Dont Ever Leave Me escrita por branstark


Capítulo 1
01.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, sério mesmo, essa fanfic é realmente muito importante pra mim.
Trilha sonora da fanfic: My Immortal - Evanescence; I'm Broken - Evanescence feat. Nickelback; U Smile - Justin Bieber; Everything - Michael Bublé.



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There's just too much that time cannot erase…

Miley andava apressada pelo hospital, a procura da mãe. Estava desesperada e completamente molhada, mas não ligava, só queria saber onde sua mãe estava.

-Com licença? – chamou uma enfermeira. A mulher olhou para Miley dos pés a cabeça, parecia enojada.

-Sim?

-Você sabe me dizer onde está Elizabeth Yer?

-Ah, sim – a enfermeira de repente pareceu mais sociável – Venha comigo.

Miley seguiu a enfermeira até um lugar cheio de leitos, vasculhou o local com os olhos procurando desesperadamente a mãe, mas ela não estava ali. Miley ficou preocupada que a mulher tivesse entendido o nome errado. Mas antes que ela pudesse dizer algo, a enfermeira chamou um médico, que logo veio falar com Miley.

-Miley Cyrus Yer? – perguntou ele.

-Sim. – disse a garota apreensiva.

-Estamos fazendo o possível por sua mãe, ela é muito forte. Mas dessa vez, a parada cardíaca foi séria. – Miley sempre temera essas palavras, e agora, estava ouvindo-as. A garota não conseguia mais conter as lágrimas, então elas começaram a rolar. O doutor colocou a mão sobre seu ombro – Vai dar tudo certo. – ele prometeu. Miley assentiu – Fique esperando na recepção e logo daremos mais informações. – explicou.

Miley não iria para a recepção, iria para o corredor, esperar a mãe. Saiu da sala com leitos e foi para o corredor, escorou-se na parede e continuava a chorar. Sua maquiagem já estava borrada pela chuva, então, não faria nenhuma diferença, e a última coisa com que ela se preocuparia agora, era com sua aparência. Havia saído apressada da festa da cidade por que recebera a noticia que a mãe acabara de ter uma parada cardíaca e saiu do jeito que estava, com vestido, na chuva. A garota esperou, esperou, e esperou. Mas ninguém vinha dar-lhe noticias sobre a mãe.

Cinco minutos depois, o mesmo doutor que falara com ela mais cedo apareceu. Ele parecia exausto e ligeiramente triste. Miley se levantou do chão no mesmo instante.

-Onde está minha mãe? Ela está bem? – perguntou preocupada, o coração batendo a mil.

-Olhe, Miley, venha comigo e eu... – disse o doutor dirigindo-a para uma sala.

-NÃO VOU A LUGAR NENHUM! – berrou a garota – ONDE ESTÁ A MINHA MÃE?!

-Miley, acalme-se.

-Onde está a minha mãe? – repetiu Miley entre dentes.

-Sua mãe... Não conseguimos fazer nada, Miley, desculpe. – lamentou o doutor.

Ela não acreditava, não podia acreditar. Sua mãe não estava... Morta. Miley acordaria a qualquer momento com a sua mãe dizendo: “Panquecas!” e tudo ficaria bem. Aquilo não passava de um sonho idiota. Mas não parecia um sonho, aquilo era a vida real.

-Estou tonta. – disse a garota. Em seguida só conseguiu se lembrar de duas coisas: o corredor inteiro girar, e ela ser amparada pelos braços de alguém.

-Mãe? Mãããe! – chamou Miley do quarto. Logo ela percebeu: aquele não era seu quarto. Levantou-se assustada e saiu do aposento. Olhou pela janela mais próxima e ainda estava um tanto escuro, estava amanhecendo. Aqueles campos pareciam os campos da família Lerman... Algo em Miley ficou a alerta. Ela estava na casa dos Lerman!

