Gypsy escrita por mycah


Capítulo 1
Gypsy


Notas iniciais do capítulo

OS: Presentinho super atrasado de niver para minha amada marida Naia! *O*
Sei que to sumida, sorry... =s*
Só não esquece; eu te amo mais! *O*
OS1: Sue meu coraçãozinho de abóbora! Obrigada do fundo do coração por betar mais essa one pra mim! *o*



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Gypsy

por Mycah

O murmúrio das águas crescia a cada passada descansada do grande garanhão ruivo. Seu cavaleiro deixara as rédeas soltas e apreciava a paisagem com olhos tranqüilos. Era um dia azul, o céu estava limpo e quase sem nuvens, e por mais feminino que fosse admitir que o dia estivesse belo, o jovem cavaleiro deixou um raro sorriso calmo em seus lábios e fechou os olhos enquanto a brisa convidativa acalmava um pouco o calor opressivo.

- Vamos, Tristan. – estimulou o garanhão. – Estamos perto daquele lago e acho que tanto eu como você merecemos sombra e água fresca. 

Em um trote mais longo, cavalo e cavaleiro dirigiram-se ao bosque fechado que havia nas terras do jovem. A folhagem tornou-se mais fechada, árvores grandes e frondosas ajudavam a manter aquele pequeno lago com uma queda d’água reservados, quase como um recanto privado, que ele apreciava demais nesses dias quentes de verão.

Agora o som da pequena cachoeira tornava-se mais alto, mas ele não veio só, um som muito humano e sedutor demais chegou aos ouvidos do nobre cavaleiro.

- Pelos céus! Tem uma mulher aqui?! – murmurou num sibilo e deu um comando baixo para o cavalo aquietar-se.

Com passos silenciosos, e movimentos fluídos, ele desmontou e seguiu cuidadosamente, espreitando quem quer que fosse a mulher que invadira suas terras.

Protegido por uma folhagem mais espessa ele conseguiu divisar as costas de uma bela mulher que se banhava no meio do lago.

Segurando sua vontade de balbuciar qualquer coisa ignorante, ele apertou suas mãos em punho e esperou como um meninote, curioso da beldade que se banhava nua em seu lago.

Ela cantarolava qualquer coisa em uma língua que ele não entendia, mas havia viajado pelo mundo para saber se tratar de romandi.

- Cigana... – murmurou baixinho.

Gypsy/ Cigana

Broke my heart down the road / Quebrei o meu coração na estrada

Spent the weekend / Passo o fim de semana

Sewing the pieces back on / Costurando os pedaços de volta

Crayons and dolls pass me by / Lápis e bonecas passam por mim

Walking gets too boring / Caminhar fica tão chato

When you learn how to fly / Quando se aprende a voar

Bem isso explicava a cor bronzeada de sua pele, a cabeleira que mesmo molhada mostrava-se imponente, com fios longos e escuros, e principalmente falta de pudor ao ficar nua no meio do dia em um lago que fazia parte de suas terras.

Ela mergulhou languida e tornou a subir mostrando todo o belo perfil de seu corpo, com a água cobrindo somente da cintura para baixo, ele conseguia ver a linda e sinuosa cintura que ostentava músculos sem deixar de ser delicada.

Ele sabia que tinha o sangue correndo rápido e quente entre suas veias, mas não pode afastar os olhos daquela beleza morena. Ainda mais depois de vislumbrar os seios mais magníficos que já vira. Imponentes e orgulhosos, cheios e ao mesmo tempo suaves onde gotas de água ainda pingavam.

Not the homecoming kind / Não sou do tipo caseira

Take the top off / Desligue-se

And who knows what you might find / E quem sabe o que poderá encontrar

Won't confess all my sins / Não confessarei todos os meus pecados

You can bet i'll try it / Você pode apostar que eu tentarei

But you can't always win / Mas nem sempre se pode vencer

Foi então que ela, virando-se em sua direção, abriu os olhos e ele mergulhou em dois lagos escuros e misteriosos. Não era só a boca vermelha e cheia que sorria, mas os olhos pareciam sorrir, feiticeiros e cheios de segredos.

