O Colar escrita por Ginevra_C


Capítulo 31
Torturada




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Narrado por Lílian Evans.

Ótimo, fui sequestrada, beleza! James vai querer me matar, Dumbledore vai me dar aquele sermão, Lene vai comer meu fígado, Sirius vai aproveitar pra comer meus rins, Dorcas vai me bombardear com palavras de preocupação que vão me deixar com dor de ouvido e Remus vai tentar me fazer ver o quanto foi insensato eu ter saído de casa daquela maneira.

Do que eu to falando? Eu to prestes a morrer, dã!

Eu sabia quem tinha me sequestrado.

Estava tudo escuro. Eu não conseguia enxergar nada com aquela coisa nos olhos. Filho da puta, desgraçado, sangue sujo, nojento, assassino....

- APAREÇA! - eu berrei para o nada.

- Ora, ruivinha... - disse uma voz nojenta e calculista.

- NÃO SE ATREVA A ME CHAMAR...

- Eu a chamo do jeito que quiser - ele riu - Você é quem está amarrada e cega aqui. Você não tem direito a exigências.

- NÃO TEM CORAGEM DE LUTAR COM UMA GAROTA? - disparei rindo.

Uma dor aguda no meu rosto me indicou que ele havia me dado um grande tapa na cara. Eu arfei.

- Dói, não é? - ele perguntou muito perto do meu rosto.

- Não vou demonstrar fraqueza para você. Não dessa vez.

- Veremos o quanto você aguenta, garota.

Eu respirei fundo e me preparei para o que viria a seguir.

- Qual é o plano de Dumbledore com meu irmão? O plano pra derrotar o meu senhor?

- VAI LAMBER O CÚ DO SEU SENHOR! - eu retruquei.

- Tsc, tsc, crucio. - ele disse calmamente.

Uma dor lacinante me atingiu no peito. Era como se estivesse me dando facadas, várias por todo o meu corpo.

Eu não girtei, não lhe daria esse gostinho.

- Você era mais educada - ele disse bem perto do meu rosto - Cadê o "por favor"?

- Enfia o "por favor" nesse seu cú arrombado! - berrei.

- Mas que vocabulário bem feio. - ele disse com um risinho - Vou ter que te ensinar uma lição, garota.

Mais uma dose de dor, por favor. Pois é recebi isso de novo, e de novo e de novo.

Até que eu não aguentei mais e deixei um grito medonho escapar dos meus lábios.

A dor parou, eu fiquei de cabeça baixa arfando. Senti a respiração dele perto de mim.

- Vai nos contar o plano do meu irmãozinho? - ele perguntou pegando uma mecha do meu cabelo.

Com um movimento rápido da cabeça eu consegui grudar os dentes da mão dele, isso o fez dar um berro aguniado e meu um soco ao lado da cabeça para que eu o soltasse.

O soco foi de uma força tão grande que me fez voar longe e cair com cadeira e tudo no chão batendo a cabeça com força e me deixando tonta, senti algo úmido nos meus cabelos e na mesma hora percebi que havia cortado e sangrado ali. Aquilo me deixou pior.

A venda foi tirada dos meus olhos e eu vi ele erguendo a cadeira de novo.

- Olha o q ue você fez! - disse ele mostrando a mão ensanguentada, logo ele me deu um grande tapa com aquela mão.

Eu continuei calada. Não lhe daria o gosto de ouvir minha agonia agora que já estava acabado, logo, logo, ele vai me lançar um Avada Kedavra e toda essa brincadeira vai ter fim.

Não havia acabado, na verdade não estava nem perto.   

Ele me deu mais um tapa com toda a força. Aquilo me deixou com mais raiva, nem meu pai havia me batido daquele jeito.

- DIGA O PLANO! - ele levantou a mão para mais um tapa, mas outra mão o segurou.

Tanto ele quanto eu olhamos surpresos.

- VOCÊ! - eu berrei.

Era Voldemort.

- Precisamos dela viva John. - disse Voldemort calmamente.

- Sim, mylord. - ele disse de cabeça baixa.

- Viadinho - resmunguei.

Isso fez Voldemort olha para mim com extremo interesse.

- Srta. Evans - ele começou - Trouxa, participante da sede da Ordem da Fênix, participante do plano de Dumbledore contra mim e possuidora de algo que eu quero.

- E que não vai ter. Você conhece as regras mylord - eu disse com a voz fraca cheia de desprezo e nojo - Só eu posso tirá-lo do meu pescoço.

- Sei disso, mas quem sabe com um pouco de persuasão... - ele disse dando um sorriso.

Essa palavra me lembrou da nossa conversa com Dumbledore: "seria mais fácil de persuasir você do que qualquer um de nós".

- Morrerei calada. - eu disse desafiadora.

Ele apontou a varinha pro meu rosto, eu respirei fundo e esperei. Sabia que o que eu havia sentido antes não seria nada comparado ao que sentirei agora.

- Crucio. - ele disse devagar.

Meus lábios deixaram escapar o grito mais alto e agudo, até agora. Isso é bom, quem sabe alguém escuta.

- Ninguém vai dar bola para seus gritos - disse ele como se lêsse a minha mente - Estamos na casa dos gritos, ela é famosa por ouvirem uns certos uivos aqui.

Lembrei-me de quanto tempo Remus ficou uivando de agonia e dor aqui e percebi que o lagrto nojento tinha razão, ninguém me escutaria.

Eu respirava com dificuldade.

- MORRE! - eu berrei - VOCÊ AINDA SERÁ MORTO VOLDEMORT, E EU FAREI QUESTÃO DE SER ESSENCIAL PARA A SUA MORTE!

Ele riu alto e e me amaldiçoou de novo. Eu gritava mais alto. Arfando, comecei a ficar tonta, minha visão estava embaçada.

- Tire o seu colar, ou serei obrigado a fazer algo que não queria. - ele disse.

- NUNCA! - eu gritei com toda a força que me restou.

- Pois bem... 

Senti um frio sobrenatural subir pela minha coluna e me arrepiar, eu sabia o que significava.

Dementadores.

A figura alta e encapuzada chegou bem perto de mim e baixou o capuz. Eu pude ver aquele único buraco aberto para sugar minha alma.

Ouvi mais vozes, a voz de James. Eu sabia que devia estar delirando, James não apareceria aqui.

- James... - eu remunguei com a voz fraca.

Então não pude mais aguentar e tudo escureceu.

E aí gente bonita? Tudo em cima?

Que bom, só queria avisar que o último cap eu só recebi UM review.

Como assim, povo? A minha fic ta começando a cansar? Beleza, tudo bem. O problema é que eu me mato tentando escrever alguma coisa e vocês não podem nem me mandar um reconhecimento por isso?

Mas tudo bem.

Bejoo, bejoo

Ginevra_C


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