Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 40
Surpreendente reencontro - parte 4




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Na loja, Soten ficou exibindo os vários modelitos para Shippou querendo saber sua opinião. O jovem, por outro lado, não era muito afeito á aquele tipo de entretenimento.

SHIPPOU – Soten! Você já provou vários modelos.

SOTEN – Ah Shippou! Não seja chato. Não há nenhum mal em querer ficar bonita. Talvez eu compre ainda uma bolsa, um cinto...

SHIPPOU – Soten! Faça isso quando retornarmos ao Japão.

SOTEN – Ai como você é estraga prazeres. (ela mostra a língua para ele) – Pelo menos diz se fiquei bonita com as roupas que comprei.

SHIPPOU – Sabe bem que fica bonita até naquela roupa folgada de ninja.

Soten sorri diante daquele elogio para depois voltar ao provador, colocar de volta sua roupa ninja e depois levou as varias peças de roupas para o guichê. Embora estivesse um pouco entediado com aquela atividade de fazer compras, Shippou ficou feliz em ver o sorriso no rosto e enquanto pagava, com um cartão de crédito, a compra feita pela jovem, ele tentava imaginar como ela tinha conseguido ficar enclausurada por cinco anos naquele templo. Na saída da loja, eles conversam.

SOTEN – Essa roupa me deixa gorda, não acha?

SHIPPOU – A roupa não te deixa gorda. Eu não me lembrava de que você fosse tão vaidosa. Não sei da onde tirou essa idéia. (rindo)

SOTEN – Agora chega de papo furado e vamos ao que interessa.

SHIPPOU – Tem certeza que quer fazer isso?

SOTEN – Eu sei lutar. Você sabe lutar. Podemos fazer isso, Shippou. (ela o puxa pelo braço) – Mostre-me a loja.

Carregando as sacolas com as roupas, Soten e Shippou começaram a correr pela calçada e enquanto isso, Kagome e InuYasha estavam na delegacia chinesa a qual era responsável pelo fechamento da loja. O casal estava á espera do delegado, que segundo a recepcionista, voltaria logo.

KAGOME – Espero que tenham prendido Loki.

INUYASHA – Eu duvido. Se isso tivesse acontecido, certamente Sango saberia e teria nos informado.

KAGOME – Tem razão. (ela esfregava as mãos)

INUYASHA – Está nervosa?

KAGOME – Sim. Amanhã são as prévias do partido.

INUYASHA – Não devia pensar em política agora.

KAGOME – Eu sou política. Não tem como não pensar. Mesmo com alguém querendo me matar.

InuYasha segura a mão da esposa para dar apoio e naquele exato momento o delegado, acompanhado de outro homem, adentra a delegacia e imediatamente o casal vai até ele.

INUYASHA – Com licença, delegado. Tem um minuto?

DELEGADO – Estou ocupado no momento.

KAGOME – É sobre um bandido japonês chamado Loki. Soubemos que fechou uma loja que pode ser desse homem.

DELEGADO – Já ouvimos esse nome. Mas sabemos pouco dele. (ele olha para o homem com quem entrou) – Yan! Tenho que falar com o prefeito. Cuide disso para mim.

YAN – Claro senhor. (o delegado olha para o casal)

DELEGADO – O inspetor Yan veio verificar a ramificação dessa loja com um homem japonês chamado Loki. Com licença.

O delegado se afasta deles para adentrar em sua sala e coube a Yan falar com InuYasha e Kagome.

YAN – Desculpem a pressa do delegado. Assuntos inadiáveis. O que querem saber?

KAGOME – Então a loja era o ponto de vendas de Loki mesmo?

YAN – Sim. O departamento de polícia de Tóquio nos enviou o relatório sobre os negócios de Loki. Já assinamos um mandado de prisão e ele será extraditado assim que for capturado. Isso se ele estiver aqui na China.

INUYASHA – Ele está, inspetor.

YAN – Isso será investigado. O departamento de polícia também falou sobre a ligação de Loki com foragidos perigosos, que estão sendo procurados até pela Interpol. Uma força tarefa chinesa será criada para desmantelarmos essa organização. Como fizemos com a Ordem da Espada Morta.