- Ora, ora... Eu tenho um observador hoje?! – a voz sedutora troçou suavemente. – Não se preocupe, estranho, não vou gritar pedindo ajuda. – ela riu enquanto saía da água lentamente, e ele rilhou os dentes ser pegou tão rapidamente em uma travessura tão infantil.

- Raios... – praguejou baixinho antes de erguer-se em toda sua altura e por ter sido desafiado tão abertamente, não tirou seus olhos da cigana “feiticeira” que se aproximava sem pudor algum por estar nua a frente dele. – Não adiantaria nada tentar gritar, cigana. – murmurou entre os dentes raivoso. – Não haveria ninguém para salvá-la... Está em minhas terras.

- Ora! – riu deliciada já alcançando uma camisa que havia deixado sobre uma pedra grande, vestindo-se sem pressa, ficou ao sol enquanto penteava os cabelos com os dedos. – Um nobre! O que será, barão?! Ou para minha má sorte um Duque? Será um Marquês?! – os olhos negros dançavam risonhos.

- Não creio que esta informação deva ser de interesse da senhorita. – respondeu rude. – E como está em minhas terras aconselho a comportar-se com mais recato e pudor, cigana.

Ela gargalhou e girou os olhos para ele.

'Cause I'm a gypsy / Porque eu sou uma cigana

Are you coming with me? / Você vem comigo?

I might steal your clothes /Eu posso roubar suas roupas

And wear them if they fit me / E vesti-las caso me sirvam

I never make agreements / Eu nunca fiz acordos

Just like a gypsy / Como uma cigana

And I won't back down / E eu não vou recuar

'Cause life's already bit me / Porque a vida já me machucou

And I won't cry / E eu não vou chorar

I'm too young to die / Sou muito jovem para morrer

If you're gonna quit me / Se você me deixar

'Cause I'm a gypsy / Porque sou uma cigana

'Cause I'm a gypsy / Porque sou uma cigana

- Nossa, um nobre cheio de pudores! – brincou. – Todos vieram para essa terra nus, e partiremos dela da mesma forma, meu senhor. – terminou com uma pequena mesura. – E acredito que apreciou bastante o pedaço de pele nua que viu.

- Mulher insolente... – murmurou. – O que faz aqui?!

- Mulher insolente?! O que o faz pensar que só por ser homem, pode ridicularizar outras pessoas que são livres? Não sou sua mulher, e muito menos vassalo desta terra. – ela ergueu o queixo em uma postura aguerrida que lhe fez o sangue correr tão rápido como a mera lembrança que ela só usava uma camisa surrada cobrindo o corpo sinuoso.

- Ainda bem que não, não tenho dúvidas que nunca respeitaria cargos elevados de pessoas que trabalham para garantir o pão para seus servos. – ele resmungou irado consigo mesmo por justificar-se ante uma mulher, e ainda por cima cigana!

- Só respeito quem merece ser respeitado. – ela rugiu com fúria enquanto vestia a ampla saia vermelho-terra com movimentos rápidos e precisos, ignorando o olhar abrasador do homem às suas costas.

Reuniu todos os seus parcos pertences, amarrando em seu quadril um lenço colorido cheio de contas e miçangas que tilintava a cada passo dela. Meio enfeitiçado, e completamente pasmo com seu próprio comportamento, ele observou enquanto aquele furação indomável e inominável caminhava decidida até ele com os olhos soltando faíscas.

- Agora, milorde. – colocou todo sarcasmo que possuía naquela maldita forma de tratamento e curvou-se em uma mesura graciosa que lhe irritou mais ainda. – Não se preocupe, pois essa sua humilde serva cigana, procurará outro lago para banhar-se enquanto estiver por aqui. Não contaminarei sua terra com minha presença nociva.

