Inimiga Mortal escrita por AkYA


Capítulo 11
Capítulo 11 – Duas Vezes Alçapão


Notas iniciais do capítulo

OK OK, ME MATEM!
*pedras voadoras*
PROTEGO!
Ta, chega, não quero morrer u.u pensem, com eu morta, não vai ter fiiic *-* MUAHAHAHAHAH
Agora, é sério, o meu bloqueio criativo foi esse horror mesmo ç.ç eu só tinha ideias para novas fics (continuo tendo lol)
Finalmente terminei, e espero que gostem =3



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– Temos mesmo, e está atrasado.

Abri a porta do terceiro andar, confiante. Tinha o maior bruxo das trevas e um professor comigo – além de minha própria mente brilhante, óbvio. Tudo estava conspirando ao nosso favor. Sorri com isso.

Eu e Quirrell andamos calmamente pelo corredor mal iluminado do andar proibido, enquanto ele me falava sobre como persuadiu Hagrid a lhe contar como passar pelo primeiro obstáculo até a pedra: um cérbero. Tentei controlar o riso espalhafatoso que teimava em sair, esse mestiço é mesmo um imbecil! Nem mesmo para pensar na segurança de todo mundo bruxo... Lamentável:

Alohomora! – sussurrei, apontando minha varinha para o fecho da porta de madeira.

O professor se pôs a minha frente. Falou algo tão baixo que sua voz era inaudível, só sei que uma harpa apareceu em um dos lados da sala e começou a tocar uma melodia tão suave que até me deu sono. O “feroz” animal dormiu quase que no mesmo segundo... Besta igual ao dono.

Enquanto Quirrell se certificava que a harpa tocaria até certo horário, eu tirava a pata de Fofo (Quirrell disse que era o nome da criatura idiota) de cima da porta para um possível alçapão. Abri-a, vendo o breu total.

Pelo o que pareceu, o tal do medo se apossou de mim. Aquilo poderia ser um poço sem fundo, o fim da linha. “Acalme-se, Felícia, você é um ser dessas trevas, elas só podem te ajudar”.

Com o professor de volta a minha companhia, pulando naquele abismo. Ocorreu um baque surdo antes de ele gritar que eu podia pular, e assim o fiz.

Não, não gritei. Caí indiferente em cima de uma planta viscosa que amorteceu a queda. “Visgo do Diabo” foi o que veio a minha mente, antecedendo em um segundo os primeiros movimentos da planta. Ficamos relaxados e logo a planta nos “soltou”:

Aresto Momentum!

Pude sentir meu rosto a centímetros do chão. Levantei, com ar de superioridade e segui o caminho, com o servo do meu pai nos meus calcanhares.

Chegamos à uma sala muito melhor iluminada. O desafio parecia ser achar a chave certa, o que não seria difícil para um dos professores que ajudou nos obstáculos para impedir que chegassem à pedra. Quirrell logo pegou uma chave velha e enferrujada, e abriu a porta:

– As chaves só ficam atiçadas quando tocamos na vassoura – comentou ele, apontando para uma vassoura velha.

Dei de ombros, seguindo o caminho.

A próxima sala era limpa e reluzente. Um enorme e lindo tabuleiro de xadrez encontrava-se a nossa frente. Meus olhos brilhavam com tamanha formosura.

Como as peças brancas estavam do outro lado do tabuleiro, era óbvio que nós jogaríamos com as pretas. Entrei no tabuleiro, como se dissesse que estava na hora da partida, e elas entenderam.

Foi uma partida rápida. Consegui dar o xeque-mate após perder duas peças, porém nada muito triste. Avançamos para a próxima sala.

Dei de cara com um fedorento – e gigante – trago. Sua aparência pútrida não me ajudava a conter a minha vontade alastrante de golfar. Felizmente, Quirrell já estava sacando a varinha:

Avada Kedavra!

A voz que conjurou o feitiço era gélida e dura, deixando-me sem dúvidas: era de meu pai. Estava forte o bastante para praticar seu passatempo predileto. Que é, sem sombra de dúvidas, matar.

O monstro nojento caiu como madeira, produzindo um barulho ensurdecedor ao atingir o chão.

Com aquele cheiro no ar, era quase impossível respirar direito. Eu e o professor saímos as pressas daquela sala, encontrando mais um desafio:

– Já foi o de Sprout, de McGonagoll, de Flitwick, o meu... Só falta o do Snape.