KAGOME – Isso é bom.

YAN – Se quiser podemos manter contato.

INUYASHA – Não será necessário, inspetor. Obrigado por nos atender.

YAN – Não foi nada. É meu dever.

Satisfeito, o casal saiu da delegacia, convicto de que a polícia chinesa estava no encalço de Loki, mas ao ver o casal sair, Yan vai até uma sala isolada a fim de usar seu celular e ligar para Loki, que estava em frente á loja fechada pela polícia.

LOKI – O que foi?

YAN – Você não vai acreditar, mas InuYasha e Kagome apareceram aqui na delegacia. E vieram dizer que viram você no aeroporto.

LOKI – Droga! Eu pensei que tinha passado despercebido.

YAN – E não é só isso. Eles sabem da loja.

LOKI – Melhor eu me apressar antes que seja tarde. Você está sendo muito útil, Yan. Elisa realmente tem apoiadores fieis.

YAN – Mas é claro. Cuide das coisas por aí e eu cuido para que a investigação fique longe de você o máximo que puder.

Yan desliga seu celular para depois se juntar ao delegado, que nem suspeitava que o inspetor tivesse ligação com a primeira dama de Tóquio e enquanto isso, no Japão, mais precisamente na redação do jornal Diário da manhã, Sesshoumaru falava, pelo celular, com Rin, a quem informava sobre a festa que Satsuki foi.

SESSHOUMARU – Ela me ligou, sim.

RIN – Você não vê problemas?

SESSHOUMARU – A Satsuki sabe se cuidar. A única coisa que não gosto é o fato dela andar com esse Xolan.

RIN – Mas ele é namorado da melhor amiga dela. Não pode fazer nada. Acho que aquele garoto aprendeu a lição, Sesshoumaru.

SESSHOUMARU – Pode ser, mas mudando de assunto, como está você? Falo em cuidar dessas crianças.

RIN – Trabalhoso.

SESSHOUMARU – Kagome e Sango não tinham o direito de abusar de você, pois é o que está acontecendo. Um abuso.

RIN – São minhas amigas. Tenho certeza que ambas fariam a mesma coisa por mim. É só por hoje.

SESSHOUMARU – Mas eu não acho justo e por isso tomei uma decisão. Estou indo até aí para te ajudar.

RIN – Você?! Ajudar-me a tomar conta das crianças? Olha, isso aqui é um martírio.

SESSHOUMARU – Mas não é o que diz o velho ditado? Não basta ser pai, tem que participar. E estar com você nunca é um martírio.

RIN – Só quero ver. Como estou atarefada, não vou recusar. Vejo-te mais tarde. Eu te amo.

SESSHOUMARU – Eu também te amo.

Sesshoumaru desliga o seu celular, levantando-se á sua mesa logo em seguida para ir até a sala do editor-chefe a fim de comunicar que se ausentaria.

EDITOR – Problemas familiares?

SESSHOUMARU – Mais ou menos, chefe.

EDITOR – Tudo bem, mas antes de te liberar, preciso falar francamente com você.

SESSHOUMARU – Pode falar, chefe.

EDITOR – Eu tenho lido sua cobertura sobre o caso do estrangulador e ela tem deixado muito a desejar. A sua coluna é constantemente bombardeada pelo nosso ombudsman.

SESSHOUMARU – Com todo respeito, chefe, esse nosso ombudsman é um bedel de jornalista.

EDITOR – Pode ser, mas os leitores estão concordando com ele e francamente você já esteve em melhor fase. Sinal disso é Momiji quem vai concorrer ao prêmio de jornalista do ano representando o jornal, pela segunda vez consecutiva.

SESSHOUMARU – Eu já ganhei esse prêmio cinco vezes.

EDITOR – Mas apenas uma vez em meu jornal, pois os outros quatros são remanescentes da época que trabalhava para a Gazeta de Tóquio.

SESSHOUMARU – O que posso dizer? Vou procurar melhorar. Com licença.