Andou desesperada pela casa e ainda vestia seu vestido da noite anterior. Tudo... Havia sido real, sua mãe estava morta. A garota engoliu o choro, não choraria na casa de outras pessoas. Quando saiu pela porta da frente, sem fazer barulho, viu o Sr. e a Sra. Lerman. Os dois idosos que moravam na casa, estavam na varanda, sentados em suas antigas cadeiras de balanço, admirando o amanhecer.

-Oh, vejo que acordou, Miley! – disse a Sra. Lerman. A velha tinha pelo menos seus 70 e tantos anos, mas era boa pessoa. Usava óculos de meia lua, e seu rosto era redondo, o cabelo era completamente branco, Miley era até mais alta que ela.

-Bom dia, Sra. Lerman. – a voz de Miley falhou.

-Querida, você sabe o que aconteceu, não é? – perguntou a senhora preocupada. Jessica então, desabou, começou a chorar. A Sra. Lerman apressou-se a consolar a garota, abraçando-a. – Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem. – murmurava a senhora afagando os cabelos da menina. Miley via seu mundo inteiro desabar, sua vida perder completamente o sentido. Sua mãe não estava mais com ela, não lhe restava ninguém.

-Ela era a única f-familia que eu t-tinha. – soluçou no ombro da Sra. Lerman.

-Vai dar tudo certo. – repetiu a idosa, mas Miley não acreditava mais nisso.

-Obrigada por me ajudar, Josh. – agradeceu Miley ao menino alto de cabelos claros.

-Sem problemas, amigo é pra isso. – Josh sorriu, o que reconfortou a garota tremendamente.

Miley suspirou, olhando em volta. A velha casa de sua mãe, a casa dela própria. Casa que agora ela estava abrindo mão. Agora moraria com a família Lerman, pelo menos por enquanto, até um parente distante seu aparecer para resolver o que iriam fazer. Josh estava ajudando-a a pegar suas coisas em malas, para levar à fazenda dos Lerman. Josh era um amigo antigo de Miley, sempre conversam e passavam algum tempo junto, mas ela não era tão próxima dele o quanto gostaria de dizer.

Miley tinha tão poucas coisas que tudo coube em apenas duas malas médias. Quando terminou de guardar tudo, pegou uma mala e deu a outra para Josh levar, os dois saíram do quarto e passaram pela cozinha, em seguida, a sala. Miley só tinha lembranças a guardar ali. Antes de sair, uma coisa chamou sua atenção. Uma foto sua, e da mãe, quando ela tinha apenas 6 anos de idade. Foi até a mesinha, pegou a foto, analisou por um momento e colocou debaixo do braço. Josh sorriu encorajando-a. Os dois saíram da casa, e Miley trancou-a com a chave reserva que tinha. Os dois foram até a picape de Josh e colocaram as duas malas na carroceria. Depois sentou no banco do passageiro, e Josh, no do motorista.

Passaram pelas ruas estreitas de barro da pequena “cidade” em absoluto silêncio. Quando chegaram a frente da casa dos Lerman, Miley mesma pegou as suas duas malas, e agradeceu Josh novamente:

-Obrigada mesmo, Josh.

-De nada, Miley. – ele disse dando partida na picape. Miley esperou a picape sair do seu campo de visão e então, voltou-se para o caminho revestido de pedras até a varanda, onde abriu a porta e entrou. A Sra. Lerman estava na cozinha, preparando algum almoço, já o Sr. Lerman foi fazer uma visita nas lavouras da família.

-Trouxe suas coisas, querida? – perguntou a senhora. Miley gesticulou para as malas, e a velha assentiu. Miley levou tudo para o quarto de hospedes, onde dormiria a partir de agora.

Passou a tarde dentro do quarto, arrumando as coisas nos devidos lugares, mas em boa parte do tempo, apenas chorou. Queria a mãe de volta, queria poder abraçá-la e dizer que a amava. Doía terrivelmente saber que isso nunca mais aconteceria, que ela nunca mais ouviria sua voz, e que tudo o que tinha agora eram lembranças, lembranças tristes e dolorosas. Miley segurou a foto da mãe, passou os dedos levemente ali, e murmurou:

-Eu nunca vou te esquecer... mãe.

