Pain Of The Darkness, Light Of Love escrita por Rose Ivashkov


Capítulo 13
Capítulo 13 – Noite Ruim – Parte II


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês!
Quero informar que essa será uma longa fic!
rsrsrs
Bjn. R.I.



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Quando acordou, Rose estava numa ressaca lascada e não conseguia sequer abrir os olhos de tanta dor de cabeça. Ficou ainda de olhos fechados durante um tempo, tentando criar coragem para tomar, pelo menos, seu coquetel anti-ressaca.

Abriu os olhos e encontrou os olhos castanhos esverdeados de seu mais fiel amigo e guardião Mikail a olhando. Ele estava sentado na poltrona olhando-a com um olhar desesperado, ansioso, decepcionado e algo mais. Dó? Pena de mim????

“Bom dia.” Ele disse lhe estendendo um copo com água e seu mais sagrado coquetel.

“Oi!” Ela disse aceitando aquilo de bom grado.

“Você pode imaginar o quão preocupado eu fiquei ontem? Você gritando feito uma maluca, bêbada e chorando?! Eu tive que falar para o seu pai falar com o gerente abrir a porta de seu quarto com uma chave mestra e quando eu entro aqui, te encontro atravessada na cama, abraçada a uma garrafa de vodka vazia, apagada!!!! Você sequer imagina como eu me senti, ou o seu pai que estava comigo, se sentiu ao ver tal cena, Rosemarie???”

Ela estava deitada de olhos fechados, o que não impedia suas lágrimas de caírem. Ela não disse nada e Mikail se enfureceu.

“Responda, Rose!!!” Ela negou com a cabeça. “Então agora você vai se levantar, tomar um banho, se vestir que eu vou te levar para tomar café e se alimentar! No caminho eu te conto quem era o seu visitante que você gritou e mandou embora parecendo uma louca desvairada, gritando, completamente bêbada!”

Rose pensou: Então se não era o meu pai ou a megera, quem era?!

“Quem era o tão estimado visitante, Mikail?” Falou com voz entediada e irritada pela bronca. Ele se limitou a dizer:

“Depois, quando você estiver em condições de assimilar algo que eu fale.”

“Eu estou ‘assimilando’ muito bem, obrigada! ‘Assimilei’ muito bem também a bronca. Fale de uma vez! Mas que merda! Eu to cansada de tudo isso... MERDA!”

Se levantou devagar e foi para o banheiro, ligou a banheira e entrou naquela água quente que a relaxava e tentava entender como a vida dela virou uma porcaria sem controle. Quase uma hora depois ela saiu se sentindo um pouco melhor. Mikail a esperava pacientemente. Era sempre assim nesses últimos dois anos.

Ela se vestiu simplesmente, toda de preto, com legging, suéter, casaco de lã e uma bota sem salto de cano alto. Deixou seus cabelos soltos, passou rímel e gloss e seu inseparável perfume. Pegou seus óculos Channel, foi até onde Mikail estava e deu um rodopio.

“Assim está decente para você?!” Disse sarcástica e mal humorada. Ele respondeu também sem humor.

“Sim. Está ótimo. Vamos!” Entregando-lhe sua bolsa. Rose olhou o conteúdo.  

“Cadê. O. Meu. Porta. Bebidas???” Disse pausadamente, revelando toda a sua ira. Mikail sequer tomou conhecimento, respondendo:

“Confiscado. Juntamente com toda a bebida de seu quarto. De hoje em diante, qualquer coisa que não contenha álcool.” Ela se jogou na cama de novo e tampou seu rosto com os braços.

“Saia daqui, Mikail! Eu não vou a lugar nenhum!”

“Ahhh! Você vai sim!” Ele a levantou da cama e ela o olhou assustada. “Você vai nem que eu tenha que te levar no colo!” Disse, puxando-a porta afora do quarto, trancando a porta e guardando a chave consigo. “Você só vai ter essa chave depois de, pelo menos, se alimentar.”

Rose bufou e saiu marchando na frente dele. Ele sorriu para si. Essa minha menina... É mais brava que seu precioso Boris! Riu e abanou a cabeça, a seguindo até aos alimentadores. Quando ela terminou, estendeu a mão para Mikail.

“Me dá a minha chave!” Exigiu e ele a entregou. Ela saiu correndo, literalmente, a caminho de seu quarto, mas esbarrou em um enorme obstáculo. Dimitri.

“MERDA!!!” Ela disse e ele a segurou.

“Hey! Sua maluca, você não sabe andar, não é, só correr?!” Tinha um toque de exasperação e humor na voz dele.

Rose não estava com paciência. Ela só queria sair dali antes que Mikail a encontrasse. Tentou se desvencilhar. Em vão.

“Me solta! Eu preciso ir para o meu quarto! Exigiu.

Dimitri a olhou atentamente, observando a sua beleza e ferocidade, mas o que viu o assustou. Ela parecia ter chorado e lágrimas já inundavam seus olhos.

“Calma! Tudo bem? Você ta bem?” Perguntou ainda segurando-a. Ela o olhou, indignada. Mas antes de falar qualquer coisa. Mikail.

