Não dessa Vez escrita por JusBiebs, woon


Capítulo 8
Completamente mal e... insano.


Notas iniciais do capítulo

Oi meus bens, mais um capitulo! *-*



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Demorei alguns trinta segundos para cair na Terra novamente, e aí me toquei que o rosto de Justin estava tão próximo do meu que nossos narizes se encostavam. Os Neandertais da turma de basquete soltaram um uivo parecido com o festival de platéia da dança do acasalamento dos infelizes.

Antes mesmo que eu pudesse raciocinar mais, para poder dar um belo de um soco em Justin para sair de cima de mim ou mostrar um belo de um dedo do meio para os animais, meus pensamentos foram interrompidos pelo choque dos lábios de Justin tocando os meus.

Em milésimos de segundos, minha cabeça estalou. Estalou com força, e eu soltei o ar pela boca, praticamente cuspindo em Justin. O empurrei num ato reflexo, e segurei minhas mãos para não lhe dar um soco bem bonito no meio daqueles olhos... olhos... olhos de drogado. É, drogado.

– Seu maníaco tarado! Pervertido... Tá achando que é gente? Porque você fez isso? Idiota, sai de cima de mim! – falei o empurrando de cima de mim no mesmo instante. Ele apenas ria malicioso, e ao mesmo tempo, analisava meus lábios e segurava minha cintura de uma forma constrangedora e insana.

– Esse uniforme ficou perfeito em você, sabia? – mais um retardamento do idiota. Será que é tão difícil para uma pessoa contactar sua coordenação motora e tirar a mão das pessoas, e em seguida sair de cima delas? Acho que sim, né?

– Sai Bieber! Seu idiota. Pensa o que da vida, hein? Comigo você não tem chance, queridinho. DE-SEN-CA-NA! Ridículo, sai do meu pé, chulé! Me deixa em paz...

– Como é que eu posso te deixar em paz, sendo você a garota mais gostosa que eu já conheci? – disse num sussurro praticamente para si mesmo. Acho que ele não queria que eu ouvisse.

– Sexy? Há! – ri sarcasticamente – Você nem viu do que eu sou capaz ainda!

Peraí, quem disse isso? Fui eu, eu mesma? Cara, eu não sou de falar isso. Não, não era eu.

–Ah, é? Prove! – desafiou. Lerdo, olha que quem brinca com fogo, acaba se machucando.

–Ah, é? Ok, eu posso te deixar doidinho Bieber. Posso te provocar, e no final, acabo fazendo com você o que eu quiser. – novamente, não era eu falando isso. Loucura. O que tinha de errado comigo, que eu não conseguia parar e sentia um prazer incrível em ficar ali, discutindo com um otário? Com um detalhe infortúnio: o otário deitado em cima de mim, no meio da aula de educação física e com platéia;constrangedor. E o que tem de errado nos meus lábios, que ficam esboçando esse sorrisinho malicioso e desafiador?

– Você, me deixando doido? Nunca! – riu, arrogante. – Quem deixa os outros doidos aqui, sou eu. Só eu. Só eu sou manipulador, e só eu posso fazer com as pessoas o que eu quero, ok? – sorriu.

– Vejamos, então quem aqui perde o controle primeiro. – desafiei, estendendo o dedinho, em sinal de aposta. Ele aceitou. – Cuidado garoto, eu posso exagerar quando o assunto é vencer. – ri de leve, aproximando meus lábios dos seus de forma bem provocante. Agora, por mais que a situação estivesse pior (já que até as meninas vieram ver nosso escândalo) eu não estava ligando. E mesmo que também fosse meu primeiro dia de aula (ainda), não liguei também. Quando eu chego, eu chego para acabar com tudo mesmo... Ele meio que ficou sem reação, eu aproveitei a deixa o empurrei com força, fazendo-o se levantar de cima de mim, e ainda de quebra dei uma olhadinha provocante para as galinhas que observavam o galo jogado em cima da gata. Quero dizer, eu. Saí da quadra andando como se nada tivesse acontecido, e já imaginando o que eu faria com ele. Tava no papo. E eu não começaria amanhã, como todas as garotas fariam. A poeira precisa abaixar para poder entrar com o carro novo cheio de bois. Ou de planos, ou de... Apostas.

