Se passaram alguns meses depois do noivado de Ravena e Robin e eles estão cada vez mais unidos e felizes. Robin a amava mais do que tudo e queria estar com ela por inteiro, mas não queria preciona-la. Ravena sentia o mesmo por Robin, mas tenha medo de que suas emoções se alterassem de uma maneira que talvez destruisse toda a cidade. Pra amenisar as suas dúvidas, Ravena, a contra-gosto, foi pedir a opinião de Estelar. A alienígena estava na cozinha, testando uma das suas receitas da culinária tanamariana. Junto com ela estava Mutano, que estava comendo um pedaço de pizza.

- Estelar, um preciso falar uma coisa com você. - disse Ravena olhando para a alienígena, depois completou olhando para o garoto verde. - Mutano, você pode nos deixar um pouco a sós?

- A sós por que? O que vocês vão fala que eu não posso ouvir? - perguntou Mutano interessado.

- Nada que seja da sua conta. - respondeu Ravena, fuzilando o garoto com os olhos.

- Tá, eu já entendi, já tó saindo! - disse Mutano, indo embora.

- O que você queria me dizer que o Mutano não pode ouvir? - perguntou Estelar.

- É que... Que eu queria saber como se sabe... Er,,, - por mais que tentasse as palavras não saiam pela sua boca.

- Pode dizer, amiga Ravena. - encorajou Estelar.

- É que eu... O Robin e eu nos amamos muito e eu queria ficar... Er... Mais "próxima" dele. - disse Ravena, ficando muito corada.

- Mas vocês já não são próximos? Como assim? Acho que não entendi! - comentou a alienígena inocentemente.

- É que nos já estamos namorando a um certo tempo, e já noivamos... E eu sinto que o Robin deseja, ah... Como posso dizer... Ele gostaria que tivéssemos um grau a mais de intimidade, entende? - explicou Ravena.

Só então Estelar entendeu do que se tratava, corando intensamente só de pensar no assunto.

- S-Sim entendo, mas qual é exatamente o problema? Ouvi dizer que aqui na terra é permitido aos namorados terem essa "proximidade". Diferente de Tamaran, onde só podem essas práticas após o casamento. - falou Estelar.

- O problema é que eu tenho receio de perder o controle das minhas emoções e dos meus poderes. - disse Ravena.

- Eu te compreendo amiga Ravena. - falou Estelar.

- Mas também, eu amo muito o Robin, e quero provar o meu amor a ele. - confidenciou Ravena, voltando a ficar corada.

- O que eu posso te aconselhar é : siga o seu coração. Escute e obedeça o que ele diz. - falou a tanamariana.

- Obrigada pela ajuda Estelar. - disse Ravena.

- De nada amiga Ravena. - disse Estelar abraçando Ravena.

Depois de conversar com Estelar, Ravena foi para o terraço meditar. No fim da tarde, Robin convidou Ravena para ir ao cinema, e depois do filme, eles foram a pizzaria. Chegando de volta na torre, Robin disse:

- Você esteve calada o caminho todo, há algo errado?

- Não, nada não, só estava pensando. - disse Ravena.

Eles entrarem em silencio na torre. Na sala, Robin pegou uma das mãos de Ravena e disse:

- Eu sei que devia esperar um momento e lugar melhor.... E sei também que faz pouco tempo que noivamos, mas é que eu te amo e não quero desperdiçar mais tempo... - Ravena não entendeu nada, e antes que dissesse algo, Robin tirou do bolço um anel, se ajoelhou e completou. - Rachel Roth, você quer casar comigo?

Ravena ficou fora de órbita, não sabia se ria ou se chorava. Ela esperava que ele dissesse qualquer coisa, menos que a pedisse em casamento.

- Eu aceito. - respondeu ela, depois de se recompor.

Depois de selarem o compromisso com um beijo, cada um foi para o seu quarto dormir. No meio da noite, Ravena acordou com a forte tempestade, os raios e trovões não a deixavam dormir, então começou a pensar sobre a conversa que teve com Estelar de tarde, a sua cabeça dizia uma coisa, mas o seu coração dizia outra, Então ela decidiu seguir o conselho de Estelar e seguiu o seu coração. Ela levantou da sua cama, saiu do quarto e foi em direção ao quarto de Robin. Robin ainda estava acordado, porque estava fazendo estratégias de combate, quando ouviu batidas na porta, ele estranhou pelo adiantado da hora, mas levantou da cadeira e foi abrir. A última pessoa que ele esperava era Ravena, e muito menos que ela diria o que disse:

- E-Eu posso dormir aqui com você, só essa noite? - perguntou a garota, ficando muito vermelha.

