A Prisioneira - Heroes Series escrita por AliceCriis


Capítulo 2
1




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1       - A CARTA VOANTE DE GRIVYNGOOD

Sharon e Tyler mastigavam meus muffins como dois trogloditas-devoradores-de-muffins-da-Claire. E eu não estava gostando nada disso, companheiro. Não mesmo. Todos me amam – mas estes dois parecem amar mais meus muffins, que Líliam – minha mãe – fez pra mim.

Sentia uma grande falta de Ark – meu Hyperion – que estava descansando nos Alpes – ou ao lado do Rio Estige – para recarregar as energias, depois de cavalgar com um grupo inteiro de jovens, em sua forma transformista de dragão. Sharon e Tyler haviam passado o natal na minha casa – deve estar se perguntando qual o motivo de Sharon estar na minha casa. Mas é simples: os pais de Sharon são os consortes americanos, por isso, nunca moraram com ela, e os tios – realmente a odeiam, e eu não os culpo, obviamente – e tudo isso, acaba levando á outra pergunta: POR QUE ELA E TYLER NÃO ESTÃO NA CASA DELE? É, é uma ótima pergunta. Os pais de Tyler estão viajando para o Oriente Médio, e meus pais cederam de bom grado que ele ficasse – yeah, meus pais não dão a mínima pra colocar um dos meus ex-namorados dentro da minha própria casa. E isso, faz com que Sharon e Tyler estejam morando na minha casa.

Outra pergunta que deve estar incansavelmente se fazendo é: COMO A FANTÁSTICA CLAIRE BENNETT ESTÁ VESTIDA?!

Yeeah, eu sei, companheiro, eu sei. Para saciar sua curiosidade, saiba que passei todas as minhas férias fugindo de jornalistas e paparazis – salvar o mundo tem conseqüências, como por exemplo, aparecer na capa dos jornais vestindo apenas uma farda de soldado, roubada e rasgada – no shopping, na Bendel’s e na Victoria Secrets. E caso queira saber, ganhei Jimmy Choo novos – Afrodite: se engasgue com uma pétala muito bonita de flor, tudo bem, senhora ladra de sapatos da moda? - minha mãe me deu uma bolsa Prada, edição única. É… compensa o sofrimento. E agora, minha aparência está completamente restaurada: cabelos longos, loiros e cacheados com suas mechas rosa flamingo em perfeito estado; botas de cano alto Jimmy Choo; saia jeans Dior e camiseta: PROPRIEDADE PRIVADA DE JOSEPH THOMPSON, OLHE MAIS Á CIMA!

Caso queira saber, este foi meu presente de natal – não que eu tenha ficado muito feliz com ele – não é uma camiseta feia. É CLARO QUE NÃO É! CLAIRE BENNETT NÃO VESTE COISAS FEIAS! Mas… a camiseta é quase um atentado contra o meu busto! É como carimbar: área apenas utilizada por Joseph T. em meus seios! Que tipo de maníaco impulsivo faz isso? Ah sim, o Joe. O Joe faz.

E a pergunta que não quer calar: sim, nós ainda estamos namorando. Mas ele não tem permissão para vir até a minha casa – já que o pai dele está construindo um barco para ele no Maine – e meus pais estão terminantemente proibindo a entrada de namorados-da-Claire-pós-Dot. Porque?! Por que eu pedi. Eu não enlouqueci não… EU SOU PERFEITA! Hmpff!

Quero dizer… eu não estava realmente á fim de ter um Joe grudento e ciumento nas minhas férias. Realmente não. Se eu gosto do Joe?

Pensa.

Pensa.

Pensa.

Eu não sei. Bem, contando que ele tem um físico… NHUMY! E bom gosto para moda, ele é sexy – mas ainda tem aquela partezinha dele… irritante, ciumenta e desconfiada, que eu ainda desejo jogar dentro da privada!

 - Quer parar com isso?! – gritei com Sharon que engolia dois muffins por segundo.

 - Eu estou com fome, spaz!

 - Vai estar com fome quando eu fazer você engolir a minha xícara?! – gritei enquanto meus dedos faiscavam.

 - Sem raios na mesa, bebê. – retrucou minha mãe, irritada.

 - MAS ELA COMENDO OS MEUS MUFFINS!

 - Não são seus muffins, ela está comendo os muffins. – respondeu meu pai dando o nó na gravata.

Fuzilei-o com os olhos.

 - Desde quando virou o papai da Sharon?

 - Eu não sou o pai da senhorita Louis. – retrucou meu pai.

Continuei comendo meu bacon fuzilando Sharon-vadia-Louis com o olhar. Antes que eu pudesse processar a informação, três objetos brancos e alados de porte pequeno apareceram pela janela voando feitos loucos se colocaram um a um á frente de mim, Tyler e Sharon.

Quando o objeto-não-identificado parou por fim, deu-se para observar: uma carta alada de cor amarela esbranquiçada voava á minha frente. Pegue-a por instinto.

Para Claire Gallatea Bennett – casa dos Bennett. Algum lugar em Chicago – Illinóis

De Academia Grivyngood, Alaric Brunner – diretor sênior

Hermes company – o correio mais rápido do Olimpo

Abri a carta que parava de se debater, juntamente com os olhares espantados de meus pais e as mesmas atitudes de Sharon e Tyler.

