ofende de alguma forma, como leitor, fique a seu critério ler ou não. A fic é classificada para +13, porém apesar desse capítulo não haverá necessidade de mudar a classificação.
Sem mais, boa leitura, e preparem os corações para a primeira vez de Ian e Peg! * Comemora*

Música do capítulo:

♫ Because You Loved Me_Celine Dion ♫

Por todas aquelas vezes que você me apoiou
Por toda a verdade que você me fez enxergar
Por toda a alegria que você trouxe para minha vida
Por tudo de errado que você transformou em certo
Por todo sonho que você tornou realidade
Por todo o amor que encontrei em você eu serei eternamente grata, meu bem
Você é quem me sustentou
Nunca me deixou cair
Você é quem me acompanhou, através disso tudo

Você foi minha força quando eu estive fraca
Você foi minha voz quando eu não podia falar
Você foi meus olhos quando eu não podia ver
Você enxergou o melhor que havia em mim
Me ergueu quando eu não conseguia alcançar
Você me deu fé porque você acreditou
Eu sou tudo o que sou porque você me amou

♫♫♫♫

http://letras.mus.br/celine-dion/76424/traducao.html



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‘’ O amor não é um hábito, um compromisso, ou uma divida. Não é aquilo que nos ensinam as músicas românticas, o amor é indefinições. Ame e não pergunte muito. Apenas ame. ’’ – Paulo Coelho.

POV Ian:

– Ian? Ei Ian, está me ouvindo?

A voz de Jamie me tirou dos meus devaneios, me fazendo piscar e encarar com expressão confusa o rosto do garoto a minha frente. Jamie tinha um riso no rosto enquanto estalava os dedos a minha frente e Jared rolava os olhos.

– Me desculpem, eu estava distraído.

Desculpei-me, sorrindo envergonhado, pousando minha ferramenta de trabalho, uma pá novinha em folha, no solo recentemente arado e fofo. Hoje nosso trabalho no campo Leste foi preparar o solo para e colheita. Jared e Jamie foram meus parceiros de trabalho.

– Ah senhor distraído – Jared disse fazendo graça. Sim, desde o retorno de Mel seu comportamento tinha mudado completamente. Seu lado sombrio e seco desaparecendo completamente, e agora, éramos amigos. – Estávamos falando que o trabalho acabou, Jeb nos liberou. Amanhã vamos irrigar e semear.

Eu fiz que sim, completamente exausto. Estávamos no final de tarde e meu corpo estava reclamando, meus músculos doloridos e minhas roupas repletas de terra escura das cavernas.

Jamie e Jared não estavam diferentes.

– Ai, esse trabalho me deixou morto de fome – Jamie reclamou com uma careta no rosto – Esse trabalho pesado é demais para o meu pobre corpo em desenvolvimento, preciso falar com tio Jeb sobre isso.

– Qual é Jamie, nós fizemos o trabalho mais pesado.

Jared disse rindo, bagunçando os cabelos de Jamie. Mas ele não pareceu notar, seus olhos pousaram na garota de cabelos cor de fogo que passava ao lado de Truddy, do outro lado do campo, segurando Allie nos braços. Os olhos de Jamie brilharam quando Alysson acenou para ele.

– Eu já volto.

Ele disse sorrindo, murmurando um breve ‘ Até daqui a pouco’ antes de ajeitar as roupas sujas de terra e correr até a garota, que sorria de orelha a orelha.

– Ele está crescendo.

Jared disse com um sorriso orgulhoso.

– Sim, está mesmo. – Falei me lembrando do rosto de Peg cheio de orgulho – Peg se orgulha muito dele, é como uma mãe coruja.

– Falando em Peg... – Jared disse franzindo o cenho – Cadê ela?

– Ah ela foi se deitar um pouco, Jeb a liberou por que o trabalho era pesado demais para ela. – Disse dando de ombros agradecendo mentalmente pela intervenção de Jeb. – Ela ficou um pouco chateada, como sempre, mas não posso deixar que ela caia de exaustão.

Ele fez que sim, concordando.

– Bom, vou tomar banho.

– Certo O’Shea – Jared disse enquanto tirava a camisa suada e com terra grudada – Ah não se esqueça do nosso jogo mais tarde, parece que a bola tem sobrevivido ao seu irmão.

Eu ri caminhando em direção à saída.

– Ei Ian... - A voz de Jared me chamou me fazendo virar para encontrar sua expressão provocativa – Vê se não some dessa vez, como na outra semana, que você e Peg desapareceram durante o jogo.

Disse com expressão maliciosa.

– Vá se ferrar, Howe!

Falei sorrindo enquanto ele levantada as mãos em rendição e sua risada alta ecoava pelo campo vazio.

Rumei apressadamente até o quarto, ansioso para reencontrar Peg. Aquele era a da parte preferida do meu dia. Eu sempre voltava para o quarto e encontrava Peg com um lindo sorriso angelical no rosto, a minha espera.

Era quase como um script.

Nos beijávamos até perder o fôlego e matarmos um pouco da saudade, e depois íamos até a cozinha de mãos dadas, conversando sobre nossas horas separados.

Mas, estranhamente ela não me esperava em nosso quarto. A colcha de crochê forrando a cama, onde apenas Tedd, estava perfeitamente alinhado no centro da cama. Nossas roupas perfeitamente empilhadas e dobradas num canto do quarto.

