The Story Of a Fighter Girl: The Secret escrita por Mona
Notas iniciais do capítulo
Hey dudes, to aqui postando novamente porque eu não gosto de deixar vocês esperando 15 dias (sou tão legal -que).
Aproveitem.
Idiota! Idiota! Idiota! Como eu pude fazer uma coisa dessas com a minha amiga? Como? Eu sou uma pessoa horrível! Ah! E ela não é qualquer amiga, ela é a Livvie. A Livvie que me aturou todos esses anos, que me deu suporte mesmo eu sendo uma pessoa horrível. E aí eu fico brava com ela por causa de uma coisa boba que ela não tinha obrigação nenhuma de fazer e quase a mato!
Depois de chorar por alguns minutos ao lado do corpo desmaiado de Livvie feito uma retardada, retomei a consciência e a levei para a enfermaria no colo.
Eu disse que foi um acidente, que ela tinha tropeçado na escada e rolado enquanto íamos para a aula. Mas a enfermeira ficou desconfiada. Ela olhava para o galo enorme na cabeça da minha amiga e o roxo em sua barriga, depois desviava o olhar para mim. Aqueles olhos azuis e desconfiados por trás das lentes e rodeados por rugas me davam calafrios.
A velha me mandou ir para a sala de aula, se não eu perderia a primeira aula. Acabei cedendo depois de muito insistir para ficar com ela.
Estava muito nervosa para ouvir os professores. Luke veio falar comigo no intervalo entre a terceira e quarta aula. Ele me perguntou ser eu estava me sentindo melhor e disse que sim, sem nem prestar atenção no que estava falando. Eu roía as unhas, esperando dar o sinal para entrar na classe de física.
-O que está te preocupando? –ele perguntou em uma voz calma.
-Nada. –respondi um segundo depois da pergunta. Ele me olhou desconfiado.
-Nada? Se fosse nada você não estaria acabando com sua unha. –ele deu um sorriso simpático- Pode contar para mim Sophie, se não você vai acabar engolindo sua mão.
-Não é nada! –olhei para ele com a cara mais confiante que podia fazer, mas mais parecia que eu estava com embrulho no estômago.
-Tudo bem. –ele ficou um pouco decepcionado por achar que eu não confio nele, fiquei com dó.
-É a Livvie. –resolvi mentir como fiz para a enfermeira- Ela caiu da escada quando estávamos vindo para a aula e agora está na enfermaria desmaiada. Estou muito preocupada com ela. Na hora do almoço vou vê-la. É só isso.
-Só isso? Livvie está na enfermaria desmaiada e é só isso? –sua expressão calma se tornou uma profunda preocupação, achei que ele ia ter um ataque do coração ali mesmo- Por que não queria me contar?
Suspirei. Lá vou eu mentir novamente. Eu não queria inventar coisas para o Luke, ele me ajudou de verdade e é uma das pessoas mais confiáveis que conheço, mas eu não podia falar a verdade. Ele iria me odiar para sempre...
-Exatamente por causa disso. Você fica mais preocupado que eu, parece uma mãe protetora. Ainda mais com Livvie...
-O que quer dizer com isso?
-Está meio na cara que você gosta dela... –murmurei.
-Eu gosto dela sim, Sophie. Assim como gosto de meus outros amigos, assim como gosto de você.
-Não, você gosta muito dela... Tipo, muito. –murmurei novamente.
-É, eu gosto muito dos meus amigos.
-Não, você se importa com ela... –ele não estava entendo meus murmúrios, não é possível.
-É o que estou tentando te dizer, Sophie, eu me importo com meus amigos. Por isso passei a noite com você e...
-Não! Você gosta mais dela. Namoradinhos? Entendeu? Você gosta dela mais do que amiga. –falei em alto e bom som. Espero que ele entenda agora.
Luke parecia corar.
