The Story Of a Fighter Girl: The Secret escrita por Mona


Capítulo 18
Siga Aquela Francesa


Notas iniciais do capítulo

Eu tava meio sem inspiração hoje... mas resolvi postar mesmo assim porque não quero deixar vocês esperando 15 dias. rs
Aproveitem.



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Passei o resto do dia mais quente do ano fritando feito ovo em frigideira. Depois da aula, fiquei uns 20 minutos debaixo da água gelada, e ainda estava um pouco mole na luta, tendo que sair várias vezes para tomar água. Tudo por causa da porcaria do aparelhinho francês.

Pelo menos eu consegui dormir mais que a noite anterior, já que coloquei o ventilador de Livvie virado diretamente para mim. Acho que ela só me deixou fazer isso porque ainda estava com um pouco de remorso do dia que me abandonou.

Antes de dormir conversamos um pouco e ela me disse que ficou sabendo que Kathy vai sair com Rupert na quinta às 8 horas da noite. Era uma pena, porque eu vou ter que perder Doctor Who.

-Como assim? –ela me olhou como se eu tivesse algum problema mental.

-Doctor Who passa justamente nesse horário. –ela ainda não entendeu.

-Sophie, não é você que vai nesse encontro, você sabe disso, não é? –Livvie estava com o mesmo olhar desconfiado.

-Lógico. –ela suspirou de alívio- Lógico que eu vou, e você vai comigo.

Livvie deu um risinho, revirando os olhos. E eu abri um sorriso perverso, assustando-a.

-O que você pensa que vai fazer?

-Nós vamos. Nós vamos seguir aqueles dois para ver o que aquele verme pretende. Ele não marcaria um encontro simplesmente por acaso.

Ela pensou um pouco.

-De qual verme você está falando? –nós duas rimos loucamente- Mas o que você pretende fazer exatamente?

-Elementar, minha cara Livvie...

Saímos do quarto às 7 horas da noite, as duas vestidas com roupas escuras e gorros enfiados até os olhos. A noite de quinta-feira estava fria, apesar de os últimos dias estarem um pouco abafados. Esgueiramo-nos até o quarto de Kathy, evitando qualquer um que fosse. Quando chegamos ao local, ela estava conversando sobre qual roupa usar com sua colega de quarto, que era, se não me engano, uma menina da minha classe de Matemática chamada Corean, descendente de japoneses.

-Você deveria ir com uma saia mais curta. –dizia uma voz fofa, de criança, provavelmente de Corean.

-Creio que essa é a mais curta que eu possuo. E já estou achando um pouco indecente! –é, com certeza essa era Kathy.

-Mas se você quer pegar o menino, tem que ir um pouco indecente. Você nunca foi num encontro por acaso? –um breve silêncio, deduzi que Kathy balançava a cabeça negativamente- Então não sabe como os meninos são.

-Ela nunca foi num encontro? Com toda aquela perfeição exalando dela? –Livvie sussurrou para mim.

-Eu deduzi a mesma coisa, cara Livvie.

-Devemos nos calar e continuar a ouvir a conversa, podemos perder algo importante para nosso caso. –concordei com a cabeça.

Estávamos falando como detetives e agindo como espiãs. Acho que estou passando um pouco de minha loucura para minha amiga.

-Está linda! –exclamou Corean depois de alguns minutos.

-Eu não me sinto confortável em tal vestimenta... Acho que devo me trocar. –a francesa estava falando com mais formalidade que o normal.

-Não, não. Confie em mim, ele vai amar. Esse moleque vai comer na sua mão depois desse encontro! –ela riu com malícia e, graças a meu ouvido sensível de espiã, consegui ouvir um suspiro vindo da outra menina.

-Melhor eu me apressar, não quero deixá-lo esperando.

-Ah! Essa era a outra dica que eu vou te dar: chegar atrasada é charmoso. Não faz essa cara! É verdade! Você não pode chegar exatamente na hora, perde todo o encanto. Você tem que chegar por volta de 6 a 12 minutos atrasada, mais que isso ele vai desistir de esperar ou se irritar, menos que isso ele vai achar que você está desesperada.