Sesshoumaru saiu da sala do editor com a clara impressão de que não estava mais agradando no jornal, principalmente com as constantes críticas do ombudsman do jornal e enquanto isso na China, Soten e Shippou chegam a tal loja de Loki e notam algo que chama a atenção.

SOTEN – A porta está aberta. (notando a fresta da porta)

SHIPPOU – Eu sei. (ele vai até o carro que estava estacionado ali perto e coloca a mão nele) – O motor está quente. O motorista deve estar aí dentro.

SOTEN – Provavelmente.

SHIPPOU – Fique aqui que eu já volto.

Shippou apenas entrega para Soten as sacolas que carregava para em seguida adentrar, com o máximo cuidado, a loja. Ao fazer isso, Shippou nota o silêncio no local e ao andar um pouco, ouve um barulho.

SHIPPOU – “Tem alguém aqui”. (pensando)

Shippou avança até outra sala de onde veio o barulho e ao fazer isso, de repente, um armário cai em cima dele. Era Loki, que ao perceber a presença do jovem, empurrou o móvel para acertá-lo.

LOKI – Isso é para aprender a não se meter comigo.

Assim Loki foge e quando ia passar pela porta, é interceptado por Soten.

LOKI – Saia da frente, garota! Não tenho tempo para brincar com menininhas.

SOTEN – Por que não tenta me fazer sair da frente?

Loki, achando que Soten era uma garota frágil e desconhecendo que era uma lutadora de artes marciais, avança para bater nela, mas é golpeado com certa facilidade, caindo inconsciente com apenas um golpe. Depois de conseguir sair debaixo do armário, Shippou foi até eles e viu Loki desmaiado no chão.

SOTEN – Esse é o tal Loki? (Shippou se agacha para olhar o rosto de Loki)

SHIPPOU – É ele sim. (depois ele olha para ela) - Poxa Soten! Eu não falei para ficar lá fora?

SOTEN – De nada. (rindo e sendo irônica) – Se eu não interviesse, ele iria fugir. (ela nota Loki desmaiado) – Acho que eu podia ter batido mais devagar.

SHIPPOU – É. (ele passa a mão no próprio rosto) – Eu sei bem o quanto você bate forte.

Shippou sorri para Soten, se lembrando da luta deles de mais cedo, e depois pega seu celular para ligar para InuYasha, a fim de falar o que tinha conseguido capturar Loki.

MEIA HORA DEPOIS

InuYasha e Kagome já estavam na loja e estavam cobrando explicações á Shippou e Soten por terem se arriscado na captura de Loki.

INUYASHA – O que vocês pensaram que estavam fazendo? Ele podia estar armado.

SHIPPOU – Eu ia ficar esperando, mas ouvi um barulho e resolvi entrar.

KAGOME – Shippou! A polícia chinesa já está cuidando disso.

SHIPPOU – A polícia chinesa só está preocupada com o contrabando. Pegar Loki não era a prioridade dela. Ele ia escapar.

INUYASHA – Ok! Já que ele está aqui, vamos obter algumas respostas. (ele se afasta)

SOTEN – O que vai fazer, senhor InuYasha? (ele não responde e Kagome se manifesta por ele)

KAGOME – Ele vai fazer o que é preciso.

InuYasha, seguido por Shippou, vai até á outra sala onde Loki, já consciente, estava amarrado em uma cadeira. O traficante se assustar ao vê-los diante dele. InuYasha puxa outra cadeira para ele se sentar.

INUYASHA – Acho que temos muito que conversar, senhor Loki. (ele o encara) – Onde estão Natsume e Zuza? E por que eles querem matar Kagome?

LOKI – Eu não vou falar nada. (olhando para o lado) – Faça o que quiser comigo.

INUYASHA – Como quiser.

InuYasha pegou uma faca com uma de suas mãos, segurou a mão de Loki com a outra para em seguida começar a cortar o dedo mínimo do traficante, provocando muita dor nele.

