Noite sem Fim escrita por TreinadorX
No dia seguinte aos acontecimentos dos capítulos anteriores, Kagome permanecia em estado de coma em um leito de hospital de Yokohama, devido á isso InuYasha ficou na cidade e permaneceu o tempo todo ao lado da esposa e naquele momento a senhora Higurashi e Souta entram no quarto.
HIGURASHI – Alguma melhora?
INUYASHA – Nada! Ela continua na mesma.
HIGURASHI – Tenho fé que ela vai se recuperar. (colocando a mão no ombro dele)
INUYASHA – Eu também, senhora.
A senhora Higurashi acaricia o rosto da filha e InuYasha por sua vez segurava a mão da esposa e Souta percebe a ausência de alguém.
SOUTA – Onde está Shippou?
INUYASHA – Ele teve que voltar para Tóquio com Genku! Um hospital não é um bom ambiente para uma criança e sem falar que ele tinha um assunto importante.
SOUTA – Mas importante do que ficar com a mãe nessa hora?
INUYASHA – Sim. (ele lança um olhar desafiador contra o cunhado) – Com licença.
InuYasha liga sua cadeira de rodas motorizada e sai do quarto de hospital enquanto ficava olhando para o celular como se esperasse uma chamada, deixando mãe e filho a sós com Kagome.
SOUTA – Viu como ele me olhou?
HIGURASHI – Ora Souta! A esposa dele está entre a vida e a morte! É natural que ele esteja nervoso, não acha?
SOUTA – Tem razão, mas eu fico me perguntando o que pode ser tão importante Shippou fazer em Tóquio que não pudesse esperar Kagome se recuperar.
HIGURASHI – Talvez os estudos! Ou se esqueceu que o vestibular é amanhã.
SOUTA – É! Deve ser isso mesmo.
Souta acabou concordando com a argumentação de sua mãe, mas na verdade não era isso a coisa importante que Shippou estava fazendo, pois naquele momento ele estava em casa fazendo, com o auxílio de um amigo de Sango, o retrato falado do homem que armou a bomba, Sango e Sesshoumaru observavam mais á distância àquela cena enquanto conversavam sobre os documentos da pasta.
SANGO – Ainda acho um erro não contar isso para a polícia.
SESSHOUMARU – Isso já está decidido, Sango!
SANGO – Está falando isso porque tem a esperança de contar com a colaboração dessa Momiji, tentando o tempo todo ganhar a confiança dela na esperança de que uma hora ela te conte quem é a fonte dela! Só queria saber o que Rin pensa disso.
SESSHOUMARU – O que está insinuando?
SANGO – Sabe muito bem do que estou falando, Sesshoumaru! Você está se metendo em um jogo perigoso com essa Momiji! Você pode magoar a Rin e sem falar que esse plano pode não dar certo.
SESSHOUMARU – Acha mesmo? Deu certo com você.
Sango lançou um olhar malvado para Sesshoumaru, pois ele a relembrou da ocasião em que, anos atrás, o jornalista a seduziu para conseguir uma informação de dentro da polícia, uma história que a ex. detetive queria esquecer.
SANGO – Você tinha que se lembrar disso, não é?
SESSHOUMARU – Desculpe-me por tocar nesse assunto.
SANGO – Toda vez que me lembro dessa história, sinto vontade de vomitar.
Percebendo que tinha chateado a ex. detetive, Sesshoumaru resolveu mudar de assunto para melhorar o ambiente.
SESSHOUMARU – Esse seu amigo, que está com Shippou, é bom mesmo?
SANGO – Fei é muito bom.
Sango e Sesshoumaru se aproximaram de Shippou e Fei quando perceberam que o trabalho tinha terminado, o retrato falado estava pronto.
FEI – É esse rosto mesmo?
SHIPPOU – Sim. (ele olha melhor) – É sim! É ele mesmo.
SANGO – Obrigado pela ajuda, Fei! Devo-te uma.
FEI – Me deve muito mais do que uma, mas quem está contando? (sorrindo) – Foi um prazer ajudá-los.
Fei se afasta de todos para ir embora ao mesmo tempo a que Shippou, com o retrato falado em posse, começa a discar seu celular, fato que chama a atenção de Sango.
