Accidentally escrita por Candy_Rafatz


Capítulo 1
Prólogo - 001 e 002.


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, como vocês estão? Comecinho, apenas para dar um gostinho e tenham certeza que com o continuar ficará bem melhor.
PS: Para dar uma esquentada postarei o capítulo 1 e 2 juntos, para terem uma ideia geral. Espero que gostem.



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De toda a minha literatura, você foi minha melhor página.


Prólogo:

A vida é feita de surpresas onde sua missão é viver, alguns momentos podem durar tão pouco e ficar na sua memória por muito tempo, algumas pessoas podem fazer muito pouca parte da sua vida e ser considerada pra sempre. Eu imagino um dia em que todas as pessoas tivessem o direito de ser feliz, mesmo que seja só por um momento, para ter a oportunidade de sentir o que realmente desejam e acreditar que sonhos não são bobagens. Às vezes você percebe que as aparências enganam e você pode sofrer muito com isso! O tempo é uma coisa que não permite voltar para trás, então só se arrependa do que você não fez, aproveite cada segundinho da vida, pra ficar guardado eternamente em sua memória.

Accidentally... Love... I'm in love.

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001.

http://www.youtube.com/watch?v=T5CfU5FUiug

Britney Spears - Womanizer

Ele respirou fundo sem se mexer na cama e sentiu um cheiro diferente que não conseguiu identificar de primeira. Bocejou e abriu os olhos, piscando várias vezes até se acostumar com a luminosidade do quarto graças à luz do sol que entrava pela janela e a luz acessa. Em sua frente viu longos cachos castanhos em cima do travesseiro ao seu lado. Olhou direito e viu as costas nuas feminina em sua direção e o inicio da bunda dela. (Que não estava completamente à mostra por causa do fino lençol que cobria sua intimidade.) Sentou-se meio atordoado e viu uma mulher morena deitada em sua cama. Um não, na verdade duas. Do outro lado da cama, uma mulher loira dormia também. Ele estava entre duas mulheres nuas.

— Ei? Vocês duas... — ele não conseguia se lembrar do nome delas. Na verdade nem sabia onde estava de verdade. Começou a refazer tudo que tinha feito na noite anterior com a mão na testa e os dedos entrelaçados no bagunçado cabelo.

Festa no apartamento de um amigo, Brian, um amigo de balada e que sabia organizar uma festinha particular muito bem. Bebidas. Bebidas. Dança. Bebidas. Duas mulheres (que era amigas) dando em cima dele ao mesmo tempo. Mulheres gostosas. Excitação do momento mais a tontura pelas várias bebidas que tinha tomado. Convenceu-as com sua lábia a aproveitarem o momento juntas. Subiram para um dos quartos da cobertura luxuosa de Brian em Upper East Side. Transaram.

Sorriu malicioso ao lembrar que tinha transado com as duas. Ao mesmo tempo. E agora estava no apartamento de Brian. Com cuidado, para não acordá-las, levantou-se da cama ainda nu e recolheu as próprias roupas do chão e as vestiu rapidamente. O celular estava jogado em uma cadeira, pegou-o e viu que ainda era razoavelmente cedo – nove horas da manhã. Nem se importou em acordar as mulheres adormecidas, quando Brian percebesse a presença delas não ficaria bravo, iria se divertir também. Mulheres gostosas e fáceis? Seria uma diversão para ele.

Em alguns minutos tinha saído do apartamento (que estava uma bagunça completa. Pessoas deitadas espalhadas seminuas, garrafas de vários tipos de bebidas, algumas camisinhas. Tinha sido uma festa daquelas) e ido para a garagem onde seu Volvo estava estacionado. A chave estava no bolso traseiro de sua calça jeans, entrou e dirigiu rumo ao seu apartamento no mesmo bairro, Manhattan, mas do lado mais classe média.

***

Ao chegar ao próprio apartamento foi direto para o banheiro e tomou um longo banho, colocou uma roupa mais confortável e sentou-se no sofá onde ao lado em cima da mesinha a secretária eletrônica do telefone fixo piscava mostrando ter mensagens, então apertou o botão para escutá-las.

“Oi gatinho e ai quando vamos nos ver novamente? Aquela noite foi incrível e espero que possamos repetir. Beijo.”

Ele não tinha a menor idéia de quem fosse, mas era uma voz feminina e sexy. Provavelmente uma de suas aventuras, mas será que elas não percebiam que era apenas uma noite e fim?