– Gosto de poções – disse, ignorando o medo que pairava sobre a fala de Quirrell.

Havia uma mesa no meio da sala, tendo em cima dela sete frascos de tamanhos diferentes. Quando fomos até elas, apareceram chamas roxas impedindo a passagem para a porta em que viemos e chamas negras impedindo a passagem para a próxima porta:

– Mas que droga! – gritei, pegando um pergaminho que estava em cima da mesa.

O perigo o aguarda à frente, a segurança ficou atrás,

Duas de nós o ajudaremos no que quer encontrar,

Uma das sete o deixará prosseguir,

A outra levará de volta quem a beber,

Duas de nós conterão o vinho de urtigas,

Três de nós aguardam em fila para matar,

Escolha, ou ficará aqui para sempre,

E para ajudá-lo, lhe damos quatro pistas:

Primeira, por mais dissimulado que esteja o veneno,

Você sempre encontrará um à esquerda do vinho de urtigas;

Segunda, são diferentes as garrafas de cada lado

Mas se você quiser avançar nenhuma é sua amiga;

Terceira, é visível que temos tamanhos diferentes,

Nem anã nem giganta leva a morte no bojo;

Quarta, a segunda à esquerda e a segunda à direita

São gêmeas ao paladar, embora diferentes à vista”

­– Então tá. A segunda à esquerda e a segunda à direita são vinho de urtigas – concluí. Quirrell marcou-as com um feitiço temporário – Hmmm... “Primeira, por mais dissimulado que esteja o veneno, você sempre encontrará um à esquerda do vinho de urtigas”, então as duas à esquerda dos vinhos de urtigas são venenos... “Terceira, é visível que temos tamanhos diferentes, nem anã nem giganta leva a morte no bojo”! Essa grande em forma de Lua e essa minúscula são para passar pelas chamas. A grande é para passar pelas chamas roxas e a pequena para passar pelas pretas.

– Muito bem, milady, mas agora a senhorita fica aqui. Devo proteger meu mestre até o último segundo. Além do mais, sua presença pode atrapalhar a volta de Lord Voldemort... Volte.

Senti o meu sangue subir à minha cabeça:

– Você não pode mandar em mim, seu gago de quinta! Se não fosse por mim você estaria subestimando esse desafio.

Felícia Marvolo Riddle, volte AGORA!

Senti meus pelos se eriçando com essa voz. Um vendaval passou pelo meu corpo. Meus músculos se mexiam com a ordem, quase como se eu estivesse sob o efeito da maldição Imperius... Era horrível, era contra a minha personalidade receber uma ordem e cumpri-la com tanto êxito. Bom, pelo menos, quando essa não vai beneficiar minhas vontades.

Ao dar por mim, já estava andando em um dos corredores do térreo, já trocada (aquela roupa estava imunda) e ainda arrepiada. Que droga, pai!:

– Felícia, onde estava?! – era a voz arrastada de Draco.

– Isso não é da sua conta, Draco – respondi, do mesmo jeito arrastado, virando-me para o loiro.

– Olha como fala com o Draquinho, loira azeda!

– Ah, cala a boca, Pançuda – virei-me para Blásio – Vamos comer? Estou morrendo de fome.

– E eu que sou a pançuda, humf!

Todos reviraram os olhos com o comentário desnecessário de Pansy. Chegamos ao Salão Principal, embriagados pelo cheiro do almoço. Fui a primeira a sentar, já me servindo de sopa de lagosta. Ah, passar por vários desafios depois de um café da manhã mixuruca me deixou faminta! Pansy já estava abrindo a boca para me zoar quando Draco falou:

– Olha, Pansy, não é por nada não, mas se você falar alguma coisa, a resposta da Felícia vai acabar com você.

O tom dele era tão desgostoso que cheguei a rir.

Terminamos o almoço, saindo do Salão Principal tendo que ouvir a Pansy balbuciando alguma coisa irritante. Obviamente, ela foi totalmente ignorada. Idiotas não merecem atenção, ponto:

Vamos passar pelo alçapão, hoje à noite.

Franzi o cenho ao ouvir essa frase, reconhecendo o dono da voz. Separei-me do grupo de Malfoy para me aproximar do trio maravilha:

– Estão querendo roubar alguma coisa? Aposto que foi ideia do traidor de sangue, é bem o estilo dele – debochei – Talvez precise de dinheiro, Porco?