Ela nem deu tempo para ele responder, ergueu o rosto, num gesto cheio de orgulho, e saiu caminhando não antes de dar um inusitado afago em Tristan e tirar de seus alforjes uma camisa branca extra que ele havia trazido.

- Espero que não se importe se eu tomar esta camisa emprestada. – ela riu sem dignar-se a virar para encará-lo. – Só por uma questão de recato e pudor. – gargalhou antes de virar o rosto sobre o ombro e piscar para ele. – Devolvo... algum dia.

I can't hide what I've done / Eu não posso esconder o que fiz

Scars reminds me / Cicatrizes me lembram

Of just how far that I've come / De quão longe eu vim

To whom it may concern / A quem possa se interessar

Only run with scissors / Apenas corra com tesouras

When you want to get hurt / Quando você quiser se machucar

- Mulher insolente... – murmurou ainda olhando de modo besta para as curvas da mulher que ondulavam a cada passo que ela dava para mais longe dele.

Quanto finalmente viu-se somente com a companhia de Tristan ele tornou sua atenção ao garanhão.

- O que raios você fez?! – perguntou ao animal. – Não costuma ser educado com ninguém que chegue perto de você! – ralhou com impaciência e ao mesmo tempo curiosidade, enquanto o animal o encarou por um momento antes de relinchar baixo e esconder o rosto como se estivesse envergonhado.

O nobre finalmente riu e acariciou o pescoço do amigo.

- Até você ela conseguiu encantar?! – falou acariciando o pescoço do garanhão.

Em movimentos mecânicos ele tirou a sela do animal e deixou-o solto para descansar enquanto aproveitava as águas tranqüilas do lago.

'Cause I'm a gypsy / Porque eu sou uma cigana

Are you coming with me? / Você vem comigo?

I might steal your clothes /Eu posso roubar suas roupas

And wear them if they fit me / E vesti-las caso me sirvam

I never make agreements / Eu nunca fiz acordos

Just like a gypsy / Como uma cigana

And I won't back down / E eu não vou recuar

'Cause life's already bit me / Porque a vida já me machucou

And I won't cry / E eu não vou chorar

I'm too young to die / Sou muito jovem para morrer

If you're gonna quit me / Se você me deixar

'Cause I'm a gypsy / Porque sou uma cigana

'Cause I'm a gypsy / Porque sou uma cigana

Já era tarde quando chegou a sua propriedade, o imponente castelo de Penbrook. Sabia que muito provavelmente sua mãe lady Brenna, e a amável enxerida governanta Senhora Prescott estariam pavoneando-se pelo salão preocupadas com a ausência do lorde, ou melhor, do único homem da casa, de quem as duas tinham a terrível mania de esquecer que já era dono de seu próprio nariz há muito tempo.

Suspirou profundamente antes de encaminhar-se ao estábulo.

- Meu lorde, sua mãe estava...

- Já sei John. – ele cortou a fala arrastada do cavalariço com um sorriso. – Parece que lady Winter ainda acredita que eu uso calças curtas, John. – ele riu enquanto o servo lhe ajudava a cuidar do cavalo.

- Mulheres, elas sempre são assim... Ainda mais as mães! – bufou o outro em concordância.

- Mas como você bem sabe, caro amigo, não sou parvo para atiçar ainda mais a ira de lady Winter.

- Claro, meu lorde, sua mãe deve estar lhe aguardando no salão. Pode ir... eu cuido de tudo por aqui.

O Quinto Conde de Penbrook e Lorde de Winter, aproximou-se do grande salão onde podia escutar os passos apressados de sua mãe que caminhava de um lado para o outro.

- Minha mãe. – chamou suavemente, não queria assustá-la, já bastava ter trazido a ira de uma mulher impetuosa sobre si por hoje.

