The Oc: Pecados no Paraíso escrita por The Escapist


Capítulo 12
Capítulo 12: The O.Sea




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Summer imaginou que de repente elas estavam num filme, mas não em um filme clássico e romântico com Audrey Hepburn, mas num dos besteiróis americanos; ela e Marissa estavam andando em direção a aula, quando aconteceu a cena; descendo a escada vinham as três principais líderes de torcida da escola, com seus uniformes curtos e apertados, rebolando os cabelos loiros escovados, como se fossem as próprias deusas da beleza. Subindo a escada ia aquele que era atualmente o solteiro mais cobiçado de Orange County, aquele que deixou até mesmo as deusas da beleza hipnotizadas, Caleb Nichol Junior; mas ele não estava dando importância quando Lana, Diana e Rachel começaram a caçoar de uma menina que passou por elas, descendo as escadas apressada.

- Roupa bacana, Taylor. – Taylor era o oposto das garotas que riam dela; tinha os cabelos longos presos num rabo de cavalo, usava saia longa e blusa de mangas compridas. Ela olhou de relance as garotas, mas continuou andando de cabeça baixa. – Algumas pessoas deveriam ter vergonha. – Lana e as amigas riram debochadamente e Taylor baixou ainda mais a cabeça, como se quisesse enfiá-la em algum buraco, mas acabou esbarrando em Cal, fazendo os livros que levava voarem e as líderes de torcida rirem um pouco mais. Cal apanhou os livros e devolveu-os a garota e foi embora sem lhe dar mais atenção, ou a Lana. – Hey, Caleb. – ela disse, mas ele já ia longe demais pra responder e isso pareceu irritar a garota; ela continuou descendo a escada, acompanhada de perto por seu séquito; quando as três passaram por Summer e Marissa ainda estavam debochando das roupas da outra colega.

- Elas pegam no pé da coitada desde a quinta série, será que não se cansam? – disse Marissa.

- É uma forma de sentir superior. Em todo caso, eu fico tranquila por não ser a única pessoa esquisita da escola. Hum, você não quer me contar nada sobre o Cal?

- Não, quer dizer, eu não sei, a gente se encontra, se beija, até ele me deixar irritada, e depois ele aparece com um pedido de desculpas no Facebook. É tudo meio confuso.

- Ele vai te convidar pro baile? – Marissa deu de ombros. – Se ele te convidar, você aceita?

- Talvez, mas o Caleb não parece ser do tipo que convida alguém para o baile.

- Nós duas podemos ir sozinhas, quer dizer, se ele não te convidar.

- Ou te convidar. Ok, combinado. A gente se vê depois. – Marissa seguiu em direção a aula de Literatura e Summer foi guardar os livros no armário. Seth parecia estar escondido esperando por ela, porque assim que Marissa virou as costas, ele apareceu.

- Summer. – a garota se assustou deixando cair os livros, que o colega apanhou.

- Qual é o seu problema, Cohen?

- Desculpa, não queria te assustar. Então, como estão as coisas?

- Ótimas, eu tirei A em todas as provas. E você?

- Tirei B em Física, eu deixei que o Caleb cuidasse dos cálculos. – Summer pediu que Seth segurasse alguns livros, enquanto ela guardava os outros. O garoto respirou fundo e decidiu que não poderia mais adiar o que pretendia fazer, o baile era no fim da semana e era a sua chance de se declarar pra Summer. – Então, você já tem par para o baile? – Summer o encarou com aquele jeito bravo e pegou os livros de volta.

- Não começa, Cohen.

- Summer.

- Você sabe que eu não tenho par. – Seth sentiu as mãos úmidas e esfregou-as na calça. – Afinal, quem é que vai convidar uma geek para o baile de formatura? – Seth pressentiu que Summer ia começar a tagarelar e ele poderia estar perdendo a sua chance.

- Summer, você quer ir comigo ao baile? – disse, de repente, mas ao invés de sorrir, Summer se virou e começou a bater nele com a bolsa. – Summer, é assim que você retribui o meu convite?

- Eu disse pra você não começar com suas gracinhas.