-Eu não. Eu gosto dela como amiga e me preocupo com ela porque é minha amiga. Olha, tocou o sinal. Melhor eu ir para a minha classe, tenho aula de matemática agora. A sua é física agora? Boa física.
Ele saiu disfarçando a pressa. Dei um risinho. Ele é tão fofinho quando está envergonhado. Pelo menos parei um pouco de pensar na Livvie. Luke sempre sabe o que fazer para me deixar melhor. Mesmo que não seja intencionalmente.
Finalmente, chegou a hora do almoço. Eu saí da sala antes que todo mundo, dois segundos antes de bater o sinal. Voei para a enfermaria quando um ser muito amigável colocou o lindo pé lindamente na frente da minha linda pessoa. E eu enterrei o rosto lindamente no chão. Não consegui ver o rosto do cidadão que fez tal brincadeira porque fiquei estendida no piso gelado por alguns minutos, antes de recobrar o fôlego para levantar. E, quando o fiz, virei para trás e tinham varias pessoas olhando para mim e segurando o riso. Não consegui pegar o desgraçado.
Virei para frente novamente, a fim de tentar ir para a enfermaria até que Luke me parou.
-Oi de novo. –ele deu um sorriso simpático.
-Oi Luke. –eu nem pensei que poderia ser ele o brincalhão, afinal Luke é o menino mais educada da escola e talvez da face da Terra.
-Está indo para a enfermaria? Ei, o que aconteceu com seu rosto?
-Eu estava até algum idiota colocar o pé na minha frente e eu ralar o rosto no chão. –suspirei nervosa.
-Nossa! Coitadinha! –ele passou delicadamente o dedo pelo meu rosto tirando a poeira do chão. Não consegui deixar de ficar um pouco vermelha.
-Eu estou bem. E já estou indo para a enfermaria mesmo.
Recomecei a andar. Luke se juntou a mim, me acompanhando.
-O que está fazendo?
-Vou com você a enfermaria. –ele sorriu para mim.
-Mas eu não deixei. –parei de andar e virei para ele, tentando fazer uma cara de brava.
Ele hesitou um pouco.
-Mas eu quero ver Livvie.
-Sinto muito. –recomecei a andar e percebi que ele ficara parado atrás de mim.
Ainda bem que Luke é educado, ele nunca faria algo sem a permissão da pessoa.
Quando cheguei à enfermaria, Livvie estava sentada sozinha na maca, bebendo chá. Fiquei extremamente feliz em vê-la acordada. E sozinha.
-Livvie! –corri para abraçá-la- Estava tão preocupada! Você está melhor?
Ela me afastou, olhando-me com um rosto de reprovação.
-Minha cabeça dói ainda. Muito. –ela falava friamente- E a culpa é sua.
-Desculpa! Desculpa! Desculpa! Eu prometo nunca mais te machucar! Desculpa Livvie! Por favor, me desculpa! Eu estava me sentindo tão culpada... Eu não acredito que machuquei você. Desculpa! Você é minha melhor amiga! –fui falando tudo o que eu pensava sem nem parar para respirar, algumas lágrimas caíram de meus olhos.
Vi sua expressão mudar.
-Tudo bem, tudo bem. Eu te perdoo. Calma Sophie, não precisa chorar, foi um acidente.
Limpei as lágrimas o mais rápido que pude.
-Não estou chorando, eu só estava preocupada com você. Você é uma das poucas pessoas em que posso confiar Livvie, e a minha melhor amiga. Eu não queria ter te machucado. Te bater é a mesma coisa que bater em um filhotinho de coelho.
Ela deu risada.
-Eu entendo. Você só estava com raiva de mim. Não tem problema, eu agi errado mesmo. Eu devia ter ficado com você até ter acabado a luta pelo menos. Estamos quites agora.
Fiz que sim com a cabeça, sorrindo. É por isso que eu amo a Livvie, ela não podia ser uma amiga melhor.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Ah, o remorso. Coisa irritante que é o remorso.
Vejo vocês na resposta dos reviews e na próxima semana. rs