SANGO – Está ligando para quem?
SHIPPOU – Não estou ligando! (ele começa a filmar com o celular o retrato falado) – InuYasha me pediu que enviasse a imagem do retrato falado assim que estivesse pronto.
Shippou começa a enviar a imagem do retrato falado para o celular de InuYasha, que naquele momento acabara de sair do banheiro, ao perceber que o celular estava recebendo o envio de uma imagem.
INUYASHA – Deve ser do retrato falado que Shippou fez! Finalmente vou ver a cara desse safado que tentou matar a minha Kagome.
A imagem do retrato falado começou a ser ‘baixada’ no visor do celular de InuYasha e quando a imagem apareceu por completo, o marido de Kagome teve uma baita surpresa, pois reconheceu o homem daquele retrato falado.
INUYASHA – Mas não pode ser.
Depois de olhar a imagem, InuYasha usou o celular para ligar para o celular de Shippou, que sabendo que era InuYasha no outro lado da linha, deixou o aparelho no viva-voz para que Sango e Sesshoumaru participassem da conversa.
SHIPPOU – InuYasha! O aparelho está no viva-voz! Sango e Sesshoumaru estão aqui.
INUYASHA – Ótimo! É bom que eles ouçam mesmo! Precisamos marcar uma reunião de emergência e ela tem que ser hoje mesmo.
SANGO – Por que, InuYasha?
INUYASHA – O homem do retrato falado! Eu sei quem ele é.
SESSHOUMARU – Sabe?! Quem?
INUYASHA – O nome dele é Zuza! É americano! Na reunião eu conto os detalhes á todos! Então entrem em contato com os demais.
SESSHOUMARU – Ok! A reunião será na minha casa outra vez?
INUYASHA – Não! Desta vez será no meu restaurante! Irei fechá-lo assim que retornar! Reunião com todos os membros ás dez oito horas da noite.
SANGO – Mas quanto á Kagome? Ela está bem?
INUYASHA – Ela está estável, embora o seu estado necessite cuidados! Eu queria estar com ela o tempo todo, mas preciso me concentrar em achar quem quer matá-la e além disso ficando aqui não ajudarei em nada.
SESSHOUMARU – Entendo! Pode deixar que, Sango e eu, cuidamos para reunir o pessoal.
INUYASHA – Obrigado.
InuYasha desliga o seu celular, respira fundo e volta para o quarto onde a esposa onde a senhora Higurashi e Souta ainda estavam.
INUYASHA – Eu vou ter que me ausentar! Houve um problema no restaurante que só eu posso resolver e por isso queria pedir que ficassem com Kagome enquanto estiver fora.
HIGURASHI – Claro, InuYasha! Pode ir! Nós ficaremos com Kagome e lhe avisaremos se houver alguma melhora.
INUYASHA – Eu agradeço, senhora.
Depois de falar com a sogra, InuYasha estava saindo do quarto, mas Souta, um pouco contrariado, se manifestou antes que o cunhado saísse.
SOUTA – O restaurante é mais importante do que Kagome?
HIGURASHI – Souta!
A senhora Higurashi chamou a atenção do filho pelo modo como estava falando, ao ouvir a pergunta do cunhado, InuYasha se virou e em seguida se aproximou de Souta para encará-lo.
INUYASHA – Escute bem, Souta! Nada é mais importante para mim do que sua irmã! Não se esqueça disso.
HIGURASHI – Não ligue para o que Souta disse, InuYasha! Ele também está preocupado com o estado de Kagome.
INUYASHA – Tudo bem! Eu já vou indo.
InuYasha sai do quarto deixando Kagome aos cuidados da mãe e do irmão dela, ao sair do quarto ele da de cara com Shiori no corredor.
SHIORI – Está de saída?
INUYASHA – Não queria, mas preciso me ausentar. (ele olha para o quarto onde Kagome estava e depois volta a olhar para Shiori) – Contou á Souta sobre o beijo?
SHIORI – Não! Eu não tive coragem! Não em um momento como esse.
INUYASHA – Tem razão! Não seria certo, mas sabe que um dia vai ter que contar?