INUYASHA – Fale, Loki. (ele finalmente corta o dedo)

LOKI – Desgraçado! Você vai morrer. Você e toda sua família.

SHIPPOU – Fale e não precisa sentir mais dor. É só falar onde está Zuza e Natsume.

INUYASHA – Ele está certo.

LOKI – Eu não vou falar nada.

Devido á aquela resposta, Loki recebe um soco de InuYasha, caindo de costas no chão e só não apanhou mais porque InuYasha foi contido por Shippou.

SHIPPOU – Não InuYasha! Não pode matá-lo. Ele é nosso único elo com Natsume e Zuza.

INUYASHA – Ok! (ele se acalma) – Eu não vou matá-lo, embora merecesse.

SHIPPOU – Vamos dar um tempo para Loki pensar.

Shippou faz com que Loki volte a ficar sentado e depois puxa InuYasha para fora da sala. Ao vê-los sair, Kagome e Soten estavam curiosas em saber o que tinha acontecido.

SOTEN – Deu para ouvir os gritos dele. O que o senhor fez?

INUYASHA – Digamos apenas que ele não vai poder contar até dez com as mãos. (lembrando do dedo cortado)

KAGOME – Ele não disse nada, não é?

INUYASHA – Nada! Seja qual for a influência de Natsume, ela é grande, pois Loki está apavorado. Isso é maior do que eu pensava. Precisamos saber onde está essa gente. (ele olha para Shippou) – Vamos usar o plano B.

SHIPPOU – Certo. (ele olha para Kagome e Soten) – Onde está meu Laptop?

SOTEN – Está ali.

Soten aponta para uma mesa a qual o aparelho estava. Shippou o abre e começa a digitar enquanto era observado por InuYasha.

SHIPPOU – Agora é só esperar.

INUYASHA – Espero que isso não demore muito, pois a polícia chinesa pode aparecer.

InuYasha mostra um sorriso confiante e enquanto isso na outra sala, Loki estava de posse da faca com que InuYasha cortou-lhe o dedo. Aparentemente InuYasha esqueceu-se da faca quando deu um soco em Loki e assim o traficante estava usando o objeto para cortar as cordas que o amarravam á cadeira.

LOKI – Vai. Só mais um pouco.

Loki finalmente consegue se soltar para posteriormente ir até a porta e, através da fresta, ficou observando InuYasha, Shippou, Kagome e Soten olhando o laptop. Por estar desarmado, Loki concluiu que não era boa idéia encarar aquele grupo e por isso fugiu pela porta dos fundos. Já estando do lado de fora, ele para um carro no meio da rua, tira o motorista de forma violenta, roubando seu carro para fugir e enquanto isso dentro da loja, InuYasha e Shippou se manifestaram diante de Kagome e Soten.

SHIPPOU – Ele está mais rápido.

INUYASHA – Ele roubou um carro. Vamos segui-lo.

Os quatro saem da loja e vão direto para um carro alugado por eles. Já dentro do veículo, com InuYasha e Kagome na frente e Shippou e Soten no banco de trás, havia o questionamento do plano enquanto InuYasha deu partida no carro para saírem.

KAGOME – Acham que isso vai dar certo?

SHIPPOU – Vai sim, Kagome. (ele olha para a tela do laptop onde mostrava um sinal em movimento) – Loki nem imagina que quando ficou desacordado, coloquei um rastreador nele.

SOTEN – Mas vocês não disseram que Natsume e Zuza estão no Japão? Loki não vai nos levar até eles.

INUYASHA – Mas ele vai nos levar até á outros membros que certamente serão mais persuasíveis ao meu interrogatório.

SHIPPOU – Procure não ficar muito perto. Loki tem que se sentir seguro.

Depois de ouvir isso, InuYasha dobrou uma esquina e enquanto isso Loki, usando o celular do dono do carro o qual roubou, falava com o inspetor Yan sobre o que tinha acontecido com ele.

YAN – Tem certeza de que não está sendo seguido?

LOKI – Tenho. Estou dando voltas e fazendo caminhos alternativos, mas estou em um veículo roubado. Preciso me livrar dele logo.

