Valentines Day escrita por Wingates


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Segundo post O/
Espero que gostem 8'D
Kaku tá muito uke e Lucci muito safado /nemligo UHAEHUAEAUH 8D

Boa leitura *-*



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Construções e consertos, muitos deles. E foi só mais um dia de trabalho na Doca 1. Mas hoje foi mais puxado ou foi só impressão minha? Ah, tanto faz, só sei que me sinto realmente cansado. É melhor eu ir logo.

Passando por diversas lojas, percebi o quanto a venda de chocolates tem sido absurda durante essa semana. Hm... AH! Daqui a dois dias já é Dia dos Namorados! Como eu fui esquecer!? Lucci vai ficar bravo se eu não der chocolate...

É... Ainda não estamos juntos há um ano ou mais do que isso, por isso esse vai ser nosso primeiro Dia dos Namorados... Juntos. Mas eu nunca parei pra pensar qual é o tipo de chocolate de que ele gosta. Nem sei se ele gosta de chocolate. Mas ainda tenho dois dias! Tempo suficiente para interrogar alguém que pode me ajudar muito com isso.

- Kaku! – alguém gritou.

- Hattori!? – espantei-me.

Hattori pousou sobre meu ombro. Ótimo, precisava mesmo dele agora.

- Lucci pediu para que eu fosse atrás de você já que estava demorando a voltar.

- Ah, peço desculpas... A propósito, Hattori, queria pedir sua ajuda.

- Ah, o que é?

- Hm... Sabe se o Lucci gosta de algum chocolate em especial?

- Hm... Nenhum, que eu saiba.

- Nenhum mesmo?

- Hm... Não tenho certeza, mas por que você não pergunta a ele?

- O quê!? Claro que não! Deveria ser uma surpresa, e ele pode ficar irritado por eu não saber do que ele gosta... – suspirei melancolicamente.

- Então eu pergunto, ho ho!!

- Ei, Hattori, volte aqui! Nem pense nisso!!

E eu pensava que podia confiar nesse pombo.

Hattori saiu voando enquanto eu o perseguia. Ou pelo menos tentava perseguir. Não demorou muito para que eu o perdesse de vista, mas como sabia aonde ele estava indo, continuei indo atrás dele.

Felizmente, quando cheguei ao quarto não havia sinal do pombo. Só de Lucci, sentado à mesa lendo alguma coisa enquanto bebia um pouco de café.

- Você demorou.

- Eu sei... Peço desculpas.

- Desculpas aceitas. Mas por que está ofegante?

- Ah... Culpa do Hattori.

Olhei para o lado. Não queria especificar nada, só afirmar que era culpa daquele pombo e ponto final.

O silêncio prevaleceu por algum tempo naquele aposento. Um quarto, uma cozinha e uma pequena sala. Os outros membros da CP9 que estavam naquela missão conosco moravam em outros lugares de Water 7, e eu me considero cheio de sorte por ter sido escolhido para dividir esse lugar com Lucci.

De repente, ele resolve falar:

- Kaku.

- Ah! E-eu!

- O que foi?

Droga. Eu tinha de reagir daquele jeito!? Aquilo foi o bastante para que ele deixasse a leitura e a xícara de café para olhar diretamente para mim. Um olhar preocupado, mas sério. Um olhar à-la-Rob-Lucci. Maldito seja, deixava-me ainda mais sem jeito.

- Não foi nada.

- Tem certeza?

- Tenho!

E saí correndo para tomar banho.

Quando terminei de tomar banho e me trocar, saí do banheiro. Quando fazia meu caminho em direção à cama, senti aqueles braços me envolverem. Ele sabia que aquilo me deixava completamente sem reação.

Ele inclinou a cabeça em direção à minha orelha, e pude sentir aquela respiração quente enquanto ele dizia:

- Não é justo você mentir para mim, sabia?

E meu corpo todo estremeceu. Minha alma estremeceu.

- Mas eu não menti, Lucci...

- Acabou de mentir novamente.

-... O que você quer dizer, hein?

- Quando você disse que “nada” tinha acontecido, percebi logo que era mentira. E agora você diz que não mentiu. Que coisa feia, Kaku.