SHIORI – Nem me fale nisso! Olha InuYasha! E se apenas Kagome souber? Eu posso explicar as minhas razões.
INUYASHA – Você é quem sabe, Shiori! Eu vou indo.
InuYasha se afasta de Shiori que estava com o coração apertado, ela era apaixonada por InuYasha, mas não queria magoar Souta e enquanto isso no comitê eleitoral de Gakusajin, mais precisamente em uma sala do prédio, o candidato conversava com Botan sobre a repercussão da entrevista dele no dia anterior.
GAKUSAJIN – A entrevista que dei ontem foi praticamente anulada pelo que houve com Kagome! Os jornais só falam disso.
BOTAN – Mas isso pode não ser de todo ruim, senhor.
GAKUSAJIN – Como não?
BOTAN – Foi horrível o que aconteceu com Kagome! Acho que até deveríamos telefonar para o marido dela e dizer que estamos rezando pela recuperação de sua esposa! Kagome está em coma e isso pode demorar dias, meses ou quem sabe anos! O que quero dizer é que o partido deve oficializar sua candidatura o quanto antes.
GAKUSAJIN – Vamos com calma, Botan! Se eu for até a direção do partido com essa idéia, Kagome, no futuro, pode não gostar e criar problemas para mim.
BOTAN – Mas não podemos mais esperar! Ryukosei está muito forte.
GAKUSAJIN – Vamos esperar os próximos relatórios médicos de Kagome para saber sobre seu estado, caso o coma seja mantido, vamos analisar sua idéia.
BOTAN – Obrigado senhor. (ela se levanta de sua cadeira) – Agora tenho que ir! Marquei de me encontrar com Momiji.
GAKUSAJIN – Botan! Essa sua irmã é mesmo confiável?
BOTAN – Momiji confiável?! Claro que não! Acredite senhor! Se ela está me ajudando não é por mim! É por ela mesma! Agora vou indo, senhor.
Botan sai da sala deixando Gakusajin com seus pensamentos sobre o que fazer com sua campanha e enquanto isso no gabinete do prefeito de Tóquio, Ryukosei recebia o capitão Jinenji.
JINENJI – Me chamou, senhor prefeito?
RYUKOSEI – Sim! Sente-se, por favor.
Jinenji se senta em uma cadeira que ficava bem em frente á mesa de Ryukosei, que já estava sentado á ela, o prefeito usa o interfone para falar com Ling, sua secretária.
RYUKOSEI – Ling! Chame nosso visitante.
LING – Sim senhor.
Ele desliga o interfone depois de falar com sua secretária, ao ouvir aquilo, Jinenji estava curioso com aquela situação.
JINENJI – Se for da minha conta, gostaria de saber quem é esse visitante, senhor.
RYUKOSEI – É da sua conta sim, capitão! Quando ele vier, vai entender.
Naquele momento a porta do gabinete se abre, era Azuma que estava entrando na sala e imediatamente ele foi até ao prefeito para se curvar perante ele.
AZUMA – Estou aqui, senhor prefeito! Azuma as suas ordens.
RYUKOSEI – Eu tive boas referências suas, Azuma! Quero que conheça o capitão Jinenji, do departamento de polícia dessa cidade.
AZUMA – Como vai, capitão?
JINENJI – Bem, obrigado por perguntar. (ele olha para Ryukosei) – Não estou entendendo senhor prefeito! Por que o senhor queria que eu conhecesse esse homem?
RYUKOSEI – Porque ele vai auxiliá-lo no caso do estrangulador! O detetive Guy é muito jovem e tem se mostrado pouco eficaz na condução do caso.
JINENJI – Mas senhor prefeito! Se tiver algum culpado pelo fracasso nas investigações esse culpado sou eu.
RYUKOSEI – É muito nobre da sua parte, capitão, mas não é pratico! Preciso de soluções o quanto antes! A população está assustada com esse maníaco á solta.
JINENJI – E acha que esse homem vai me ajudar? (depois ele olha para Azuma) – Nada pessoal.
AZUMA – Tudo bem.
RYUKOSEI – Azuma veio do departamento de polícia de Yokohama! Há alguns anos ele conseguiu prender um maníaco muito similar ao estrangulador! Ele tem experiência nesses casos, pode ajudá-lo na condução do caso, orientar Guy.
