Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 32
Revelações - parte 3




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Sem saber das decisões da esposa, InuYasha estava no Hospital Memorial conversando com o médico responsável por seu tratamento na sala dele, onde também estava Shiori, que observava a conversa.

MÉDICO – Deveria ficar na cadeira de rodas, por precaução.

INUYASHA – Eu estou bem, doutor. (ele olha para Shiori) – Fale para ele, Shiori.

SHIORI – É verdade, doutor! InuYasha está muito bem.

INUYASHA – Viu?

SHIORI – Mas o doutor está certo, InuYasha. (ela se aproxima dele) – Os médicos precisam ter absoluta certeza de sua recuperação ou vai querer correr o risco de ter uma recaída?

INUYASHA – Ok! OK! Convenceu-me! Eu fico na cadeira de rodas durante essa semana, mas tenho certeza que estou bem.

MÉDICO – Obrigado pela ajuda, senhorita! Agora vejo que fiz certo em chamá-la. (ele volta a olhar para InuYasha) – Acho que vai ficar em boas mãos, senhor InuYasha.

INUYASHA – Acho que sim.

InuYasha volta a se sentar em sua cadeira de rodas e junto com Shiori, sai da sala do médico, que foi ver outros pacientes, para irem até a recepção do hospital, durante o trajeto, eles conversam.

SHIORI – InuYasha.

INUYASHA – Sim?

SHIORI – O que acha que vai acontecer com a relação de Kagome com a família dela?

INUYASHA – Eu não! Kagome é a melhor pessoa que já conheci, mas mesmo assim não sei se ela seria capaz de perdoar uma coisa dessas.

SHIORI – Não é fácil mesmo.

INUYASHA – Mas e você?!

SHIORI – Eu sou outra coisa! Meus problemas são bem menores do que os de Kagome.

Naquele momento o celular de InuYasha começa a tocar, era Kagome que naquele momento estava em um taxi, rumo á sede do partido trabalhista.

INUYASHA – Alô Kagome! Como foi com seu irmão? Conseguiu algo?

KAGOME – Sim! Você se lembra do soldado que matou Bankotsu e Jakotsu?

INUYASHA – Claro que sim! Ele era um soldado do exercito japonês, mas o que tem ele?

KAGOME – Ele não é do exercito japonês! Na verdade nem japonês ele era e sim americano como o Zuza.

INUYASHA – Quem é esse americano?

KAGOME – O nome dele é John! Ele é um mercenário que foi expulso da CIA á alguns anos e você nem imagina porque ele foi expulso.

INUYASHA – Então fale.

KAGOME – Ele era agente encarregado da investigação sobre o manicômio onde Urasue trabalhava, mas a CIA descobriu que ele ajudou Urasue a escapar.

INUYASHA – Está falando do mesmo manicômio onde Zuza era paciente.

KAGOME – Exato, portanto eles se conheceram! Ou seja, John é a ligação entre Zuza e Ryukosei.

INUYASHA – Olha Kagome! Se eu fosse você não denunciaria, pois não existe ligação direta entre Zuza e Ryukosei.

KAGOME – Eu sei disso e é por isso que não vou denunciar nada, mas eu tenho outros planos com a informação que consegui.

INUYASHA – Que planos são esses?

KAGOME – Depois eu te falo! Agora me fale como está! Vai poder voltar paras casa?

INUYASHA – Infelizmente não! Pelo menos nos primeiros três dias se tudo ocorrer bem.

KAGOME – Então é melhor ligar para o Shippou a fim de avisá-lo, pois acho que vou demorar muito.

INUYASHA – Claro e... Ah sim! Não se importas mesmo de Shiori acompanhar meus exames?

KAGOME – Me importar, eu me importo, mas antes de tudo, confio em você.

INUYASHA – Obrigado pelo voto de confiança, meu amor.

KAGOME – Até porque, caso saiam da linha, posso usar os meus infinitos contatos como vereadora para matar os dois. (sorrindo)

INUYASHA – Poxa! Isso é uma ameaça? (sorrindo também)

KAGOME – Pode acreditar que sim. (o taxi estaciona) – Eu já cheguei! Tenho que desligar, amor! Te amo.