- Mas eu juro qu-

Fui interrompido.

- Hattori me contou.

Soltei-me do abraço e olhei para ele desesperado.

- Contou o quê!?

- Viu só como eu sei quando você esconde alguma coisa? Enfim, você está mesmo preocupado com o chocolate?

Ah, maldito seja.

- É!... Queria te dar algum...

- Hm. Não gostaria que você comprasse.

- Não?

- Não. Mas eu quero chocolate.

- Mas Lu-

Mais uma vez fui interrompido. Não por aquela voz, mas por aqueles lábios quentes e com um leve gosto de cafeína: irresistível.  Ele sabia mesmo como me fazer amá-lo.

- Melhor irmos dormir, teremos mais um dia longo amanhã.

- E-ei! Mas o que você quis dizer com essa história de querer chocolate, mas não querer que eu o compre?

- Pense um pouco, Kaku.

Ele beijou minha testa e foi para a cama. Apesar de me provocar daquele jeito, sempre fazia isso com o rosto sério, os olhos fixos nos meus. Dava vontade de beijá-lo até que me faltasse o ar.

A manhã chega, e fiquei claramente muito mais calado e pensativo hoje do que jamais fiquei em qualquer outro dia. Culpa de Rob Lucci, claro! Quem mais na face da Terra poderia me fazer ficar tão fora de mim senão ele? O que ele quer que eu faça, hein?

Fiquei vagando em pensamentos o dia inteiro... E fugindo do Lucci também. Se eu o visse com certeza ficaria sem jeito devido à interrogação monumental que ele enfiou na minha cabeça.

Durante um breve descanso fui a um lugar mais isolado para poder pensar melhor. Mas logo meus pensamentos foram dispersos.

- Ho ho, já pensou no que vai fazer?

- Hattori! Eu te pego da próxima vez!

- Duvido. Mas então, o que vai fazer?

- Em relação a quê?

- À tradição do chocolate.

Hattori sempre sabia muito mais do que aparentava saber.

- Eu não sei... Lucci quer chocolate, mas não quer que eu compre...

- E você ainda não entendeu?

-...

- Faça o chocolate!

- O quê!? E desde quando eu sei fazer chocolate!?

- Isso já é problema seu, mas é o que ele quer.

Como e por que eu não tinha percebido isso antes!? Ah, o por quê eu sei: Rob Lucci me faz perder o bom senso. Agora eu me sinto a mais burra das criaturas, e Hattori estava rindo por dentro, sem dúvida.

- Ah... – suspirei – Não posso acreditar...

- Ande logo, hein! Ho ho! – e saiu voando.

Provavelmente foi contar ao Lucci esse meu momento humilhante.

A noite cai, e eu estou exausto. E como amanhã já é o bendito dia de São Valentim, teremos folga em Galley-La, então eu terei que acordar bem cedo e tentar com toda a minha força de vontade fazer chocolate para ele.

E enquanto Lucci tomava banho, aproveitei para cair na cama e dormir logo. Virei-me para o lado e fechei os olhos. De repente, senti novamente aqueles braços me envolvendo e um perfume que me fazia delirar.

- Fico surpreso por ver que você já vai dormir.

- Ah... É que estou cansado, só isso.

- Deve ter ficado cansado mesmo de tanto fugir de mim hoje.

- Ah, isso, eu não... Quero dizer... Ah, não sei explicar!

- Tudo bem.

- Não vai me dizer que o Hattori andou te contando o que aconteceu hoje...

- Talvez.

Maldito.

- Lucci...

- Sim?

- Você vai dormir até mais tarde amanhã?

- Por quê?

- Vai ou não? Só quero saber.

- Talvez.

- Sim ou não, Rob Lucci?

- Por acaso você quer que eu durma até mais tarde?

- Não é isso, é qu-

Ele não resistia, tinha sempre de me interromper. Dessa vez ele acariciava meu rosto enquanto beijava levemente o meu pescoço, e eu ia ficando com o rosto vermelho, mas por dentro não queria que aquilo acabasse nunca.

Chegando à minha orelha e beijando-a carinhosamente, ele aproveita para dizer:

- Já entendi. E como é você que está pedindo, pode deixar, eu durmo até mais tarde.