– Olhe aqui, Riddle: vai se ferrar – retrucou, com as orelhas se camuflando em seu cabelo.

– Sinceramente, Potter, acho que você não vai conseguir passar pelos seis desafios... – disse, ignorando o Weasley e fazendo uma cara de pena, enquanto afastava-me deles.

– Espere um minuto, Felícia! Seis desafios?!

– Isso mesmo, Potter.

– Quer dizer que... – ele correu até mim, segurando meu braço e sussurrando – Você já chegou até a pedra?!

– Eu não cheguei até a pedra, ajudei uma pessoa a chegar – bufei.

Ele arregalou os olhos verde-vivos, atraindo os outros dois para perto. Fiz uma cara de poucos amigos, esperando a pergunta que já estava na minha mente:

– Precisamos muito chegar lá, Felícia... Para o bem maior.

– A minha concepção de bem maior é diferente da sua, Potter. Lembre-se disso e solte o meu braço!

O moreno fez o que eu pedi, dando-me a liberdade para seguir o meu caminho.

***

Acho que eu consigo matar uma sangue-ruim sem deixar rastros, seria até divertido. Só tenho certeza que essa filha da mãe me acordou e logo lançou um Petrificus Totalus na minha cara! Agora ela, o Potter e o Weasley estão me levando para o terceiro andar!

Merda.

Obviamente, a harpa encantada por Quirrell iria parar de tocar em poucos minutos. Na lerdeza que estávamos... Os três estavam discutindo sobre quem ia pular primeiro. Ah, se eu não estivesse petrificada! Os três já teriam caído com tudo no Visgo do Diabo!

Quando finalmente os três ficaram apavorados demais com a criatura para continuarem discutindo, eles me jogaram e pularam. Como eu disse, tínhamos demorado tanto que o efeito do feitiço já havia terminado quando eu cai em cima da planta viscosa:

– Vocês são três IDIOTAS!

– Esse é o Visgo do Diabo, tentem relaxar – disse a metida a sabe-tudo Granger.

– Relaxar é o caramba, já passei por aqui mais uma vez e não estou com saco para esperar! – vociferei, sacando a varinha – Lumus Solem!

A planta ficou incomodada e jogou nós quatro para o chão. Como eu não iria ser surpreendida, caí como uma pluma... Diferentemente dos grifinórios, que se estatelaram no chão. Claro, eu ri.

Segui na frente, já avistando as várias chaves voadoras. Fiquei perto da porta, esperando para ver o que eles iam fazer.

Resumindo... Eles fizeram do jeito errado, mas acabou dando certo e passamos para o xadrez:

– Maldição! Faltam duas peças! – irritou-se Weasley.

– Perdoe, eu que as quebrei enquanto jogava – disse e ri, irônica.

– Eu vou jogar essa partida, Riddle, nem venha se gabar!

Depois dessa inspiradora frase, o Orelhas de Fogo posicionou os outros dois e montou em um cavalo. Dei de ombros e esperei. Ele perdeu várias peças, mas depois de quase morrer por um ataque da rainha branca, conseguiu dar o tão esperado xeque-mate.

Por fim, somente eu e o Potter seguimos com a missão, já que a Granger queria cuidar do Weasley. Passamos pelo fedorento trasgo antes de chegar ao desafio do Snape. O meu acompanhante pareceu super assustado, perguntando-se o que fazer com aquela charada.

Percebi que era a mesma e que os recipientes eram os mesmos. Comecei a rir:

– O que é tão engraçado?

– Você esqueceu que eu sei a resposta!

– Então diga!

– De graça? Quero 100 galeões para te dar a resposta do frasco que volta ou 200 galeões pela resposta do que passa – chantegeei ele.

– Ta bom! Eu pago os 200, só vamos passar logo essas chamas!

Ri mais uma vez, pegando o frasco pequeno e tomando um gole. Dei o resto para o moreno e saí correndo para as chamas:

– Te vejo por lá, Potter.

Abri a porta e dei de cara com Quirrell e com um espelho estranho. Eu me via feliz ao lado de meu pai com ele, até franzi o cenho com ele. O professor estranhou minha presença:

– Em segundos Harry Potter estará aqui – informei, posicionando-me ao lado deles.

Já tenho um plano para negociar com ele, caso for necessário – disse a voz dura de Voldemort.

A porta se abriu e um garoto de olhos verde-vivos olhou para Quirrell, surpreso:

– Você?

– Surpreso, Potter? 


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