INUYASHA – Eu também te amo! Cuide-se.

Depois de falar com o marido, Kagome desliga seu celular, paga ao taxista e sai do taxi para ir ao prédio onde era a sede municipal do partido trabalhista e logo na entrada se encontra com Tanuki.

TANUKI – Finalmente, hein?

KAGOME – Antes tarde do que nunca. (os dois entram no prédio) – Todos os vereadores ainda estão aqui?

TANUKI – Sim! Estão reunidos em uma sala com Gakusajin.

KAGOME – Poxa! Ele não perde tempo mesmo. (ela olha ao redor) – Tanuki.

TANUKI – Sim?

KAGOME – Eu quero que tente tira os quatro vereadores aliados e os leve até á uma sala isolada, pois eu tenho uma proposta a eles.

TANUKI – Eu vou tentar, mas o que pensa em fazer? Isso tem haver com sua reunião com Ryukosei?

KAGOME – Você saberá. (ela avista Botan) – Tenho outras coisas para fazer.

Tanuki percebeu que Kagome olhava para Botan e mesmo não entendendo suas intenções, ele foi fazer, ou pelo menos tentar, o que ela pediu, nisso Kagome se aproximou de Botan, que acabava de falar com alguém pelo celular.

KAGOME – Oi Botan.

BOTAN – Olha só! Quem é viva sempre aparece. (ela guarda o celular) – Que bom que se recuperou, saiba que gosto muito de você apesar de ser uma adversária momentânea, mas confio que se juntará na missão de reconduzirmos Gakusajin de volta á prefeitura. (sorrindo)

KAGOME – Caso ele seja escolhido, não tenha dúvidas que farei isso, mas ainda haverá as prévias. (ela respira fundo) – Mas eu não quero falar das prévias e sim de outra coisa.

BOTAN – O que seria?

KAGOME – Sua irmã.

BOTAN – Momiji?! O que quer saber dela?

KAGOME – É quem algo nela que me chama a atenção. (ela olha ao redor) – Podemos conversar em um lugar mais isolado?

Botan consentiu com a cabeça começando a andar fazendo Kagome a seguir. A jovem assessora de Gakusajin estava curiosa com o súbito interesse de Kagome pela irmã e por isso, depois que entraram na sala, Botan fechou a porta e foi direta.

BOTAN – O que quer saber da minha irmã?

KAGOME – Saber as motivações dela.

BOTAN – Motivações?! Do que está falando?

KAGOME – Eu sei que estarei me arriscando muito, mas terei que ser sincera com você. (ela respira fundo) – Acho que já sabe um pouco da conspiração que eu, meu marido e meus amigos enfrentamos, não é?

BOTAN – Claro que sim! Eu sou uma pessoa ligada ao partido e a conspiração de que falou levou á morte um dos mais valorosos quadros políticos nossos, Miroku.

KAGOME – Sim, mas você sabe apenas uma pequena parte da verdade, assim como a grande maioria do publico.

BOTAN – Mesmo?! E qual é a grande verdade? E o que minha irmã tem com isso.

KAGOME – Melhor se sentar, pois a conversa será longa.

Botan puxa uma cadeira e se senta nela. Kagome, baseada nas palavras de Sesshoumaru, queria saber o grau de envolvimento de Momiji com a morte misteriosa de Jinenji, por isso queria saber suas motivações a fim entendê-la e tentar entender sobre tudo a plenitude daquela conspiração que afetavam tantas pessoas em sua volta e enquanto isso em Yokohama, mais precisamente na casa de Yuka, a anfitriã recebia a visita de Ayumi, mas não era uma simples visita, pois Yuka tinha ficado com Okko e Yuri, filhos de Ayumi até que esta conseguisse regularizar as matriculas deles em escolas de Tóquio.

AYUMI – Espero que eles não tenham te dado muito trabalho. (ela segura a mão da amiga) – Nem sei como agradecer.