Talvez Peg estivesse ajudando Truddy na cozinha.

Dei de ombros, indo até a pilha de roupas, pegando uma camiseta verde-água e um short confortável azul escuro que chegava até os meus joelhos. Afinal estava bastante calor e precisava de roupas frescas.

– Ah, que porcaria! Ian você é um cabeça de vento!

Resmunguei para mim mesmo, parando de andar bruscamente. Assim que eu senti o vapor quente da Sala de Banhos e o barulho de agua corrente, me dei conta que havia esqueci um item importante, o sabonete. Agora os sabonetes não eram mais aqueles que ardiam na pele. Em todas as nossas incursões, sabonetes e shampoos cheirosos eram parte da nossa lista, uma regalia que nos permitíamos usufruir.

Mais uma façanha de Peg.

Assim que parei novamente em frente à porta do nosso quarto, eu a tirei do lugar com um pequeno solavanco, e estava tão distraído que nem notei que o quarto estava ocupado novamente. E eu poderia jurar que nada nesse mundo, poderia me preparar para a cena que eu vi assim que coloquei os pés dentro do nosso quarto.

Eu simplesmente perdi o fôlego.

O quarto não estava vazio como antes. Peg estava de costas para a porta, seus cabelos dourados completamente soltos, caindo em cascatas sobre suas costas nuas. Ela vestia apenas uma calcinha de renda azul turquesa, sua cintura delicada e desenhada completamente à mostra sobre sua pele branca e sedosa.

Ela resfolegou surpresa assim que seu rosto encontrou o meu, segurando às pressas a camiseta branca sobre os seios quase expostos.

– I-Ian!

Ela gaguejou, seu rosto atingindo um tom quase inacreditável de vermelho escarlate, suas mãos trêmulas seguravam a pequena blusa. Minha respiração parecia presa e o quarto parecia alguns graus mais quente, fazendo suor frio brotar em minhas mãos e testa.

– Peg desculpe, me desculpe! – Engoli seco, virando-me para parede de pedra, dando espaço para que ela pudesse terminar de se vestir. Apertei os olhos me xingando internamente pela minha invasão de privacidade. – Eu devia ter batido na porta antes de entrar.

Droga, o que Peg pensaria de mim agora?!

Mas eu não poderia negar. Eu era homem e amava aquela doce alma. Alma com corpo de menina-mulher, e que eu desejava cada dia mais. E mais uma vez senti minha consciência apitar, me sentindo mal por ter gostado mais do que deveria da cena.

– Tudo bem, Ian. Não precisa se desculpar – Sua voz saiu baixa, completamente desconcertada – Pode se virar, eu já terminei de me vestir.

Respirei fundo, abrindo os olhos de vagar e virando-me, encontrando os olhos prateados de Peg me olhando, confusos. Senti um alivio ao vê-la devidamente vestida com um delicado macacão verde azulado.

– Me desculpe amor, de verdade.

Me desculpei novamente sem graça. Peg sorriu encabulada e deu de ombros, unindo nossos lábios num selinho casto.

– Nenhum dano irreparável causado, certo?

Disse tentando descontrair o ambiente, mas eu ainda sentia meu corpo quente demais com o seu corpo perto do meu e isso tornava mais difícil pensar com coerência.

– Certo.

Respondi tentando controlar a vontade de tomá-la meu meus braços. Eu sabia que não poderia passar dos limites, não poderia me deixar levar ou acabaria assustando-a e eu definitivamente não queria isso. Afinal, tudo tinha sua hora certa.

– Eu acho melhor eu sair, agora.

POV Peg:

Eu sabia como a palma da minha mão que Ian estava completamente desconcertado com a cena anterior, assim como eu. Eu ainda estava meio paralisada, completamente sem reação e muito envergonhada por ter sido flagrada seminua pelo meu noivo.

Senti minhas bochechas corarem fortemente.

– Eu acho melhor eu sair, agora.

Ian disse hesitante se afastando de mim em direção a porta.

– Espera Ian, não vá. – Eu disse meneando a cabeça, segurando uma de suas mãos. Não era justo deixa-lo partir daquela forma – Você não precisa sair. É só que... Eu nunca fiquei assim... – Enruguei a ponta do nariz corando fortemente novamente – Na frente de ninguém, é tudo novo para mim, entende?

– É novo para mim também, Peg. Foi muito embaraçoso para mim, tanto quanto para você – Ele disse recolocando a porta no lugar e se aproximando de mim – Mas você sabe que eu sempre vou te respeitar acima de tudo. Não precisa ter vergonha de mim, ok?

Assenti tentando me fazer parar de corar.

– Acho que podemos trabalhar nisso.

Ian sorriu largamente.

– Sabe, eu estou com muita vontade de beijar minha noiva, nesse momento – Ele sussurrou bem próximo ao meu ouvido, me surpreendendo – Será que ela ficaria muito desconcertada com isso?

– Oh, definitivamente não.

Respondi minha voz mais baixa do que eu gostaria.

Então ele uniu nossos lábios, movendo-o contra o meu de forma lenta e apaixonada, me fazendo estremecer dos pés a cabeça. Era difícil pensar em qualquer outra coisa naquele momento. Difícil resistir. Seus braços me apertavam contra seu corpo, fazendo seu cheiro invadir o meu sistema.

