Your Love Is My Drug escrita por seethehalo


Capítulo 1
Capítulo Um


Notas iniciais do capítulo

Weee postando agora porque a Bia pediu no twitter õ/
Eis a primeira Original de minha autoria.
Enjoy (:



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          Maybe I need some rehab
          Or maybe just need some sleep
          I got a sick obsession
          I'm seeing it in my dreams

     Penso que vivo a minha vida como a de qualquer outra pessoa da minha idade: vou à escola, saio com as amigas, sou fã de uma banda, leio livros e passo horas na internet.

     Eu saí de casa para ir à escola como em outro dia qualquer. Conversava animadamente com as amigas sobre o fim de semana quando vi alguém ao mesmo tempo estranho e muito familiar entrando na sala. Certamente um aluno novo, o garoto sentou-se na carteira à minha frente – uma das poucas vagas na sala. Ele era no mínimo idêntico a Bill Kaulitz - o vocalista da minha banda preferida -; quer dizer, idêntico à aparência que Bill tinha seis anos atrás.

     Veio aquela curiosidade. “Ele no mínimo deve conhecer o TH”, pensei. Ok, idêntico é um pouco exagerado, mas se parece muito. Fiquei analisando o guri: o cabelo era preto, o corte e o jeito de arrumar eram o mesmo, lápis no olho, branco, piercing na sobrancelha e mais ou menos o mesmo estilo de roupa. E bonito, também; diferente do Bill, mas muito bonito. “Se ele não conhecer Tokio Hotel”, pensei, “eu me mato. Ele é IGUALZINHO!”

     A lição de matemática me deu um pretexto para puxar assunto – eu realmente não estava conseguindo entender aquelas contas, então o cutuquei e pedi uma ajudinha:

     - Erm... Com licença... Você entendeu essa lição?

     - Ah, entendi... Você não? Quer que eu te ajude?

     - P-por favor... Ah, me desculpe, nem me apresentei... Meu nome é Beatriz.

     - Muito prazer. Lucas.

     - O prazer é meu. Posso te fazer uma pergunta?

     - Hm, claro.

     - Acho que talvez você não deva aguentar mais as pessoas te perguntando isso, mas... Conhece Tokio Hotel?

     - Se eu conheço? Acho que a minha cara denuncia um pouco que eu sou fã, não? E capaz, não me incomodo nem um pouco.

     - Bom, foi justamente por isso...

     - E você?

     - Eu o quê?

     - Curte Tokio Hotel?

     - Aah. Sou fã também. Sou membro ativa numa comunidade e dona de um fansite sobre o Bill.

     - Que massa! Qual?

     - Team Bill Kaulitz. E a comunidade é a terceira da pesquisa. Conheço todo mundo lá. O povo ia adorar ver um sósia do Bill quando tinha 14 anos.

     - Tsc ah, todo mundo vai achar que eu sou fake...

     - Capaz. Aparece lá qualquer dia, o povo é legal e a gente zoa pra caramba. Mas enfim... Me explica esse troço antes que acabe a aula...

     - Ok. Óh, o negócio é achar quantos pratos diferentes dá pra montar com uma carne, uma salada e um acompanhamento, certo? É só multiplicar; por exemplo, temos quatro carnes, cinco saladas e seis acompanhamentos. Multiplique quatro por cinco e por seis.

     Fiz uma careta.

     - Quatro vezes cinco? – ele perguntou.

     - Vinte.

     - Vinte vezes seis?

     - Cento e vinte.

     - Pronto. Entendeu? São cento e vinte pratos diferentes.

     - Tem certeza? Esse número me soa muito alto...

     - Quer tirar a prova? Desenha aí na mesa uma árvore de possibilidades, partindo do princípio que você pode escolher entre quatro carnes, depois entre cinco saladas e por último entre seis acompanhamentos. Depois conta. Vai dar cento e vinte.

     - Ok, acho que vou confiar na conta pra poupar tempo, esforço e grafite...

     Ele riu.

     - Mas então, conseguiu entender?

     - Aham. – sorri. – Obrigada.

     - Disponha. Qualquer coisa...

     Voltei a me concentrar na minha lição. Em vão. Bom, minha hipótese foi confirmada, ponto. Mas eu não consegui voltar a me concentrar.

     Quando o sinal bateu, ele virou novamente e me perguntou:

     - Você vai ao show no mês que vem?

     - Er... Não vou.

     - Por que não?

     - Minha mãe não me deixa ir pra São Paulo sozinha. E ela mesma não iria comigo nem sob decreto. Acho que só vou ver o Bill de perto na próxima encarnação...

     - Que coisa...

     - E você, vai?

     - Aham. Sozinho. Estou atrás de alguma companhia... Mas conheço tão pouca gente que curta Tokio Hotel a ponto de pagar duzentos reais pra ir num show, e ainda mais em São Paulo...

     - Duzentos? Vai na pista?

     - Aham. Samu probi i adimitemu.

     Eu ri.

     - Na verdade tem que gastar uns oitocentos; entre ingresso, passagem de ida e volta, alimentação e hospedagem. Mas tudo bem; como o show é no dia do meu aniversário, acabei ganhando a ajuda financeira de presente: minha madrinha me deu o ingresso, pai deu a passagem de ida, mãe a de volta, meus três tios vão pagar o hotel e a minha mesada dá conta do resto.

     - Que bom pra você. Meu aniversário foi na semana passada e a minha mãe fez o favor de tirar da cabeça de todo mundo a existência do show.

     - Eita! Que tenso!

     - Pois é. Mas... boa sorte pra você. Divirta-se por mim.

     Não nos falamos mais o resto do dia. E demorei a sair da escola por causa do documento que eu precisava pegar na secretaria.


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Notas finais do capítulo

Capítulo pequeno. É. Eu escrevi pequenos, mas mais pro fim tem uns grandinhos.
Até amanhã (sim, postarei um por dia õ/)



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