Quando a aula acabou, me despedi da minha nova amiga, e de Chaz também. Estava saindo do colégio, quando vi uma coisa que me fez querer virar um avestruz e poder enfiar a cabeça de baixo da terra e ficar escondida ali.

Carlos, meu motorista, me esperando, de terno, em frente ao carro enorme da minha mãe, tipo, uma Limusine!

Parecia que havia uma placa gigante, pregada no teto do carro, escrito: “Hey todos vocês que não tem um carro desses, olhem para cá!”, por que a maioria das pessoas olhava curiosamente para aquela coisa monstruosa e preta.

Carlos acenou para mim, e só então os curiosos que já olhavam para o caro NADA chamativo, passaram seus olhos para mim. corei, é claro. Ou melhor, fervi.

Ele abriu a porta de trás, para melhorar a situação. Qual é poxa, eu sei abrir uma porta, né?! O que mais esse motorista faz? Entrega sorvetinho de morango com cauda num potinho cor-de-rosa?

–Boa tarde, senhorita. Como foi seu dia? – perguntou, já dentro do carro, dando partida.

–Bom. – respondi simplesmente. Me escorei no banco e coloquei as pernas para cima, em seguida fechei os olhos e fiquei escutando a música que vinha das caixas de som do carro, e sentindo o ar condicionado refrescar meu rosto. Ferver de vergonha as vezes pode ser bastante difícil, e nada como um pequeno luxo para te ajudar a refrescar as ideias depois disso.

Acho que eu teria que conversar seriamente com minha mãe sobre ganhar um carro, por que esse papo de motorista não é nada legal. Ainda mais num caminhão desses.

Almocei apenas um pouco, não estava com fome. Eu não tenho fome, só como, para não ficar anoréxica e nem morrer. Só. Porque senão viveria de... ar.

Depois fui nadar um pouquinho. Esse pouquinho, se resume à três horas.

Fiquei lendo um livro, O Morro Dos Ventos Uivantes, enquanto estava sentada na espreguiçadeira tentando pegar uma corzinha – com a réstia de sol fraco que eu nem sabia que aparecia nesse país. Se é que eu precisava de mais cor, né.

Acho que peguei no sono, porque quando acordei, eram sete horas da noite, e meu celular trambolhava em cima da mesa. Número desconhecido.

–Quem ousa interromper meu soninho? – perguntei sonolenta, me sentando na cadeira.

–Ah, sei lá, né. Alguém que tem esse direito. – a pessoa falou. Eu conhecia aquela voz...

Alguém quer me beliscar? Posso pagar por isso!!!

–AAAHHHHHH.... FABIANA SUA LOOOOOUCA!! EU TENTEI QUE TENTEI TE LIGAR, DEPOIS DE UM TEMPOOO!! MAS VOCE TAMBÉM NÃO ANTENDIA!! AAAAHHHHHHH – eu berrava. Cara, não acredito que era ela. A gente tinha ficado muito tempo (quatro dias) sem se falar. Sério. Eu tava morrendo de saudades...

–Ai, vaca! Pára de gritar nos meus ouvidos... tá achando que são o quê? Pinico? – ela riu. Eu também. – Então, né... eu tinha mudado o numero do telefone, e coincidentemente consegui ter MSN, Facebook, Skype e todas as outras possíveis redes social hackeadas. Mas, eu ainda tinha seu telefone anotado em uma agenda.

–E porque demorou a ligar? – perguntei, contendo meu espírito ansioso.

–Por que eu não sabia onde a agenda estava, ué... – ela se explicou. – Mas eu trago boas noticias mamãe.