AZUMA – Claro! Só se o senhor permitir, capitão.
JINENJI – É que...
RYUKOSEI – Ela vai permitir sim, pois essa é uma ordem direta do prefeito! Certo, capitão?
JINENJI – Claro. (sorrindo amarelo e depois se levantando) – Se é só isso, voltarei ao departamento.
RYUKOSEI – Azuma! Vá com ele.
AZUMA – Senhor prefeito! Gostaria de deixar isso para amanhã! Hoje vou ver uma casa para depois trazer minha esposa e meus dois filhos.
RYUKOSEI – Ok! Mas faça isso o mais rápido possível! Amanhã irá ao departamento de polícia.
AZUMA – Sim senhor.
Jinenji não estava gostando muito daquela situação, mas como servidor publico, ele teria que obedecer e enquanto isso Natsume, Kageroumaru e Zuza estavam desembarcando de um navio.
ZUZA – Por que tivemos que entrar no Japão de navio?
NATSUME – Porque é mais seguro! Ou se esqueceu que a Segurança Interna está atrás de mim e de Kageroumaru?
ZUZA – Ta! Ta! Já entendi. (ele olha para trás e vê o mascarado vindo) – Ele não vai tirar aquela mascara?
KAGEROUMARU – Ele não pode aparecer para os outros.
ZUZA – Ele deve ser um assassino muito procurado para que não deixassem nem eu olhá-lo.
NATSUME - Concentre-se em sua missão! A arma X cuidará de Kagome como você tanto quer.
ZUZA – Ótimo.
NATSUME – Vá com a arma X até Yokohama, mas vá de carro! Nada de avião.
ZUZA – Ok! Mas e vocês? Não vêem com a gente?
NATSUME – Temos que falar com um prisioneiro muito especial.
ZUZA – Se não quer falar quem é, tudo bem! (ele olha para o mascarado) – Vamos logo!
Ao ouvir aquela ordem, o mascarado, conhecido como arma X, se aproxima de Zuza para em seguida agarrar seu colarinho em claro sinal de ameaça.
X – Você não me dá ordens! Entendido?
ZUZA – Ta! Ta! Entendi! Agora me solta. (o mascarado o solta e segue em frente)
NATSUME – Não devia falar assim com ele! Ele pode te matar se agir assim de novo.
ZUZA – E eu vou ter que ir até Yokohama com um maníaco.
Zuza segue o mascarado para que ambos fossem para Yokohama e enquanto isso em sua casa, Rin observava Genku, que ainda parecia triste pelo estado de Kagome e por isso foi até ele.
RIN – Olha Genku! A sua mãe vai ficar bem! Você vai ver.
GENKU – Mas eu queria ficar com ela, tia.
RIN – Eu sei, mas seu pai disse que um hospital não é ambiente para uma criança e ele está certo.
GENKU – Ela vai ficar ‘dormindo’ por quanto tempo?
RIN – Eu não sei, querido. (ela acariciava a cabeça dele) - Eu não sei. (ela sorri tentando demonstrar confiança) – Por que não vai ficar com as meninas?
GENKU – Ta.
As meninas de que Rin estava falando eram sua filha, Sara e Tamira, filha de Sango, a esposa de Sesshoumaru estava cuidando dos três e percebeu que o menino dava mais atenção á filha de Sango do que á sua filha, fazendo-a ter pensamentos.
RIN – “E eu que achei que o Genku e a Sara podiam ficar juntos no futuro! Acho que ele prefere a Tamira.” (pensando)
Rin sorria com aquele pensamento, eles eram muito pequenos para pensarem em relacionamento, mas não custava imaginar enquanto observava as três crianças, Genku percebe algo em Sara.
GENKU – O que é isso na sua orelha?
SARA – Brincos.
TAMIRA – São muito bonitos. (ela olha para Rin) – Não sabia que a senhora deixava Sara usar brincos, tia.
RIN – E não deixo. (ela se aproxima da filha para ver melhor os brincos) – Mas esses brincos não são meus.
SARA – Porque são meus, mamãe.
GENKU – Parece com os brincos que o mano Shippou comprou.
