Kaeru já estava cansado, estava com dor de cabeça, decidia ir pra casa mais cedo quando viu uma pessoa sentada na calçada em frente de sua casa.

Kaeru: Mas, quem é você...?

Kai: Mano, não se lembra do seu próprio irmão?

Kaeru: Kai...? Pensei que não viria mais.

Kai: Pra quê essa cara de surpreso, irmão?

Kaeru: Precisamos conversar, entre logo. – abria a porta da casa, os dois entravam.

Kai: Ai,ai já sei... lá vem você brigando comigo, não é?

Kaeru: O que houve com a mamãe e o papai?

Kai: Estão na Alemanha, aqueles lá não gostam do ambiente japonês.

Kaeru: O que veio fazer aqui?

Kai: Como você fugiu deles... Pensei em fazer o mesmo.

Kaeru: eu não fugi!!

Kai: Desde criança era ameaçado por Tora, mesmo não tendo idade para ser independente... Você fugiu.

Kaeru: Acha que agüentaria o nosso pai? Ele só queria que eu seguisse a mesma carreira que ele! E isso, pode ter certeza, eu não vou fazer.

Kai: Pois é, mas e se eles voltarem pra cá?

Kaeru: Eles terão que aceitar a minha decisão.

Kai: Kaeru, também vai fugir de tudo que sacrificou por causa daquela garota?

Kaeru: Já disse que não é para tocar no nome da Maki.

Kai: Você deixou de estudar na Alemanha, brigou com nossos pais. Jogou fora tudo o que eles haviam planejado para você!

Kaeru: O que adianta estar estudando no exterior, ter dinheiro... Nada disso me fará feliz. Mas creio que você não entenda nada disso.

Kai: O que ela tem de tão especial?

Kaeru: Nada. É só uma garota comum.

Kai: Então por quê?

Kaeru: O que quer que eu responda? Aconteceu. Eu fui cativado e agora a amo. Não tem mais volta, eu a amo.

Kai: Não tem algum jeito de parar de amá-la?

Kaeru: Kai, se não a esqueci durante todo esse tempo.... Como posso esqueça-la agora?

Enquanto isso, longe dali...

Maki entrava em uma casa, abria a porta de um quarto e se sentava ao lado de uma senhora.

Maki: Vovó, sou eu. Shinjitsu Maki.

Nayumi: Como está, Maki?

Maki: Estou bem... Sabia que reencontrei Kaeru?

Nayumi: Que bom, como ele está? Ele está muito diferente?

Maki: Só na aparência por que a personalidade continua a mesma... Ele parece mais preocupado comigo, mesmo que meu pai...

Nayumi: Eu sei o que seu pai te forçou. Ele te prendia em um quarto escuro, fazia você ficar excluída. Mas, ele mereceu ser preso. Quanto ao Kaeru, acho que ele só está te protegendo. Ou será que há outro motivo?

Maki: Outro... Motivo?

Nayumi: Vocês dois não são mais duas crianças, e a amizade pode virar outra coisa bastante diferente.

Maki: As vezes o Ryoma ficava dando uma risada irônica quando eu dizia que ia visitar o Kaeru, mas nunca pensei nessa posibilidade.

Nayumi: Bem, pode ser apenas um pensamento... Talvez eu esteja errada. Mas, foi por isso que veio me visitar?

Maki: Ah é, eu vim para conversarmos sobre a festa de natal da família.

Nayumi: Entendo, pretende vir?

Maki: Sim, não posso mais fugir da minha própria família. Antes era por medo de ver que não seria aceita pela família, mas isso era complexo por causa do que meu pai me fez...

Nayumi: Que bom, pois a nossa família quase nunca te via. Será até bom você ir.

Maki: E se a Ayaka e o Tora estiverem lá... Também não quero fugir. Tenho que enfrenta-los.

Nayumi: Sábia decisão. – sorria.