Hades I Terra-inversa escrita por JMoona


Capítulo 6
Capítulo 3 - Nem amigo, Nem inimigo - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Aí, gente, como eu prometi, a parte II do capitulo com algumas explicações. Espero que tenham gostado... Não tem tanta emoção nesse, mas eu até que não achei ele ruizinho. Eu achei que tava na hora de esclarecer algumas coisas para vocês. Espero que continuem gostando, divulgando e comentando! Agradeço muito pelo apoio e vou ver se hoje já consigo responder pelo menos as MP's e já colocar os olhos em alguma história. Não reparem se encontrarem erros ortográficos, porque esse texto também não passou pela revisão. Amanhã vou buscar a segunda revisão do livro e entregar esses capitulos a parte para a correção. Enfim, espero que gostem mesmo! Um beijo e até o próximo capitulo, que pretendo postar amanhã.



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Caçador ergueu um pouco de sua cabeça, e ainda sim não foi possível ver seu rosto. Não havia nada além da escuridão em seu interior. Nem vida, nem alma. Ele inquietou-se quando a fumaça vinho que estava ao redor de Oliver afastou-se violentamente, como se estivesse amedrontada. Da mata atrás do humano acocorado, o imenso cavalo negro surgiu com seu passo pesado e majestoso. O cavaleiro em sua montaria usava um manto e um capuz roxo que o cobria quase que por complexo, com exceção dos calçados metálicos e as luvas de couro preto. O animal, maior do qualquer cavalo normal, tinha as pernas de musculatura um pouco atrofiada, mas seu peitoral e seu pescoço eram fortes como aço. Sua pelagem negra era uma perfeita camuflagem durante a noite, se não fosse seus olhos vermelhos que deixavam um rastro espectral e brilhoso por onde passavam.

A criatura parou, relinchou e bufou. Sua respiração emanava uma fumaça de enxofre. Uma cicatriz que dividia o focinho ao meio estava realçada em sua face de traços grotescos. A fumaça, que não ousava a chegar perto das duas criaturas, se afastou até que o animal parasse de andar e ficasse acima de Oliver. Em choque, o humano não conseguiu mexer sequer um músculo quando ficou sobre a proteção da barriga socada do cavalo. Estava difícil para Oliver saber distinguir a verdade da alucinação... Até onde tudo o que se sucedera era real?

O cavaleiro acomodou a mão, que segurava as rédeas, sob seu colo, enquanto analisava o Caçador de Recompensas. Oliver respirava entrecortado através dos dentes, pois a dor em sua cabeça causava uma pressão estratosférica. Usando sua força de vontade máxima, ele conseguiu tocar a barriga do cavalo. Puxou a mão de supetão e se assustou com a queimadura que ardia em seus dedos: a criatura era tão quente quanto o próprio fogo.

– Fique longe do humano – ordenou o cavaleiro de capa roxa. Sua voz fria soou familiar para Oliver.

– Ele é meu – chiou Caçador com sua fala de vento. Sua fumaça agora pairava na altura de seus joelhos e escalava as árvores como serpentes. Persistia em não se aproximar do cavalo.

– Não, não é – retorquiu o cavaleiro.

Oliver pensou que o temporal tivesse recomeçado, mas o trovão que acabara de ouvir era outro relincho do Cavalo. Mesmo sendo uma criatura que derrotou facilmente dois monstros em sua frente, Caçador, com toda a sua força, não se mostrava páreo para o novo inimigo.

– O que quer com ele? É só um humano – retrucou Caçador bravo.

– Não é de sua conta, criatura. Você não passa de um abolido e amaldiçoado... E sabe, tanto quanto eu, que seu véu não é capaz de deter nem a mim, nem a meu guia.

A ameaça do cavaleiro despertou hesitação. Oliver engoliu a seco, evitando ao máximo fazer qualquer barulho que pudesse atiçar a ira dos dois estranhos.

– O que eu também sei é que você está sozinho... Os outros seis cavaleiros desertaram e o deixaram para trás – A risada do Caçador de Recompensas dava facadas no ar. – As notícias correm rápidas... Posso ser um dos poucos que tem conhecimento disso agora, mas em breve haverá muitos inimigos unidos atrás de você. Conheço seu poder, mas imagino que você não seja capaz de lutar contra legiões inteiras.

– Você só está me dando motivo para fazê-lo engolir sua própria fumaça – disse o cavaleiro sem se alterar. No entanto, seu cavalo bufou de ansiedade. – Eu o aconselho a ir embora enquanto estou sendo piedoso.

– Não vai sobrar nada de você quando tudo isso terminar... Não é este humano que irá...