Correspondi o beijo imediatamente, minhas mãos voando para os seus cabelos curtos, apertando-os com a maior força que minhas pequenas mãos poderiam ter. Era uma sensação estranha. Havia fogo por toda parte, por que ele estava em toda parte. Suas mãos passavam por minha pele, queimando-a. Seus lábios provaram cada pedaço do meu rosto.

Nossos olhos se cruzaram por alguns segundos, seus olhos Safira, Neve, Meia Noite, me olhando com devoção, como se quisesse guardar cada detalhe do meu rosto corado.

E aquele olhar caloroso afastou minha timidez, me dando uma coragem desconhecida para novamente puxá-lo para mais perto de mim, envolvendo os braços em volta do pescoço dele. Mesmo sem saber o que fazer ao certo, eu enrolei as pernas em volta da cintura dele, mantendo-me o mais firme possível.

Eu soltei um grunhido de insatisfação quando seus lábios deixaram os meus, mas não demorou muito, pois seus lábios fizeram uma trilha diferente, descendo pelo meu pescoço até o meu ombro.

– Estou indo rápido demais?

Perguntou afastando nossos rostos um milímetro, ofegante. Fiz que não rapidamente, tentando recuperar minha respiração. Ian me apertou mais em seus braços, me ajudando a manter firmeza e mesmo estando desorientada, eu senti quando estávamos nos movendo.

Ele nos conduziu até a nossa cama, me sentando sobre o colchão macio e levei minhas mãos até suas costas, e com os dedos levemente trêmulos, ultrapassei o pano de sua blusa, erguendo-a acima de seu umbigo.

Eu estava confusa, desorientada, insana.

– Ian! Tadinho do meu ursinho!

Resmunguei e ele me deu um sorriso maroto.

– Você é incrível.

Ian disse sorrindo da minha preocupação com meu ursinho num hora muito mais do que inapropriada. Mas o pensamento logo virou fumaça, desaparecendo quando os lábios de Ian estavam novamente sobre os meus.

Quando dei por mim, cinco botões da camisa de Ian já estavam abertos.

– Peg! Peg! Peg!

Cantarolava uma voz alegre no corredor, se aproximando da porta. De imediato eu reconheci aquela voz. Era Jamie. No susto, empurrei Ian pra longe de mim, separando nossos corpos, com olhos extremamente arregalados.

– Oi Jamie!

Ian cumprimentou desconcertado, se levantando rapidamente da cama e fechando os botões abertos da camisa. Eu também me levantei rapidamente, ajeitando minhas roupas e meus cabelos bagunçados.

– Peg, eu estou tão feliz! Tão feliz!

Jamie disse me abraçando, e pude ver que seus olhinhos brilhavam. Eu não pude evitar sorrir com ele e agradecer por sua inocência impedi-lo de notar o que estava acontecendo pouco antes de sua chegada.

– Um passarinho verde me contou que tem alguém que está apaixonado por aqui – Ian brincou bagunçando os cabelos de Jamie, que ficou vermelho na hora.

– Ian, você está envergonhando ele! Para com isso! – Resmunguei fazendo carinha de brava, o que fez Ian cair na gargalhada. Por que ninguém me leva a sério?! – Então Jamie, o que você quer nos contar, querido?

– Eu e Alysson... Nos beijamos.

Confidenciou.

É, meu menino estava mesmo crescendo.

POV. Mel:

– Não acredito que a Alysson vai mesmo embora... Jamie vai ficar tão triste quando souber... - Eu disse. Eu e Peg estávamos conversando depois do banho, lavando a roupa, com os pés imersos na água. – Não tive coragem de contar a ele.

– Eles se gostam tanto... É raro achar adolescentes nas resistências. - Ela respondeu, esfregando a camiseta que tinha em mãos.

– Se bem que... Isso não o impediu de fazer suas trapalhadas. - Peg riu, enxaguando a camiseta e torcendo-a. Ela pensou um pouco antes de colocar a camiseta de lado e olhar para mim, com cara de quem estava prestes a revelar um segredo de estado. Ela olhou ao redor na escuridão algumas vezes para se certificar que não havia ninguém ouvindo.

– Eu e Ian estávamos prestes a ter nossa primeira vez... - Ela segredou, e sabia que ela estava corando na escuridão. Ambas demos risinhos cúmplices.

–E daí, o que aconteceu?

– Estávamos quase... – Ela olhou em volta, envergonhada mais uma vez – Você sabe... E Jamie apareceu dizendo que tinha beijado a Alysson. Ele não percebeu nem nada... Mas depois disso, eu e Ian ficamos morrendo de vergonha um do outro.

Fiquei estarrecida. Jamie havia interrompido provavelmente o ponto alto da vida amorosa de Peg e nem havia percebido, até aí tudo bem, ele era inocente e puro. Mas depois disso Peg não teria mais coragem de fazer nada. Se eu bem a conhecia ela era capaz de enfrentar a morte cara a cara, mas não tinha coragem de dar um passo à frente, principalmente um passo tão grande, no seu relacionamento.

Minha irmã precisaria de ajuda nessa empreitada. E eu já tinha algo em mente...

– No que está pensando Stryder? - Ela perguntou enquanto eu esfregava meu short com uma expressão maliciosa no rosto. Fiquei feliz por ela não conseguir ver nada na escuridão.

– Nada não. Só divagando.

