Ela se chama Katy, é apaixonada por Bill Kaulitz, o vocalista de uma banda famosa chamada Tokio Hotel e bem... Está namorando com ele às escondidas. Seus pais não gostam da banda, seu pai acha que todos os integrantes são mulheres, sua mãe não gosta, porém não critica. Aliás, ela tem apenas 15 anos e nem é alemã.

- Acha mesmo que eles vão me aceitar? – Bill perguntou a ela, na sala de estar.

- Cara, namoramos há 4 meses, a gente namora em inglês, porque não sabemos a língua um do outro e você quer broxar agora? – pareceu impaciente.

- Não estou broxando, só um pouco apreensivo. – rolou os olhos.

-Sei que é meio tenso pra você. – beijou-lhe os lábios com calma, sendo retribuída por pouco tempo.

- Que putaria é essa na minha sala? – Seu Tadeu perguntou encarando os dois sério.

- Então pai, esse é o Bill, meu namorado. – falou em português, puxando Bill pela mão.

- Tem certeza que isso é homem, Katy? – perguntou desconfiado.

- Tenho pai, agora aperta a mão dele. – falou entre dentes, pensando na vergonha.

Os dois apertaram as mãos e então a mãe de Katy sorriu.

- Olá, menino. – apertou a mão dele.

- É Bill, mãe. – encarou o namorado que tentava entender algo - Eles estão dizendo oi. – sorriu para o namorado.

Sentaram-se no grande sofá cor de vinho e então o pai de Katy começou o interrogatório.

- Quantos anos tem, menino? – a menina traduzia tudo o que falavam.

- 21. – disse firme, parecia que tinha tomado coragem.

- Mora aonde? – a mãe dela, Dona Liduina, perguntou.

- Moro em Los Angeles agora, estou aqui só de passagem. – o pai da menina já arregalou os olhos.

- É nos Estados Unidos, não é? – olhou para a mulher assustado. – Olha aqui, rapaz... Você não vai levar a minha filha embora não, ouviu? – irritou-se.

- Pai, ele não vai me raptar! – Katy falou tentando segurar a barra.

- Ele trabalha com o que? – a mãe quis saber.

- Lembram do cara dos meus pôsteres? Então, é ele, o vocalista da Tokio Hotel. – segurou a mão do namorado, com medo da reação dos pais.

- O QUÊ? NAMORANDO COM UM QUALQUER AÍ, SÓ PORQUE É FÃ DE UMA BANDINHA QUALQUER? NÃO ADMITO! – levantou-se furioso.

- Quando eu falar pra correr, vai embora o mais rápido que puder. – sussurrou em seu ouvido.

- Vai acontecer alguma coisa que eu não sei? – era um tremendo de um bundão nessas horas.

- Calma, Tadeu! – Liduina empurrou o marido para o sofá – Você é homem, certo? – ela sempre perguntou isso.

- Não vou traduzir isso pra ele! – Katy até tentou...

- AGORA! – seu pai gritou.

- Eles perguntaram se você é homem... Me desculpe por isso. – ficou roxa de tanta vergonha.

- Sim, sou homem. – olhou a namorada meio desconfortável – Diga a eles que eu tenho o Tom como irmão e que minha família mora na Alemanha e adoraria vir visitá-los aqui, para se conhecerem. – Katy traduzia rapidamente.

- Tá chamando a gente de pobre? Acha que todo brasileiro é pobre? – levantou-se mais uma vez.

- Senta aí, homem! Vou buscar um café. – a mulher saiu para buscar café na cozinha.

- Eu não quis ofendê-lo, desculpe. – Bill tentava contornar a situação, mas não adiatava muito.

- Tomem um café e relaxem. – a mãe tornou-se a se sentar – Quais são suas intenções com a nossa filha? – perguntou o encarando.

- Eu quero fazê-la feliz, protegê-la, ver o sorriso lindo que ela tem... Amar e ser amado, algo que prezo muito. – ela traduzia emocionada.

- Não vão passar o sinal, não é? – perguntou o pai desconfiado.

- Claro que não, respeito sua filha e sei que ela tem muito menos idade que eu. – falou apressadamente.

- Bom mesmo. – disse a mãe.

- Então a resposta é sim? – perguntou Katy ansiosa.

- Por mim tudo bem. – a mãe concordou.

- Hum... – o pai parecia pensar.

- Finalmente poderemos viajar juntos e se amar... – Katy disse animada e o pai não pensou duas vezes e catou a espingarda, apontando para o namorado da filha.

- COOOORRE BILL! – a menina gritou eos dois correram como loucos pro carro de Bill.

- NÃO VOU DEIXAR QUE SEQUESTREM MINHA FILHA E A ESTUPREM! – Seu Tadeu corria atrás do carro atirando, mas não conseguia acertar nenhum tiro.

E dentro do carro eles se encaravam aliviados.

- Agora entendo o porquê ia broxar... Você foi tão corajoso, amor! – beijou-lhe o canto da boca.

- Tudo por amor... – riu, acelerando o carro, seguindo para um destino bem conhecido dos dois...

Fim (por enquanto...)