Caçador parou de falar quando o cavalo cravou os cascos no barro e galopou em sua direção. Seu relincho, dessa vez, soou idêntico a um rugido. O animal empinou e, por muito pouco, suas patas dianteiras não amassaram o inimigo. A fumaça vinho envolveu Caçador que, segundos depois, havia desaparecido de vista junto com o vento.

– Acalme-se, Mabelle – pediu o cavaleiro passando a mão no pescoço da égua.

“É uma égua”, pensou Oliver reconhecendo tanto o cavalo, quanto sua montaria: os dois pertenciam ao seu pesadelo. O mesmo que estava tendo há muitos anos. A noite ficou novamente viva quando pequenas gotas de chuva despencaram do céu. O som do atrito da água com as plantas acalmou um pouco os pensamentos de Oliver que, distraído com o cheiro de terra molhada, não teve medo quando o cavaleiro finalmente lhe deu atenção. Mabelle, a égua monstro, já não parecia tão ameaçadora. Sua respiração barulhenta ainda fedia bastante.

– Isso é outro pesadelo? – perguntou Oliver não encontrando forças para ficar de pé.

– Dessa vez, não – respondeu o cavaleiro. O fato de seu rosto também estar oculto continuava perturbando Oliver.

– Quem é você? O que significa tudo isso? – perguntou Oliver arfando de cansaço. Só agora sentia as dores dos ferimentos que recebera no decorrer da noite. Estava ficando com frio também. – Porque nada faz sentido?

– Se concentre apenas em se manter vivo... Esse confronto não deveria ter acontecido. Eu estou de olho em você faz muito tempo e jamais deveria ter intervido em suas experiências, mas dessa vez não tive escolha.

Mabelle aproximou o rosto do de Oliver e quando ele tentou tocar seu focinho, ela bufou e se afastou de novo.

– Você se mete muito fácil em perigo. Da próxima vez talvez não haja tanta sorte para você.

– Espere! Você não pode me deixar sem explicações!

O cavaleiro riu.

– Mas, se você sentir que precisa de minha ajuda, pode me chamar. Meu nome é Shafa, o sétimo cavaleiro da Terra-Inversa.

– Shafa? – repetiu Oliver assombrado. – Então eu o chamo agora, Shafa! Responda minhas perguntas!

– Mabelle, minha querida – pediu Shafa.

Oliver não conseguiu se defender da patada desferida em sua testa e tudo ficou escuro quando desmaiou. O som da chuva foi aos poucos amenizando até que o silêncio o engoliu. Estava em paz: momentaneamente em paz.

Shafa olhava o humano desfalecido na grama.

– Outra hora nós conversaremos, Oliver.

O cheiro de barro e terra molhada invadiu mais uma vez as narinas de Oliver. Como se recebesse um choque, ele relembrou de tudo o que havia acontecido e se acordou por completo. A primeira coisa que viu foi o rosto monstrengo de Pierre quase colado ao seu. Os olhinhos miudinhos dele cintilavam de expectativa.

– Ele acordou, mamãe! – gritou quando o humano se encolheu no canto da cama.

Marlyn surgiu na porta do quarto limpando as mãos no avental que usava. Oliver respirou fundo até se acalmar. Estava em um quarto pequeno com uma cama e um criado mudo. Não havia lâmpadas no teto, mas não foi preciso, pois a luz do sol entrava através da janela entreaberta. As paredes de madeira estavam cobertas por um pouco de limo.

– Me desculpe! – pediu Pierre e, num piscar de olhos, estava em sua forma humana. – Como você está se sentindo?

Oliver apalpou uma faixa que envolvia sua testa e se lembrou de Shafa com rancor.

– Onde eu estou?

– Por mais que eu tentasse impedir, Pierre quis voltar para ajudá-lo. Quando chegamos até a clareira, encontramos você desmaiado e sozinho. Então, o trouxemos para nossa casa – explicou Marlyn se aproximando para ver como estava Oliver. Ela ignorou a hesitação de Oliver e tocou sua faixa. – Parece que, por hora, está tudo bem com seu ferimento.

Oliver processou a informação.

– Há quanto tempo estou dormindo?

– Algumas horas, apenas. Pelo seu estado, eu esperava que você só acordasse amanhã, mas me enganei. Você deve estar com fome, junte-se a nós na mesa. Estou preparando algo para o almoço que você também possa comer – disse Marlyn acenando com a cabeça. Ela ainda usava o lenço e não tinha cabelos.

– Eu não sei se deveria...

– Qual é, Oliver! É o mínimo que podemos fazer por você depois de nos ajudar! – exclamou Pierre, puxando o humano com a mão.