“Alô Edward? Onde você está amor? Não íamos sair? Estou esperando sua ligação, beijos”

“Edward Anthony Cullen eu estou realmente irritada, onde você está?!”

“Você está com alguma vagabunda não é Edward? Seu desgraçado, filho de uma puta. Nunca mais me ligue, me procure ou nada do tipo. Eu te odeio!”

“Amor...? Ignore a minha outra mensagem, eu estava com raiva, apenas isso. Estou com saudades, me liga assim que escutar essas mensagens ok? Eu te amo meu pitico, beijos!”

“Onde você está? Por favor me liga. Eu te amo!”

“Desgraçado!”

Reconheceu a voz de Tanya em todas e revirou os olhos com isso. Todas as mensagens em um intervalo de menos de uma hora. Ela realmente era grudenta e precisava de tratamento. Ou de um gato. Não é isso que mulheres solitárias faziam? Ficam em casa cuidando de gatos?

“Edward, onde você está?! Tanya não para de me ligar e você sabe o que eu estava fazendo quando ela ligou pela última vez? Seu maldito! E você deveria estar em casa escrevendo seu livro e não saindo para baladas. Ah e você está em vários sites de fofocas, é um dos homens famosos mais mulherengos de Nova York talvez de todo os Estados Unidos, parabéns! ME LIGA ASSIM QUE ESCUTAR ISSO, PORRA”

Dessa vez era a voz irritada de Rosalie, sua irmã e agente.

— Que gente mais boca suja, onde está a civilidade e educação dessas pessoas? E é por isso que o mundo não vai pra frente. — disse com humor a si mesmo e riu imaginando todos os palavrões que Rosalie lhe responderia se estivesse ali para escutar sua graça e então desistiu.

Em seu celular tinham mais de trinta chamadas perdidas e na secretária eletrônica do telefone de sua casa outras dezesseis mensagens, meu deus, esse povo não tinha o que fazer além de lhe ligar e lhe deixar mensagens? Ele esticou o braço e apertou o botão para apagar todas as mensagens sem nem terminar de lê-las, provavelmente mais recados de mulheres, Rosalie e Tanya, e era cedo demais para agüentar dramas. Até parece que Edward Cullen ficaria em casa em um domingo a noite, era impossível. Não conseguia escrever nada mesmo, então era melhor passar o tempo bebendo e transando, tem combinação melhor? Para Edward não.

002.

Inspiração? Nada. Ele conseguia escutar os grilos em sua cabeça sem idéia alguma, completamente vazia. Absolutamente nada. Tentava se concentrar em seu trabalho, encarava a na tela de seu notebook com os dedos passeando sobre o teclado. Digitava uma palavra no máximo uma frase, mas o fim era sempre o mesmo, acabava apagando. Qualquer coisa lhe distraía. Nada.

— Desisto! — resmungou levantando-se da mesa que ficava no canto da sala.

Fechou o notebook com uma força exagerada, andou até o meio da sala, em cima da mesinha de centro pegou um jornal e se jogou no sofá. Folheou rapidamente o jornal e leu uma matéria sobre o custo da vida romântica em Nova York, quanto custa ser romântico em Nova York (desde o preço de uma sessão de cinema, jantar, presentes, motel) e embaixo assinado por Edward A. Cullen. Ele mesmo. Não gostava de escrever sobre economia, mas precisava de dinheiro e a quantia que davam por um artigo com pouco mais de 900 palavras era suficiente para lhe fazer escrevê-lo. Então sempre dava um jeito de escrever sobre economia envolvendo outro assunto assim, além de ser mais prazeroso, ajudava a pessoas mais populares, que não entendiam a linguagem extremamente profissional dos economistas, a entender e era assim que fazia sucesso. Por suas verdadeiras e humildes matérias que conseguiam chegar em todas as classes sociais, mas também por sua beleza quase sobrenatural. Era um belo homem de 25 anos, cabelo desalinhado cor de bronze, olhos verdes, lábios finos, um corpo esguio com músculos na quantidade certa. Agora soma essa bela aparência mais um charme e poder de conquista extrema? Era um mulherengo profissional. Conseguia pegar as mais belas modelos, atrizes, mulheres comuns. Qualquer mulher atraente para ele era conquistada com facilidade. Não encontrando a mulher certa então se divertia, e muito, com as erradas.

Edward escutou a campanhinha tocar, mas nem deu tempo de levantar-se para abrir a porta, pois a pessoa já foi entrando. Rosalie e Emmett. Sua irmã e seu cunhado. Edward deu uma risada.

