O Colar escrita por Ginevra_C


Capítulo 12
Experimento




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Narração James Potter:

- ME PÕE NO CHÃO! NO CHÃO! NÃÃÃO! - berrou Marlene quando eu peguei ela e a toquei na piscina térmica.

- Boa, Jay! - disse Six fazendo um cumprimento.

- Idiotas! - ela disse rindo e saindo da piscina.

Nós rimos feito bobos até sermos empurrados para a piscina.

Quando emergi da água eu vi Dorcas e Lily rindo e batendo as mãos.

- Ta boa a água garotos? - perguntou Lily debochando.

- Ta ótima quer ver? - eu perguntei pulando da piscina e correndo atrás delas.

- NÃO! SAIII JAY! - berrava Lily fugindo de mim.

- REMOOO NOS SALVA! - berrou Dorcas abraçando Remo.

- Calma, amor. - ele disse com um sorriso maroto. Pegou ela no colo e pulou pra piscina.

- TRAIDOR! - gritou Dorcas tocando água nele.

- Vem cá! - eu rosnei finalmente alcançando a Lily. Puxei-a pela cintura e a atirei na piscina, mas ela agarrou o meu calção e me levou junto.

Estávamos todos rindo idiotamente e Petter apareceu.

- Pessoal a Sra. Mckinnon ta chamando a gente para almoçar!

- Não deixe ela ouvir você a chamando de Sra. Mckinnon, Petter... - disse Sirius saindo da piscina.

- Quer que eu a chame como? - ele perguntou preocupado. Cara, ele leva tudo a sério.

- Tia Moggy, ta bom. - ele disse dando de ombros.

Logo apareceu a mãe da Lene. Era uma mulher linda de 35 anos, corpo bem definido, olhos azuis brilhantes, cabelos espeços e negros, ela era igualzinha a Marlene.

- Ouvi meu nome? - ela perguntou sorridente.

- É, eu tava ensinando o jeito certo de te chamar Tia Moggy. - disse Sirius sorridente.

- Podem me chamar do que quiser. - ela disse dando de ombros.

- Até de Sra. Mckinnon? - eu perguntei maroto.

Ela estremeceu a menção do Sra.

- Não! Isso é fora de cogitação! - ela balançou a cabeça como se quisesse espantar algo muito desagradável.

- Ah, mãe, nós te amamos tanto! - disse Lene indo abraçar a mãe, completamente encharcada.

- É Tia Moggy. - Sirius foi atrás.

- Parem! - ela disse lançando um feitiço escudo em volta dela - Vão se secar e venham almoçar!

Nós rimos com a reação dela e fomos nos secar.

Observei a Lily enquanto se secava e... uau!

Eu nunca tinha reparado diretamente no corpo dela. Geralmente eram o seu sorriso e os seus olhos que me hipnotizavam.

Mas agora que eu reparava o corpo... Meu Merlim!

Ela tinha seios grandes, barriga lisinha, grandes coxas e pernas. Aquele biquíni a deixava linda, maravilhosa, sexy, gostosa...

Podem pensar que eu estou sendo vulgar, mas eu sou homem. Eu reparo nessas coisas, ok?

- Fecha a boca ou as moscas vão achar uma nova moradia. - ela disse enquanto passava por mim e fechava a minha boca com o dedo.

Ela deu uma risada linda enquanto vestia o roupão e entrava na cozinha.

Deixa eu explicar a casa dos Mckinnon. Ou melhor, a mansão.

Tinha uma garagem enorme que tem a piscina térmica - onde nós estamos agora -, aquela garagem tem acesso direto para a cozinha, uma sala de jantar, nove quartos - o dos Mckinnons, o de Lene, o do irmão da Lene, Nico de cinco anos, o da irmã da Lene, Lauren de oito anos, o de Sirius (quando ele vem fazer visitas) e quatro quartos de hóspedes -, um jardim que caberia sem dificuldades três gigantes adultos deitados - com playground, piscina de três metros, árvores e flores -, incontáveis banheiros, a sala de experiências do Sr. Mckinnon - ele cria poções e feitiços novos -, a galeria de arte de Tia Moggy - um passatempo que ela tem, um escritório só com assuntos da Ordem da Fênix - um lugar extremamente proibido pra nós -, três salas de estar, um porão com tralhas e um sótão vazio.