Deixa eu explicar... Ela me chamava de mamãe por que: 1. Ela era mais nova e 2. Eu dava uma de responsável perto dela, tipo, mandando não beber muito, não usar drogas, não fazer sexo sem camisinha, e coisas de mãe. Fala sério, isso nem é estranho, quem é que não faz isso pela melhor amiga? Ta, talvez poucas, mas não importa, tanto faz. Eu sou um anjinho que salva as amigas de uma gravidez precoce. Me sinto feliz por ser tão boazinha!! Será que eu vou pro céu?? Ah com certeza!

–Conta neném!! – sem comentários sobre minha doce voz que tava engasgada, fraca e rouca, por eu ter gritado tanto e por estar super surpresa da minha melhor amiga estar me ligando, depois de tanto tempo. (Sim, amigos, 4 dias émuito tempo!)

–Acontece que... – pausa. Tá, ela tem essa mania de parar de falar na melhor parte, só para deixar suspense. – Eu to indo te visitar!!

–O QUE? – gritei. Depois disso, veio uma serie de berros, meus e dela, porque esse é o nosso jeito de expressar nossa felicidade. É, somos doidas. As duas. É mania, sabe? Caracterização! Temos PER-SO-NA-LI-DA-DE!!

–É, por uma semana só. Chego ai na semana que vem. Cerca de meio dia na segunda, ou uma hora da tarde, sei lá – ela falou.

–Huum... Tenho tanta coisa pra te contar. Você nem acredita. Que tal acelerar uma semana?

–O que? – a curiosidade em sua voz era visível. Ou melhor, audível.

–Só conto quando você chegar. Falar nisso, tenho que dormir... Amanhã tem escolinha, planinhos, garotinhos, galinhos e... tá, já falei demais. Acelera sua semana se você ficou curiosa – falei de propósito, e soltei uma gargalhada. Ela bufou do outro lado da linha, eu pude ouvir - Boa viajem, to te esperando ansiosamente. CHEGUE LOGO! Ah, espera, você sabe onde eu moro? – perguntei

–Sim, nossas mães já haviam marcado isso há um tempo. Minha mãe só me contou ontem, sabe? Por que, afinal, eu tinha que arrumar meu maldito passaporte e comprar roupinhas e malinhas – ela disse. Imagino as malas e roupas da garota, umas dez... gigantes. – Mas ela me disse que era pra guardar segredo. Não contar para você. “Fazer uma surpresinha” – ela falou, eu acho imitando (ou tentando imitar) a voz da mãe dela. – Finja que você não sabe de nada, ok? Eu vou chegar logo, aí vou arrumar minhas coisas e Carlos me leva até a sua escola, ai a gente se encontra lá. Espera, da pra combinar isso depois né... Mas já vai pensando numa maneira de fingir surpresa!

–Ah, que lindo. Não acredito que queriam esconder isso de mim!! – falei, fingindo chorar e forçando uma vozinha magoada.

–Tá... Hum, eu tenho que terminar de arrumar umas paradas, e imagino que você tenha que ir dormir. – ela falou.

–É, tenho sim. Vê se me liga amanhã! Ai, nem posso esperar por terça!! – falei sorrindo, com a voz engasgada de surpresa.

–Então tchau! AAAAAHH – ultimo gritinho, de despedida. Enrolamos um pouco até realmente desligar.

Depois eu desci e tomei um copo de leite. Fui tomar um banho, de meia hora, porque depois eu senti pena das pessoas que seriam afetadas pela minha demora, e do aquecimento global. Fui dormir, amanha seria um longo dia.

Surpreendentemente, eu ainda tinha sono.


Segunda-feira, uma semana depois. 7:00 am; quarto da Sam. Ai isso parece episódios de Três Espiãs Demais, que ridículo!

Acordei com o celular tocando uma musica suave. Me levantei, já animada (mais que em todo decorrer da semana!), afinal hoje minha melhor amiga de todos os tempos chegaria, e também, hoje seria o dia perfeito para eu começar a provocar aquele idiota com o rosto bonito.

Tomei um banho relaxante e demorado, ainda estava cedo e eu tinha tempo, e lavei meus cabelos. Me enrolei na toalha e sai do banheiro. Sequei meu cabelo com o secador (não, quê isso, com o desodorante!!), deixando-o cair em mechas onduladas e contidas, até a altura dos seios.

