- Chuck! Isso faz cócegas. – eu ria descontroladamente enquanto Chuck distribuía beijos e leves mordidas em minha barriga. Fazia pelo menos duas horas que estávamos deitados sobre a cama no apartamento de Chuck apenas conversando e brincando feito crianças. – Do que está rindo? Não tem graça. –tentei protestar.

- Ver a sua cara de desespero não tem preço. – ele jogou a cabeça para trás gargalhando.

- Idiota. – consegui levantar me sentando na cama e dando um tapa de leve no ombro de Chuck.

Sorrindo de canto ele veio ao encontro do meu rosto e me beijou profundamente. Um beijo incomum vindo de Chuck, já que eu estava acostumada com seus beijos sempre tão desesperados e selvagens, é... selvagens podia ser a palavra certa.

Olhei-o surpresa recuperando meu fôlego que foi roubado pelo beijo tão intenso. Ele apenas alargou o sorriso e me beijou novamente da mesma maneira.

- O que foi? – ele perguntou assim que nos separamos.

- Nada, é que... não sei, você parece diferente. – confessei.

- Talvez é o que o amor faz com as pessoas. – Chuck me surpreendeu ao falar de amor.

- Amor? – minha sobrancelha direita saltou fazendo a minha expressão fácil se contorcer para um misto de surpresa e comédia.

- Case comigo. – ele falou lento demais e a expressão séria em seu rosto me dizia que aquilo não chegava nem perto de ser uma brincadeira.

- Está brincando. – acusei ficando séria também. – Está brincando, Chuck. – repeti agora tentando rir e quebrar o clima um pouco tenso.

- Nunca falei tão sério. – aproximou-se do meu rosto me dando um beijo sutil, um simples encostar de lábios. Vi-o se afastar e mexer em uma caixa que ficava sobre uma cômoda ao lado da cama. Com as mãos para trás ele voltou para a cama e eu continuei ali apenas observando cada um de seus movimentos. – Seja minha, para sempre. – sentando-se ao meu lado ele estendeu as mãos e abriu uma caixinha preta de veludo que se encontrava sobre ela revelando um anel de brilhante.

Surpresa pelo pedido inesperado pareciam que as palavras desapareceram de minha boca fazendo-me olhá-lo por um tempo e perceber que ele falava realmente muito sério.

Na falta de palavras a minha reação foi abraçá-lo carinhosamente e assim que o fiz uma onda de tranqüilidade transpassou o meu corpo fazendo lágrimas brotarem de meus olhos e apenas uma palavra sair de minha boca.

- Sim. – eu disse percebendo seus músculos relaxarem. – Sim. – repeti olhando-o em seus olhos.

Ele segurou a minha mão direita colocando o anel e depois dando um beijo nela. Eu me perguntava como era possível o amor fazer isso com as pessoas. Eu, que por pelo menos os últimos dois anos não pretendia ver nenhum homem preso a mim e nem eu a ele, estou aqui, derretida pela maneira romântica que Chuck Bass vinha me tratando.

- Eu te amo. – ele disse me beijando e derrubando-me sobre a cama novamente jogando o seu corpo sobre o meu.

- Eu te amo. – sinceridade, encontrei as palavras que certamente mais sabiam explicar o que eu estava sentindo, nada mais que isso. Puro e intenso amor. Eu o amava como jamais havia amado outro homem e agora eu sabia que poderia confiar a minha vida a ele, a Chuck Bass, que me deixava em perigo e depois me resgatava dele, que mentia e ao mesmo tempo me protegia, mas o mais importante de todos os motivos dessa confiança extrema nele é porque agora eu sabia, Chuck Bass me amava e isso era suficiente.

FIM