— Uau, normalmente as pessoas esperam as outras abrirem a porta antes de irem entrando na casa dos outros assim. — comentou irônico sem levantar-se no sofá. — Isso se chama: educação!

— Onde você passou a noite, Edward? — Rosalie perguntou nervosa, parecia com raiva e sua irmã com raiva nunca era um bom negócio.

— Na festa de um bom amigo, Rose.

— Como você consegue ser tão... Irresponsável Edward? Mas que merda! — esbravejou encarando o irmão sentindo o sangue ferver.

Emmett, namorado de Rosalie, deu dois passos para trás quando viu Edward se levantar, era óbvio que eles iriam brigar. Ele era melhor amigo de Edward, mas estava ali para acompanhar e tentar controlar Rosalie, missão quase impossível. Rosalie é dois anos mais velha que o irmão, 27 anos, e trabalha como editora-chefe de uma das maiores editoras do país e muito prestigiada por ser uma das mais conhecidas e renomadas crítica literária.

— Por que você sempre me liga ou visita para cobrar ou criticar? Você nem pergunta como eu estou, fico até magoado sabia? — fingiu indignação e tristeza. Emmett abafou uma risada.

— Por Deus! Eu não sei por que ainda tento sabia? Por que ainda aposto em você, que droga. Você acabou de escrever pelo menos?

— Não. Eu estou sem inspiração alguma! Tenho uma idéia, mas todas as minhas palavras se confundem na minha cabeça e não sai nada.

— Você está ao menos tentando?! — quase gritou. — Porque você está sempre com alguma mulher em alguma festa, normalmente bêbado. Você está tentando?

— Desculpe não ser perfeito como você, Rosalie!

— Eu não sou perfeita, mas não faço tantas merdas como você, Edward! Eu me esforço para fazer as coisas certas! E sabe quem vai se foder com esse seu comportamento? Eu!

— Não sei como.

— Estamos entrando numa crise. Por deus Edward, eu tenho prazos! O pessoal da editora já está em cima de mim pedindo esse tal livro do famoso “colunista e mulherengo Edward A. Cullen”, é um dos livros mais esperados pelos leitores, mas não vão lhe esperar a vida inteira! Eu sou sua irmã e garanti que o livro sairia. Foi todo um investimento feito e eu garanti que todos os gastos feitos com publicidade para você valeriam à pena.

— Eu sei Rosalie, eu sei. Eu estou tentando, você pressionando não vai ajudar muito. Preciso de mais tempo e paciência!

— Eu estou tentando paciência com você desde que somos adolescentes!

— EU PRECISO DE TEMPO E NÃO DE VOCÊ ME PRESSIONANDO! — Edward gritou.

— NÃO, VOCÊ PRECISA CRESCER!

— VOCÊ NÃO SABE...

— VOCÊ PASSA MAIS TEMPO COM VADIAS E BEBIDAS DO QUE ESCREVENDO, VOCÊ PRECISA DE MATURIDADE E RESPONSABILIDADE! — gritou sem paciência lhe apontando o dedo.

Emmett se aproximou por trás da namorada e a segurou pelos ombros, sussurrando em seu ouvido que se acalmasse. Edward mexeu nos cabelos e jogou a cabeça para trás soltando uma lufada de ar com força.

— Saí Rosalie! Vai embora ok? Eu não quero brigar com você.

— Você sempre foge, é incrivel. Sabe o que mais decepciona? É que eu acreditava em você. Vai ver a errada sou eu por sempre te apoiar e ficar do seu lado. Vai ver o papai estava certo e você é apenas um moleque irresponsável, mas eu juro que queria que você fosse mais. — Rosalie disse ressentida.

— Vamos Rosalie, chega, vamos embora! — Emmett a puxou na direção da porta.

As palavras da irmã doeram mais do que qualquer coisa. Era tudo verdade, não era?

— Rose, eu sinto muito, eu só preciso de... Tempo. Um pouco mais, por favor. — pediu baixinho.

— Duas no máximo quatro semanas. É tudo que posso lhe oferecer!

— Um mês? — Edward perguntou sem acreditar.

— É o máximo que posso fazer por você e todos sabem que você está tendo tantas chances simplesmente por ser meu irmão, estou trabalhando com as possibilidades. Quatro semanas e você me dá metade do livro como garantia, a outra metade podemos enrolar por mais um mês. É o máximo!

— Tudo bem, obrigado.