Cara Gallatea viemos através desta carta de Hermes, informar que este ano está ingressando no segundo ano preparatório para seu futuro como Extradotado. Como todos têm por conhecimento, a academia Grivyngood, teve passado anos difíceis sob direção de mestres sem nenhum talento e respeito para com a cultura Extradotada. Tempos difíceis foram sobrevividos por gerações de Heróis que não obtiveram o conhecimento necessário para uma jornada no mundo em que vivemos. Ariela e todos os professores que tiveram dando ás costas aos costumes do qual nós somos fiéis, estão presos na Embaixada Olimpiana, sem aviso de que há possibilidades de ignorar a sentença de prisão que lhes foi adicionada.

As mudanças previstas para os próximos anos de ensino, já estão por serem realizadas pelo diretor Brunner – diretor por 13 anos na escola prestigiada, Hullard, em Londres, famosa por nela terem se criado grandes campeões e Heróis, sendo agora dirigida por Hécate – a deusa da magia, que abandonou seu cargo de deusa, ao atribuir seus dons á três pessoas, dentre eles, está Alaric – assim, levando aos novos costumes que serão dirigidos por Alaric:


1 – Todo calouro, deverá ser rastreado e levado até a escola, assim transformando-se durante o período do ano letivo, não causando riscos e danos aos Lugros presentes em tal momento.

2 – O uso de uniforme é obrigatório, e todos conseguirão o seu – com o brasão de Grivyngood – em Vila Olímpia, no monte Olimpo.

3 – Os animais de estimação que são autorizados no campus escolar, precisão ter licença da loja GOVILOS & PÉGASOS também localizada em Vila Olímpia.

4 – O material constado na lista deve ser levado á risca, sem nenhuma circunstância inicie seu período letivo sem ele.

5 – A escola foi reformulada, e as regras foram re-escritas, tendo como exemplo: as leis não são mais lidas entrelinhas, são exatamente o que está escrito em papel.

6 – A entrada e saída de Lugros são permitidas no campus escolar, tanto quanto a saída dos próprios alunos.

LISTA DE MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA O ANO LETIVO DE UM SEGUNDANISTA

Coletânea de livros dos segundanistas; (material que pode ser encontrado na Tintas de Hera)

Kit de botânica e poções dos segundanistas;

Uniforme feminino, brazões e capas incluídos;

Armadura;

(Encontre o restante dos itens necessários, na organização Extradotada em Vila Olímpia)

Quando parei de ler isto, observei que o resto da carta não era como as que eu havia acabado de ler. Era diretamente direcionadas á mim. EU NÃO DISSE QUE SOU ÓTIMA?!

Prezada Gallatea, Sou Alaric Brunner, e sou – como já deve ter notado - o novo diretor de sua escola. Devido aos últimos acontecimentos, venho por através desta carta enviar meus sinceros parabéns e congratulações por sua coragem e determinação, ao guiar grande parte de seus colegas para uma revolução Extradotada, libertando os Dots, o que por muitos, era considerado impossível. Gostaria também, de lhe pedir que entrasse em contato comigo, assim que chegar á escola, no dia treze (13) de janeiro. Aí está a chave de seu dormitório.

Alaric Brunner – diretor de Grivyngood

“Correios de Hermes: com um farfalhar de asas e tudo está entregue”

Terminei de ler, e uma chave em cordão pendia no final da carta. E coloquei-a ao meu pescoço, assim como meu colar Dot – uma ampulheta e um tornado, ambos incrustados, um no outro.

 - Hermes Company? Por Deus, que diabos é isso? – gorgolejou meu pai.

 Passei os olhos rapidamente pela carta mais uma vez e consegui entender uma coisa: eu precisava de Ourinfos e Herófilos – moedas Olimpianas.

 - Isso vai ser legal. – cabulou Tyler – Nunca fui para o Olimpo.

 - E você não vai, idiota. – retruquei – Você vai para Vila Olímpia, não Olimpo.

Sharon passava os olhos pela carta mais uma vez.

 - Algum problema? – indagou minha mãe.

Sharon olhou-a um pouco transtornada. – Eu não tenho grana. – grunhiu em voz baixa.

Aquela era a hora de pular e sapatear em cima dela – mas eu não consegui… CLAIRE, EU JÁ DISSE QUE VOCÊ É MUITO PURITANA?!

 - Pode falar com seus pais. Eles arranjam grana na hora pra você. – gemi, lendo a carta. – Pode ligar para eles se quiser.

Sharon não me agradeceu. Só depositou a carta de volta no envelope e se levantou com uma aceno para meus pais – provavelmente indo até o telefone.

 - Yeah, eu estou na mesma. – gemi, mau humorada.

Líliam sorriu como sempre e passou a mão no meu cabelo. – Você tem essas moedas. Apollo e Éphira deixaram uma caixa cheia destas coisas quando você era bebê… disseram que você precisaria disso um dia, talvez em alguma emergência… – ela mergulhou no armário da cozinha e buscou uma caixa preta e gasta, nada bonita, YUCK!

George não gostava muito de olhar – meu pai detestava admitir que eu não fosse mais a filhinha-querida-somente-do-papai-George – mas beijou a minha testa e avisou que estava indo trabalhar, dizendo que minha mãe deveria tirar o dia de folga.

Mamãe empurrou a caixa e a abriu: ouro e prata brilhavam fervorosos.

 - Hey, Tyler… posso te emprestar alguma grana. Os juros… - ele me interrompeu.

 - Eu tenho ouro o suficiente para comprar todo o material e muitas outras coisas – disse ele, presunçoso – Andei apostando em corridas de dragões. Malice me ligou á alguns dias e me ofereceu uma aposta dobrada. Estou quase rico!

Olhei para ele estupefata.

  - Apostando em dragões?

Ele assentiu abobado.

 - É por isso que nós terminamos. Por que um dia você apostaria em dragões! – joguei meu pudim na cara do explorador-de-dragões-junior, e continuei a tomar meu café.


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