P.s: Eu Te Amo escrita por Barbara Sá


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura *-*



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P.S.: eu te amo

           

Meu nome é Amanda Gabrielle. Tenho 15 anos, e estou sozinha no meu quarto lendo crepúsculo. Acabei de cancelar uma saída com meus amigos por causa dos livros (de novo). Pouco me importa.

            Eu já sabia cada parte de co, e podia recitar o livro em voz alta sem errar, mas não me cansava de lê-lo e lê-lo sem parar.

            Às vezes (ou melhor, sempre) eu tentava ser como Bella, e esse era um dos grandes motivos desse surto anti-social.

            - “Quando a vida lhe dá um sonho alem de todas suas expectativas, é irracional se lamentar quando ele chega ao fim”.– eu amava recitar o prólogo de Twi em voz alta. Era como entrar na historia.

            - Amanda Gabrielle! Abra já essa porta!

            - Já vai mãe!

            Eu me levantei e abri a porta.

            - Eu posso saber por que essa é a segunda vez que me ligam perguntando porque eu não deixei você sair? Você sabe que eu não sou de te proibir de fazer as coisas.

            - Não é nada mãe. Eu só não estava a fim de ir. Eles devem achar que estou de castigo.

            - É bom você conversar com seus amigos. Não quero meu celular tocando toda vez que você não quiser ir pra night.

            Minha mãe falando isso parecia ate uma irmã mais velha.

            - Tudo bem mãe.

            Eu entrei para o quarto e me arrumei para o ultimo encontro da catequese. Eram os preparativos finais para o retiro pré-crisma e eu tinha duas opções: ir e ir.

            Fui no encontro onde decidimos hora e local de encontro: sete da manha, porta da igreja.

            O retiro seria no dia seguinte, um domingo, e tirando a reflexão bíblica que faríamos após o café, não tínhamos horários, o que fazia do nosso retiro um passeio.

            Arrumei o que ia levar e fui, ainda chateada por ter sido ESTRITAMENTE proibida de levar qualquer coisa relacionada a twi.

            A ida foi uma chatice, e eu só não dormi durante a reflexão porque o resto da turma parecia estar bastante animado.

            A reflexão mal havia acabado, quando todos correram e pularam na piscina.

            Olhei para todos aqueles sem noção, quando avistei um pequeno chalé, virado para os fundos da propriedade. Decidi ir ate lá. Parecia legal (e sozinho).

            Sentei na escada que dava acesso ao chalé e fiquei observando o laguinho que havia ali, quando fui interrompida.

            - Linda a vista ne?

            - É sim er... – eu tentei ler o nome no seu crachá de visitante e dei conta de que não sabia pronunciar “aquilo”.

            - Ah! Me desculpe... Amanda né?

            - Sim.Amanda Gabrielle.

            - Minha mãe fala muito de vocês. Os catequizandos.

            - Você é filho da Steph?

            - Sou sim. eu não moro aqui em BH. Moro no rio grande do sul.

            - Ela nunca falou de você. Na verdade ela nunca fala da família dela.

            - A mamãe é assim mesmo.   

            O papo se estendeu pelo resto da manhã, e incrivelmente, eu não havia sentido falta nenhuma de nada relacionado à saga, ate que uma menina passou com um dos livros da saga na mão. Eu senti uma lágrima rolar em meu rosto.      

            - O que foi Gabye?

            Acabei contando tudo pra ele: do meu vício, das saídas recusadas, das constantes brigas entre faz, e tudo relacionado a isso.

            - Você não parece ser assim. Pelo menos não demonstrou.

            - Eu costumo ser assim, mas algo em você me faz agir diferente. – eu senti minhas bochechas corarem. Droga de bochechas.

            Eu olhei nos olhos dele e por um segundo, desejei secretamente que ele me beijasse, mas logo passou e eu abaixei novamente minha cabeça, já fingindo ser quem eu não era.

            Como se lesse meus pensamentos, ele virou delicadamente meu rosto, deixando nossos olhares se encontrarem.

            - Você não é a Bella. Você é a Amanda, a minha Gabye. E eu gosto de você do jeito que é.

            Dito isso, ele beijou-me delicadamente nos lábios, e pela primeira vez eu pude sentir as “borboletas” inquietas dentro de mim.

            Depois disso ficamos por horas abraçadas conversando e admirando a paisagem.

            Alguns dias depois ele me ligou e me convidou para sair. Saímos muitas vezes depois daquele dia, e ele sempre fora aquele garoto brincalhão e cavalheiro.  

            Ate que um dia eu recebi a noticia: ele iria voltar para o Rio Grande do Sul. Eu entrei em desespero, comecei a quebrar coisas e minha mãe temia que eu me matasse.

            Acabou ligando pra ele e pedindo que viesse ate minha casa.

            - Amanda, posso entrar?

            - Claro... – eu disse, enxugando algumas lagrimas.  

            - Eu posso saber por que você esta desse jeito?

            - Você v-vai embora.

            - Não é pra sempre. Seis meses, eu acabo a faculdade e volto pra cá.

            - Mas mesmo assim.  

            -Amanda. Você tem meu celular, meu MSN, podemos “nos ver” praticamente a qualquer hora. Eu sei que não vai ser a mesma coisa, mas nós vamos nos acostumar. Temos que nos acostumar.

            - Eu vou tentar. Eu acho.      

            - Você vai ter que me prometer que vai.       

            - Por que?

            Ele tirou uma caixinha do bolso e a abriu, revelando um par de anéis dourados perfeitos.

            - Amanda Gabrielle, você aceita namorar comigo?

            Vendo aquilo meus olhos brilharam, e entre lagrimas eu murmurei um aceito e o beijei.

            Ele colocou o anel na minha mão direita, e eu na dele.

            - Amanda. Tem mais uma coisa – ele tirou um envelope do bolso – eu só quero que você abra depois que eu pegar o avião ok?

            - Tudo bem. – eu peguei-o e guardei.           

            No dia seguinte, ele foi embora, no meio de novas lagrimas minhas. Quando eu voltei pra casa, a primeira coisa que fiz foi abrir o envelope, e nele havia uma carta que dizia assim:

           

            Querida Gabye,

           

Quando você estiver lendo isso, provavelmente eu já vou estar a caminho do RS, e você provavelmente vai estar chorando.

            Você sabe o quanto é importante pra mim e quanto dói ter que partir, mas é necessário.

            Lembro-me do dia que te conheci, e de como você chorou ao me contar sobre seu vicio. Acredito que hoje você sabe que crepúsculo não é nada, e que você é perfeita do jeitinho que é.

            Por quantas vezes você cantou pra mim, dizendo que tudo era perfeito e tudo acabou bem. Hoje eu te canto uma canção, não sei se o final dela será feliz, mas se depender do nosso amor, sei que será.

            “Volte pra mim como você faria se isso fosse um filme, eu sei que podemos resolver isso de alguma forma... mas se isso fosse um filme você estaria aqui agora”.

            Já estou com saudades,

                                              Bjão,

                                                                                  Vitor Bittencourt.

P.S: eu te amo.


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Notas finais do capítulo

Eu simplismente amei o contexto... Espero que também tenham gostado..
Eu e a Naty estamos esperando os comentários...
Bjinhoos e Reviews meu povo hsuahusua



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