POV. Peg:

– Sério Mel, porque me vendou? A gente já passou dessa fase quando eu ainda estava dentro de você... Onde está me levando? - Perguntei aflita pela milésima vez. Ainda não entendia porque estava ali. Num momento eu estava jantando um belo espaguete, esperando o momento que Ian chegaria ao refeitório e no outro, Mel havia me vendado e estava me guiando por vários lugares que eu não tinha a menor ideia de onde eram.

– Para de tagarelar que você chega mais rápido, droga. Não entendo porque você está tão aflita.

– Ah talvez seja porque você me raptou no meio do jantar, me vendou e está quieta como se estivesse me levando para um matadouro.

–Vamos, querida... Acha mesmo que eu te levaria para um matadouro?

– Não sei. Levaria?

Ela me deu um tapa no topo da cabeça. Gemi.

– Ai, Mel.

– Por ter sido má. Já chegamos.

Ela disse segurando meus ombros para evitar que eu fosse adiante. Parei, tentando tatear alguma coisa à minha volta. Ouvi Mel mexer algo de madeira que roçou no chão de pedra. Era uma porta? Minha porta e de Ian! Mel estava me levando para o meu quarto! Agora a questão era porque Mel estava me levando para o meu quarto? Eu sabia o caminho, e podia ir andando sem uma venda perfeitamente. Quando entramos senti um cheiro ótimo, que eu acho que nunca tinha sentido antes. O quarto estava mais quente do que o normal.

– Mel? Você voltou? Posso tirar a venda agora? - Perguntou a voz de Ian enquanto eu tateava cegamente para dentro do quarto.

– Ah, vocês dois se merecem, não param de falar, e falam e falam. Tirem logo e aproveitem Mon’amieu.

Pude ouvir a porta sendo recolocada no lugar e tirei a venda, gemendo quando arranquei alguns fios do meu cabelo sem querer. O quarto havia sido claramente invadido, e aquilo tinha dedo de Melanie Stryder, ah se tinha. Espalhados pela pedra havia velas aromáticas. Velas aromáticas! Onde Mel tinha conseguido aquilo?! Pétalas de rosas vermelhas espalhadas pelo chão e na cama... Ela havia estado ocupada. Ian também tirara a venda e olhava em volta, estranhando tudo o que via tanto quanto eu.

– O... Que aconteceu aqui?

Apertei a ponta do meu nariz, corando perigosamente rápido.

– Eu contei para a Mel que a gente ia... E... Ela deve ter querido dar... Ai que vergonha... – Falei, corando ainda mais.

Ele sorriu olhando para a porta. Então ele se aproximou de mim, levantou meu rosto, com meu queixo entre o indicador e o polegar, me fazendo olhar para seus olhos, ainda mais irresistíveis sob a luz das velas, que os fazia brilharem como duas safiras, brilhando a meia noite, perdidas no meio da neve. Eu estava tão apaixonada naquele minuto, que poderia cair um meteoro em cima de mim e nunca perceberia.

>>> Dê play na música: http://www.youtube.com/watch?v=xvqCr0L2r7c

– Mas, já que estamos aqui... - Ele disse em tom sugestivo, passando as mãos pela minha cintura, e me beijando. Seu beijo foi tão cheio de paixão como da outra vez, mas agora era diferente. Eu estava preparada, sabia que ia acontecer e estava pronta para me entregar de corpo e alma, para ele. E aquilo tornava tudo infinitamente melhor. Sabia o que eu estava fazendo. Ian não desgrudou nossos lábios para tirar a camisa, e quando ele voltou, eu apalpei os músculos rígidos de suas costas e abdômen, ainda tensos do trabalho. Percebi que minhas pequenas mãos provocavam arrepios quando o tocavam.

Com os lábios tracei linhas de beijos por seu peito, enquanto ele se encarregava de tirar minha blusa lentamente, deixando a mostra o meu sutiã vermelho com bolinhas brancas. Quando chegamos à cama, eu já estava completamente sem fôlego. Mel havia providenciado que Tedd não nos atrapalhasse dessa vez. Não sei como ela sabia, mas acertou.

Ian continuou, beijando meu ombro esquerdo, depois o direito. Ele inspirou profundamente, cheirando o meu pescoço, o meu cabelo, e pegou a minha mão direita e entrelaçou meus dedos com os dele, e a sua mão esquerda foi parar nas minhas costas, na altura da cintura, me puxando para mais perto dele do que eu achei ser possível estar. Ele hesitou, interrompendo nossos beijos por alguns segundos.

– Tem certeza que é o quer? Você sabe que ''isso'' não precisa acontecer agora, se... você não se sente pronta. Eu não quero apressar as coisas Peg.

Certeza? Essa era uma palavra rara na minha vida, mas não com ele. Com ele eu sempre teria certeza. Sempre teria certeza de que a escolha certa era ele fosse qual fosse à pergunta, exceto se tivesse que escolher entre a morte dele ou a minha. Então seria eu um milhão de vezes. Naquela noite acima de todas, eu tinha certeza, uma certeza tão absoluta que chegou a doer meu peito. Segurei seu rosto entre as mãos macias e encarei seus olhos, brilhando como chamas azuis.

– Eu quero você. De uma vez por todas, seja meu. – Disse num tom de ordem, e Ian logo atendeu ao meu pedido. Logo suas mãos foram para o feixe do meu sutiã, fazendo com que uma corrente elétrica percorresse meu corpo.