A mansão tem três andares - sem contar o sótão - e é muiiiiiiito grande. Nós adoramos vir pra cá.

Depois que Lily saiu correndo, Sirius veio me dar um tapinha no ombro.

- Cara, eu tenho que admitir: ela é gostosa. - ele riu quando eu o olhei indignado - Calma! Só to dizendo que escolheu a garota certa.

- Digo o mesmo pra você. - eu disse piscando.

Ele riu e bagunçou ainda mais os meus cabelos.

Coloquei uma camiseta e fui para a sala de jantar. Onde já estavam todos almoçando e rindo. Me sentei entre Remo e Lene.

Depois de um almoço com direito a muita bagunça e repetir três vezes a sobremesa, nós fomos ao jardim e ficamos conversando de bobeira.

- Ei crianças, - disse o Sr. Mckinnon chegando do serviço - Como estão? Por que vocês não pegam o rádio? Está lá no porão.

- Boa idéia Tio Ralph! - berrou Sirius se levantando imediatamente - Mas... no porão?

- Ah, deixe de bobagem! - riu o homem - Vocês tinham doze anos a última vez que entraram lá.

- Mas a gente viu alguma coisa pai! - disse Lene se levantando assustada.

- Como assim? - perguntaram Lily e Dorcas juntas.

- Nós descemos no porão quando tínhamos doze anos uma vez pra pegar uns brinquedos. - contou Sirius.

- E ouvimos alguém gemendo de dor. - continuou Lene tremendo levemente.

- Aí fomos ver o que era... - disse Sirius dando de ombros.

- E vimos algo tremendo... - disse Lene assustada.

- E o que era? - sussurrou Petter sem perceber.

- Não sabemos. - disse Sirius descepcionado.

- Fugimos dali e nunca mais voltamos para o porão. - concordou Lene.

- Mas isso já faz uns bons anos e podia muito bem ser da imaginação de vocês. - comentou Tio Ralph - Eu já fui lá várias vezes e não vi nada. Podem pegar o rádio sem problemas.

- Os garotos vão! - Dorcas disse depressa.

- Nem pensar! - eu retruquei - Vamos todos!

- Ta com medo, Jay? - perguntou Lily sarcástica - Pensei que as características de um grifinório eram: bravura, cavalheirismo e coragem.

- Não se esqueça de que você também é uma grifinoria. - retruquei.

Aquela história tinha me deixado todo arrepiado. Já tinha visto filmes de terror trouxa e devo admitir que eram realmente assustadores.

- Vamos de uma vez! - resmungou Remo, ele é um dos únicos que não acreditam nessas coisas sobrenaturais.

Nos levantamos e fomos para dentro da casa. Passamos todos os comôdos até chegar a uma porta em um canto bem excluído da casa. Nos olhamos cheios de medo e abrimos a porta.

- AH! - berrou Sirius e todos berramos junto.

- O que aconteceu? - perguntou Dorcas ofegante por causa do susto.

- Nada. - disse ele rindo.

Nós o xingamos. Ele entrou rindo e nós o seguimos.

- Bom, não estou ouvindo nenhum barulho. - sussurrou Lily.

- É um bom sinal. Vamos pegar o rádio e sair daqui, Six. - disse Lene em pânico.

Sirius pegou o rádio que estava em uma estante bem a vista e saiu correndo na frente de todo mundo.

- NÃO ME DEXEM PRA TRÁS! - berrou Dorcas passando logo atrás de Sirius.

O último a sair pela porta foi Petter.

- Nenhum bixo malvado pegou vocês? - perguntou Lauren sobressaltando a todos.

Lauren era uma Marlene em miniatura e loira.

- Não tem mais nenhum bixo malvado. - disse Tia Moggy - Isso foi só uma brincadeira da sua irmã.

- Não é, não! - protestou Lauren zangada - Eu já vi o bixo malvado!