RIN – O que?! (ela começa a ligar as coisas) – Então foi isso, não é Sara? Você voltou a pegar coisas de sua irmã? Esses brincos certamente Shippou comprou para Satsuki.
SARA – Eu não peguei nada! Foi a Satsuki que me deu.
RIN – O que?! Ela te deu?
Sara fez sinal de afirmativo com a cabeça, mas Rin não quis nem saber, pois imediatamente tirou os brincos da filha e em seguida, com os brincos de posse, ela subiu até o quarto da enteada, batendo na porta.
RIN – Posso entrar, Satsuki? (ela respondeu sem sair)
SATSUKI – Sim.
Com a permissão concedida, Rin entra no quarto de Satsuki e a vê se arrumando para sair.
RIN – Vai sair?
SATSUKI – Sim! Eu combinei de sair com Maya. (ela acaba de se arrumar e se senta para colocar os sapatos) – Queria falar comigo?
RIN – Sim! Quero uma explicação para isso. (ela exibe os brincos)
SATSUKI – Esses brincos?! São brincos velhos, por isso dei á Sara! Ela gostou tanto quando os viu.
RIN – Ela é muito nova para usar brincos tão grandes.
SATSUKI – Mas ela vai crescer! Se não quer que ela use então guarde os brincos quando achar que ela possa usá-los.
RIN – Não é isso que me incomoda! O Genku viu a Sara com esses brincos e me disse que eles são os brincos que Shippou comprou e se não me falhe a memória, ele te presenteou no dia do seu aniversário com esses brincos, não é?
SATSUKI – Ta bom, Rin! (depois de calçar os sapatos ela se levanta) - Esses são os brincos que Shippou comprou para mim! Está satisfeita agora?
RIN – E você deu para Sara esses brincos que Shippou comprou com tanto carinho? É assim que agradece o amor dele?
SATSUKI – Olha querida madrasta! Com todo respeito, Shippou é problema meu! Ele comprou esses brincos por que quis! Eu não pedi nada.
RIN – O que aconteceu, Satsuki? Por que está tratando o Shippou desse jeito?
SATSUKI – Eu já vou indo.
Ignorando a pergunta da madrasta, Satsuki sai do quarto para ir ao encontro com Maya, vendo o modo como a enteada estava se comportando, Rin só balançava negativamente a cabeça, naquele momento seu celular começa a tocar, ao ver o número do celular do marido no visor do aparelho, ela atende imediatamente.
RIN – Sesshoumaru.
SESSHOUMARU – Oi amor! Como estão as coisas aí?
RIN – Se está falando das crianças, está tudo bem! Não posso dizer o mesmo de Satsuki.
SESSHOUMARU – O que foi? Ela não está bem? Está doente?
RIN – Calma! Ela está bem! Não é nada de grave! Mudando de assunto, você não me ligou apenas para saber das crianças, não é?
SESSHOUMARU – Você me conhece mesmo, hein? O InuYasha convocou uma reunião com todos os membros! Shippou fez o retrato falado do homem que armou a bomba e ao que parece InuYasha sabe quem ele é.
RIN – Entendo.
SESSHOUMARU – Essa reunião vai ser no restaurante dele e será ás oito horas, então poderia levar as crianças até lá?
RIN – Claro! Pode deixar! Está indo para o jornal?
SESSHOUMARU – Sim! Tenho que acabar de escrever uma matéria! Á noite a gente se vê.
RIN – Ta! Então até á noite.
Rin desliga seu celular e vai até onde estão as crianças e enquanto isso Zakira estava em frente á um deposito abandonado, parecia que ele esperava por alguém, pois olhava o seu relógio de pulso á cada minuto e naquele exato momento, para sua irritação, seu celular começou a tocar, ao olhar no visor, ele percebe que era a namorada e por isso atende o aparelho.
ZAKIRA – Sango.
SANGO – Oi Zakira! Você não está na clínica?
ZAKIRA – Não! Estou resolvendo um problema com um amigo, um antigo colega que você não conhece, por isso não estou na clínica.
SANGO – Problema com um amigo?! É grave?
ZAKIRA – Um pouco, mas por que ligou?