Uma pontada nas costelas de Oliver indicou que havia se ferido ali também. Levantou com dificuldade e acompanhou o leprechaun. A casa tinha só mais um quarto e como a casa do Caçador, a cozinha e a sala ficavam no mesmo ambiente. A decoração era bem interiorana e feita à mão, como toalhas de tricô, cortinas de tecido florido e quadros que retratavam paisagens. Pierre ajudou o humano a se sentar na pequena mesa e depois se acomodou ao seu lado. Ele estava feliz e animado, ao contrário do emburrado Oliver.

– Como você acabou com eles? – perguntou Pierre, mal contendo sua emoção.

– Pierre! – ralhou a mãe, que cozinhava algo no fogão. – Não foi essa a educação que eu dei a você!

– Ah, mamãe, ele é um herói! Quero saber a história dele!

– Eu não lembro – respondeu Oliver, simplesmente. Não queria entrar nos detalhes da história. – Não sei nem como bati minha testa.

Pierre resmungou de decepção.

– De qualquer forma, – prosseguiu Oliver – o que eram aquelas coisas? E aquele Caçador de Recompensas que vimos na casa? Aliás, o que são vocês?

– Eles eram lupus – explicou Marlyn com um ar mórbido. Ela se estressou pelo simples fato de pensar. – Pertencem a sexta Geração Racial. Os humanos costumam chamá-los, nas lendas, de lobisomens. Eles são uma espécie muito orgulhosa e territorial... São monstros, com certeza. Nós não temos permissão para falar isso a você, mas não acho que exista alguém aqui que possa nos impedir de contarmos algo.

– Já os Caçadores de Recompensas são piores... Existem mais deles por aí – Pierre se ajeitava na cadeira frequentemente. Havia contado para sua mãe que estivera na casa do Caçador. – Sabe, os humanos não tem acesso a verdade. Eles não podem saber sobre nós e nem sobre qualquer outra criatura.

– Então existem outros monstros?

– Sim – concordou Marlyn. – De todos os tipos que você possa imaginar. Eles sobreviveram aos apocalipses que exterminaram com suas espécies e agora vivem escondido entre as raças que estão em ascensão. Como você pode ver, é a vez dos humanos de comandarem a Terra. Um dia, os lupus já foram dominantes. Os Caçadores de Recompensas, no entanto, são criaturas diferentes. Eles nunca foram vivos, embora possam matar uma criatura viva. Antes de se tornar um caçador, eles são conhecidos como cavaleiros do Chamado. Eles são cavaleiros que usam capas vermelhas e andam em cavalos negros. Existem centenas de milhares deles vagando pela Terra... Sua função é controlar as espécies que vivem entre os humanos... Eles não podem permitir que a existência desses monstros venha ao conhecimento público, então é o dever deles destruir qualquer um que se torne uma ameaça. Isso incluí também apagar pessoas... E só nós, criaturas, podemos vê-los. Quando um cavaleiro do Chamado faz algo do qual não é permitido, ele é expulso de sua função e se torna um Caçador de Recompensas. Ele precisa capturar a alma das criaturas que vagam pela terra e mandá-las para o julgamento final. O que ele ganha com isso? Um pouco da energia de cada alma, o que o permite continuar existindo. Caso contrário, ele é destruído.

– Cavaleiros do Chamado... – repetiu Oliver se lembrando da noite anterior, porém Shafa tinha um manto roxo escuro e não vermelho. – E por que vocês podem ficar parecidos com humanos?

– É uma habilidade que os cavaleiros do Chamado concedem às espécies que sobreviveram ao apocalipse para poderem se camuflar. Qualquer criatura pode fazer isso. Seu vizinho pode ser um de nós, seu amigo, sua esposa. Existem criaturas que para se tornarem humanos, falta apenas terem nascido um. A maioria se esquece de sua verdadeira raiz, já outros não. – Marlyn colocou três cumbucas na mesa e depois uma panela com uma sopa verde e gosmenta. Ela serviu a comida e também se sentou. – Fiz uma sopa com ervas e alguns cogumelos nutritivos. Não sei o que vocês, humanos, estão acostumados a comer, mas isso não lhe fará mal algum.

Oliver admirou um cogumelo vermelho retorcido que boiava na gosma. Não estava em condições de negar comida e muito menos reclamar. Pegou a colher e respirou fundo.

– E o que são esses apocalipses?

– Difícil explicar... Ai você já está saindo da nossa alçada – disse Marlyn.

– E vocês sabem algo sobre... – Oliver pensou um pouco antes de continuar. – Cavaleiros de capa roxa?

Pierre, que tinha comida na boca, cuspiu sobre a mesa.

– Um cavaleiro da Terra-Inversa?

Marlyn ficou um pouco preocupada com a pergunta.