— Eu vou embora, conversamos depois.

Ela entrelaçou os dedos aos do namorado e saiu do apartamento sem se despedir direito, Emmett apenas acenou e saiu com ela. Edward andou até a porta e a fechou passando a chave.

Um mês? Só podia ser brincadeira. Estava a um mês tentando escrevê-lo, claro que nesse meio tempo parava para escrever colunas para jornais, sites e revistas, como o bom colunista free lancer que era afinal precisava dinheiro para as despesas. Mas em um mês não conseguira nenhum capítulo, como Rosalie queria que em um mês escrevesse o livro inteiro ou metade dele? Loucura.

Deitou-se no sofá em busca de inspiração e para organizar as idéias. E os grilos, que lhe acompanhavam nesse período de criação, voltaram a cantar em sua cabeça. Vazio total. Sem idéias.

Cri, cri, cri, cri.

— Odeio grilos! — ele murmurou ficando em pé novamente e voltou para a mesa no notebook. Entrou no seu e-mail e viu alguns spans, outros de conhecidos, anúncios de lojas que já tinha comprado produtos pela internet e algo lhe chamou atenção, o e-mail de uma companhia área na qual já tinha viajado.

Um sorriso se formou em seus lábios e uma idéia em sua cabeça. Viajar. Nem se preocupou em abrir o e-mail, apagou ele e todos os outros spans, entrou na internet e abriu o Google. Para onde viajar? Não podia ser uma cidade quente ou com sol, odiava isso. Odiava calor. Não queria um lugar muito movimentado e muito menos com conhecidos. Jogou no Google "cidade pequena e fria", várias opções. Então resolveu especificar mais e colocar "cidade pequena e fria nos Estados Unidos" não iria para outro país, já que não falava outro idioma muito bem. (Conseguia se virar um pouco em francês e italiano, que tinha aprendido em suas viagens, mas nada que pudesse lhe fazer ir pra França ou Itália.)

Minnesota. Pensilvânia. Flórida. Miami. Washington. Eram os lugares (nos Estados Unidos) que aparecerem. Trabalhando com as opções pesquisou direito sobre o clima, paisagem, quantidade de habitantes, ficou meia hora pesquisando exatamente tudo e acabou com uma cidade de qual nunca tinha ouvido falar, mas parecia perfeita. Forks, Washington.

Largar tudo e viajar assim do nada era uma decisão um tanto precipitada, mas ele não tinha dúvidas, era o que tinha que fazer. Ficar longe da agitada Nova York e de todas suas tentações para a pacata e fria Forks era perfeito, conseguiria se concentrar apenas em seu livro e escrevê-lo. Pegou o telefone e ligou para linha aérea para garantir sua passagem, depois arrumaria suas malas (com muita roupa de frio para as temperaturas baixas da cidade) e consultaria sua conta bancária para garantir que conseguiria se manter um mês (mas isso ele tinha quase certeza que sim e mesmo se não pudesse usaria um dos seus vários cartões de créditos sem medo de se endividar, o principal era seu livro), também mudaria o chip do celular para ter outro número enquanto estivesse viajando, mas guardaria o antigo já que lá estavam todos seus contatos (faria isso apenas para que nem Rosalie ou outras mulheres lhe incomodassem ou encontrassem nesse mês longe) e então partiria. Sem família, além de Rosalie, para se despedir era apenas colocar uma mensagem na secretária eletrônica e passar um mês em Forks.

— E aí vou eu! — disse sorrindo para si mesmo.




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Notas finais do capítulo

Ai, ai. Tia Candy de volta, fiquei com saudades desse mundo. Enfim, a Accidentally (acidentalmente)é uma comédia romântica com muitas cenas fofas, engraçadas, algumas hot porque a carne é fraca né. Esse capítulo foi especial e como foi o primeiro queria dar uma ideia do que viria então postei junto o prólogo e os dois primeiros capítulos, os próximos serão postados sozinhos e são razoavelmente pequenos com na média de 1.000 palavras entre 2.000 (algo assim) mas isso significa que serão mais capítulos e posts mais freqüentes, todos os dias ou dia sim dia não. Tá chega de notas finais, eu falo muito. Se forem ler adoraria que deixassem reviews, respondo todos e adoro fazer amizade' KKK Até o próximo que vem rapidinho!PS: Postando no nyah a pedidos da minha quase-xará Daiane e best Biah. Pronto meninas, venci minha preguiça e aqui está a Accidentally no nyah, we'