SANGO – Ah sim! Eu estou ligando para dizer que não vou poder sair hoje com você! Eu tenho que resolver um assunto e...
ZAKIRA – Tudo bem, Sango! Eu já estava pensando em te ligar para dizer a mesma coisa! Acho que vou ficar um pouco preso com esse amigo! A gente marca de sair em outra oportunidade, pois oportunidade não vai faltar.
SANGO – Combinado então.
ZAKIRA – Isso, combinado. (ele nota o surgimento de um carro chegando) – Olha Sango! Eu vou ter que desligar, pois meu amigo está precisando de mim.
SANGO – Claro! Claro! Depois você me apresenta esse seu amigo.
ZAKIRA – Ok! Ok! Quando quiser! Um beijo! Tchau.
SANGO – Tchau.
Zakira desliga o seu celular e vai até o carro que estacionou em sua frente, de dentro do veículo saíram Natsume e Kageroumaru, que logo foram falar com Zakira.
ZAKIRA – Fizeram boa viagem?
NATSUME – Não! (sendo seca) - E o prisioneiro?
ZAKIRA – Lá dentro.
KAGEROUMARU – Ele disse alguma coisa?
ZAKIRA – Nada! O que querem tanto com ele?
NATSUME – Você é que nem o Zuza! Não enxerga um palmo diante do seu nariz.
Depois de dar essa ‘patada’ em Zakira, Natsume foi para o interior do deposito abandonado, Kageroumaru e Zakira a seguiram, lá dentro os três andaram por alguns corredores até chegarem á uma cela.
NATSUME – Abra.
ZAKIRA – Claro.
Zakira usa uma das chaves que tinha para abrir a cela e lá dentro eles se deparam com um homem acorrentado e muito machucado, devido as inúmeras torturas sofridas, o prisioneiro era Gatenmaru, o homem que deixou InuYasha em uma cadeira de rodas.
ZAKIRA – Ele é muito durão! Não soltou a língua.
NATSUME – Gatenmaru! Gatenmaru! Gatenmaru! Por que não colabora com a nossa causa?
GATENMARU – E o que ganho com isso? A Segurança Interna está atrás de mim, assim como outras agências do governo.
NATSUME – Chega de mentiras! Sabemos que isso não é totalmente verdade. (ela o encara) – Nós te capturamos. (ela volta a se afastar) – Por isso tive que vir até o Japão, mesmo me arriscando ser capturada, portanto não estou disposta a aturar mentiras.
GATENMARU – Se vai me matar, me mate logo.
NATSUME – Ainda não! (ela volta a encará-lo) – Precisamos saber o que sabe para pressioná-lo.
ZAKIRA – Do quem estão falando afinal de contas?
KAGEROUMARU – Do prefeito Ryukosei! (ele olha para Zakira) – Depois que atirou em InuYasha, Gatenmaru recebeu uma espécie de proteção de Ryukosei, o que quer dizer que ele sabe algo que pode derrubar Ryukosei.
GATENMARU – Por que querem pressionar Ryukosei?
NATSUME – Isso não é da sua conta! Agora conte o que sabe ou sofra as conseqüências.
Gatenmaru permaneceu calado diante de Natsume, assim ela saiu da sala junto com Kageroumaru e Zakira e estando do lado de fora, eles voltam a conversar.
NATSUME – O que acha, Kageroumaru?
KAGEROUMARU – Ele não vai falar nada a não ser que receba algo em troca.
ZAKIRA – Eu só não entendo uma coisa.
NATSUME – Só uma coisa? (sorrindo ironicamente e depois ficando séria) – Vai! Fala o que não entende.
ZAKIRA – Se ele tinha proteção de Ryukosei, por que ficou no Japão? Ele poderia sair do país tranquilamente.
KAGEROUMARU – Acontece que Gatenmaru está sendo procurando não só pela participação na conspiração, mas também pela tentativa de assassinato de InuYasha.
ZAKIRA – Ainda não entendi.
NATSUME – Quando Ryukosei fez o acordo com Gatenmaru, Kagome tinha sido eleita vereadora e InuYasha sendo marido dela, o crime cometido por ele ganhou estatus internacional e Ryukosei não poderia controlar as investigações de agências estrangeiras, por isso Gatenmaru ficou no Japão, onde estava protegido.