- Gracinhas? Summer, não é nada disso... eu – Seth não teve tempo de continuar, Summer levantou o dedo e quando ela fazia isso...

- Olha, às vezes é engraçado, também é divertido ficar brincando de ofender, e às vezes eu exagero com você, mas também seria agradável se você parasse de me tratar como se eu fosse seu melhor amigo. – Seth mal pôde acreditar que estava vendo os olhos de Summer encherem d’água.

- Summer, eu tô te convidando para o baile.

- Só porque eu sou uma fracassada que ninguém convida? Ou como última opção?

- Não; primeiro você não é nenhuma fracassada, Summer. E, segundo, você não é a última opção, você é a melhor. De todas as garotas dessa escola, você é a única que eu quero levar para o baile. Você sempre foi a única. Pronto, falei, agora pode bater.

- Seth. – Summer disse e ficou com uma expressão de quem não estava entendendo nada, na verdade Seth pensou que ela não estava acreditando no que ouviu e, como ela não falou mais nada, ele começou a se arrepender, não deveria ter dito, Summer não ia levá-lo a sério, talvez ela nem fosse querer ser mais sua amiga. – Seth, eu nem sei o que dizer! – Summer falou emocionada, Seth sempre soube que por trás daquele ceticismo havia o coração de uma garotinha romântica; ele sorriu e pegou na mão dela.

- Basta dizer se você quer ir ao baile comigo.

- Sim, sim, claro que quero.

***

Marissa recusou o convite pra jantar na casa da mãe, não era pela presença do Sr. Nichol ou dos convidados importantes que eles receberiam essa noite, era mais por causa de Cal. Ela ainda não entendia exatamente o que estava havendo entre eles e certamente ainda não estava pronta pra lidar com isso, seja lá o que fosse, na presença de outras pessoas, principalmente do pai dele e de sua mãe; se Julie sempre implicou com Ryan, Marissa não queria nem imaginar o que ela diria se a visse beijando Cal. Ela ficou em casa e resolveu preparar o jantar, assim ela e o pai teriam um momento pra conversar um pouco, algo cada vez mais raro desde que Jimmy começou a trabalhar. Estava terminando de preparar o macarrão quando ele entrou na cozinha.

- Hey, eu fiz o jantar. – Marissa disse, mas sua empolgação pelo jantar mais ou menos em família diminuiu ao perceber que Jimmy estava bem vestido demais pra ficar em casa. – Esta usando perfume?

- Hum, é.

- Você vai sair?

- É, é, vou. – Marissa sabia que o pai não estava contando a verdade, era óbvio que ele estava saindo com alguém, só não entendia porque queria esconder.

- Trabalho?

- Bem, um pessoal do trabalho, nós combinamos de nos encontrar... desculpe, eu posso jantar com você.

- Não, vai lá, pai, não deixe os seus... amigos esperando. Tudo bem.

- Certo, então, eu não vou demorar, não vou chegar muito tarde.

- Boa noite, divirta-se.

Marissa foi comer o seu macarrão assistindo o DVD de “One Tree Hill”, mas prestou pouca atenção na TV, estava pensando no motivo pelo pai querer mentir; eles eram uma família, deviam confiar, mas talvez Jimmy não achasse que ela estivesse pronta para saber que ele estava saindo com outra mulher; se por um lado era agradável saber que ele se preocupava com o que ela ia pensar, por outro não entendia, porque afinal, ele não se preocupou com isso quando traiu a esposa.

- Ou talvez eu esteja exagerando. – Marissa disse consigo mesma; Jimmy talvez ainda não estivesse tendo um relacionamento sério, deviam estar se conhecendo, ela deveria entender, afinal também não gostava que ninguém ficasse bisbilhotando sua vida amorosa. – É isso. – Marissa ouviu a campainha tocar, mas resolveu fingir que não estava; não estava nem um pouco a fim de receber visitas, mas a pessoa era insistente. – Ok, estou indo, esta bem? Pode parar de tocar agora. – ela resmungou e olhou pelo olho mágico; ficou um pouco surpresa e olhou de novo pra ter certeza, só então abriu a porta.

- Oi. – ele abriu aquele sorriso arrasadoramente sexy. – Me convida pra entrar? – Marissa fez só um gesto com a mão, Cal entrou e ela fechou a porta. – Esta sozinha?