YAN – Ser capturado por InuYasha e os outros. Isso não podia ter acontecido.

LOKI – Eu precisava pegar alguns documentos na loja. Nunca pensei que o fedelho do Shippou fosse aparecer por lá.

YAN – Mas você não contou nada á InuYasha?

LOKI – Claro que não! Acha que não sei o que acontece comigo se eu dedurar alguém dessa organização? (ele suava muito) – Precisa me ajudar a me esconder.

YAN – Eu tenho que falar com Elisa, primeiro.

LOKI – Então faça isso logo.

Loki continuou a acelerar o carro que guiava ainda sem perceber o rastreador que Shippou deixou nele e enquanto isso no Japão, depois de participar de um comício, Ryukosei, junto com a esposa, estava dentro do carro oficial, retornando á prefeitura. Elisa percebeu o abatimento do marido.

ELISA – Ainda está pensando na queda nas pesquisas?

RYUKOSEI – Não é isso. Eu recebi um telefonema de Rakusho. Ele confirmou que o corpo carbonizado que foi encontrado na semana passada era de Yura.

ELISA – Quer dizer que ela está morta. Isso não é bom?

RYUKOSEI – Seria bom se soubéssemos do paradeiro de Gatenmaru. Isso está muito nebuloso. Não gosto disso. Gatenmaru pode estar trabalhando para outra organização.

ELISA – Acho que está muito paranóico.

RYUKOSEI – Mas tenho que estar. Nada pode atrapalhar minha reeleição.

O carro estaciona em frente á um prédio, mas somente Elisa desce do veículo.

RYUKOSEI – O motorista poderia levá-la onde quiser, mas tenho que tratar desse assunto com Rakusho.

ELISA – Tudo bem. Pode ir. (de repente o celular dela toca e ela olha o numero no visor)

RYUKOSEI – Quem é?

ELISA – É o numero da cabeleireira. Acho que quer remarcar uma sessão.

RYUKOSEI – Isso é coisa de mulher. (ele coloca a cabeça para fora) - Eu já vou indo. (dá um beijo nela) – A gente se vê depois.

Ryukosei ordena que o motorista o leve até á prefeitura e ao ver que o carro, onde estava o marido, se afastava, Elisa atendeu seu celular, pois não era a cabeleireira e sim Yan, da China.

ELISA – Fale Yan.

YAN – Acho que temos um problema.

ELISA – Explique.

YAN – Loki foi capturado por InuYasha quando retornou á loja.

ELISA – Mas que droga, Yan! Isso não podia ter acontecido. Pensei que tinha cuidado de tudo.

YAN – Eu sinto muito. Não pensei que eles encontrariam a loja, tão rápido. Quanto á Loki, não se preocupe. Ele conseguiu escapar de InuYasha.

ELISA – Sério?

YAN – Sim. É por isso que estou te ligando. Loki precisa sair do país imediatamente. De preferência um país na America do Sul. Talvez o Brasil.

ELISA – Pode deixar. Ele está indo ao seu encontro?

YAN – Sim.

ELISA – É muito arriscado ele se encontrar com você na delegacia. Então faça o seguinte. Saia daí e vá até á Avenida Cheng. Chegando lá, encontrará um carro que meus homens deixaram lá. Dentro dele, vocês encontraram documentos e dinheiro para que ambos saiam do país.

YAN – Acha mesmo necessário?

ELISA – Muitos erros já foram cometidos. Melhor não arriscar. Vou ligar imediatamente para outros contatos meus.

YAN – Quanto tempo?

ELISA – Dez minutos.

Yan, que estava em uma sala isolada na delegacia, desliga seu celular depois de falar com Elisa para em seguida ir até á Avenida Cheng.

QUINZE MINUTOS DEPOIS

Ainda sem perceber que estava sendo seguido, Loki chega á Avenida Cheng, estaciona o carro roubado e vai á direção de um carro estacionado do outro lado da rua, entrando nele. Yan já estava dentro do carro.

YAN – Dois minutos atrasado.