YUKA – Trabalho nenhum. (olhando as crianças brincando com Houjo) – E quanto á agradecer, já fez isso trazendo o Houjo. (sorrindo maliciosamente)

AYUMI – Eu sabia que ia gostar e foi por isso que pedi a ele para me dar uma carona até aqui e gentil como sempre, Houjo não recusou.

YUKA – É isso aí.

AYUMI – Você já está melhor dos ferimentos! Até parece que quase não morreu em uma explosão.

YUKA – Nem me lembra disso, mas ainda bem que tanto eu como Kagome sobrevivemos, mas cá estou eu! Pronta para amar de novo e viver um novo amor... Ou será velho amor? (falando do seu antigo amor por Houjo)

AYUMI – Você não tem jeito mesmo! É uma romântica incorrigível. (ela sorri e se lembra de algo) – Por falar em romance, por falar em novo amor, sabia que a Eri está ficando interessada em um daqueles conhecidos de Kagome? Um tal de Onigumo.

YUKA – Acho que esse eu não cheguei a conhecer, mas o que tem isso? Se a Eri gosta dele é bom e ele ainda sendo amigo de Kagome, é melhor ainda e...

Yuka para de falar, pois percebe a súbita presença de Houjo diante delas. Ele trouxe Okko e Yuri consigo e elas imediatamente se juntaram á Ayumi e assim feito, Houjo se dirigiu á Yuka, pois ele tinha ouvido a parte final da conversa sobre o interesse romântico de Eri por Onigumo.

HOUJO – Yuka! Ayumi deve estar preocupada com a segurança de Eri por causa do passado criminoso de Onigumo. (ele se senta se juntando á elas) – Mas acho que não deveria se preocupar com Eri, pois se Kagome disse que Onigumo é um homem mudado, eu acredito nela.

AYUMI – Você confia muito em Kagome, não é Houjo?

HOUJO – Muito! Eu soube que ela recebeu alta do hospital e por isso vou visitá-la.

AYUMI – Mas que boa notícia! Quando chegarmos lá irei fazer uma visita também.

HOUJO – Ela vai gostar. (ele olha para Yuka) – Você poderia vir com a gente, Yuka! Que tal?

Yuka consentiu com a cabeça. Se por um lado, ela ficou um pouco triste em perceber que Houjo ainda tinha interesse em Kagome, por outro ficou feliz em saber da melhora da amiga e enquanto isso percorrendo um corredor de uma espécie de base militar, que era seu esconderijo, Natsume conversava com Kageroumaru, que trazia uma maleta com ele.

NATSUME – Conseguiu descobrir como as informações estão sendo vazadas?

KAGEROUMARU – Ainda não. (ele olha para uma sala fechada) – E o prisioneiro?

NATSUME – Ele está isolado! Não tem como ser ele, assim como a arma X.

KAGEROUMARU – Então nós devemos filtrar nossas informações o máximo que pudermos

NATSUME – É bom mesmo! A parte principal da nossa missão não permite erros. (eles param diante de uma porta) – Agora vamos á Gatenmaru.

KAGEROUMARU – Eu ainda não acho uma boa idéia deixá-lo sair.

NATSUME – Eu também acho. (ela olha para ele) – É por isso que vai usar isso nele.

Natsume sorria enquanto apontava para a maleta que Kageroumaru levava e assim ambos, finalmente, entram na sala onde estavam Gatenmaru e Yura, ambos bem vestidos.

NATSUME – Vejo que estão prontos.

GATENMARU – Estamos sim.

NATSUME – Me explica uma coisa, Gatenmaru! Por que quer levar Yura consigo?

GATENMARU – Ela pode me dar apoio logístico.

YURA – Não sei porque permitem isso! Não vêem que ele vai me matar na primeira oportunidade que tiver.

NATSUME – Desde que ele nos traga a prova do crime de Ryukosei, pode fazer o que quiser com você.