- Lucas William de Winter! – raios... Ela estava furiosa.

- Não se exalte mãe, eu saí para cavalgar e espairecer, o que a senhora mesmo havia aconselhado que eu fizesse, então não há porque se exaltar dessa forma.

- Mas você deveria ter voltado para o jantar! Lady Marie Clair Mallory veio para conhecê-lo e você não estava aqui! – Lucas amava a mãe, mas sinceramente teve vontade de rir e agradecer por realmente não ter lembrado o compromisso, principalmente por odiar os esforços casamenteiros de sua mãe. – Ela é uma jovem linda, certamente você está lembrado, é loira de belos olhos azuis. Os Mallory são uma excelente família, e ela tem seis irmãos! Isso quer dizer que...

- Ela é uma boa égua parideira. – ele murmurou antes de conseguir se conter.

- Lucas!

- Mãe... – seu tom era grave e não dava aberturas para qualquer réplica materna.

- Filho, você já tem 27 anos! Pelo amor de Deus! É meu único filho e único herdeiro de seu pai, precisa casar-se e arranjar crianças para encher essa casa!

Sem conseguir entender o porquê, a imagem da cigana furiosa veio a sua mente. “Ela sim é uma jovem linda...”

Balançou a cabeça com força antes de focar seus olhos cinzentos nos olhos de sua mãe.

- Tratarei deste assunto quando for a hora. – concluiu e rapidamente emendou – Agora, peço licença, mas vou me retirar. Boa noite.

Sem mais uma palavra virou-se e procurou o abrigo de seus aposentos para divagar sobre a bela cigana que parecia ter tomado seus pensamentos.

And I say / Eu disse,

"Hey you, you're no fool if you say no" / “Ei, você não é tolo se disser não”

Ain't it just the way life goes? / Não é assim que a vida acontece?

People fear what they don't know / As Pessoas temem o que não conhecem

And I say / Eu disse,

"Hey you, you're no fool if you say no" / “Ei, você não é tolo se disser não”

Ain't it just the way life goes? / Não é assim que a vida acontece?

People fear what they don't know / As Pessoas temem o que não conhecem

Come along for the ride, oh yeah / Venha comigo pela estrada

Come along for the ride / Venha para a Estrada...

Dias passaram no mesmo ritmo, trabalho administrativo da grande propriedade de sua família, visitas aos servos que arrendavam a terra, e qualquer outra atividade tediosa e metódica. Ele julgava que o trabalho lhe tiraria da mente o encontro efusivo que havia tido no lago, mas para seu maior tormento, a cada minuto que se distraía de suas atividades, via os olhos escuros brilhando de malícia, humor, inteligência e por fim uma fúria tão quente que ele via-se acordando todas as noites ansiando por aquela mulher tão passional.

Devia estar ficando louco, mas por mais que quisesse pensar racionalmente, ele dirigiu-se para o local onde havia ouvido falar que uma caravana de ciganos estava há alguns dias.

- O que raios eu estou fazendo?! – murmurou para ninguém propriamente, e Tristan lhe respondeu com um relincho curto, acelerando os passos como se ele também estivesse apressado para reencontrar a beldade morena. – Traidor... – murmurou ao sentir a alegria do animal.

Logo pode ouvir o som de violinos, pandeiros, castanholas e qualquer outro instrumento de percussão que dava ritmo à música insinuante e alegre daquele povo tão singular.

Apeou e prendeu as rédeas de maneira frouxa em um galho de árvore deixando o cavalo mais à vontade, e então se dirigiu ao acampamento.

- Senhoras e senhores! – um cigano alto e moreno apareceu no centro do que parecia ser um palco chamando atenção de todos ali presentes. – É com imenso prazer que lhes apresentamos o maior e mais sagrado dos segredos! – o homem esperou que a música fizesse seu efeito fazendo com que todos caíssem em um silêncio profundo. – Todos os senhores aqui pagariam por este segredo, e as senhoras gostariam de tê-lo... – mais um sonoro rufar de tambores e castanholas. O homem tomou uma postura de autêntico contador de histórias...