LOKI – Não enche. Foi o transito. Cadê os documentos?

YAN – Aqui. (ele exibe um envelope)

LOKI – Ótimo.

Loki pega o envelope para tirar os documentos e dólares que tinham dentro dele, mas o que eles não sabiam era que estavam sendo observados por InuYasha, através de um binóculo.

INUYASHA – Mas que miserável.

KAGOME – O que foi, InuYasha?

INUYASHA – Loki está mancomunado com aquele inspetor. Não acredito que a influência da conspiração chegou até a polícia da China.

SHIPPOU – O que faremos?

INUYASHA – Segui-los.

Segui-los para que eles levassem aos outros comparsas era um excelente plano, mas o que InuYasha e Cia. não contavam era que, de repente, o carro, onde Yan e Loki estavam, explode fazendo com que o quarteto saísse de dentro do carro que estavam para irem até o carro destruído.

KAGOME – Melhor não se aproximar muito.

SOTEN – Eles se mataram.

INUYASHA – Não pode ser. Agora que estávamos tão perto.

SHIPPOU – Tem algo estranho, InuYasha. Não sei quanto á esse inspetor, mas Loki não tem o perfil de um suicida.

InuYasha se aproximou um pouco do carro em chamas para se certificar que não era nenhum truque para uma fuga e teve essa confirmação ao ver os corpos carbonizados de Loki e Yan o que deixava tudo mais misterioso e de repente o celular de InuYasha começa a tocar. Ele olha no visor, mas o numero não aparece e assim ele atende.

INUYASHA – Alô.

ELISA – Oi InuYasha. Sabia que era mais esperto que Loki, mas você não é mais esperto do que eu. Nunca chegará perto de mim.

INUYASHA – Natsume?! É você?

ELISA – Não! Não! Não sou Natsume. Sou uma aliada dela. Estou só te ligando para que desista de procurar Takeshi.

INUYASHA – Vocês o mataram?

ELISA – Não! Precisamos dele muito vivo para um objetivo.

INUYASHA – Que objetivo é esse? Ele tem haver com quererem Kagome morta? Fale sua desgraçada.

ELISA – Eu acho que até falei demais. Só liguei para dizer que a viagem de vocês á China foi uma perda de tempo. Melhor voltarem o quanto antes ou se esqueceu que sua esposa tem compromissos políticos.

INUYASHA – O que querem com minha esposa?

ELISA – Saberá no tempo devido. Ah sim! Como deve ter visto, o numero do celular que estou ligando não aparece o numero, portanto sua chamada não pode ser rastreada.

INUYASHA – Quem é você? Revele-se, sua piranha dos infernos.

Elisa desliga e como InuYasha nunca falou com Elisa, não podia reconhecer sua voz, o que o deixava desesperado por temer pela vida da esposa.

INUYASHA – Droga! Eles, de alguma forma, sabiam que estávamos seguindo Loki.

SHIPPOU – Eu vou ligar para a polícia chinesa.

Shippou usa seu celular enquanto InuYasha olhava, desolado, o carro em chamas. Ele era amparado pela esposa, que por incrível que pareça, apesar de ser o alvo, parecia a mais tranqüila de todos e enquanto isso em seu esconderijo, Natsume era informada por Elisa sobre as mortes de Loki e Yan.

NATSUME – Foi uma medida bem drástica, não?

ELISA – Eu apenas segui o protocolo de segurança.

NATSUME – Eu não discuto isso. Só queria ser informada antes. Loki era um dos meus homens, mas esquece isso. O que está feito está feito, mas não acho que seja só por isso que está me ligando.

ELISA – Eu estou indo me encontrar com Momiji. Ela quer falar do pai. Preciso de uma informação nova sobre Takeshi para que ela continue do nosso lado.

NATSUME – Eu tenho uma idéia. Pode deixar comigo.

ELISA – Ótimo.

NATSUME – Ah sim Elisa! Precisamos ficar vigilantes com essa moça. Continue manipulando-a.

ELISA – Pode deixar.

