Edward PDV

Bella durante o jantar, tentou disfarçar mais a tristeza que ela sentia, mas para quem a conhecia muito bem, como eu,conseguia notar tranquilamente a situação em que se encontrava. Afinal a pirralha não é lá uma das melhores atrizes.

Depois do jantar, comecei a conversar com meu pai sobre os pacientes no hospital, mas mesmo assim eu vi, a Alice levando a Bella lá pra cima, provavelmente para saber o que estava acontecendo.

Não demorou muito e as duas desceram, Bella imediatamente veio até mim.

- Ed eu to cansada, e amanhã tenho aula, é melhor irmos. – disse.

- Claro, pequena. Vamos nos despedir do pessoal.

Nós despedimos de todos e seguimos pro carro.

- Edward, me diz uma coisa. – pediu enquanto saímos da propriedade dos meus pais.

- Pode falar, Bells.

- Você em algum momento cogitou se casar com essa tal de Tânya ? – perguntou fitando seus pés.

- Bells, não me diga que essa sua tristeza ainda é por causa desse assunto.

- Não, Ed. –mentiu – Só gostaria de saber se você já pensou nisso. Mas se não quer responder, tudo bem. – virou-se para a janela, evitando me olhar.

Sinceramente,desde esses últimos meses que estou namorando com Tânya, eu nunca tinha pensado em me casar com ela, ou que ela era o tipo de mulher da minha vida, mas tenho certeza que talvez ela pense nisso, e eu não sei se estou pronto para tal coisa.

- Não, nunca cogitei isso. – respondi sério, estacionando o carro na garagem do meu prédio.

- Só peço, que por favor, a partir do dia que eu me tornar um fardo na sua vida, que você me diga, porque eu não quero ser digna de pena de ninguém. – falou saindo do carro.

Não sei explicar, mas um desespero enorme tomou conta de mim. E por impulso sair do carro e corri atrás dela. Entrei no apartamento e estava tudo escuro, acendi todas as luzes e subi as escadas indo até seu quarto, estava prestes a entrar com tudo e pedir que ela me dissesse o porque daquelas palavras, mas estaquei na porta quando a ouvi no telefone. Abri a porta bem devagarzinho e a vi deitada na cama, de bruços enquanto conversava no celular.

- Não aconteceu nada, é apenas uma alergia. – disse para alguém do outro lado.

A pessoa parecia está falando algo muito engraçado, pois a cada momento Bells soltava uma risada. Pelo que eu entendi estavam marcando de sair amanhã, provavelmente com uma de suas amigas.

- Tá certo. Prometo que irei. – falou.

- Boa noite. Estarei prontinha para você, amanhã.

. Também te amo, meu amor. Beijos.

Sentir os sangue correr nas minhas veias mais rápido, eu respirava com dificuldade. QUE PORRA DE AMIGA, SE CHAMA DE

“ MEU AMOR “ ? E QUE HISTÓRIA ERA ESSA DE PRONTINHA PARA VOCÊ AMANHÃ ?

A raiva que eu tinha amenizado, tinha voltado, só que agora era mais forte. Não entendi essa minha reação diante de um fato ,que ora mais cedo ou mais tarde aconteceria, mas eu não queria. Bella não pode tá fazendo isso. Bella não pode tá saindo com alguém. Bella não pode, e não está com outro homem. Esse meu último pensamento foi a gota d’água para eu entrar no quarto dela com tudo.

- Credo Edward, quem morreu ? – riu – ou melhor, está tentando em matar ?

Continuei encarando-a esperando que minha raiva atenuasse, para que eu pudesse falar com ela mais calmo, mas infelizmente isso não aconteceu.

- Você é muito cínica, não ? – falei trincando os dentes.

- Como ? – arregalou os olhos assustada.

- Ainda se faz de desentendida, faz toda aquela ceninha de “ boa garota”, que iria ser esquecida por mim, enquanto tudo não passava de apenas mais um teatrinho – me aproximei mais dela, que agora tinha se levantado da cama. – Mas não passa de uma vagabunda que fica se esfregando com qualquer um, e um dia eu ainda te considerei pura, digna de todo meu respeito, como eu fui idiota. – soltei uma risada sarcástica.

- Você me chamou de vagabunda ? – perguntou enquanto se aproximava de mim.

- Porque o espanto, não é isso que você é ? – continuei.

Eu esperava por tudo, ou melhor por nada, mas não o que vinha a seguir. Apenas sentir o enorme tapa na cara que Bella me deu.

- Você ... meça ... suas ... palavras para falar de mim. – soltou um rosnado. – E nunca,mais nunca mesmo, me compare com as putas que você come na rua. – se aproximou mais, fazendo com que o nosso rosto ficasse muito próximo, e de repente me veio uma enorme vontade de beija-la.

- E o que acontece na minha vida, ou o que deixa de acontecer, é da minha conta, você não tem nada haver com isso. – falou. – A VIDA É MINHA, E EU FAÇO DELA O QUE EU BEM QUISER. – gritou me dando mais um tapa, fazendo com que o meu rosto queimasse.

Mas a raiva supriu toda a dor do tapa, minha visão tinha ficado turva, meus punhos estavam fechados com força.

- Não, sua vida é da minha conta sim. – sussurrei

- Não, não é. – se afastou um pouco. – Porque se eu quiser sair dessa casa agora e nunca mais olhar na sua cara, eu posso. Se eu quiser sair daqui e ir correndo para casa do Jacob, eu também posso. Porque pra mim, você um dia foi um grande amigo, mais hoje, não se passa apenas de um tutor, que eu pretendo me livrar o mais rápido possível. – suas palavras foram facadas no meu coração, mas o que mais me chamou atenção foi esse tal de Jacob que ela pronunciou.

- Quem é Jacob ?

- Ahhh, agora você vem perguntar- riu sarcástica – Jacob é o homem com quem eu me esfrego. Jacob é o homem que me faz uma vagabunda, como você proprio disse. Jacob seu idiota, é o meu namorado.- se aproximou novamente.

Não sei o
que me deu, mas por impulso eu a puxei com tudo pela cintura e colei seu corpo no meu. Um desejo insano tomou conta do meu corpo, uma vontade louca de deita-la na minha cama e faze-la minha crescia dentro de mim, uma vontade de provar aqueles lindos lábios dominava minha mente, e eu assim o fiz. Colei mais o nosso corpo, e a puxei para um beijo.

Um beijo que começou calmo, se tornou desesperado. Bells jogou seus braços ao redor do meu pescoço, e embrenhou suas mãos em meus cabelos, me puxando cada vez mais ao seu encontro.

Não consigo descrever a sensação que é beija-la, mas de uma coisa eu tinha plena certeza... Eu me sentia completo ao seu lado.

                                        CONTINUA ...