Little Lies escrita por yellowizz


Capítulo 11
Capítulo 11 - Broken – Blair.


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo, lalala. Boa leitura. :)



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Devemos seguir o coração, mas se ele está partido, qual parte seguiremos?

Exausta. Era como eu me sentia. Tudo em mim parecia pesado demais. Aos poucos conseguia sentir mãos macias acariciarem meu braço e o barulho irritante de um ‘bip’ interromper o silencio que havia ao meu redor. Consegui com esforço abrir meus olhos, a luz clara e as cores brancas os maltratavam, mas mesmo assim, forcei-os a abrir. Vi o rosto inchado e principalmente os olhos da minha mãe não pararem nem um minuto de me olhar. Ela sorriu. Mas eu não havia me dado conta ainda do motivo para tamanha felicidade. Lembro-me vagamente de que não a via há alguns dias. Olhei calmamente à minha volta e percebi estar em um quarto de hospital. Ergui vagarosamente meus braços, tudo certo. Mexi minhas pernas também, tudo ... opa, uma parecia extremamente pesada. Oh, essa não! Ergui o lençol que me cobria até a cintura e me deparei com a minha perna esquerda imobilizada até o joelho.

- Mãe? – chamei.

- Que bom que acordou, querida. Oh, como eu senti a sua falta. Se sente bem? – ela perguntou me dando um beijo na testa.

- Sim, estou bem, mas o que aconteceu com a minha perna?

- Você foi baleada, não se lembra? – ela questionou receosa.

Então as imagens do dia anterior vieram à minha mente juntamente com as palavras dolorosas de Chuck. Peter apontando a arma e depois o cheiro da poeira.

- Lembro. – afirmei.

Um médico entrou calmamente no quarto com os olhos na sua prancheta.

- Bom dia, bela adormecida. – ele brincou me fazendo rir, pelo menos meu bom humor continuava ali. – Sente alguma coisa?

- Não, mas essa “bota” incomoda. – ergui a coberta apontando para o suporte preto que estava na minha perna.

- Não se preocupe com isso, não será por muito tempo. Vou lhe dar alta, mas se precisar de algo, não hesite em voltar, certo?

Assenti com a cabeça já me levantando.

- Quanta pressa. – observou ele.

- Quero tomar meu café da manhã em casa. – sentei na cama apoiando-me no ombro de minha mãe para levantar. Eu podia pisar tranquilamente no chão estando com essa “bota”, mas me sentia um pouco tonta por levantar rapidamente da cama.

Estávamos saindo do hospital e eu já esperava que minha mãe fosse começar a falar, ela iria querer uma explicação pra tudo, obviamente, mas a sua atitude me surpreendeu, ela não havia perguntado nada sobre o tempo em que estive desaparecida, talvez ela queira dar um tempo até as coisas melhorarem. Pelo menos sobre Chuck ela já sabia.

- Precisa depor Blair. – ela disse já temendo a minha reação, assim que ouvi essas palavras meu estômago pareceu se contorcer fazendo a fome simplesmente desaparecer.

- Eu não sei se consigo. – lamentei. – Estou profundamente magoada com Chuck, mas não conseguiria culpá-lo pelo que aconteceu.

- Não precisa culpá-lo, apenas conte o que aconteceu. – ela sorriu docemente pra mim, me encorajando ainda mais enquanto já seguíamos direto para a delegacia.

Algumas horas se passaram e fui avisada sobre o julgamento, só de pensar que teria de vê-lo mais uma vez meus olhos ardiam teimosos em deixar as lágrimas rolarem. Contive a vontade de chorar e entrei na sala do júri. Segundo me disseram o juiz já havia decidido e a reunião seria apenas para os envolvidos no caso onde seria lida a sentença final.

- Senhoras e senhores aqui presentes, estamos reunidos perante a lei para fazer a devida aplicação de tal para os suspeitos Peter Willans e Chuck Bartholomew Bass pelo seqüestro de Blair Cornélia Waldorf, tentativa de suborno para com Stella Heefort, agressão e roubo de identidade. Devido aos depoimentos das testemunhas declaro culpado Peter Willans pelos crimes anteriormente citados. E deixo livre Chuck Bartholomew Bass, responsável apenas pela prestação de serviços comunitários durante três meses.

- Isso é um absurdo! – Peter havia gritado, violando as normas do júri.

- Deixe para explicar o que deseja caso queira recorrer. A sentença foi dada e considero esse caso encerrado. – declarou o juiz.

Olhei para Chuck que não tirava seus olhos de mim um segundo sequer. Pela sua cara de espanto ele deveria já ter percebido que graças a mim ele estava livre. Eu saí do tribunal seguida de minha mãe, antes de entrar na limousine ouvi alguém me chamar.

- Blair. – Chuck vinha correndo até onde estávamos.

- Fique longe dela. – minha mãe avisou se colocando ao meu lado.

- Mãe... – pedi fazendo-a entender que eu e Chuck precisávamos conversar.

- Obrigada. – ele disse sorrindo de canto e passando seu polegar sobre minha bochecha.

Ordenei aos meus olhos para que não derramassem nenhuma lágrima sequer e vagarosamente tirei sua mão do meu rosto e vi-o derrubá-la ao lado do corpo meio desapontado pela minha reação. Eu estava magoada, doía sentir suas mãos me tocando e lembrar da ultima coisa que disse antes de eu cair. Ela. A sua voz martelava em minha cabeça em uma única palavra, doía mais ouvi-lo do que lembrar da bala perfurando a minha perna.

- Adeus, Chuck. – juntei forças não sei ao certo de onde para proferir estas palavras e permiti que uma lágrima desenhasse uma linha pela minha bochecha ao ver seu sorriso de canto desaparecer. Entrei no carro antes que eu me arrependesse de ter decidido nunca mais vê-lo ao invés de voltar correndo abraçá-lo como de fato eu queria.


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, tá aí a reaparição da Blair causando algumas surpresas para nós e para o Chuck. Reviews. *-*



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