-Eu não sei...

-Eu já disse para confiar em mim! Eu já tive mais namorados que você. –ela riu novamente e eu e Livvie reviramos os olhos.

-Tudo bem. Eu vou confiar em você, Corean, mas se tudo der errado a culpa será sua.

A francesa falou a última frase com um toque de ameaça, o que me assustou um pouco. Nunca a vi falar com o mínimo de raiva. Depois, a descendente japonesa desatou a falar de todos os namorados que já teve e como os conquistou com seus lindos olhos negros puxados ou seus cabelos escuros quase sempre cheios de pequenas tranças (que ela vivia fazendo durante a aula de Matemática). Livvie e eu, como vimos que o assunto era inútil, decidimos discutir como faríamos para espionar os dois, já que o Café de Liverpool era um lugar aberto com pouquíssimos bons esconderijos.

A nossa única falha, porém, foi fazer isso na frente do quarto das duas garotas.

Kathy abriu a porta após alguns minutos de conversa inútil e meu coração parou.

Fomos descobertas.

Mas, graças aos nossos reflexos ninjas, eu e Livvie demos um pulo para trás, nos escondendo atrás da porta recém-aberta. Grudamos na parede, esperando o pior enquanto a francesinha se despedia de Corean. Ela fechou a porta com delicadeza, mas sem olhar para a trás, para nossa sorte.

Depois ela caminhou elegantemente em direção a escada do dormitório feminino. Foi quando vimos a roupa em que ela se encontrava e, francamente, era indecente. Muito, por sinal.

Ela usava uma saia roxa escura, não muito apertada que mal cobria o começo de sua coxa. Não havia nem uma meia-calça para melhorar a situação. Depois de suas perfeitas pernas nuas, vinham dois saltos pretos de 7 cm (segundo Livvie). Em cima ela usava uma blusa preta lisa, e um casaquinho delicado do mesmo tom de roxo da saia, além da bolsa prata escura pendurada em um dos ombros. Estava bonita, sim, mas parecia que ia a uma festa de 15 anos, não em uma cafeteria da escola numa quinta-feira.

Seguimos a garota, que causava espanto por todas as pessoas que passava. O incrível é que ela não parecia estar constrangida com a situação, só estava incomodada com a saia.

Ela chegou exatamente 7 minutos atrasada, assim como Corean tinha dito para ela fazer. Mas ela não contava com uma coisa: seu encontro não era com qualquer menino, era com Rupert. E Rupert não é pontual, não importa se o seu encontro é com a Kathryn Champoudry ou se é com a Megan Fox.

Kathy se sentou em uma das mesas, olhando aflita para o relógio de seu celular. E nós passamos sorrateiramente por trás dela, nos escondendo no balcão. A moça da cafeteria olhou para nós com uma expressão engraçada, talvez pensando o porquê que haviam duas adolescentes vestidas de assaltantes abaixadas atrás de uma prateleira cheia de brigadeiros e bolinhos.

Confesso que tivemos que segurar o riso ao explicar para a moça, em sussurros, o que estávamos fazendo ali. Ela, sendo muito simpática conosco, acabou achando que eu gostava do menino que íamos espionar. Eu a perdoei por acreditar nisso, já que ela deixou ficarmos lá.

Tivemos que esperar, numa posição bem desconfortável, quase meia hora antes de o Senhor Pontual chegar. Mas, devo admitir que valeu muito a pena...


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Notas finais do capítulo

Vocês gostaram? Ficou... sei lá... tosco (?)
Mas whatever.
Bjs :*
PS: Corean não é exatamente um nome japonês mas eu inventei na hora e coloquei hehe
PSS: Doctor Who é a única série britânica que eu conheço, por isso coloquei aí. Eu não ia fazer a Sophie assistir novela, né? shaushu



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