Depois de dizer isso, Natsume olha para Kageroumaru, que abre sua maleta que continha em seu interior um par de braceletes colocando-os em Yura e Gatenmaru, um em cada.

GATENMARU – O que é isso?

KAGEROUMARU – São rastreadores! Assim ficaremos sabendo onde vocês estão.

NATSUME – Ah sim! E nem pense em tentar tirá-los, pois em cada bracelete este embutido um pequeno explosivo que será acionado caso tentem tirá-los sem a senha correta.

KAGEROUMARU – E caso saiam da rota para avisar alguém sobre o que está acontecendo, podemos acionar o dispositivo daqui.

GATENMARU – Não confiam em mim mesmo, hein?

NATSUME – Chega de papo furado! Agora vão! Tem um carro esperando vocês.

Gatenmaru e Yura se entreolham para em seguida saírem da sala e enquanto isso na sede do partido trabalhista, Tanuki, depois de finalmente conseguiu tirar os quatro vereadores aliados de Kagome da reunião com Gakusajin e levá-los para uma sala reservada, estava atrás de Kagome, procurando de sala em sala até entrar na sala em que ela estava conversando com Botan. Ambas sentadas.

TANUKI – Finalmente eu te achei.

KAGOME – Eu já vou, Tanuki! (depois ela volta a dar atenção para Botan) – Obrigado pelo que me disse, Botan, foi muito esclarecedor.

BOTAN – Claro.

Botan se levanta da cadeira, passa por Tanuki para sair da sala deixando-os sozinhos. Tanuki estava intrigado e Kagome percebeu isso.

KAGOME – No que está pensando?

TANUKI – Eu queria saber o que tanto falou com Botan.

KAGOME – Coisa que me ajudaram a esclarecer certas coisas de certo alguém. (ela se levanta) – Em particular da irmã dela.

TANUKI – Ta, mas cuidado com a Botan! (eles saem da sala) - Ela sabe ser persuasiva quando quer.

KAGOME – Mesmo?! Eu acho que ela tem uma ‘queda’ por você.

TANUKI – O que?! (ele fica meio corado e até para de andar) - A Botan?! A Botan me odeia! Principalmente depois de tê-la convencido a concorrer contra o chefe dela. (ela para de andar ao perceber que ele parou)

KAGOME – Ok! Você é quem sabe, mas uma mulher percebe essas coisas. (ela sorri)

TANUKI – Isso não é hora de bobagens! (eles voltam a andar) - Já fiz o que me pediu.

KAGOME – Ah sim! Onde os levou?

TANUKI – Para a sala três! Eles acham que você anunciará que irá desistir e se vissem você reunida com Botan, essa tese seria reforçada.

KAGOME – Se eles acham isso, estão redondamente enganados, pois eu tenho um trunfo poderoso que poderá alavancar minha candidatura.

Eles chegam á sala três onde estavam os quatro vereadores que apoiavam o nome de Kagome para ser a candidata do partido na disputa contra Ryukosei. Ao entrar na sala, junto com seu assessor, Kagome pede que Tanuki feche a porta e em seguida se dirigiu aos colegas.

KAGOME – Eu fiquei sabendo por intermédio do meu assessor que você acham que irei desistir das prévias.

VEREADOR 1 – É o que me pareceu, pois não tem se dedicado á campanha.

VEREADOR 2 – Sabemos das dificuldades que você está enfrentando em relação á tentativa de assassinato, mas ás vezes dá a impressão que está com medo e...

KAGOME – Não estou com medo de nada e para provar isso não o farei apenas com palavras e sim com ação.

VEREADOR 3 – O que tem em mente, Kagome?

KAGOME – Daqui á pouco vou participar uma reunião com o prefeito Ryukosei e dependendo do que sair dessa reunião, eu posso alavancar minha candidatura sem custo nenhum, mas eu preciso da garantia de que vocês não vão se bandear para o lado de Gakusajin.

VEREADOR 4 – Fale o que pretende com Ryukosei e aí veremos o que faremos.