-Miley, querida, pode pegar uns ovos no galinheiro? – pediu a Sra. Lerman e Miley assentiu. Era de manhã, do dia seguinte, a Sra. Lerman estava fazendo café da manhã para a família que chegaria daqui a poucos minutos. Miley não fazia ideia de quem era, apenas não queria causar má impressão. Uma órfã, morando na casa dos Lerman, sem ninguém, geralmente as pessoas não gostam muito dessas coisas.

Logan saiu da caminhonete sorridente. Nem conseguia se conter de tanta felicidade por estar ali novamente, na fazenda dos avós. Queria saber de tudo, tudo que havia acontecido nos últimos três anos, sentira muita falta daquele lugar. Seu primo, Dean, veio junto, ele sabia que Dean estragaria suas férias, mas nem se importava, só queria rever os avós.

-Dean, seu idiota, cuidado com as... – Logan alertou tarde de mais, as malas caíram na lama. – Malas. – terminou suspirando.

-Foi mal, cara. – disse Dean pegando a mala dele e deixando a de Logan na lama. O garoto bufou e pegou as malas. Os dois caminharam até a varanda da casa, e bateram na porta.

-Vovó? – chamou Logan. A porta se escancarou.

-Logan, Dean! Oh, meu Deus! – disse a vovó Bessie dando um abraço de urso nos netos.

-Vó... – disse Dean sufocado – Eu não... Consigo... Respirar.

Então ela soltou-lhes.

-Desculpem. – ela sorriu. – Entrem... Entrem! – chamou.

Os meninos entraram com as malas sujas de lama.

-O que houve com a mala de vocês? – perguntou a mulher espantada.

-O Dean – Logan fuzilou o primo com o olhar – derrubou nossas malas na lama.

-Não seja por isso, querido! Já eu mando a Guilherma lava-las.

Guilherma era a empregada da casa, mas era como se fosse da família.

Logan fez o que a avó mandou, deixou as malas na lavanderia nos fundos da casa quando voltou a avó sorria.

-Foram pegar ovos, mas pelo visto estão demorando – disse a senhora.

-Eu estou faminto – Logan riu – Cadê o Dean?

-Foi ver os quartos, no segundo andar.

-Ah.

-Logan? Pode ir ao galinheiro, ver se conseguiram pegar os ovos, por favor?

-Claro. – Logan saiu da cozinha.

A velha Sra. Lerman sorriu consigo mesma, sabia o quanto Logan ficaria feliz quando chegasse ao galinheiro.

-Ah, vamos, Cocó! – pediu Miley à galinha. A mesma cacarejou. – Esse é seu nome? Cocó? Ah, o que deu em mim? Estou conversando com uma galinha!

Miley tentou pegar a galinha nas mãos, mas o animal voou sobre sua cabeça.

-WOW! – disse uma voz masculina atrás dela. Miley se virou pronta para pedir desculpas:

-Ah, Deus, desculpe, desculpe, eu não tive a intenção de...

A voz de Miley sumiu. Ela encarou a pessoa que segurava galinha nas mãos. Não poderia ser ele, talvez fosse um irmão gêmeo perdido, ou um Doppelgänger, mas não era ele, não mesmo.

-Miley? – perguntou o garoto parado na frente dela.

-Hm... Ah, hã... – Miley tentou encontrar a língua. Respirou fundo e engoliu em seco – Acho que sou eu.

A garota nunca se sentiu tão estúpida ao dizer tais palavras.

-Você lembra-se de mim?

Aquele, definitivamente, não era um Doppelgänger.

-L-Logan? – perguntou engasgada.


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Notas finais do capítulo

É, primeiro capítulo. Não sei se está realmente bom, até por que, eu me empolguei muito em escrever essa fanfic, e geralmente, quando me empolgo, as coisas dão errado. Enfim, devo continuar, ou não? :)