The Story Of a Fighter Girl: The Secret escrita por Mona


Capítulo 16
Aquela Sensação de Bater em um Filhote de Coelho


Notas iniciais do capítulo

Hey dudes, to aqui postando novamente porque eu não gosto de deixar vocês esperando 15 dias (sou tão legal -que).
Aproveitem.



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Idiota! Idiota! Idiota! Como eu pude fazer uma coisa dessas com a minha amiga? Como? Eu sou uma pessoa horrível! Ah! E ela não é qualquer amiga, ela é a Livvie. A Livvie que me aturou todos esses anos, que me deu suporte mesmo eu sendo uma pessoa horrível. E aí eu fico brava com ela por causa de uma coisa boba que ela não tinha obrigação nenhuma de fazer e quase a mato!

Depois de chorar por alguns minutos ao lado do corpo desmaiado de Livvie feito uma retardada, retomei a consciência e a levei para a enfermaria no colo.

Eu disse que foi um acidente, que ela tinha tropeçado na escada e rolado enquanto íamos para a aula. Mas a enfermeira ficou desconfiada. Ela olhava para o galo enorme na cabeça da minha amiga e o roxo em sua barriga, depois desviava o olhar para mim. Aqueles olhos azuis e desconfiados por trás das lentes e rodeados por rugas me davam calafrios.

A velha me mandou ir para a sala de aula, se não eu perderia a primeira aula. Acabei cedendo depois de muito insistir para ficar com ela.

Estava muito nervosa para ouvir os professores. Luke veio falar comigo no intervalo entre a terceira e quarta aula. Ele me perguntou ser eu estava me sentindo melhor e disse que sim, sem nem prestar atenção no que estava falando. Eu roía as unhas, esperando dar o sinal para entrar na classe de física.

-O que está te preocupando? –ele perguntou em uma voz calma.

-Nada. –respondi um segundo depois da pergunta. Ele me olhou desconfiado.

-Nada? Se fosse nada você não estaria acabando com sua unha. –ele deu um sorriso simpático- Pode contar para mim Sophie, se não você vai acabar engolindo sua mão.

-Não é nada! –olhei para ele com a cara mais confiante que podia fazer, mas mais parecia que eu estava com embrulho no estômago.

-Tudo bem. –ele ficou um pouco decepcionado por achar que eu não confio nele, fiquei com dó.

-É a Livvie. –resolvi mentir como fiz para a enfermeira- Ela caiu da escada quando estávamos vindo para a aula e agora está na enfermaria desmaiada. Estou muito preocupada com ela. Na hora do almoço vou vê-la. É só isso.

-Só isso? Livvie está na enfermaria desmaiada e é só isso? –sua expressão calma se tornou uma profunda preocupação, achei que ele ia ter um ataque do coração ali mesmo- Por que não queria me contar?

Suspirei. Lá vou eu mentir novamente. Eu não queria inventar coisas para o Luke, ele me ajudou de verdade e é uma das pessoas mais confiáveis que conheço, mas eu não podia falar a verdade. Ele iria me odiar para sempre...

-Exatamente por causa disso. Você fica mais preocupado que eu, parece uma mãe protetora. Ainda mais com Livvie...

-O que quer dizer com isso?

-Está meio na cara que você gosta dela... –murmurei.

-Eu gosto dela sim, Sophie. Assim como gosto de meus outros amigos, assim como gosto de você.

-Não, você gosta muito dela... Tipo, muito. –murmurei novamente.

-É, eu gosto muito dos meus amigos.

-Não, você se importa com ela... –ele não estava entendo meus murmúrios, não é possível.

-É o que estou tentando te dizer, Sophie, eu me importo com meus amigos. Por isso passei a noite com você e...

-Não! Você gosta mais dela. Namoradinhos? Entendeu? Você gosta dela mais do que amiga. –falei em alto e bom som. Espero que ele entenda agora.

Luke parecia corar.

