Capítulo 2 – Tudo como sempre é!

POV Bella

          O tempo passava como uma tartaruga quando eu estava na escola. As primeiras aulas foram chatas e lerdas. Antigamente eu adorava vir à escola, mas depois da descoberta da doença do meu pai eu fiquei meio relaxada com as aulas, comigo mesma e até com a vida.

          Estava agora na aula de história e o professor falava algo que eu nem prestava atenção e eu nem ouvia, porque eu estava com um fone estrategicamente escondido. Até que reparo que ele falava algo e pelo que reparei em seus lábios era o meu nome. Desliguei o mp4 e olhei para o professor.

          - Responda Srta. Swan. – disse ele se aproximando da minha mesa.

          - Desculpe professor, mas não ouvi a pergunta. – eu sabia que isso não acabaria em boa coisa, afinal eu deveria ter dito “Não entendi a pergunta professor”, mas burra como eu sou falei que não ouvi.

          - Não ouviu? – ele é burro ou o que? Eu acabei de dizer que não ouvi. Com preguiça de responder eu apenas acenei com a cabeça que sim. – Depois de eu repetir três vezes a mesma pergunta, a senhorita diz que não me ouviu? Deve estar com algum problema de audição. – continuei sem responder, mas dessa vez foi porque não sabia o que falar.

          Olhei para meu melhor amigo, Jacob Black, pedindo socorro, mas pelo visto ele não sabia o que fazer. Quando voltei a olhar para o professor ele puxou os meus fones de ouvido.

          - Como eu imaginei. – ele disse. – Detenção!

          - Droga! – eu falei, só que não muito alto para o professor não ouvir.  Sai da sala emburrada. Logo na segunda-feira eu pego uma detenção. No caminho para a detenção que fica no terceiro andar encontrei Mike Newton, que estava saindo da sala de álgebra.

          - Oi Bella. – ele disse e chegou perto de mim. – Indo para a detenção?

          - Sim. E você?

          - Também. E a professora foi injusta, só porque eu me esqueci de fazer um trabalho. E você?

          - Fones de ouvido em história.

          - Hum. – respondeu ele. Fomos até a detenção no maior silêncio. O que foi ótimo para mim. Afinal eu não tinha problemas com ele, mas sua conversa não era das melhores, ele só fala de futebol, basebol e esportes em geral.

          Quando entrei na sala de detenção, o professor cachoeira (como foi apelidado pelos alunos, porque ele cospe enquanto fala) estava sentado lendo uma gigantesca enciclopédia. Entrei e passei direto por ele. Como uma pessoa esperta fui me sentar no fundo. Mike foi se sentar no meio para conversar com o Tyler.

          Depois de sair da escola eu fui para o hospital visitar meu pai. No caminho eu ouvia uma música qualquer. Quando cheguei ao hospital, fui direto para o quarto do meu pai. Quando lá entrei, Nessie estava em seu colo na cama e Esme estava sentada na cadeira ao lado lendo uma revista.

          - Filha. – disse meu pai. – Que bom que veio me ver.

          - Você sabe que eu sempre venho te ver. – eu disse e fui até ele lhe dar um beijo. – Como o senhor está hoje?

          - Bem melhor. E você?

          - Estou levando.

          - Como foi na escola? Algum problema?

          - Fui parar na detenção de novo, nada com que o senhor precise se preocupar.

          - Tudo bem! – disse ele e continuou conversando com Nessie e quando fui me sentar na outra cadeira ao lado de Esme, Nessie me chama.

          - Maninha, vamos ao jardim com o papai? – ela perguntou e fez aquela cara de pidona.

          - Se o papai for eu vou sim. – respondi.

          - Ebaaa!! – ela disse. – Vamos papai?

          - Vamos princesa. Só preciso chamar a enfermeira. – disse papai.

          - Eu chamo. – disse Esme e saiu do quarto. Não demorou muito para Esme e a enfermeira com uma cadeira de rodas entrarem no quarto.

          A enfermeira ajudou o meu pai a se sentar na cadeira de rodas e depois fomos até o jardim. O sol não estava quente hoje como é normal aqui em Phoenix. Nessie se divertia bastante, Esme estava apenas observando e meu pai estava feliz, mas um pouco cansado e eu estava apenas sentada olhando o belo jardim do hospital. A calma lá era ótima, até que meu celular toca. Levanto-me e vou atender um pouco longe deles.

          - Oi. – eu disse.

          - Oi Bella é o Jacob. – disse Jacob meu amigo.

          - Ah, está usando outro celular é?

          - Estou. Meu pai está usando o meu. Onde você está?

          - Estou no hospital.

          - Ah, será que depois podemos tomar um Milk-shake no Joe’s?

          - Claro. Que tal às 6 horas?

          - Tudo bem, nos vemos lá. Tchau.

          - Tchau. – eu disse e desliguei o celular.

          Fui até o meu pai e Nessie que agora estavam observando o por do sol. Olhei no relógio e vi que já era cinco e quarenta da tarde.

          - Pai já estou indo. – disse a ele.

          - Já? Por quê?

          - Vou tomar Milk-shake com o Jacob às seis horas e já são quase seis.

          - Tudo bem. Você vem me ver amanhã?

          - Venho sim. Tchau pai. – falei e dei um beijo em sua bochecha. – Tchau mãe e tchau Nessie, vejo vocês em casa.

          - Não demore a chegar filha. – falou Esme.

          - Tchau maninha. – falou Nessie e logo depois saí em direção ao meu carro. No corredor do hospital, eu por pura estupidez e porque sou estabanada e sem jeito, esbarrei em alguém, o que me fez cair no chão.

          - Me desculpe. – disse um homem.

          - Não tem problema. Eu que sou a estabanada aqui. – falei e me levantei junto com ele.

          - Se você diz.

          - Tudo bem. – falei e sai dali. Chegando ao carro acelerei e fui a toda velocidade para o Joe’s. Chegando lá, Jacob já me esperava com Jared e Embry também.

O final da tarde foi bem agradável, conversamos sobre um monte de coisas. Sobre a escola, os professores, sobre o maravilhoso Milk-shake do Joe’s. Embry no final das contas nos chamou para uma festa em sua casa no sábado. Seus pais iriam viajar e ele não iria ficar em casa sem fazer nada. Quando cheguei em casa, Nessie e Esme estavam jantando. Devido ao Milk-shake que eu tomei, fiquei sem fome e por tanto não jantei e fui direto para o meu quarto.