Peguei o creme para pele e praticamente tomei um banho com ele.

Ok, eu sou exagerada, eu sei.

Enfim...

Sai do banheiro e meio que fiz um pouco de hora para abrir a porta do closet. Depois, fiquei parada lá dentro, olhando o tempo, pensando no que vestir.

Pelo que percebi na minha “semana de pbservação”, o que as garotas vestiam naquele inferno de escola, deixava bem claro que não havia normas quanto à roupas, ou seja, eu podia vestir qualquer coisa, e ninguém me falaria merda nenhuma. Ou não. Quer dizer, só os uniformes de educação física já provavam que não havia regras, que qualquer roupa era aceita e patati, patatá...

Qualquer roupa. Gostei disso.

–Seja o que Deus quiser. – disse. Fechei os olhos e enfiei as mãos em meio às roupas penduradas nos cabides. O que saísse, eu usaria.

Me assustei quando abri os olhos e vi o que tinha. Uma completa aberração. Mas espera, o que isso faz no meu armário?!

–Deus, é isso que você quis? – perguntei encarando o vestido que tinha em mãos.

Era um vestido longo, que ia até os pés. Amarelo, de florzinhas coloridas, rosas, verdes, azuis, roxas e outras. Tinha mangas curtas, o que o fazia mais feio ainda. Era um dos vestidos que eu usava para ir à igreja, isso. Eca. Agora eu sei por que aquele menino lindo da igreja nunca trocou uma palavra sequer comigo... E eu sempre tão ingênua pensando que ele era realmente tímido.

Refiz o ritual, e dessa vez, eu tive sorte. Ou não.

Tirei de lá um shorts jeans, curtíssimo, colado, e com o coz um pouco altinho, o que o deixava mais curto e vulgar que já parecia. Batia um pouco abaixo do início das minhas pernas (?). Peguei também uma blusa preta, justa (na verdade, feita perfeitamente para mim), de mangas pregadas, escrita, em branco: Paris, City Of Love.

Uns colares, brincos, pulseiras, cinto, e essas coisas amais, e calcei um unkle boot pretinho com os dedos aparecendo.

Passei apenas o mínimo de blush possível, delineador fininho destacando os cantos dos meus olhos castanhos, e uma mascara para cílios de volume. Meu gloss da MAC rosa/transparente e pronto. Parei na frente do espelho com a bolsa Chanel que peguei emprestado – roubei – da minha mãe.

– Menina que vadiazinha – falei sozinha, me analizando de cima abaixo.

Eu nunca havia me visto desse jeito. Por mais provocante que eu já tentei ser, e que eu me tornei de uns tempos para cá, minhas pernas nunca ficaram tão expostas assim. E eu nunca fui tão alta, nem tão... gostosa.

– Troque de roupa – falei olhando em meus olhos pelo espelho. Respirei fundo – Não, não troque, vá assim. – Sorri sarcástica, e balancei os cabelos de um lado para o outro, fazendo com que as ondas se misturassem umas nas outras e desse um efeito mais... menininha comportada (ah, até parece!)

E pensando bem, eu estava até legal.

Tá, legal não. Eu tava linda. Perfeito pra desgraçar a vida daquele idiota com essas pernas. Definitivamente, perfeita.



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Notas finais do capítulo

Oiiiiii lidezas! Aqui estou eu postando novamente o capítulo *-* Espero que gostem! Bom, desculpem pela demora a atualizar... mas sabem como é né, podem bater em mim porque a let já tinha me passado o capitulo no dia seguinte em que postamos, e só faltava mesmo eu editar e escrever um pouco... Mas eu tava sem tempo, e não deu! KKK mas finalmente está aqui *O* Esperamos que gostem do capítulo *-* E prometo que o próximo vamos tentar ser o mais breve possível. Ok? Deixem reviews dizendo o que estão achando da história *-* Beijo beijo da Letícia e da Woon, e até o proximo capítulo (bem... interessante, diga-se de passagem -q UAHUAHUA)