Tia Moggy revirou os olhos e disse com a voz cansada:

- Tudo bem, eu espantei o tal bixo malvado, ok? Venha tomar banho. - e as duas subiram para o segundo andar.

- Como assim a sua irmã já viu o que seja no porão? - eu perguntei.

- Ela diz que viu um bixo estranho no porão uma vez, mas ela pode ter pego a brecha da nossa história e ter inventado uma mentira para chamar a atenção. - disse Lene suspirando.

 - Podemos escutar um pouco de música, agora? - perguntou Sirius.

- Vamos! - disse Lily entusiasmada.

Nós voltamos ao jardim e colocamos na rádio, esperamos dar as propagandas e começou a música.

(http://www.youtube.com/watch?v=uz4eHPD40w4)

- É a minha música! - berrou Sirius puxando Lily pra dançar.

Ela e Sirius dançavam em uma sincronia perfeita. Ambos dançavam muito bem.

- Vem. - puxei Lene para dançar, seguido por Remo e Dorcas.

No refrão, eu larguei Marlene e peguei Dorcas de Remo, enquanto Sirius largava Lily e pegava Lene e Remo largava Dorcas e pegava Lily.

E assim fomos dançando, trocávamos de par toda a vez que dava o refrão.

Eu estava com Lily quando estava acabando a música, e no final eu a joguei para trás e puxei de volta, deixando nossos rostos próximos um do outro.

Ouvimos palmas entusiasmadas vindas de Petter, Tio Ralph, Nico, Lauren e Tia Moggy.

Nos curvamos agradecendo como se estivéssemos no palco e voltamos a nos sentar.

- Tive uma idéia! - disse Lily pulando - Vamos alugar um filme de terror!

- Isso! - apoiou Sirius.

- Vamos! - eu concordei.

- Ai, eu tenho medo. - resmungou Dorcas.

- Eu vou estar com você. - consolou-a Remo.

- Eu vou na locadora e já volto! - disse Lene desaparatando.

Depois de cinco minutos ela estava de volta com três filmes diferentes.

- Um de comédia, um de terror e um de romance. - ela disse sorridente.

- Qual vamos assistir primeiro? - perguntou Petter.

- O de romance. - disse Dorcas.

- Vamos! - falou Lily entusiasmada.

Nós entramos na casa e  fomos até a sala de estar. Lene colocou o filme no videocassete: Titanic. Eu mereço.

Eu me sentei no sofá de dois lugares com Lily (tudo no esquema), Sirius sentou-se ao lado de Lene no chão, Remo sentou-se entre Dorcas e Petter no dofá de três lugares.

O filme começou. Confesso que até era legalzinho. Conforme o filme foi passando eu fui ficando cada vez mais perto de Lils e ela percebeu isso, pois seus sorrisinho aumentava cada vez que eu chegava mais perto. Impacientemente, eu passei o braço em volta de sua cintura e a puxei para mim. Ela sorria abertamente e escorou a cabeça no meu ombro. E assim ficamos pelo resto do filme.

Quando acabou eu percebi que ela estava chorando.

- Por que ta chorando? - eu perguntei sorrindo.

- Por que ele morreu. - ela deu um sorriso lacrimoso.

Eu ri e revirei os olhos.

- Você prefere um personagem fictício a uma pessoa real sentada bem ao seu lado? - meu sorriso se alargou.

Ela riu e me olhou diretamente nos olhos, percebi que agora as coisas poderiam voltar a ser como antes, ou até melhor! Eu me aproximei dela...

- Crianças venham jantar! - chamou Tia Moggy.

- Vambora! - disse Sirius pulando do chão e dando um tapa na minha cabeça quando passou.

Arruinou o clima.

Nós jantamos e voltamos para a sala, decidimos ver o filme de terror dessa vez e deixar o de comédia para depois.

Nos sentamos nos mesmos lugares, mas dessa vez Lílian ficou abraçada em mim sem cerimônia.

O filme era assustador. O Exorcista, era o nome. Marlene estava com a cara escondida no ombro de Sirius, Dorcas com as duas mãos na cara e com Remo passando a mão em seus cabelos para tentar acalma-la, Petter estava abraçado nos joelhos, e Lílian escondia a cara em meu peito espiando o filme de vez em quando.