Acho que aquela foi à única noite que deixei o meu altruísmo incontrolável de lado para ir para os braços do Meu amor.

Você me deu asas e me fez voar

Você tocou minha mão e eu pude tocar o céu

Eu perdi minha fé, você devolveu-a de volta pra mim

Você disse que estrela nenhuma estava fora de alcance

Eu me perguntava se existia alguém tão perfeito quando Ian. Provavelmente não. Cada toque, cada caricia e cada sussurro era especial, inesquecível e como perfeito cavalheiro, tomava extremo cuidado para não me machucar.

Voltamos a nos beijar avidamente e no fim da noite, eu senti que nunca havia me sentido tão viva.

Eu respirava forte, meu pequeno corpo tremia com força. Pequenos espasmos chacoalhando-o de forma involuntária, as pequenas luzes multicoloridas brilhavam sobre meus olhos, enquanto minhas mãos apertavam com força demasiada o lençol da cama. E eu tinha certeza que nunca em minhas dez vidas tinha experimentado uma sensação igual aquela.

Nas nuvens, eu poderia dizer.

É como se todo meu corpo desejasse por ele” – Clarisse Lispector.

– Eu... Te... Amo.

Murmurei colando minha testa suada a de Ian.

– Eu te amo minha Peregrina. Pra todo o sempre – Ian sibilou com voz rouca, e eu levantei o rosto para fitá-lo.

Um sorriso grande sorriso brotou em seus lábios, e eu os toquei com meus dedos trêmulos. Não poderia me lembrar de tê-lo visto tão lindo quanto naquele instante, seu rosto vermelho e bochechas coradas, a testa suada, assim como a minha.

Sorri satisfeita, repousando minha cabeça em seu peito, fazendo cafuné nos meus cabelos loiros, deixando-me ser levada pelo leve torpor que tomava meu corpo.

Adormeci rapidamente.

Aquela noite, provamos que o nosso amor é capaz de superar qualquer dificuldade, ou barreira. Até mesmo o fato se sermos de espécies diferentes, que um dia se encontraram, num planeta chamado, Terra.

* POV Jamie:

Eu estava perto da Alysson, com o braço em torno de seu ombro, na Sala de Jogos. Estávamos vendo os desenhos dela. Cada um mais lindo que o outro. Sim, Alysson desenhava muito bem. Ela realmente tem talento. A maioria de seus desenhos eram belas paisagens da praia Deserta onde ela vivia e alguns eram retratos da mãe dela. Mas, quando vi o último desenho, tive uma grande surpresa. Era um desenho nosso, simplesmente perfeito! No desenho, estávamos na praia, onde ela vive, observando de mãos dadas o Pôr-do-Sol.

– Alysson, é lindo!

Murmurei boquiaberto.

– Que bom que gostou! – Ela disse segurando minha mão – Ele é seu agora. Um presente meu pra você.

Fiz que não.

– Alysson, ele é seu. Não posso aceitar. Fique com ele, por favor.

– Ah, por favor, Jamie, aceite – Disse colocando o desenho em minhas mãos – Eu fiz pra você. Pra você sempre se lembrar de mim.

– Obrigada, ele é lindo e... eu nunca vou me esquecer de você. – Falei sorrindo. Ficamos nos entreolhando por um tempo, em silêncio. Eu sentia meu coração bater e vi que os olhos de Alysson brilhavam. Nossos rostos foram se aproximando devagarzinho e estávamos prestes a dar o nosso segundo e inesquecível beijo, mas antes que nossos lábios se tocasse magicamente, fomos interrompidos.

– JAMIE STRYDER!

Miou a voz rouca de Tio Jeb, que olhava para nós com um misto de sentimentos que eu não sabia explicar. Fiquei estático, paralisado de medo.

– Tio Jeb, desculpe, eu posso explicar... É que ... – Balbuciei, tentando explicar. Olhei para Alysson que estava muito envergonhada. Como eu iria explicar?

– Tudo bem Jamie, não precisa se explicar – Tio Jeb disse sorrindo – Eu já tive a idade de vocês, embora não pareça. Aproveite essa fase filho. Mas mudando de assunto, tem alguém aqui que deseja muito te ver Alysson.

– Me ver? Quem? – Alysson perguntou, confusa. Então, assim que ela terminou a frase, passos rápidos ecoaram. Um homem de mais ou menos quarenta anos, com olhos claros e cabelos castanhos mesclados adentrou na Sala de Jogos.

– Papai!! – Alysson gritou de felicidade, pulando nos braços do homem, soltando a minha mão que ainda segurava.

– Ah filha, que saudade! Como você cresceu minha linda! Está tão parecida com a sua mãe! - Disse girando Alysson no ar. – Está tão linda!

– Também senti muito a sua falta, pai. – Ela disse sorrindo, abraçando-o ternamente – Pai, eu quero que conheça alguém.

Confidenciou, puxando o pai pelas mãos, para mais perto de mim.

– Esse é o Jamie. Jamie, esse é o meu pai, Gilbert.

– Olá Jamie – Ele me cumprimentou estendendo a mão – É um prazer conhecê-lo.

– O prazer é meu – Falei, apertando a sua mão em cumprimento

– Pai, estava morrendo de saudades de você, da tia Tracy. Mas gosto muito daqui também. – Ela disse piscando pra mim em cumplicidade.