Kagome achou justo aquele pedido e por isso começou a explicar seu plano com todos os detalhes e enquanto isso no porão do restaurante de InuYasha, o qual ele tinha transformado em uma mini academia, Shippou estava fazendo um dos muitos exercícios de treinamento imposto por seu pai enquanto era observado por Genku, que parecia meio aborrecido.

GENKU – Por que está treinando tanto?

SHIPPOU – Porque é preciso. (ele para com os treinos ao ver o rosto triste do irmão menor) – O que foi, Genku?

GENKU – É que o papai está fora! A mamãe também e você fica o tempo todo treinando sem me dar atenção.

SHIPPOU – Mas você pode mexer no meu computador se quiser e...

GENKU – Eu não quero mexer no computador! Eu quero brincar com você! Quanto tempo não fazemos isso, mano Shippou?

SHIPPOU – Muito tempo, mas as coisas são assim mesmo. (ele se aproxima do irmão menor) – Olha Genku! Eu acabei de prestar para um vestibular e tenho certeza que passarei e conseqüentemente entrarei para uma faculdade.

GENKU – Por que está me falando isso?

SHIPPOU – Por que depois que isso acontecer, eu terei menos tempo ainda para brincar com você e algum tempo depois certamente vou me mudar daqui.

GENKU – O que?! Mas por que tem que mudar? Não pode ficar morando aqui?

SHIPPOU – Claro que posso, mas isso seria adiar o inevitável. (ele respira fundo) – Eu sairei daqui um dia. (ele olha o local ao redor) – Desde que Kagome e eu nos mudamos para cá, para junto de InuYasha, fomos felizes. (ele volta a olhar para Genku) – Tivemos sim momentos difíceis, mas como somos uma família unida, superamos todos os obstáculos. (ele coloca a mão na cabeça do irmão menor) – Eu fui feliz aqui! O meu passado está aqui, mas meu futuro é em outro lugar.

GENKU – Mas e mamãe e papai?

SHIPPOU – Eles vão ter que entender e...

A conversa deles é interrompida pela voz de Rin, que chamava por Shippou, este deu um grito de que estava no porão e segundos depois Rin e Sara aparecem na porta do porão onde podiam ser avistadas por Shippou e Genku.

SHIPPOU – Kagome não está e...

RIN – Eu sei disso, Shippou! Eu passei no hospital e me encontrei com InuYasha! Ele me disse que Kagome já sabe de tudo.

SHIPPOU – Então você veio falar comigo mesmo?

RIN – Sim! Eu preciso de um favor. (ela olha para Sara e depois volta a olhar para Shippou) – Eu quero que tome conta de Sara por algum tempo.

SHIPPOU – Eu?! Acha que isso é uma boa idéia?

RIN – Quando você tinha treze anos, tomou conta de Genku! Não vejo porque seria uma má idéia.

SHIPPOU – Mas eu tinha a ajuda de Soten! Era ela quem olhava Genku.

GENKU – Eu já ouvi falar nessa Soten! Ah sim! Foi por causa dela que o mano Shippou levou um ‘fora’ da prima Satsuki. (sorrindo)

SHIPPOU – Por que você não esquece essa história, hein?

Rin ri do deboche que Genku fazendo Sara rir também, deixando Shippou meio encabulado com a situação, mas não havia tempo para isso.

RIN – Olha Shippou! Eu tenho uma consulta com a doutora Nodori! É rapidinho! São sós três horas... No máximo três horas e meia! Eu deixaria Sara sob os cuidados de uma babá, mas é que acabei me esquecendo disso e não posso adiar a consulta e...

SHIPPOU – Tudo bem, Rin! Pode deixar que tomo conta dela.

RIN – Obrigada, Shippou! (ela se agacha para olhar nos olhos da filha) – Lembre-se do que combinou com a mamãe! Vai obedecer ao Shippou, você entendeu?

SARA – Entendi sim, mamãe. (sorrindo)

RIN – Essa é minha garotinha. (beijando a testa dela) – Eu já vou. (ela se levanta e olha para Shippou) – Qualquer coisa, sabe o numero do meu celular, não é? (os dois caminham até a porta do porão)

SHIPPOU – Sei sim, Rin! Pode ir tranqüila.