-Eu não. Eu gosto dela como amiga e me preocupo com ela porque é minha amiga. Olha, tocou o sinal. Melhor eu ir para a minha classe, tenho aula de matemática agora. A sua é física agora? Boa física.

Ele saiu disfarçando a pressa. Dei um risinho. Ele é tão fofinho quando está envergonhado. Pelo menos parei um pouco de pensar na Livvie. Luke sempre sabe o que fazer para me deixar melhor. Mesmo que não seja intencionalmente.

Finalmente, chegou a hora do almoço. Eu saí da sala antes que todo mundo, dois segundos antes de bater o sinal. Voei para a enfermaria quando um ser muito amigável colocou o lindo pé lindamente na frente da minha linda pessoa. E eu enterrei o rosto lindamente no chão. Não consegui ver o rosto do cidadão que fez tal brincadeira porque fiquei estendida no piso gelado por alguns minutos, antes de recobrar o fôlego para levantar. E, quando o fiz, virei para trás e tinham varias pessoas olhando para mim e segurando o riso. Não consegui pegar o desgraçado.

Virei para frente novamente, a fim de tentar ir para a enfermaria até que Luke me parou.

-Oi de novo. –ele deu um sorriso simpático.

-Oi Luke. –eu nem pensei que poderia ser ele o brincalhão, afinal Luke é o menino mais educada da escola e talvez da face da Terra.

-Está indo para a enfermaria? Ei, o que aconteceu com seu rosto?

-Eu estava até algum idiota colocar o pé na minha frente e eu ralar o rosto no chão. –suspirei nervosa.

-Nossa! Coitadinha! –ele passou delicadamente o dedo pelo meu rosto tirando a poeira do chão. Não consegui deixar de ficar um pouco vermelha.

-Eu estou bem. E já estou indo para a enfermaria mesmo.

Recomecei a andar. Luke se juntou a mim, me acompanhando.

-O que está fazendo?

-Vou com você a enfermaria. –ele sorriu para mim.

-Mas eu não deixei. –parei de andar e virei para ele, tentando fazer uma cara de brava.

Ele hesitou um pouco.

-Mas eu quero ver Livvie.

-Sinto muito. –recomecei a andar e percebi que ele ficara parado atrás de mim.

Ainda bem que Luke é educado, ele nunca faria algo sem a permissão da pessoa.

Quando cheguei à enfermaria, Livvie estava sentada sozinha na maca, bebendo chá. Fiquei extremamente feliz em vê-la acordada. E sozinha.

-Livvie! –corri para abraçá-la- Estava tão preocupada! Você está melhor?

Ela me afastou, olhando-me com um rosto de reprovação.

-Minha cabeça dói ainda. Muito. –ela falava friamente- E a culpa é sua.

-Desculpa! Desculpa! Desculpa! Eu prometo nunca mais te machucar! Desculpa Livvie! Por favor, me desculpa! Eu estava me sentindo tão culpada... Eu não acredito que machuquei você. Desculpa! Você é minha melhor amiga! –fui falando tudo o que eu pensava sem nem parar para respirar, algumas lágrimas caíram de meus olhos.

Vi sua expressão mudar.

-Tudo bem, tudo bem. Eu te perdoo. Calma Sophie, não precisa chorar, foi um acidente.

Limpei as lágrimas o mais rápido que pude.

-Não estou chorando, eu só estava preocupada com você. Você é uma das poucas pessoas em que posso confiar Livvie, e a minha melhor amiga. Eu não queria ter te machucado. Te bater é a mesma coisa que bater em um filhotinho de coelho.

Ela deu risada.

-Eu entendo. Você só estava com raiva de mim. Não tem problema, eu agi errado mesmo. Eu devia ter ficado com você até ter acabado a luta pelo menos. Estamos quites agora.

Fiz que sim com a cabeça, sorrindo. É por isso que eu amo a Livvie, ela não podia ser uma amiga melhor.


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Notas finais do capítulo

Ah, o remorso. Coisa irritante que é o remorso.
Vejo vocês na resposta dos reviews e na próxima semana. rs



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