– Também estava com saudades minha princesa. Por isso eu estou aqui. Vim te levar para casa. Pra nossa casa.

Naquele momento foi como se o chão tivesse sumido dos meus pés. Não, não podia ser verdade! Ele iria levar ela embora! Eu nunca mais veria Alysson de novo, nunca mais! Meu coração parecia estar se partindo em migalhas naquele momento. Ela iria embora de vez da minha vida.

POV Peg:

Abri os olhos preguiçosamente, piscando várias vezes, até meus olhos se acostumarem com a luz. Logo reparei que estava enrolada nos lençóis. Minha cabeça repousava no peito nu da Ian, que dormia profundamente. Senti meu rosto ruborizar completamente quando vi que nossas roupas estavam espalhadas pelo chão do quarto.

Como num flash, tudo o que acontecera a noite passada, entre eu e Ian, veio à tona na minha mente. Embora admita que estivesse um pouco constrangida, eu não me arrependia de ter me entregado por completo ao meu amor, amo meu Ian. Fizemos aquilo por amor. Amor verdadeiro e não apenas por prazer. Pela primeira vez me sentia completa. Uma ''mulher'' de verdade.

A mulher mais feliz e amada do mundo inteiro.

Ian estava com o braço em cima dos olhos, aparentemente dormindo, e tinha um sorriso enorme e angelical estampado no rosto, o que me fez sorrir também. Eu daria tudo para que aquele sorriso não se apagasse nunca mais.

– Peg? – Ian chamou com a voz rouca, ainda de olhos fechados. – Por favor, me diz que eu não estou sonhando.

– Não, amor – Falei ruborizando – Você não está sonhando.

– Eu te amo, Peg! – Ele falou, me fitando com seus olhos safira, neve, meia noite – Eu NUNCA vou esquecer a noite passada.

– Eu também. Vou guardar para sempre a noite de ontem – Falei corando ainda mais. Droga, por que aquela maldita timidez não me deixava em paz?

Ian me ajeitou em seus braços com cuidado, acariciando ternamente meus cachos loiros. Aquela estava sendo a MELHOR manhã de todas as minhas vidas. Eu estava completamente entregue nos braços do meu amor, do meu homem, mas parecia que algo estava disposto a realmente estragar tudo: a minha timidez.

Enrijeci nos braços de Ian quando percebi que boa parte do meu corpo estava à mostra, já que o lençol mal estava me cobrindo. Nunca senti tanta vergonha, e é claro que Ian logo percebeu.

– Peg, o que foi? – Ele perguntou preocupado, seus olhos se apertando em fendas – Você... Se arrependeu?

– Não Ian. Não é nada disso. – Balbuciei, mordendo o lábio inferior. É claro que eu não tinha me arrependido. Mas, por que eu não conseguia olhar nos olhos de Ian?

– Você está com vergonha não é? – Ele disse, segurando delicadamente me rosto, fazendo com que nossos olhares se encontrassem. Eu apenas assenti.

– Ian... É muito difícil pra mim lidar com todo esse turbilhão de sentimentos e emoções que eu nunca tinha sentido antes. E o corpo da Pet só torna as coisas ainda mais difíceis pra mim. Eu odeio ser tão frágil!

Choraminguei.

– Eu entendo Peg, mas meu amor, você precisa se envergonhar. Não precisa ter vergonha do que fizemos ontem. Foi mágico! Maravilhoso! Uma prova de amor. Uma prova de que nada pode nos separar.

– Eu sei amor. Eu não me arrependo. Eu te amo. – Declarei, dando um selinho em Ian, pousando novamente minha cabeça sobre seu peito nu. Naquele momento, tive a certeza que tinha tomado à decisão certa.

Você tem sido minha inspiração

Em meio a mentiras você foi à verdade

Meu mundo é um lugar melhor por sua causa

Ian e eu ficamos ali, abraçados por alguns minutos, mas logo meu estômago começou a roncar, nos trazendo de volta a realidade. Foi ai que eu vi o que ainda não tinha visto... O lençol estava com uma mancha de... Sangue?!

– Ian!– Sibilei seu nome apontando para mancha de sangue no lençol – Eu me machuquei? Isso é sangue!

Perguntei completamente desesperada e confusa. Aquele sangue tinha saído de mim, e isso me fez estremecer.

POV Ian:

Eu me sentia o homem mais feliz do mundo inteiro. Finalmente, Peg e eu tínhamos completo nosso estágio completo, nos entregado por completo um ao outro. Meu coração explodia de em fagulhas e mais fagulhas de felicidade. De puro amor. Agora, eu pertencia a Peg, e ela pertencia a mim. Somos um só.

Você sempre esteve lá para mim

O vento carinhoso que me levava

Uma luz no escuro, brilhando seu amor na minha vida.

– Ian! – Peg sibilou de repente, apontando para uma mancha de sague no lençol - Sangue?! Eu me machuquei? Isso é sangue!

Peg parecia completamente desorientada e confusa. Amedrontada. E eu estava completamente desconcertado, poderia jurar que naquele momento eu estava suando frio. Como eu iria explicar aquela mancha de sangue pra ela?!

Suspirei, me sentando na cama.