RIN – Ta! (ela olha para a filha e manda um beijo de longe) – Daqui á pouco mamãe está de volta.

Rin vai embora e assim Shippou volta para junto de Genku e Sara, dando mais atenção á menina.

SHIPPOU – E aí, Sara? Quer tomar algum suco?

SARA – Quero sim.

GENKU – Para ela você dá atenção, mas para mim não.

SHIPPOU – Não seja melodramático, Genku! Eu vou levar sua namorada para tomar um suco. (ele se afasta dele na Cia de Sara) – Fique aí se quiser.

GENKU – Eu já disse mais de mil vezes que Sara não é minha namorada. (ele vai atrás deles) – Ela só tem três anos.

SHIPPOU – Agora pode ser uma diferença grande, mas quando crescerem não mais será.

GENKU – Até parece que quero namorar essa menina chata.

Genku ficou irritado com aquela insinuação, mas isso não acabava por aí, pois diante daquele xingamento, Sara falou algo para Shippou enquanto caminhavam para fora do porão.

SARA – Genku gosta da Tamira.

SHIPPOU – Sério?! (ele olha para Genku que estava atrás deles) – Mas isso é muito interessante.

GENKU – É mentira dessa menina chata!

SARA – A Tamira me contou que eles já se beijaram.

Aquela frase dita por Sara fez com que Genku ficasse todo vermelho e diante daquela situação, Shippou não podia deixar de mexer com o irmão menor.

SHIPPOU – Ora Genku! A Tamira tem quatro anos. (rindo)

GENKU – Foi um beijo no rosto! Só isso.

SHIPPOU – Pode ser, mas agora sei de quem você gosta.

Shippou ria sem para o que deixava Genku mais vermelho, pois Sara tinha revelado um segredo dele e enquanto isso, depois de deixar a filha sob os cuidados de Shippou, Rin usou seu celular para ligar para o celular de Sesshoumaru, que naquele momento estava na redação do jornal Diário da manhã, escrevendo sua coluna.

SESSHOUMARU – Alô.

RIN – Sou eu, Sesshy.

SESSHOUMARU – Oi. (ele para de escrevera coluna) – O que foi?

RIN – Não é nada de mais! Estou te ligando para informar que deixei Sara sob os cuidados de Shippou, pois estou indo ao consultório da doutora Nodori.

SESSHOUMARU – Mas isso eu não entendo! Você esteve na casa de Sango hoje mais cedo onde deixou Tamira com a babá dela, porque não deixou Sara lá também? A gente dava um dinheiro extra e...

RIN – Eu não fiz isso porque quero que Satsuki venha aqui depois buscar Sara.

SESSHOUMARU – Estou entendendo! Você quer que Satsuki e Shippou façam as pazes?

RIN – Isso mesmo! Tenho certeza que aqueles dois se amam e precisam de um tempo juntos e...

SESSHOUMARU – Você por acaso já pediu isso á Satsuki?

RIN – Ainda não, mas vou fazê-lo agora mesmo.

SESSHOUMARU – Então esquece isso! Satsuki não vai querer falar com Shippou, mas se não acredita em mim, pode ligar para ela e confirmar.

RIN – Mas por que tem tanta certeza disso?

SESSHOUMARU – Isso é uma longa história.

RIN – Mas e agora? Pois acho que vou demorar mais do que disse á Shippou e...

SESSHOUMARU – Tudo bem! Eu passo por lá e pego Sara! Posso ficar com ela por algum tempo.

RIN – Obrigada.

SESSHOUMARU – Mas me diga uma coisa, Rin! Você está tão preocupada com a reconciliação de Satsuki com Shippou, mas e quanto á nossa?

RIN – A nossa é outra história, Sesshoumaru! Você sabe muito bem disso. (ela respira fundo) – Eu preciso de tempo e você disse que ia respeitar isso.

SESSHOUMARU – E vou, mas é que não somos crianças, Rin.