ZAKIRA – Mas não muito, já que vocês o capturaram.
NATSUME – Temos nossos informantes! Agora volte lá e tente tirar algo dele.
Zakira obedece às ordens de Natsume e vai para a cela onde estava Gatenmaru para voltar a torturá-lo e enquanto isso na estação de trem de Yokohama, InuYasha estava pensativo sentado em sua cadeira de rodas até que decide pegar seu celular e ligar para o celular de Shippou, que estava treinando no porão, ação que ele para imediatamente para atender o aparelho.
SHIPPOU – Sim?
INUYASHA – Sou eu de novo, Shippou! Mudança de planos.
SHIPPOU – Quer cancelar a reunião? Agora já é tarde! Sango e Sesshoumaru foram...
INUYASHA – Eu não quero cancelar nada! A reunião vai acontecer! A mudança será sobre você.
SHIPPOU – Eu?! Mas o que eu tenho com isso? Eu nem participo dessas reuniões.
INUYASHA – Eu quero que pegue o uniforme e venha para Yokohama para ficar de olho em Kagome.
SHIPPOU – O que foi? Sabe de alguma coisa?
INUYASHA – É só um mau pressentimento! Talvez fosse pela conversa que tive com Souta, eu não sei, mas prefiro não arriscar.
SHIPPOU – Concordo! Já estou indo arrumar minhas coisas.
INUYASHA – Se eu estivesse ‘inteiro’ eu mesmo faria isso, Shippou...
SHIPPOU – Eu já disse, pai! Pode contar comigo! Sempre.
INUYASHA – Eu conto com você, filho. (o trem chega á estação) – Vou desligar! O meu trem já chegou.
InuYasha desliga e em seguida entra no trem para voltar á Tóquio e enquanto isso Sango estacionava seu carro em frente ao prédio onde ficava seu escritório, ao fazer isso ela avista Onigumo na entrada do prédio.
ONIGUMO – Sango.
SANGO – Onigumo?! (saindo do carro) – Eu ia te procurar mesmo para falar que InuYasha marcou uma reunião de emergência ás oito horas.
ONIGUMO – O que foi?
SANGO – Shippou fez um retrato falado do homem que armou a bomba e InuYasha reconheceu esse homem! Na reunião ele irá falar desse homem.
ONIGUMO – Entendo.
SANGO – Agora me fale! Porque veio até aqui?
ONIGUMO – É uma coisa meio chata.
SANGO – Chata?! Não me diga que houve alguma alteração naquela história da Soten ser filha de Miroku, é isso?
ONIGUMO – Não! Esse assunto está na mesma! Para abrir aquela fundação com o dinheiro de Miroku ainda precisará da autorização de Soten, mas não é disso que vim falar.
SANGO – Então é do que?
ONIGUMO – Koharo.
SANGO – Koharo?! O que tem ela?
ONIGUMO – Ontem á noite eu a vi jantar com Ling.
SANGO – Quem é Ling?
ONIGUMO – Secretária de Ryukosei.
Sango fica surpresa com aquela revelação de Onigumo, principalmente por ela sabia que se tinha uma pessoa que sentiu a morte de Miroku que nem ela essa pessoa era Koharo.
SANGO – Tem certeza de que eram Koharo e Ling jantando?
ONIGUMO – Absoluta! Sem ser visto por elas, eu perguntei ao garçom se era a primeira vez que as duas jantavam juntas e ele me disse que não, já haviam feito isso várias vezes.
SANGO – Koharo nos traindo?!
ONIGUMO - Olha Sango! Eu só vim contar para você porque sei da ligação que você e Koharo tinham com Miroku! Achei que deveria saber.
SANGO – Eu não posso acreditar que Koharo está nos traindo, passando informação para Ryukosei.
ONIGUMO – Eu não tiraria conclusões apressadas! Acho que deveríamos escutar a opinião dela.
SANGO – Mas isso eu faço questão! Se ela estiver nos traindo, ela vai me pagar.
Sango ficou muito chateada com aquilo, ela precisaria tirar á limpo aquela história.
Próximo capítulo = Arma X – parte 2
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