Céus, logo eu teria de explicar isso a ela. Como gostaria que a Mel esse tipo de coisa pra ela, afinal não são isso que as mulheres fazem, ensinarem umas as outras?

Peg era tão inocente. Meu anjo. Completamente pura. Tinha medo que ela ficasse ainda mais amedrontada depois do que eu falasse, mas seria errado a deixar pensar que tinha se machucado, quando na verdade, eu tinha causado aquilo. Na verdade, aquele sangue era normal. Aquilo significava que o corpo de Pet era virgem, assim também como a minha Peg era. E claro que não poderia ser diferente, aquele corpo era tão jovem e inesperiente que por alguns segundos me senti mal por tê-lo usado daquela forma.

– Peg, você não se machucou meu amor – Esclareci totalmente sem graça, engolindo seco. Ela me olhou com uma carinha confusa, como de quem não entendeu nada. Uma enorme pena encheu meu coração, e então, decidi explicar o motivo do sangue pra ela. – Isso é muito comum com a mulheres. Acontece com todas elas.Pelo menos, eu acho.

Dei de ombros.

– Hã, como assim normal? Isso nunca aconteceu comigo e já faz anos que eu habito um corpo humano, Ian!

– Peg, como eu posso te dizer isso. - Suguei o ar com força – Bom, quando esse tipo de coisa acontece, quer dizer que a mulher era... Virgem. Quer dizer que o corpo que você habita era virgem. Assim como você. – Completei, vermelho como um pimentão e sentindo minhas mãos suarem frio. – Seu corpo nunca havia tido essa experiência, entende amor?

Ela assentiu, pensando por alguns instantes.

– Mel nunca te explicou essas coisas?

Perguntei levantando as sobrancelhas.

– Ela tentava, mas eu sempre corria das explicações - Sorriu – Então, você foi o... Primeiro, por isso eu sangrei assim?

Assenti, corando de novo.

– Ian O'Shea, é impressão minha ou você está mesmo corando?

– Peg!

Resmunguei.

Ela segurou um risinho, um enorme sorriso brotou de seus lábios. Olhou pra mim e seus olhos brilharam, encontrando meu rosto completamente envergonhado

– Sabia que você fica ainda mais lindo todo envergonhado?

– Ah Peg, por favor – Falei sorrindo enquanto ela caia na gargalhada – Não ria de mim, ok! Foi um sufoco danado explicar isso pra você!

– Ah meu amor, desculpa. Mas admita, foi fofo. Muito fofo.

– Peregrina você é muito cruel – Disse, dando um sorriso torto pra ela – Você vai ver... quero ver quando você tiver que explicar essas coisas pra nossas filhas.

– Já está pensando em filhos, O'Shea? – Ela disse brincalhona – Não acha que é um pouco cedo demais?

POV Peg:

– Na verdade... Não – Ian disse com um sorriso malicioso – Já demos o primeiro passo ontem, não é? – Ele completou, mordendo devagarzinho a minha orelha, me deixando incendiada. – Podemos tentar desde já. Podemos ter muitas Pegzinhas.

– Ian, para com isso. Vamos acabar perdendo o controle de novo, e agora muita gente já deve ter acordado. – Eu gemi. Depois, contrariando a vontade dele, é claro, me levantei da cama e me vesti. Eu precisava de um banho. E hoje começaria a época da colheita e Ian teria que trabalhar em alguns minutos, acabando com a nossa ''Lua de Mel''. Comecei a catar as nossas roupas espalhadas pelo chão, Ian apenas me observava e ria do meu jeito atrapalhado.

– Hey, por que em vez de ficar ai, rindo de mim, você não vem me ajudar hein?

– Por que é bem melhor ficar aqui, observando a paisagem maravilhosa. – Ele disse, praticamente voando pra perto de mim. Logo eu estava em seus braços. Nos beijamos apaixonadamente. Foi quando eu vi um pedaço de papel pequeno, ao lado do meu travesseiro. Era um bilhete e logo reconheci letra. Era letra da Mel, comecei a ler e logo estava gargalhando. Só ela mesmo. O bilhete dizia:

Oi minha irmã! Bom dia! Gostou da surpresa? Espero que sim e que tenha dado certo. Com certeza deve estar nas nuvens agora. Bom, tio Jeb deu o dia de folga pra você e pro Ian, então, aproveitem! Juízo!

Ass: Sua irmã, Mel. ’’

Quando terminei de ler, entreguei a Ian, que me olhava curioso. Quando ele terminou de ler, abriu um imenso sorriso.

– Só a Mel mesmo – Ele falou sorrindo – Mas bom, ainda temos um dia de folga. O que quer fazer?

Ian indagou, voltando pra cama. Então, decidi fazer uma pegadinha com ele.

Me aproximei dele, bem pertinho com se fosse beija-lo e rapidamente parecia que ele iria retribuir ao beijo. Mas ao invés de beijá-lo, eu comecei a fazer cócegas nele, pegando-o de surpresa.

– Ah é assim é baixinha? – Ele disse sorrindo – Agora é a minha vez. – Disse, e começou a correr atrás de mim pelo quarto. Teve uma hora que eu subi em cima da cama, mas não adiantou muito, logo Ian conseguiu me alcançar. Mas ao invés de fazer cócegas em mim, ele encheu meu rosto de beijos e selinhos.

– Peg?