– Esses cavaleiros, em especial, são diferentes de todos os outros. Os cavaleiros da Terra-Inversa são as criaturas mais fortes que existem. Eles são ao todo em sete e nunca ficam em oito ou seis, sempre em sete cavaleiros. Não existe ninguém que possa superá-los em poder. Para você ter noção, um Caçador de Recompensas não teria problema em acabar com aqueles lupus, da mesma forma que um cavaleiro da Terra-Inversa não teria problema em aniquilar dezenas de caçadores – explicou Marlyn, séria.

“Eu já percebi isso”, completou Oliver em pensamento. Shafa mostrou o quão poderoso era ao espantar o caçador só usando sua égua. “Mabelle”, repetiu irônico. Como era possível que ele, o cavaleiro de seus sonhos, fosse real? Isso significava também que outras coisas que havia visto no pesadelo também fossem.

– Como você sabe sobre eles? – perguntou Marlyn, rompendo o silêncio que se formava.

– Eu não sei... Não sei porque fiz essa pergunta – mentiu Oliver, longe de ser convincente.

 O humano permaneceu um tempo em silêncio, até que Pierre levantou correndo e trouxe para Oliver uma bolsinha de couro.

– Tome, é para você – disse ele, sorrindo de orelha a orelha.

Oliver, que recém tivera dado a primeira colherada da sopa, engoliu com dificuldade.

– O que é isso?

Pierre virou o saquinho na mesa: eram dez moedas finas de ouro de quatro centímetros de diâmetro. Oliver ficou embasbacado.

– De onde tiraram isso?

– Nossa espécie, além de produzir couro, também pode fazer ouro. Podemos mastigar determinadas substâncias e cuspi-las transformadas em ouro – contou Pierre. – Claro que não em grandes proporções, eu levei seis meses para fazer essas aí. Achei que você merecia!

– Isso é sério? Se vocês podem produzir esse ouro todo, por que não estão ricos?

– Não precisamos de riqueza... Estamos bem aqui. Temos tudo o que precisamos – Foi o que a leprechaun disse antes de se levantar.

– Não tenho certeza se devo aceitar isso... – Oliver, embora educado, estava muito tentado.

Tinha dívidas a pagar, e não eram poucas. Pierre guardou as moedas e colocou o saquinho na mão de Oliver.

– Por favor, aceite. Dá-las a você me deixará muito feliz...

Oliver hesitou, mas aceitou. Havia arriscado a sua vida e era óbvio que acreditava que merecia o ouro.

– Podemos leva-lo, se quiser, até a cidade para que volte para a casa. Não acho que você queira ficar muito mais tempo aqui, afinal, tem a sua vida a levar.

Estava claro que Pierre não concordava com a mãe, mas ela estava certa. Horas mais tarde, quando Oliver se achou apto a caminhar, eles partiram. A caminhada foi longa, cerca de uma hora e meia. Esperava que fosse demorar mais, até se lembrar de que o homem que lhe informara o tempo de caminhada até a cidade era um lobisomem prestes a caçá-lo, e não uma fonte confiável. Tiveram de seguir pela estrada e, ao chegarem aos limites da cidade, Marlyn achou melhor se despedir de Oliver antes de se encontrar com mais humanos.

– Ficaremos aqui, Oliver – disse ela, parando.

– Mas, mamãe...

– Tudo bem – concordou o humano, acenando com a cabeça. – É mais seguro para vocês e para mim. Vou ficar bem... Eu agradeço pelo tratamento e... Pelas moedas.

Pierre correu para abraçar Oliver.

– Obrigada por nos salvar! Você é diferente dos outros...

“Na realidade, sou muito igual a todos eles” pensou Oliver, pousando a mão na cabeça do garoto.

– Eu não diria que foi bom conhecê-los – retrucou o humano, rancoroso. – Mas foi, no mínimo, interessante.

– Tente não contar o que viu para as pessoas, ou elas pensarão mal de você – pediu Marlyn, acenando com a mão.

Oliver apalpou o saco de moedas guardadas no bolso. Não que não quisesse deixar Pierre e Marlyn, mas estava ficando com receio de voltar para a casa. A sua vida e os seus problemas continuavam lá, esperando seu retorno. Eram muitas informações para sua cabeça. A ideia de haver monstros vivendo entre as pessoas o atormentava. E se seu chefe fosse um? Distanciou-se dos dois leprechauns acenando, estava com os pensamentos distantes e o coração na mão. Estava confuso e cheio de perguntas. Ninguém havia esclarecido todas as suas dúvidas... As coisas ainda não faziam total sentido. Porque ele estava naquela clareira? Por que ele fora protegido por um cavaleiro da Terra-Inversa?

– Adeus, Oliver! Espero um dia vê-lo de novo! – gritou Pierre sorrindo.

“Só se tiver mais moedas”, respondeu o velho Oliver em pensamento.


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Notas finais do capítulo

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