“Rose docinho, você ta aí? Por que você correu de mim?!” havia alívio na vez de Mikail. Dimitri a soltou imediatamente, mas antes que ela pudesse correr de novo, Mikail a segurou. Aquilo pareceu errado para Dimitri, que se meteu.

“Solte-a!” Exigiu e Mikail o olhou perplexo. “SOLTE-A!” Mikail agora estava feroz. Dimitri não sabia exatamente porque estava fazendo aquilo, mas o impulso, o desejo o ciúmes era maior.

“Quem diabos você pensa que é Belikov, para se meter desta forma no que não lhe diz respeito?! O que pensa que está fazendo?”

Dimitri caiu em si e concluiu que só poderia estar ficando maluco. Ele não conseguia encontrar um motivo para estar agindo daquela forma, mas ao ver que Mikail ainda segurava Rose abraçada a ele daquela forma, pelas costas... Aquilo o enfureceu novamente. Ele não conseguia se desligar do olhar de sua princesa turca... Ele só sabia que precisava fazer algo para libertá-la e não notou que ela o compelia.

“SOLTE-A TANNER! EU NÃO SEI O QUE HOUVE, NÃO ME INTERESSA, MAS ELA PRECISA SER SOLTA – AGORA!!!” Dimitri gritava e não conseguia se controlar. Estava a ponto de partir para cima de Mikail.

Foi aí que Mikail entendeu que era Rose quem estava fazendo Dimitri i enfrentar. COMPULSÃO?! ROSE ESTÁ USANDO COMPULSÃO OFENSIVA CONTRA MIM?! Ele a virou para si e a manteve fora do campo visual de Dimitri, mas desta vez, parecia que ela estava mais forte! Ela a sacudiu fortemente, obrigando-a a olhar para ele, cortando a compulsão.

“Rose, o que você está fazendo?! Perdeu de vez o juízo, menina, fazendo-o me enfrentar desta forma? Você não pode imaginar o tamanho da encrenca em que nos meteria?!” Agora, tomada pela escuridão, com toda aquela compulsão, ela estava ainda mais feroz. Dimitri estava parado, tentando entender o que houve. Rose e Mikail discutiam em turco.

“Se você não tivesse me infernizado desde que eu acordei, isso poderia ter sido evitado. Agora me solta, ou você será a minha próxima marionete. Me deixe ir onde eu quiser!” Rose exigiu.

Ele estranhou sua atitude. Ela só o compeliu uma vez e seu pai ameaçou retirar a sua mesada e a deixou de castigo por um mês. Ela nunca mais fez isso. Mais por Mikail ser seu amigo e confidente do que pelo castigo. Ele estava desconhecendo-a.

“Rosemarie, você está ameaçando me compelir?! Logo eu, Rose?! Por quê???” Ele estava surpreso, ofendido e triste.

“Desculpe-me. Agora me solta!” Ela respondeu mais ríspida do que gostaria. Ele a soltou e ela foi para o quarto.

Mikail resolveu dar um tempo a ela porque sabia que grande parte daquela sua fúria era efeito negativo de seu dom. Ele havia estudado um pouco sobre isso, mas ainda não tinha tido oportunidade de falar com ela. Ela havia usado muito para curá-lo e para compelir Dimitri daquela forma. Esse por sua vez, ainda estava ali, com cara de bobo, tentando entender o que havia acontecido. Mikail então, resolveu falar com ele para que ele seguisse seu rumo. Ele percebeu como Dimitri a olhava depois da compulsão ter passado.

“Belikov? Tudo bem? A Rose te machucou ou algo assim?!” Tentou ser simpático. Dimitri sacudiu a cabeça.

“Não, ela... Ela só trombou comigo. Nada grave. Eu... Me desculpe, eu não sei o que me deu... Eu...”

“Tudo bem. Rose causa esse efeito nas pessoas. Desculpe-a por favor e, se puder, não comente esse episódio.”

“Tudo bem!” Dimitri saiu dali pensativo e depois entendeu. Compulsão! Ela aplicou compulsão em mim... E com uma eficiência, talvez melhor que Adrian! Adrian era bom nisso. Muito bom mesmo e ele não tinha conhecido mais ninguém até agora, que fosse tão bom ou talvez melhor que Adrian e Rose era. Mas Adrian era usuário de espírito e Rose de fogo...

Ele foi até o quarto de seu protegido prepará-lo para tomar café da manhã. Adrian estava ainda chateado ainda pela noite anterior quando ele resolveu ir pessoalmente convidar a princesa para sua reunião de amigos e Rose gritava em turco feito uma maluca, notoriamente bêbada, expulsando a todos, segundo Mikail. Embora ela não soubesse que ele estava lá. Adrian ainda estava deitado de ressaca, mas ele precisava contar a Adrian o que houve. Afinal ele era seu único amigo.

“Bom dia! Que tal se levantar e se arrumar para tomar café da manhã?!”

“Não, obrigado! Eu só preciso de um analgésico e um café preto sem açúcar. Depois eu que me alimentar.”