Chamou uma voz chorosa no corredor. Logo Jamie apareceu na porta, completamente cabisbaixo, encarando o chão. Onde tinha ido para aquele Jamie apaixonado e feliz? Rapidamente fui até ele, abraçando-o.

– Jamie, querido, o que foi? - Perguntei apreensiva – Por que está chorando? Fala pra mim.

– É o pai da Alysson! – Ele disse soluçando – Ele veio buscar ela! Ele vai levar ela de volta com ele! O que eu faço Peg? Eu... Amo a Alysson.

– Jamie, se acalme, por favor. Vai ficar tudo bem.

– Não, não vai Peg! Alysson vai embora e eu nunca mais vou poder vê-la de novo!

– Jamie, nós vamos dar um jeito. Agora se acalme ok, agente pode conversar com Tio Jeb...

– Peg, eu não quero e não vou ficar aqui sem a Alysson! – Ele disse decidido – Nem que para isso eu tenha que fugir! Que eu tenha que ir atrás dela!

– Jamie, nem pense nisso! Olha eu sei que você gosta muito dela, mas colocar sua vida em risco não vai ajudar em nada!

– Eu sei, eu sei. Mas tem que ter algum jeito Peg. O que eu faço?

– Hum, eu acho que tive uma ideia que pode ajudar – Ian disse. Os olhos de Jamie brilhavam a medida que Ian ia contando a sua ideia maluca. Quase tive um infarto fulminante. Meu Jamie, meu bebê, passar uma temporada naquela praia Deserta, longe de nós? De jeito nenhum!

Ou pelo menos, era isso que eu pensava.

# Três Meses Depois

Meu coração mal cabia no peito de tanta saudade. Meu Jamie, eu sentia tanta falta dele! E finalmente depois de longos meses ele iria voltar pra casa. Sim, Jamie acabou indo mesmo passar uma temporada com a Alysson, na praia, apesar da Mel e eu fazermos de tudo pra que isso NÃO acontecesse. Mas no final, acabamos cedendo por que ficamos morrendo de dó de ver Jamie sofrendo pelos cantos.

– Ian, anda logo! Pisa nesse acelerador! Eu quero ver meu irmão logo!– Mel reclamou, do banco de trás do carro, onde ela estava com Jared. Sim, nós quatro tínhamos recebido a missão de buscar Jamie são e salvo de volta para nosso lar.

– Calma Mel, já estamos chegando... – Ian falou sorrindo, apertando suavemente a minha mão. Eu também não via a hora de ver meu irmão. Meu coração pulava dentro do peito, de pura ansiedade. Mel também estava inquieta, impaciente.

– Você já disse isso a dez minutos atrás Ian! – Ela resmungou, pousando a mão sobre seu lindo barrigão de oito meses e meio. Ian caiu na gargalhada, o que fez ela murmurar algo inaudível naquele momento. Como grávidas mudam rápido de humor, meu Deus!

Mas naquele momento, as vozes deles pareciam ecoar longe. Eu estava distante, muito imersa em meus pensamentos. Meus olhos brilharam forte ao ver a entrada da praia escondida entre as copas das árvores. Ian estacionou o carro, desligando o motor.

– Uau, é lindo! – Jared disse, boquiaberto. Foi ai que uma voizinha familiar interrompeu nossa contemplação.

– Peg! Mel!

Jamie gritou, correndo em nossa direção de braços abertos.

– Jamie, que saudade! – Falei, abraçando-o. Como ele estava crescido! Estava muito diferente de quando saíra das Cavernas! Era quase um homem agora! Ele estava bronzeado pelo sol, sua voz mais grossa e aguda, e ele estava alguns centimetros mais alto.

– Eu tenho tanta coisa pra contar pra vocês! – Ele disse animado – Estou muito feliz, e estava morrendo de saudade do meu bebezinho – Jamie disse sorrindo, brincando com a barriga elevada da Mel, que disse que o bebê não parava de chutar naquele momento. – Mas eu tenho uma novidade pra vocês...

– Novidade? – Perguntei curiosa.

– Tio Jeb e Gil conversaram, sem vocês saberem, e tiveram um ideia incrível. – Disse com um sorriso de orelha a orelha – Eles tiverem a ideia de vocês quatro se casarem aqui, na praia. – Então era por isso que Tio Jeb andava tão diferente nas ultimas semanas. Ele estava planejando o nosso casamento às escondidas!

– Casar? Aqui? – Mel e eu dissemos em uníssono – Quando?

– Amanhã mesmo! Tio Jeb e Gil já providenciaram tudo! É só vocês aceitarem! Vocês aceitam?

Jamie perguntou, nos encarando com curiosidade.































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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? *-* Como próprio tema do capítulo, eles finalmente se entregaram um ao outro de corpo, alma e coração.
Florzinhas, por favor, peguem leve tá Hehe, estou morrendo de vergonha nesse momento, ai ai. # vergonha on # Olha, é muito difícil para eu e pra Bella escrever essas cenas mais hot's. Mas o realmente gostei muito do resultado final. (:
E ah, que achou fofo o Ian corando, own! Muito cute!
Esperamos que tenham gostado da primeira vez dos nossos tchutchucos. Que tal uma recomendação? kkkk.
E ai, será que eles vão aceitar a proposta do Tio Jeb e do Gil de se casarem? * Suspense * Bem só no próximo vocês vão saber, hehe e pretendo postar essa semana ainda (: