Ellen , havia acabado de começar seu turno das sete da noite, foi até o banheiro colocou seu jaleco, prendeu os cabelos castanhos, lavou as mãos e foi até a recepção para assinar seu expediente.

-Boa noite Margarida.- disse sorridente.

-Boa noite Ellen... ah, me faz um favor?

Ellen ainda estava assinando a ficha , mas perguntou:

-Sim. Fala.

-Você poderia cobrir meu turno no feriado?

Ellen acabou de assinar e a fitou por uns instantes, largou a caneta sobre o papel colocando as mãos no bolso do jaleco .

-Claro Ma, alias você tem uma ceia para fazer, não é?

-Nossa muito obrigada amiga, – disse saindo de trás do balcão para abraçar a amiga – muito mesmo.

Ellen pegou sua prancheta e foi até o piso superior do hospital público, entrou no elevador apertou o botão do andar desejado, a porta se fechou e ela encosta da parede respirando fundo.

-Mas um dia. - pensou ainda com os olhos fechados.

Sua vida estava, vamos dizer uma bagunça. Solteira aos 23 anos morando com sua avó precisava arrumar um emprego melhor.

Seus pensamentos foram dispersos quando percebeu que a porta do elevador se abriu, respirou fundo e foi direto para a farmácia, onde colocou sua pasta sobre o pequeno balcão.

-Meredith, você me passa esses medicamentos aqui?- disse empurrando a prancheta para Mery ver.

-Só um instante, Ellen. - disse ela indo buscar.

Ellen se encostou olhou para o corredor vazio, mexeu no seu cabelo preso.

-Aqui amiga – disse Meredith colocando os medicamentos sobre o balcão.

-Obrigada Mery.

A moça apenas sorriu , Ellen virou o corredor e foi até a sala do doutor Henry, chegando lá, bateu na porta.

-Entre. - disse ele a notando.

-Boa noite doutor.

-Boa noite Ellen, você me trouxe os medicamentos?

-Sim, aqui estão. – disse ela colocando sobre a mesa.

Ellen saiu em seguida e foi até a cozinha.

-Ora que vida boa, hein.

As meninas a olharam e sorriram.

-Entre Ellen. - disse Diana encostada na geladeira.

Ela sorriu e entrou, se sentando do lado de Jensen.

-Então o que vai ser pro Natal? – perguntou Jensen a olhando.

-Trabalho meu amigo.

-Jura Ellen? Você trocou com a margarida? - a moça olhava-a sem reação.

-Sim, ela tem uma família. – disse ela.

-E você não? - perguntou Jensen a encarando – E sua avó?

Ela sorriu ao responder.

-Ora, ela pode sobreviver sem mim Jensen. - disse encarando o amigo.

Julian se levantou e disse enquanto saia.

-Eu vou ir para Seattle, visitar a sogra.

-Boa sorte Juh, –disse Jensen rindo – sogra é barra.

Ellen acabou de tomar seu café e logo saiu também.

Só que Ellen não sabia que aquela noite fria e chuvosa de Natal sua vida mudaria para sempre, o destino estava novamente tirando suas garras para fora, colocando o jovem médico Ryan Olyphant em seu caminho.