Eu já não aguentava mais, tinha que fazer o Damon calar a boca! Se eu ficasse mais um minuto naquele avião eu pularia... Mas ele viria atrás de mim, droga! Por que eu comprei lugares juntos? Ele não parava de fazer perguntas, quando tive uma ideia! Confundi a mente dele para que, até o avião pousar, ele ficasse quieto.

Finalmente chegamos ao aeroporto, mas Damon não parava de falar de novo.

– Por que você me hipnotizou? – disse ele indignado.

– Porque você é chato. – tinha um tom de sarcasmo na minha voz – Vamos, já estamos quase chegando.

No dia seguinte, fui nos matricular no colégio e peguei o horário. Em todas as aulas éramos junto com o Edward e a Bella. No almoço, não peguei nada pra "comer".

– Por que nós estamos no colégio? Isso é um saco! – Damon falou indignado.

– Porque temos cara de estudantes. – disse em tom de óbvio.

O resto do dia foi uma droga! Aulas chatas! Pior que eu acho que o Edward leu quando eu escrevi "a morte é uma droga" no meu caderno. Mas finalmente fui para casa - que comprei - com Damon, cada um para o seu quarto.

Quando olhei pela minha janela, tinha um lobo enorme me observando na escuridão. Estranho, pensei, e fui dormir.

Na manhã seguinte, as aulas foram mais chatas que antes, e me sentei com Damon no almoço de novo.

– Eu já olhei a região. – disse ele, falando baixo – Não tem verbena.

– Que bom! – exclamei sarcástica – Fala mais alto! Tem certos vampiros aqui que ouvem quase tudo! Se bem que eles nem devem saber o que é verbena...

– Ah! É, foi mal.

De noite, decidi pegar umas bolsas de sangue no hospital e acabei encontrando Carlisle.

– Aonde você vai? – perguntou desconfiado.

– Para um lugar por aí – falei tentando disfarçar. Tudo ficou quieto e ele virou para olhar a janela. Aproveitei a oportunidade e sai correndo tão rápido que cheguei a casa em poucos segundos.

Guardei o sangue. Decidi beber um pouco de uísque para me esquentar. Quando acabou a garrafa, enchi de sangue.

Na manhã seguinte, escondi a garrafa com sangue no meu armário. Foi bom, porque deu pra beber um pouco entre as aulas.

De noite, voltei pra buscar a garrafa, mas me deparei com Jasper sendo segurado por Alice na frente do meu armário. Corri até lá, peguei o sangue, dei um gole e fui para casa.

No meio da noite, acordei com alguém batendo na porta. Fui ver o que era e vi Alice tentando manter Damon de pé.

– O que houve? – perguntei meio grogue.

– O seu amigo me deu um susto e eu enfiei um galho na barriga dele – falou ela muito apavorada. Aquilo me despertou e eu tentei tirar o galho, mas minhas mãos começaram a queimar. Dei um grito – O que foi?!

– Por acaso, tinha uma planta estranha por perto?

– Acho que sim...

– Tudo bem – comecei a puxar de novo. Doeu muito, mas finalmente o galho saiu.

Fiquei de joelhos um pouco, me recuperando e esperando minhas mãos cicatrizarem. Fui até a caixa de isopor e peguei um pouco de sangue, mas, antes de fazer Damon beber, hipnotizei Alice para que ela não se lembrasse de nada entre a cena perto do meu armário e o incidente com a verbena e para ela ir embora. Dei o sangue a Damon e voltei a dormir.

Na hora do almoço do dia seguinte, peguei uma limonada. Assim que comecei a beber, minha boca queimou. Cuspi tudo e olhei para Edward, que ria da minha cara. Escrevi no meu caderno "eu posso matar a Bella duas vezes se você não parar" e adivinhem? Ele parou!

No intervalo, Edward veio até mim com Bella ao seu lado.

– Como você mataria a Bella duas vezes?

– Simples! Eu a faço beber meu sangue, mato ela, ela bebe sangue humano e depois eu mato ela de novo. – disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Bella ficou paralisada de horror. Jasper passou bem nessa hora e se encolheu. Comecei a gargalhar – Isso... Isso foi melhor que hipnotizar a Alice! – falei entre gargalhadas.

– Como? – perguntou Bella.

– Assim. – respondi séria. Olhei nos olhos de Edward – Você vai ficar até o fim do dia evitando a Bella e, quando acabar, você vai se lembrar do que fez e que foi hipnotizado.

Ele saiu do transe, olhou pra Bella e saiu andando. Ela me fuzilou com os olhos e foi atrás dele.

No meio da noite, acordei com o barulho de Edward entrando pela janela.

– Por que. Você. Fez. Isso?! – ele certamente estava furioso – Agora a Bella está furiosa!

Ele disse indo me atacar. Peguei a faca e coloquei na minha frente. Incrivelmente, aquilo cortou a mão dele. Peguei a mão, joguei pela janela e ele foi atrás. Nessa hora, olhei para a faca, que brilhava. Na capa estava escrito: "Passe a faca em volta de portas e janelas pensando nos Cullen e eles não poderão entrar na casa". Fiz isso, mas pensei também em todos os seres sobrenaturais de Crepúsculo.

Estava quieta no sofá quando ouvi um barulho alto. Fui até a porta e era o Damon.

– Perdi alguma coisa? – perguntou ele, esfregando a mão na barreira invisível, tentando entrar.

– Ah! Pode entrar Damon.

– O que está acontecendo? – perguntou enquanto entrava.

– Eu explico. – contei detalhe por detalhe – Também preciso da sua ajuda para um plano.