“Há muitos e muitos anos atrás, o sol apaixonou-se pela lua...” – ele começou, mas Lucas não olhava mais para o contador de histórias, pois atrás de um véu vermelho e transparente, a silhueta de uma mulher apareceu dançando enquanto a música voltava suave.

Sem precisar ver o rosto da mulher, ele já sabia ser ela... A cigana inominável.

Enquanto a história era contada, a mulher saiu por entre os véus e continuou dançando, agora acompanhada por um homem que por certo era o sol, já que ela vestida com a camisa branca de Lucas, uma saia prateada cheia de contas de prata, colares, tornozeleiras e pulseiras do mesmo material, era a mais bela lua que ele já vira, os cabelos negros estavam soltos e dançavam ao sabor da brisa que sobrava ali, os olhos escuros brilhavam intensos enquanto ela dançava com o corpo e a alma, incendiando o sangue do jovem nobre que desejava com todo coração ser o “sol” para quem ela dançava.

A música foi ficando mais intensa enquanto a história chegava ao final, e para alívio de Lucas, o sol e a lua, amaldiçoados, não conseguiram nunca se tocar, o que fez com que a bela morena não tocasse o homem que dançava com ela.

Ao final da apresentação, aplausos de todos enquanto uma menina de dez anos passava com um chapéu gasto coletando o “pagamento” pelo espetáculo.

Inquieto; Lucas procurou a bela morena com os olhos e seguiu seus passos até uma das carroças.

- Senhorita... – sem saber como chamá-la sentiu-se ridiculamente tímido.

- Ora, ora... – a morena virou-se para ele com um sorriso misterioso nos lábios vermelhos. – Nosso lorde veio nos dar a graça de sua presença?!

O tom sarcástico o irritou tremendamente, parecia que nunca conseguiria conversar calmamente com aquela mulher.

- Como bem sabe, estas são minhas terras, posso ir e vir onde bem quiser. – respondeu ríspido.

- Desta forma nós, pobres ciganos, não temos esse direito? – questionou ela com uma de suas belas sobrancelhas arqueadas.

- Raios, mulher! Não dá para falar tranquilamente com você?! – rugiu ele mesmo em tom baixo. – Não vim até aqui para travar outra batalha verbal. – concluiu meio exasperado.

Ela parou e o olhou por um momento, apreciando o tumulto que via no rosto daquele homem tão bem formado. Alto, e bem constituído, cabelos castanhos quase negros estavam bem cortados a altura do colarinho, e os olhos cinzentos a encaravam com a mesma intensidade tempestuosa que ela havia sentido no lago. Suspirou profundamente, sabendo que aquele homem tinha mais poder sobre sua vida e coração do que ele mesmo sabia.

- Apreciou o espetáculo? – perguntou por fim e, como sabia que não tinha forças para lutar contra o destino, sorriu verdadeiramente para ele. – Creio que tenha vindo em busca de sua camisa.

- Oh não, ela lhe serviu perfeitamente. – ele sorriu em resposta, embevecido com ela. – Creio que não sei seu nome, cigana. – o tom de voz quente e grave percorreu o corpo dela como uma carícia.

- Venha comigo até a fogueira... – ela puxou-o pelas mãos. – Lá eu verei seu nome em suas mãos. – e sorriu...

‘Cause I’m a gypsy / Porque eu sou uma cigana

Are you coming with me? / Você vem comigo?

I might steal your clothes /Eu posso roubar suas roupas

And wear them if they fit me / E vesti-las caso me sirvam

I never make agreements / Eu nunca fiz acordos

Just like a gypsy / Como uma cigana

And I won’t back down / E eu não vou recuar

‘Cause life’s already bit me / Porque a vida já me machucou

And I won’t cry / E eu não vou chorar

I’m ou oung to die / Sou muito jovem para morrer

If you’re gonna quit me / Se você me deixar

‘Cause I’m a gypsy / Porque sou uma cigana

- Sorriu?! 

