O Milagre escrita por Beatte


Capítulo 11
Novas amigas , Tailândia e Aniversário - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oi , pessoas. Eu finalmente tive criatividade o suficiente para fazer esse capitulo que terá duas partes. Quero agradecer a duas pessoas especias , as MELHORES LEITORAS DO MUNDO. Que estão comigo a muito tempo e por isso em homegamem a elas:Vaah = Valéria no contextoIsa_Costa = Isa no contextoObrigada a elas , e a todas vocês !



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21 de agosto, meu aniversário de dez anos.

Tarde ensolarada, festa no quintal nada de Tailândia.

E mesmo assim, eu estava feliz.

Muito bem, eu vou começar do início.

Tudo começou há mais ou menos duas semanas, quando eu tive a brilhante idéia de ir para Tailândia comemorando meu aniversário de dez anos. Tipo assim há dez longos anos eu comemoro o meu aniversário no quintal de casa – com bolo, parquinho e música. Somente eu mamãe, papai e a família. E a família dos dois não morreria por mim, exatamente. Quer dizer há única pessoa que algum dia teve a capacidade de ser ‘’legal’’ comigo, era a minha tia-avó Lucy, mas acho que essa capacidade foi morta quando eu esbarrei no seu vaso/copo de Marrocos. Segundo minha tia-avó eu havia destruído anos de trabalho além de tirar arroz e feijão da boca de um povo que vivia de artesanato e plantação de arroz. Eu explique para a minha tia-avó que a Tailândia era o maior exportador de arroz do mundo, segundo a Wikipédia e que o povo tuc-tuc do vaso marroquino dela podia muito bem acampar lá e comer arroz eternamente.

Ela simplesmente cuspiu no meu sapato encerrando a conversa.

O resto da família não teria nem começado a conversa me mandaria direto lavar pratos até as duas da manhã, por isso a minha tia-avó Lucy era bem mais evoluída. Ela me fala mal primeiro e depois me manda lavar pratos até as duas da manhã. Isso sim é uma relação estável. Sem falar que o resto da família me dá presentes horrorosos de aniversário, eu já ganhei uma pulseira de botão. Meu tio Louise havia me falado que ela era raríssima, que ele havia viajado horas e horas até a fronteira do Equador para comprá-la, mas tanto eu quanto ele sabíamos muito bem que ele pegou sete botões da caixa de costura, uma linha e gastou menos de dois minutos.

E não era só a família da mamãe e do papai. Normalmente só havia adultos bêbados, crianças que não sabiam falar ou adolescentes problemáticos. Nada de pessoas normais, como eu. Sendo assim eu era obrigada a sentar no balanço e comer empada sozinha até o final da festa. Concluindo, uma chatice. Foi por isso que eu decidi ir para a Tailândia, meus pais concordaram plenamente, mas um dia antes enquanto eu estava com as malas prontas, de banho tomado e um guia de ‘’ Como falar tailandês em duas semanas’’ na mão eu percebi que as companhias aéreas não faziam vôos para a Tailândia. Eu teria de pegar um ônibus de quatro dias de viagem até a Indochina, passar pela península Malaia de barco. Pegar um avião de vinte três horas de viagem até o Laos, a sul pelo Camboja,e uma rodovia até a Malásia, depois um barco a oeste pelo mar de Andamão e a oeste e norte por Mianmar até finalmente chegar a Tailândia. Uma viagem de basicamente trinta e quatro dias ou mais.

Eu simplesmente larguei as malas na sala e corri para o quarto , fechando a porta. Eu queria chorar , mas não chorei – estava triste o suficiente para ficar em estado de choque. Um dia antes do meu aniversario , todo o meu aniversario estava completamente destruido. Eu havia percebido que o meu destino era realmente ficar sentada comendo empada no balanço eternamente.

- Ei , querida. Você não vai ficar triste por causa disso não é ? Ainda temos tempo , porque não pensa em uma comemoração especial ?- meu pai perguntou sentando na minha cama e passando a mão pelos meus cabelos.

- Não , não. Estou bem assim.- respondi seca. Ele suspirou.

- É sabado , uma garota nova acabou de chegar na rua. Por que não a chama para brincar no parquinho ?- meu pai perguntou e percebi que ele não ia desistir até que eu saisse daquela cama. Ele me levou até a casa A32 , a última da rua no condomino. Havia duas meninas , uma branca de cabelos castanhos lisos e outra morena de cabelos enrolados. As duas estavam sentadas nos degraus , olhando para o céu e tentando adivinhar as formas das nuvens. Meu pai piscou para mim e eu sorri , acenei para ele enquanto ele ia embora.

- Seu pai é bem legal , ele e sua mãe vieram nos dar boas-vindas.- a menina de pele morena disse e eu me assustei.

- É , é mesmo. Qual o nome de vocês ?- eu perguntei.

- Me chame de Isa , o dela é Valéria. E o seu ?- a menina de cabelos castanhos e olhos claros respondeu.

- Me chame de Kris. – respondi.

- Kris ? Eu gostei!- Valéria disse e eu sorri. As duas eram muito diferentes para serem irmãs.

- Nós  não somos irmãs , o pai dela e a minha mãe se casaram a pouco tempo. Eu morava num apartamento com o Thibor , meu cachorro. Mas tanto o meu quanto o apartamento dela era pequeno demais para quatro pessoas , por isso nos mudamos para essa rua.- Isa explicou e eu conssenti.

- Eu entendo.Querem brincar no parque?-eu perguntei.

- Sim, sim. É o que precisavamos! Aonde fica ?- Valéria perguntou se levantando , ela parecia bastante animada o que me fez ficar animada também. Devia estar entediada a bastante tempo.

- Ali atras , é aqui perto.- respondi olhando para Isa , que se levantou. Fomos andando juntas até o parque , eu conversava com Isa que se mostrou muito simpática e ria da Va que era sempre muito animada.

Uma frase : Brincamos a tarde inteira.

- Ei, amanhã é o meu aniversário !- eu disse enquanto corriamos no escorrega.

- Parabéns. Vai comemorar ? – Isa perguntou.

- Ela quer dizer , vai ter comida na sua festa?- a Va perguntou no balanço e eu ri.

- Não vai ter festa.- eu disse suspirando.- Na verdade , eu ia viajar para Tailândia mas não existe mas voo há praticamente sessenta anos.

- Mas se não vai ter festa , como o seu p..- Isa parou abruptamente com a mão de Valéria na sua boca. Elas começaram a sussurar , e eu fingi que não ouvia.

-Como o meu o que?- perguntei.

- Como o seu presente vai c-chegar?- Isa completou nervosa , tive a leve impressão que ela escondia algo de mim tanto ela como a Valéria que estava olhando para os lados.

- Não sei , provavelmente eu não vou ter.- eu disse simplesmente subindo no escorrega de novo. Tipo assim , eu estava tão feliz e elas me lembram desse acidente terrivel.

Enquanto eu subia e elas conversavam , eu tive a impressão que alguem me observava lá longe. Eu olhei para trás e por um segundo , eu juro que havia o visto.

Damon.


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Notas finais do capítulo

Por favor , eu só vou postar a parte dois quando eu achar que tiver reviews o necessário.



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