Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 101
Marcas do passado - parte 3




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Enquanto isso em sua casa e na companhia de Eri, Onigumo tinha desistido de procurar algo que ligasse Naraku ao grupo Vitória para a humanidade.

ONIGUMO – Não há nada aqui. (olhando a pilha de papeis) - Rin está perdendo tempo dela e o meu pelo que estou vendo.

ERI – Você guardou tudo que escreveu na época que era aliado de Naraku?

ONIGUMO – Sim. Mais por necessidade do que prazer. Quando fiz um acordo para ficar em liberdade, dei total acesso as autoridades a todos os documentos que consegui de Naraku, portanto se ele tinha algum interesse no grupo Vitória para a humanidade não compartilhou comigo.

ERI – Vocês eram próximos? Estou falando de você e Naraku?

ONIGUMO – Mais ou menos. (se senta na pilha de papeis) - Acho que ele admirava minha inteligência em engenharia financeira e eu queria sempre agradá-lo. Não por admirá-lo, mas por outros motivos.

ERI – Quais?

ONIGUMO – Não quero falar sobre isso. É um passado remoto. Não vale a pena.

ERI – Mas eu quero saber. (sorrindo) - Vai, fala.

ONIGUMO – Está bem. (ele respira fundo) – Na verdade eu fazia de tudo para agradá-lo para poder ficar mais perto de Kanna.

Ao ouvir aquele o sorriso de Eri sumiu de seu rosto, mas Onigumo não percebeu isso, pois ele olhava para o chão como tentando buscar alguma resposta para aquela motivação do passado. Eri resolveu se manifestar diante do silêncio.

ERI – Está falando daquela que era filha, mas na verdade não era?

ONIGUMO – Ela sim.

ERI – Você era apaixonado por ela?

ONIGUMO – Eu nem sei se poderia ser chamado de paixão. Vendo agora de longe era algo até criminoso, pois ela tinha apenas 15 quando a vi pela primeira vez e...

Ao relembrar a primeira vez que tinha visto Kanna algo veio a mente de Onigumo fazendo com que ele se levantasse da pilha de papeis e procurasse o celular no meio da bagunça que tinha feito e enquanto isso acabando de retornar ao Hospital Memorial, Rin, junto com a filha, falava com o médico responsável pelo marido.

MÉDICO – Fisicamente seu marido está perfeito.

RIN – E o senhor vai retirá-lo do coma agora?

MÉDICO – Os enfermeiros estão preparando os últimos procedimentos antes que eu retire seu marido do coma.

RIN – Mas é um processo seguro, não é doutor? (o celular dela toca)

MÉDICO – Totalmente seguro. Pode ficar tranqüila. Aviso-te quando estiver pronto.

RIN – Obrigado doutor.

O médico se afasta enquanto, na Cia da filha, Rin atende o celular que não parava de tocar. Ela olhou para o visor do aparelho e reconheceu o numero de Onigumo.

RIN – Onigumo?! Conseguiu algo?

ONIGUMO – Não tenho nenhuma ligação ou evidência que demonstre algum interesse de Naraku pelo grupo Vitória para a humanidade.

RIN – Isso é uma pena.

ONIGUMO – Mas eu me lembrei que outra pessoa com que tinha convivência demonstrava interesse nesse grupo. Estou falando de Kanna.

RIN – Kanna?! O que ela tem a ver com o grupo?

ONIGUMO – Pelo que sei nada, mas a primeira vez que eu a vi ela estava fazendo um trabalho sobre o grupo. Na época achei que era algum trabalho para a escola, mas depois que ficamos sabendo como Kanna agia é possível que aquilo não fosse algo inocente.

RIN – É bem capaz. (ela respira fundo) – Há cinco anos não falo com Kanna e isso é muito pouco para que eu fique motivada a vê-la de novo.

ONIGUMO – Você é quem sabe. Achei que poderia se interessar.

RIN – Mas não me interessei. (ela observa o médico a chamando) – Olha Onigumo. Obrigada por me avisar, mas agora tenho que ir. Os médicos vão retirar Sesshoumaru do coma.

ONIGUMO – Espero que tudo ocorra bem.

RIN – Obrigada.

Rin encerra a comunicação com Onigumo desligando seu celular para em seguida pegar a filha pelo braço para irem até o quarto onde estava Sesshoumaru. A jovem esposa do jornalista observava os enfermeiros terminando os procedimentos e o médico responsável iniciando o processo. Enquanto ela fazia isso ao mesmo tempo usava seu celular para falar com Maya, melhor amiga de Satsuki.

MAYA – Alô senhora Rin.

RIN – Alguma notícia da Satsuki?

MAYA – Não. Estou tentando ligar para o celular dela, mas ela não atende.

RIN – Eu também estou fazendo isso. O pai dela vai acordar e eu não tenho a menor idéia de onde ela possa estar.

MAYA – Eu vou continuar tentando e qualquer coisa eu lhe aviso.

RIN – Farei o mesmo. Obrigada, Maya.