Não adianta querer responder. Pelo menos não depois disso. E apesar de eu não ter pedido diretamente para que ele ficasse até mais tarde na cama no dia seguinte, ele sabia que era isso que eu queria, e não perdia a chance de me provocar.

7h. Acordo lentamente e vejo que Lucci ainda está em um sono profundo. Pelo menos eu espero que esteja. De certa forma era engraçado vê-lo dormir daquele jeito; parecia tão vulnerável. Ah, não acredito que até dormindo ele consegue me distrair tanto.

Vou até a cozinha e procuro por algum livro de receitas. Por – sem sombra de dúvida – uma intervenção divina, havia um livro jogado em um canto qualquer do lugar.

Cupcakes”.

Que milagre. Começo imediatamente a ler a receita e colocar minha força de vontade em ação. Para a minha infelicidade, mas não para o meu espanto, eu não era muito bom na cozinha; Mas não desistiria assim tão facilmente.

E depois de horas tentando, tudo o que consegui foram fornadas de cupcakes queimados. Ainda havia uma vasilha cheia de chocolate, e estava uma delícia, mas por que diabos esse chocolate queimava quando eu o levava ao forno!? Frustrante.

Em um momento de desistência, sentei-me e deitei minha cabeça na mesa, com cara de “o-forno-tem-vida-própria-e-não-quer-me-ajudar”.

- Que bagunça.

Aquela voz que me fazia estremecer de repente ecoou pela cozinha. Levantei-me com o susto.

- Ah! Lucci... Eu só estava tentando fazer uns cupcakes, mas obviamente não deu certo...

- E por quê?

- Você sabe o por quê.

- Não, não sei.

- Sabe sim! Foi por sua causa! Eram para você, Lucci!

Sorriu maliciosamente. É claro que sabia que eram para ele, mas Rob Lucci tinha sempre essa necessidade insana de me fazer admitir tudo.

- Você não precisa se exaltar tanto assim.

-... É culpa sua. – virei-me, emburrado.

- Ah, é?

Ele me abraçou e puxou-me para perto de si, deixando-me sentir seu perfume. Novamente, eu estava sem a menor capacidade para reagir. Abracei-o de volta e nem respondi ao “Ah, é?”, porque na frente dele eu sempre tentava arranjar qualquer desculpa caso acabasse me exaltando. Já era comum eu afirmar que qualquer coisa era culpa dele, então ele já estava acostumado e nem ligava mais.

- Kaku. – ele segurou meu queixo e levantou minha cabeça levemente.

- Ficou bravo, não é?

- Hm? Por que eu ficaria?

- Porque eu fiz essa bagunça toda e não consegui fazer os cupcakes de chocolate que queria fazer para você.

- Você pode não ter feito os cupcakes, mas fez algo muito melhor.

- Fiz?

E como resposta ele me beijou intensamente. Então percebi que havia chocolate respingado sobre meus lábios; não era uma grande quantidade, mas o suficiente para que pudéssemos compartilhar aquele sabor incrível.

Estava nas nuvens. Nas mais altas possíveis. Era a primeira vez que me sentia daquele jeito tão diferente e tão apaixonado; Quero dizer, há tempos sou apaixonado por Lucci, mas ele sempre consegue se superar e me fazer ir aos céus com essas surpresas.

- Era esse o chocolate que eu tanto queria.

- E você sempre consegue o que quer, não é? – sorri, provocando-o.

- Se eu consegui você e com um pouco de persuasão algumas coisas de você, então sim, eu consigo o que eu quero. – um sorriso malicioso, como só ele sabe fazer.

- Você é mesmo terrível, Rob Lucci.

- Mas você gosta disso.

- Não. Eu amo isso.

Passamos o resto do dia juntos. Bem juntos, para ser mais específico. Terminamos de comer todo aquele chocolate e ficamos na cama o dia todo. Como é bom estar com ele, e poder fazê-lo feliz de verdade. Como é bom saber que ele é só meu, e que ninguém mais pode beijá-lo, abraçá-lo e ganhar seus sorrisos. Não é questão de sorte, é amor.

- Eu te amo, Kaku.

- Eu te amo, Lucci.

Feliz Dia de São Valentim.


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