RIN – Adeus.

Rin desliga o celular ‘na cara’ de Sesshoumaru, que não tinha muito que fazer á respeito a não ser aceitar a irritação da esposa e quando ia voltar a escrever sua coluna, notou a entrada de Momiji na redação, ela parecia irritada ao se sentar á sua mesa.

SESSHOUMARU – Aconteceu alguma coisa?

MOMIJI – Não é da sua conta.

SESSHOUMARU – Então ta!

Ao que parecia Momiji também estava irritada com Sesshoumaru por toda a armação que fez e por isso ele voltou a escrever sua coluna, mas foi interrompido, pois Momiji, bem em sua frente, decidiu se manifestar.

MOMIJI – Sabia que encontrei com sua esposa no hospital?

SESSHOUMARU – Não, mas e daí? É isso que a deixou irritada? Pensei que fosse o fato de não conseguir uma entrevista com Kagome. (ele sorri) – O que houve entre você e Rin?

MOMIJI – Não vou contar. (ela se afasta)

SESSHOUMARU – Conhecendo Rin, aposto que ela reafirmou para você que eu a amo. (ele volta a escrever) – E é verdade! Eu amo minha esposa e vou lutar para salvar nosso casamento.

Momiji fica se remoendo por dentro diante daquelas palavras do colega e embora estivesse com raiva, ainda sim estava apaixonada pelo colega e enquanto isso       em uma praça no centro da cidade, Eri estava toda arrumada esperando por Onigumo, que tinha prometido á ela que faria um tour pela cidade.

ERI – Poxa! Ele está atrasado. (olhando para o relógio de pulso) – Será que ele desistiu?

Eri ficava andando de um lado para o outro até que percebe Onigumo vindo á sua direção.

ERI – Está atrasado. (com as mãos na cintura)

ONIGUMO – Desculpe-me, mas tive uma reunião mais longa do que eu previa. (ele sorri) – Está pronta para ver o quanto a cidade de Tóquio mudou?

ERI – Prontíssima.

ONIGUMO – Então vamos.

Eles começaram a andar, pois como o local de encontro não permitia estacionar, Onigumo teve que deixar seu carro em um estacionamento um pouco mais distante. Eles conversavam durante o trajeto.

ERI – Para onde você vai me levar?

ONIGUMO – Vamos começar pela bela Torre de Tóquio. (ele olha para ela) - Acho que já esteve lá, não é?

ERI – Para falar a verdade, não, mas dizem que é muito linda.

ONIGUMO – É sim.

ERI – E também dizem que é um lugar romântico. (ela fica meio corada) – Eu sei disso porque Kagome me disse que esse foi o primeiro lugar o qual Kouga a trouxe quando fugiram de Urawa.

ONIGUMO – Eu soube dessa história. (ele sorri) – Eu me lembro que pedi a mão de Kikyou nesse lugar.

De repente Onigumo fica com um olhar triste por ter se lembrado de Kikyou e percebendo isso, Eri queria mudar de assunto.

ERI – Sabe de uma coisa? A Ayumi me aconselhou a não sair com você por causa do seu passado.

ONIGUMO – A sua amiga é esperta, pois se eu tivesse no lugar dela também daria o mesmo conselho.

ERI – Mas você já pagou pelos seus erros, não?

ONIGUMO – Sim, mas o passado é sempre passado. (ele olha para ela) – Perdão não é amnésia. (ele volta a olhar paras frente) – Eu vou ter que conviver com isso até o fim da minha vida.

ERI – Mas eu não me importo com seu passado. (ela sorri para ele) – Posso ver que hoje é uma boa pessoa.

Diante daquelas palavras tão gentis, Onigumo abre um sorriso e eles continuaram tranquilamente, caminhando para o estacionamento. Eri estava se sentindo mais á vontade e tinha o pressentimento que aquele dia seria agradável e de repente, naquele momento, para sua surpresa, Onigumo a encosta contra a parede e a beija.

 

Próximo capítulo = Revelações – parte 4


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