- Merda, Tenten! – Neji pulou da cadeira com o susto que sua esposa lhe dera.

E a digníssima esposa em questão estava controlando-se para não morrer de rir da cara de seu querido marido.

- Oh Neji! Sua cara foi absolutamente hilária! E eu não posso acreditar que meu querido e respeitável marido, o jornalista político Neji Hyuuga está escrevendo um ROMANCE! E não qualquer romance! Um Romance histórico! – ela sentou-se no colo dele sem pensar no perigo que era irritá-lo ou troçar daquele pequeno detalhe secreto de sua vida pós-casamento.

- Tenten... Menos. – ele fendeu os belos olhos cinzentos controlando-se para não rir junto com ela.

- Mas Neji! Eu nunca pensei que fosse ver isso acontecer! – ele fez um bico inconformado e ela apertou seu rosto entra suas mãos. – Isso não diminui sua tremenda masculinidade, meu marido. – ela brincou novamente antes de deixar um beijo rápido nos lábios franzidos dele. – E largue esse bico para lá... Eu gostei da parte que li! Está muito bom mesmo!

Ele corou com o elogio dela, afinal, a esposa, escritora famosa, era a especialista no assunto.

- Er... está mesmo?! – perguntou ridiculamente acanhado.

- Lógico! – ela sorriu e plantou outro beijo rápido em seus lábios antes de levantar do colo do marido ainda sorrindo. – Agora... Eu quero saber: ele foi com ela?

Os belos olhos castanhos de Tenten brilhavam sedutores enquanto um sorriso sapeca e malicioso enfeitava os lábios avermelhados.

O que ele podia fazer para evitar o fascínio que esta mulher causava nele?!

Levantou-se lentamente esquecendo o computador ligado, deu um passo em direção a bela morena.

- Você consegue ler meu nome em minhas mãos?! – perguntou ele malicioso enquanto a abraçava sem desviar seus olhos dos castanhos de Tenten. 

Ela riu com gosto e balançou o corpo perto do dele, num movimento sinuoso lembrando passos de dança cigana.

- Venha comigo... – foi tudo que ela murmurou.

E tudo que ele pode fazer foi seguir...

Afinal, aquela bela morena, era a sua cigana feiticeira.

'Cause I'm a gypsy / Porque sou uma cigana


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Notas finais do capítulo

OS2: Para quem conhece as minhas fics, deve ter visto a semelhança desse finalzinho com outra fic, a “Livro de Receitas”. Bem, qualquer semelhança NÃO é mera coincidência. XD É o casal amado da “Livro de Receitas”, Neji o sério jornalista político, e Tenten a escritora de romances policiais. ^^Depois de ter conversado há umas semanas com a Naia, ela comentou de uma idéia dela, e eu tinha acabado de ler a one que ela escreveu para o concurso Sweet Dreams (recomendoooo muito boa, “O Contador de Histórias”), eu juntei as duas idéias que havíamos comentado e saiu essa one para presente de niver da minha marida! Naia-marida amo-te de montão! ^^Obrigada mesmo por tudo, amiga! E que Deus continue te abençoando!^^Espero que goste do presente atrasado! ^^Bjinhos!N/B: Ma-chan! Que fic LINDA! Eu realmente vi uma pontinha de “Livro de Receitas” aí, e não sabe como eu fiquei feliz! A história do nobre e da cigana é muito instigante, A-D-O-R-E-I ler, e sério mesmo, nem tive o que fazer aqui fora apreciar essa obra! Tenho certeza que Naia-chan vai A-D-O-R-A-R!E minna-san, vocês gostaram? Mandem reviews! Tanto a nossa querida autora como essa fic M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A merecem!