“Adrian, você precisa comer. Está emagrecendo de novo e sua tia já está ficando preocupada. Você precisa comer direito, antes que ela resolva te levar ao médico. Ou melhor, ao psiquiatra!!!”

Adrian, mesmo resmungando, se levantou, foi até o banheiro, fez sua higiene matinal e quando voltou ao quarto, foi que percebeu as diferenças na aura de seu amigo e guardião. Enquanto se vestia, perguntou:

“Dimitri, o que você tem? O que é que há de errado?!” Dimitri riu, ninguém consegue esconder nada de Adrian.

“Adrian, eu sei que você vai me perturbar até eu te contar o que houve, então eu vou lhe contar de uma vez, mas...”

“Mas... Vamos, Dimitri, fale de uma vez!”

“Mas o problema é que eu prometi não falar, porque a coisa não é comigo! Então você também vai ter que prometer não falar nada a ninguém do que eu lhe contar. Você promete?”

“Não coloca ninguém em risco?” Disse rindo. Um bom segredo sempre melhorava um pouco o seu humor. Adrian era curioso.

“Não. Eu acho...”

“Você acha... Perfeito! Tudo bem. Eu prometo!” Disse com a mão direita colocada solenemente sobre o peito e rindo.

“Ok. Bem primeiro me responda: usuários de fogo podem ser tão bons em compulsão como você que é usuário de espírito?” Adrian achou a pergunta pra lá de esquisita. Não era o que ele esperava.

Pensou bastante e concluiu que não. Super compulsão era típico de usuários de espírito. Poderia ser treinada, mas dificilmente seria perfeita. Por que diabos Dimitri estaria perguntando sobre isso?!

“Bem, todo moroi tem condições de treinar compulsão, mas usá-la com perfeição exigiria anos de treino e ainda assim, não seria perfeita. Super compulsão, é característica de usuário de espírito. Para ser tão bom quanto eu, teria que ser usuário do mesmo elemento que eu...” Disse pensativo.

“Errado Adrian. Eu sei de uma pessoa que é tão ou mais perfeita que você.” Adrian agora riu. Pelo que ele soubesse Lissa era boa, mas dificilmente ela usaria para que alguém chegasse a perceber. A não ser que... Rose!!!

“De quem você está falando e por quê?!”

“Primeiro a causa. Essa pessoa usou em mim, sem nem sequer falar comigo, assim como você faz, e eu quase ataquei um guardião.”

“Quem?”

“A Princesa Mazur!” Adrian arregalou os olhos. Ele embora soubesse, não sabia por que ela faria isso na frente dos outros e não apagaria a memória dele.

“O que houve? Conte-me.” Exigiu abrindo um sorriso. Isso melhorou consideravelmente o seu dia. Embora ele ainda estivesse chateado pela noite anterior ele agora começava entender. Será que ela sabia ou lhe era natural?!

“A doida, para variar, só anda correndo e me deu um encontrão, quase me derrubando. E que força ela tem... Deveria jogar futebol americano...” Adrian riu mesmo dessa vez e Dimitri franziu o cenho.

“Adrian, não tem graça!!!”

“Ah! Tem sim! Você ser derrubado por uma princesa moroi! É claro que é engraçado!” Riu ainda mais. E Dimitri lhe contou tudo o que houve. Até a conversa que Mikail teve com ele depois. Adrian ouviu tudo quieto, analisando cada palavra e a aura de Dimitri. Depois de um tempo, ele disse:

“Agora eu vou te pedir um segredo.” Dimitri assentiu. Hoje é o dia do segredo! Adrian esperou.

“Prometo Adrian que essa conversa morre aqui.”

“Dimitri, eu não sei como, então não me pergunte, mas Rose é especial. Ela é usuária de dois elementos – fogo e espírito – e eu vi isso na aura dela desde o dia em que nos conhecemos... Aquele dia em que ela me derrubou.” Dimitri se sentou. Estava se sentindo estranho. Adrian continuou. “Eu vi na sua aura e senti a força de seus dois elementos. Eu só não sabia se ela saiba ou não. Talvez ela nem saia e isso lhe seja natural. Isso explica até a atitude dela de ontem...” Ele ficou sério.

“Mas Adrian, eu nunca tinha ouvido falar disso antes. Ela é perigosa, então?!”

“Nem eu e sim, ela é perigosa e poderosa. Perigosa porque ela não tem informação e usa naturalmente e pode acabar ferindo alguém e poderosa, porque com dois elementos à disposição, ainda mais esses dois, ela pode fazer e conseguir o que quiser e de quem quiser. Isso se ela não enlouquecer antes... Eu preciso falar com ela. Eu não posso falar disso com a Lissa, senão ela vai me odiar ainda mais.”

“Adrian, não seja idiota, ela não te odeia!!!”

“Ok. Me leve até ela. Não, melhor não. Se ela estiver afetada, ela não vai me ouvir. Deixe passar. Me leve aos alimentadores.”

Dimitri ficou mais aliviado. Ele não queria correr o risco de ser compelido de novo. Foram aos alimentadores.


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