Natsume, que percorria, ao lado de Zuza, um dos corredores do esconderijo, desliga seu celular e segue em frente até chegar á cela onde ficava o prisioneiro misterioso.

ZUZA – Finalmente vou conhecer o prisioneiro misterioso.

NATSUME – Estou fazendo isso porque você deixou de ser rebelde e está mais lúcido.

ZUZA – Eu entendi a demora de matar Kagome. Não vou pressioná-la mais.

NATSUME – Ótimo.

Zuza estava se fazendo de bonzinho por conselho de Gatenmaru. O ex. parceiro de Sango tinha intenções de fugir dali com a ajuda de Zuza e em troca mataria Kagome como recompensa. Natsume e Zuza chegam á porta da cela e quando abrem dão de cara com Takeshi de costas na posição de lótus.

NATSUME – Zuza! Eu quero que conheça Takeshi, o homem que tem o segredo que pode destruir Ryukosei.

ZUZA – O nome dele é Takeshi. Bom.

Zuza sorriu ao observar Natsume conduzindo Takeshi para fora da cela, com aquela revelação e agora só restava ajudar Gatenmaru á fugir do esconderijo

MAIS TARDE

Já de volta ao templo do Mestre Zhi, Soten estava relevando, para os outros alunos, que era uma garota, causando uma enorme surpresa enquanto InuYasha e os outros contavam ao Mestre Zhi o que tinha acontecido.

ZHI – A polícia não achou nada no apartamento desse Yan?

INUYASHA – Nada! Tudo estava vazio. Chegamos tarde.

KAGOME – O delegado disse que ira enviar toda a documentação de Yan para o departamento de polícia de Tóquio, Segurança Interna e Agência Imperial. (ela olha para o marido) – Acha mesmo que não era Natsume que falou com você?

INUYASHA – Tenho si. Não tinha porque esconder. Disse que chamada não podia ser rastreada. (ele olha para Shippou) – Mesmo assim quero que tente rastrear.

SHIPPOU – Sim.

ZHI – Eu sinto não poder ajudar mais.

INUYASHA – Não se preocupe, mestre. A lista que o senhor nos deu já é uma ajuda.

ZHI – Vocês estão enfrentando um inimigo muito poderoso. Tomem cuidado.

INUYASHA – A gente sabe se cuidar.

Nesse momento Soten, depois de falar com os outros alunos, se juntou ao demais na conversa.

ZHI – Contou á eles?

SOTEN – Sim, mas será que foi uma boa idéia? Eles podem perder o respeito pelo senhor e...

ZHI – Foi sim. Não se preocupe com isso. As pessoas podem surpreender positivamente.

SOTEN – Sim, mestre.

ZHI – Bem. (ele olha para InuYasha e os outros) – Vocês vão voltar ao Japão amanhã?

INUYASHA – Sim, mestre. Kagome não pode se ausentar muito por causa das prévias do partido.

KAGOME – Política. (sorrindo)

ZHI – Se esse templo não lhe parecer muito humilde, gostaria que passassem a noite aqui.

KAGOME – Adoraria. Ainda mais que pode me contar coisas que o InuYasha fez aqui. (se levantando)

INUYASHA – Então é para isso que quer ficar?

SHIPPOU – Eu também gostei dessa idéia. (se levantando também)

INUYASHA – Então isso é um complô, não é? Vocês vão ver.

InuYasha se levanta para ir atrás da esposa e do filho em uma espécie de brincadeira que era observada com bom humor por Soten e Mestre Zhi.

ZHI – Você tem muita sorte de ter amigos como eles, Soten.

SOTEN – Mas eles estão errados quando dizem que encontrarei uma família. (ela olha para o mestre) – Eu já tenho uma família. O senhor.

ZHI – Obrigado, minha pequena. Isso significa muito para mim.

Soten deu um beijo no rosto de seu mestre e depois foi se juntar á ‘brincadeira’ de InuYasha, Kagome e Shippou sem imaginar que grandes surpresas a reservavam em sua volta ao Japão.

 

Próximo capítulo = A identidade da arma X – parte 1


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