Rin desliga o celular para depois abraçar a filha Sara. A jovem esposa de Sesshoumaru estava em uma angustia sem tamanho devido ao sumiço da enteada e enquanto isso em seu esconderijo nas montanhas, Natsume falava pelo celular com Ryo, que tinha más notícias para ela.

NATSUME – Como não vão querer mais colaborar?

RYO – Porque eles não foram pagos, senhora. O dinheiro não caiu na conta e assim ninguém trabalha.

NATSUME – Eles não sabem para quem estão trabalhando?

RYO – Sabem sim e por isso estão desertando. Acham que Naraku será capturado mais cedo ou mais tarde e que não vale a pena arriscar o pescoço.

NATSUME – Malditos desgraçados!

RYO – Eles são mercenários, senhora. Ninguém aqui faz isso de favor.

NATSUME – Isso inclui você?

RYO – Principalmente eu. Seja o que for o que aconteceu com Suke, ele não conseguiu a liberação do dinheiro. Ou a senhora consegue uma nova forma de pagamento ou será o fim dessa operação.

NATSUME – Eu sei disso. (nesse momento ela ouve um toque no celular) – Tem alguém querendo falar comigo.

RYO – O que quer de mim, senhora?

NATSUME – Se eles não querem agir, não posso fazer nada, mas mantenham-nos a postos para qualquer eventualidade. Saiba que vou dar um jeito nisso. De jeito nenhum vou desistir dessa operação. (ela olha para Naraku na câmera de criogenia) – Nem Naraku.

RYO – Sim senhora.

Natsume desliga comunicação com Ryo e como havia outra pessoa querendo falar no celular, Natsume observou o úmero no visor e reconheceu como o de Suke, fazendo atender imediatamente.

NATSUME – Alô, Suke.

GATENMARU – Suke está morto! (olhando no banco de trás do carro)

NATSUME – Então era você, Gatenmaru?

GATENMARU – É isso aí. (ele sorri) – Acho que a morte do seu encarregado das finanças você certamente enfrentará problemas com o caixa.

NATSUME – Me poupe de suas ironias. Você será morto quando encontrá-lo e...

GATENMARU – Eu tenho algo que você muito quer. (olhando para a caixa metálica) – Não sei bem o que é, mas seja o que for você autorizou Suke a pagar uma bela quantia em dinheiro para Hideki.

NATSUME – O que quer de mim? Por matar Suke, você sabe que não tenho como pagar.

GATENMARU – Mas você tem contatos para que eu possa me esconder. Preciso de um esconderijo aqui em Yokohama. Quem sabe podemos fazer um acordo.

NATSUME – Eu vou ter que fazer algumas ligações.

GATENMARU – Seja rápida! Ligo-te em meia hora.

Gatenmaru desliga seu celular para depois sair do carro e retirar o corpo de Suke deixando-o em um beco abandonado para em seguida voltar a entrar no carro e Sair dali e enquanto isso finalmente Sango e Guy chegavam ao local onde uma pessoa ligou dizendo que tinha uma mulher enforcada por meias de nylon. Já estavam lá um grupo de bombeiro, que tinham isolado a área, e alguns curiosos, mas, para surpresa da dupla, também estava o jornalista Raita, substituto de Sesshoumaru no jornal a Gazeta de Tóquio, que foi logo para cima dos detetives.

RAITA – Detetives! Detetives! Essa é mais uma vítima do estrangulador?

GUY – Não sabemos ainda. Por isso estamos aqui. Com licença

RAITA – E você, detetive? (olhando para Sango) – Como mulher não se sente mal em não conseguir pegar esse bandido.

SANGO – Não tenho nada a declarar.

RAITA – Posso escrever isso?

SANGO – Faça o que quiser.

Sango e Guy passam por Raita e seguem para o cordão de isolamento. A dupla de detetives conversa entre si no caminho sobre a presença de Raita.

SANGO – Mas que idiota.

GUY – Como esse cara chegou antes de nós?

SANGO – Depois vemos isso, Guy.

Eles passam pelo cordão de isolamento mostrando seus distintivos e assim foram até arvore onde havia ao lado o corpo estendido na grama, o rosto coberto por um pano e, principalmente, uma meia de nylon amarrada em volta da região do pescoço. Todas as marcas características do estrangulador.

GUY – Á princípio não há dúvidas. (ele se agacha para observar melhor) - Foi trabalho dele.

SANGO – Temos que pegar esse desgraçado. (ela olha em volta e se afasta) – Vamos ouvir a testemunha que ligou para a polícia e...

GUY – Sango. Melhor voltar aqui. Precisa ver isso.

SANGO – O que foi?

GUY – Olhe você mesma.

Guy tinha levantado o pano do rosto da vítima para observar outras agressões e para sua surpresa o rosto era de alguém conhecido. Sango também reconheceu a vítima.

SANGO – Não pode ser. Mas essa é Satsuki!

Para a surpresa da dupla de detetives a nova vítima do estrangulador era a filha mais velha de Sesshoumaru, algo que afetará a vida de muitos conhecidos deles.

 

Próximo capítulo = A morte de Satsuki – parte 1


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