Me diverti imensamente com a cena.

- Crianças tentem não fazer barulho, pois vamos dormir. - disse Tia Moggy entrando na sala e fazendo todos gritarem.

- T-tá bem. - disse Lene com a mão no coração.

Tia Moggy saiu da sala rindo abertamente.

Meia hora depois o filme acabou.

- I-isso foi assustador. - disse Petter com a voz fraca.

- É. - concordamos.

- Eu preciso de uma boa dose de álcool. - disse Lene se levantando.

- Mas as bebidas estão todas no porão. - argumentou Sirius.

- Sei disso. - ela falou - Mas eu preciso me acalmar.

- Vamos junto. - eu disse me levantando.

- E-eu não vou! - disse Petter.

- Então fique aí. - disse Dorcas dando de ombros.

Fomos até o porão e descemos as escadas. Todos juntos morrendo de medo.

As bebidas ficavam em uma parte mais afastada do porão, portanto fomos até lá.

Então nós ouvimos os gemidos.

Todos pararam e olharam em direção ao barulho. Não eram bem gemidos, eram meio que um ronronar.

Eu, Sirius e Remo fomos na frente para ver o que era a coisa.

Vimos uma coisa agachada no chão tremendo e fazendo aquele berulho estranho. Então, levantou a cabeça e tentou nos atacar.

Corremos para longe da criatura, sacando as varinhas prontos para lançar feitiços.

As garotas começaram a gritar para que ficássemos longe da coisa e saíssemos dali. Mas então uma pessoa apareceu e segurou a fera.

- Calma! Pare! Eu já te avisei tantas vezes... - resmungava Tio Ralph tentando segurar o bicho.

- Estupefaça! - berrou Remo acertando o animal.

- Ufa! - disse Tio Ralph - Obrigado, rapaz.

- Pai! Você está bem? - perguntou Lene correndo para o pai.

- Sim, estou ótimo.

- Então me diga que merda é essa! - ela exigiu.

- É um experimento... - ele murmurou constrangido - Uma cruza de dragão com morcego gigante... Até que deu certo, sabe, mas ele é um pouco perigoso e descontrolado...

- Um pouco? Ele quase nos matou! - ela disse furiosa.

- Sei disso, me desculpe! Mas nessa área do porão eu sou o único que entro! - ele disse - Aqui só tem bebidas e você não deveriam entrar.

- Sabemos disso, mas queríamos explorar o porão. - mentiu Dorcas descaradamente.

Tio Ralph nos olhos desconfiado.

- Pai, você tem que tirar esse bicho daqui. Ele é perigoso para a nossa família inteira! - falou Marlene.

- Mas eu não tenho onde colocá-lo! - ele disse exasperado - O Ministério não pode achá-lo! Vão fazer mal a ele.

- Já sei! - eu exclamei - A Floresta Proibida!

- Mas seria um perigo aos alunos. - ele disse assustado.

- Não será, não. Há animais ainda mais perigosos lá. Tio Ralph, você tem que tirá-lo da sua casa. - apoiou Sirius.

- Eu... Eu vou mandar uma carta a Dumbledore amanhã de manhã. Saiam daqui antes que ele acorde.

- Ok... pai? - chamou Lene hesitante.

- Sim?

- Podemos pegar uma bebida? Só pra acompanhar com o outro filme...

Ele nos olhou e sorriu.

- Peguem um hidromel, mas não abusem! - ele nos advertiu.

- Valeu! - ela lhe deu um beijo na bochecha e nós saímos do porão.

Depois de olharmos o filme, fomos cada um para o seu quarto. Mas eu recebi uma visita no meio da noite.

- Jay? - chamou Lils de pijama - Eu... posso dormir aqui?

Eu a olhei confuso e divertido.

- Por que?

- Fiquei com medo... sabe, do filme. - ela disse envergonhada.

Eu sorri e assenti. Ela se deitou do meu lado e eu passei meus braços à sua volta.

- Lils? - eu chamei.

- Sim?

- Você vai me dar uma segunda chance?

- Veremos.

Eu sorri e beijei-lhe o topo de sua cabeça.


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