Crazy escrita por Guardian


Capítulo 15
Doentio, definitivamente doentio


Notas iniciais do capítulo

Mesmo esquema do último capítulo:

Matt -> itálico
Mello-> negrito
Near-> normal



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 Ouviu um barulho, passos.

 Observou assustado a porta abrir rangendo, revelando a silhueta de alguém ali.

 Ainda não dava para ver quem era.

 - Acordou? Espero que esteja confortável.

 Aquela voz...

 ...

 NÃO!

 A iluminação era muito pouca, e Matt só pôde ver o rosto de Alex Corliss quando um feixe de luz incidiu por uma fresta da janela lacrada.

 Alex se aproximou do ruivo e tocou nas algemas que prendiam suas mãos no alto - Gostou? Fui eu mesmo quem colocou. Especialmente para você - sorriu.

 Aqueles olhos verdes juntamente com o sorriso calmo que ele mantinha o apavoravam.

 - Está tremendo? - Alex passou uma mão pelo rosto de Matt, acariciando-o - Por quê? Vamos apenas nos divertir um pouco.

 E sem aviso algum, desceu a outra mão pela bochecha esquerda do rapaz com um lâmina, fazendo um corte fino, mas fundo o bastante para algumas gotas de sangue brotarem. Matt apenas conseguiu ver um brilho, o reflexo da luz na lâmina, pelo canto do olho antes de sentir sua pele sendo cortada.

 Tentou gritar, mais pelo susto do que pela dor, mas o pano em sua boca não permitiu.

 Alex sorriu ainda mais - Bom, pelo menos eu vou me divertir.

 Desde o começo sentiu que tinha algo de estranho naquele monitor, mas isso?!

 Aquela atitude calma e tranquila assustava muito mais do que se ele tivesse começado a gritar.

 Frio e calculista.

 Como os melhores psicopatas devem ser.

 - Pode esperar um pouquinho? - Alex perguntou se afastando - Eu vim vê-lo primeiro, mas Mello e Near também já devem estar acordados a essa hora. Só vou cumprimentá-los e já volto.

 Agora sim o pânico preencheu totalmente o peito de Matt.

 Mello?... Near?...

 Tentou se mover, mas tudo o que conseguiu foi fazer barulho ao bater as correntes na parede.

 - Eu não demoro - o monitor falou e saiu.

 E tudo que Matt pôde fazer foi observar impotente.

 Droga, não conseguia tirar aquelas algemas! Não estavam propriamente apertadas, mas tampouco conseguia passar suas mãos por elas.

 Alguém estava vindo.

 Sabia quem era, então não ficou surpreso quando Alex apareceu.

 Mesmo que não pudesse sair do lugar, Mello tentou se impulsionar com uma expressão furiosa na direção do homem.

 - Calma - Alex riu - Eu não pretendo fazê-los sofrer.

 "Por isso que nós estamos acorrentados, né?!" Mello pensou irônico.

 - Eu apenas quero fazer algumas... Ahn, "coisas" com Matt antes dele morrer.

 O... O QUÊ?!

 Matt... Aquele desgraçado não ia matar Matt!

 Matar... Matt?

 - Hum? O que foi, Near? - Alex perguntou ao ver o olhar do garoto.

 Se aproximou dele, agachando até ficarem na mesma altura.

 - Ah, não precisa se preocupar. A morte de vocês será indolor - e deu risinho - Já quanto a Matt eu não posso, nem vou, prometer nada.

 Near estremeceu ainda mais.

 - Sabe, desde o começo eu gostei de vocês dois - Alex continuou falando - Os dois melhores, e ainda assim, extremos opostos. Near se mantém indiferente e sem se abalar por nada - olhou mais uma vez para a expressão assustada dele e acrescentou - Bom, quase nada.

 Centrou os olhos verdes em Mello, que tinha parado de tentar se mover a fim de tentar entender o que aquele cara tinha na cabeça.

 - E Mello é tão impulsivo e impaciente. Me admirei muito que o maior castigo para ele fosse ficar sem chocolate - ele riu - Os dois são absolutamente fascinantes! Eu sinceramente não sabia qual escolher. Ainda não sei, para falar a verdade. Então a solução mais simples é não escolher e matar os dois. E Matt, é claro. Afinal, eu percebi que ele é estranhamente próximo de vocês e eu não gosto disso.

 Esse cara é doente!

 Como bons possíveis sucessores de L, Mello, Near, e Matt também, tinham que estudar sobre vários temas criminais, e entre eles, sobre a psicologia dos criminosos.

 Não chegavam a um nível em que pudessem analisar se ficaram com a mente perturbada porque o pai os abandonou ou porque não ganharam o que queriam de Natal, mas Mello não precisava de nada disso para afirmar com total certeza: aquele cara era doente.

 Ele falou que tinha gostado deles  e por isso iria matá-los... Já tinha lido sobre isso, mas encontrar assim, na real?!

 - Agora eu preciso voltar para Matt - Alex se levantou e antes de sair, se virou sorrindo e indicando o lábio machucado - A propósito Mello, belo soco.

 Droga!


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Notas finais do capítulo

Eu sei que tem um nome pra isso de "gostei de você, vou te matar". É meio que uma doença psicológica, mas eu não consegui encontrar o nome...

Eu estava em dúvida se fazia o Alex ser mau ou simplesmente louco. Optei por louco xD

Ahn... Vocês vão ficar muito bravos comigo se eu matar um deles? ó.ò ( não sei, ainda não decidi... )



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