- Sim, pode sim, entre. - respondeu Robin.

O quarto de Robin era bem arrumado, exerto por uma mesa que estava abarrotada de papéis, compassos e réguas. Depois de dar uma ajeitada nos papeis que estavam em cima da cama e no chão, Robin foi até o banheiro trocar de roupa e vestir o seu pijama.
Ravena continuou sentada á beira da cama, estava nervosa. Pensamentos estranho pairavam sua mente, coisas que jamais pensara antes.
Robin voltou em seguida, ao voltar para o quarto, foi fitado por um par de olhos violetas. Robin trajava um pijama normal, uma calça comprida num tom de vermelho escuro, e uma camiseta no mesmo tom, ambas as peças eram de algodão. Apesar disso, Ravena não conseguia retirar seus olhos dele. Robin corou levemente, pelo olhar intenso de Ravena, que percebendo isso, levantou-se da cama e caminhou em direção contrária a Robin. Chegando junto a janela, abriu as cortinas e pôs-se a observar a noite.

- A chuva está forte. - comentou Robin, aproximando-se de Ravena.

- Concordo! - Respondeu Ravena num fio de voz, ao perceber que Robin estava muito próximo dela.

Robin aproximou o seu rosto do dela, no intuito de beija-la. Ravena desviou o rosto de leve.

- Ah... er... acho que foi uma má idéia... acho melhor eu ir para o meu quarto. - disse Ravena, tentando ao máximo manter o tom de voz tranqüilo, em vão.

- Não, fique aqui comigo. - pediu Robin, segurando uma das mãos dela.

- Mas... - Ravena tentou argumentar, mas desistiu, quando Robin acariciou o seu rosto com as costas das mãos.

Robin segurou o rosto dela, e aproximando-o do seu, beijando-lhe os lábios. O beijo inicialmente tímido, tornou-se ávido. Sensações até então desconhecidas tomaram conta de seus corpos. Robin conduziu-a lentamente até a cama, abrandando o beijo, tateando o broche que pendia a capa de Ravena e abriu-o. Em seguida, com a ajuda de Ravena, retirou a camiseta,tocando a mesma em algum canto qualquer. Afastando as madeixas sedosas do rosto alvo, beijou-lhe o pescoço. Inconscientemente, Ravena murmurou o seu nome. Esse sussurro acordou-o de seus desvaneios. - "Como pode te-la induzido a dormir com ele sem ao menos saber se ela realmente queria?" - Esse pensamento o afligiu. Ravena não não entendeu o porque de Robin estar hesitante, sentando-se. Abatendo-lhe uma grande dúvida: - "Será que ele tinha receio que seus poderes se descontrolassem, causada pela onda de emoções recentes?" - Resolveu pergunta-lo, e se espantando pela resposta negativa.

- O que foi? - inquiriu ela confusa, receando a resposta.

- Ah... eh... Acho que devemos adiar mais um pouco. - respondeu Robin, extremamente corado. - É... que você pode estar se deixando levar, e ...

- Robin, você não está me forçando a nada, se resolvi ficar, é porque te amo. - disse a empata, com voz suave, sentando-se ao seu lado.

Ravena colocou ambas as mãos no rosto do garoto e beijou-o com ternura. Robin deitou-se junto a ela, e tornou a beijar-lhe, alternadamente entre a orelha, o queixo e o pescoço. Rapidamente a chama reacendeu -se em ambos. O garoto-prodígio deslizou uma das mãos pelas costas de Ravena, a procura do zíper do colante, que quando foi aberto, causou na dona do mesmo, um arrepio na espinha. Ao retirar por completo o colante, Dick ficou boquiaberto, diante da visão semi nua da empata. Nesse instante, sentiu dedos delicados e esguios sobre sua máscara. Robin hesitou, por um instante, mas acabou dando-se por vencido, deixando que ela retirasse a máscara. Ravena admirou o rosto do garoto. Por trás da máscara, existia um lindo par de olhos azuis, adornado um belo rosto, que sem dúvida, fora o mais extremamente belo que já vira.
Ao contrário do que temia que acontecesse, Ravena não perdeu o controle dos seus poderes e nem destruiu uma lâmpada ou qualquer outro objeto sem querer. Não No dia seguinte, Robin acordou nos braços de sua amada, que dormia como um anjo, ele até que ia levantar cedo, mas desistiu, ao fitar Ravena, ela estava tão linda, adormecida ali ao seu lado, o seu rosto transmitia tanta paz, que ele não quiz acorda-la. Robin queria apenas continuar a contemplar aquela bela criatura, enquanto pensava nas tantas outras manhãs em que acordaria e contemplaria aquele belo rosto.