- Você não deveria estar no jantar com os Mckuin?

- É, mas o meu pai me expulsou de casa depois que eu olhei para o decote da Sra. McKuin pela segunda vez; ele me chantageou dizendo que eles tinham uma filha.

- Tem alguma coisa que você leva a sério?

- Hum, não, eu sou jovem demais pra levar alguma coisa a sério. – Cal abraçou Marissa pela cintura e a beijou nos lábios. – Quer ir dar uma volta?

- Cal, o que tá rolando entre nós? – Cal soltou Marissa e sentou à vontade no sofá. – Eu não quero ser a garota com quem você se diverte só pra afogar suas mágoas.

- Outch.

- Desculpa, eu, não foi o que eu quis dizer.

- Não, ok, eu devo ter merecido ouvir isso. Eu acho divertido ficar com você, Marissa, mas não é pra afogar minhas mágoas, eu gosto de ficar com você, eu não sei, mas você é a garota mais chata e irritante do mundo, isso me excita. – Cal deu um sorriso jocoso, Marissa pegou uma almofada e jogou nele.

- Grosso.

- É disso que eu tô falando, Marissa. – ele disse puxando-a para sentar ao seu lado. – a gente pode ir com calma nesse lance de namoro sério? É que o que aconteceu foi um baque muito forte pra mim, eu acho, e a gente pode se conhecer melhor, sei lá, eu só...

- Ok, tudo bem, vamos devagar, eu só queria saber se... se...

- Se o que, Marissa?

- Promete que não vai rir?

- Prometo.

- Eu queria saber se você vai me convidar para o baile. – Marissa falou meio envergonhada e Cal cumpriu a promessa.

- O baile? Bom...

- Olha, eu sei que é besteira, mas eu só queria saber porque...

- Porque você é uma garota, ok, não é besteira, é um ritual. É a América, baby! Marissa, você quer ir ao baile comigo?

- Pode apostar que sim.

- Você é uma garota-problema. Posso fazer uma pergunta?

- Claro.

- Como a sua mãe consegue ser a rainha de Newport e o seu pai morar nesse... bom, aqui?

- Ele teve problemas com a crise econômica e, bom, perdeu muita grana, agora ele tá recomeçando, do zero.

- Porque você prefere ficar aqui do que na mansão com a sua mãe?

- Eu sempre fui mais apegada ao meu pai, por incrível que pareça, não me parecia justo que ele ficasse sozinho, já que a minha mãe ia se casar. Meu pai é um cara legal, sabe? a gente se entende melhor, com a minha mãe isso esbarra nas marcas de roupa que nós gostamos. E além do mais, na mansão tem o... seu pai. Não é nada pessoal.

- Ok, eu não te culpo, nem eu queria morar com ele.

- Ele sempre me assustou.

- Ele assusta todo mundo, alias, ele e a sua mãe formam um casal inacreditável.

- Você não estava no casamento deles, estava?

- Não, ele me contou que tinha se casado umas três semanas depois. Ok, chega de falar do meu pai. Vamos falar de, que tal, planos para as férias? – o tempo que Cal ficou lá e eles conversaram várias bobagens pareceu a Marissa que era a primeira vez que eles agiam normalmente, apenas conversando e se divertindo e foi completamente agradável; ir com calma no caso dele não era uma ideia ruim, afinal.

***

            Ryan já tinha se arrependido por ter terminado com Marissa várias vezes e se arrependia de se arrepender sempre que a via conversando com Cal; até tinha saído com Lindsay por um tempo pra ver o que acontecia, se poderia esquecer Marissa logo, mas não, Marissa ainda era a garota de quem ele gostava e se Cal não tivesse se metido no meio deles, ela estaria se preparando para irem juntos ao baile como tinham combinado no começo das aulas. Foi quando Ryan teve a ideia; se ele fosse com Marissa ao baile poderia pedir desculpas por ter sido tão burro a ponto de perdê-la e eles poderiam voltar. Ele já a tinha convidado no início do ano e ela aceitou, era o que diria a Marissa, não se importava que o imbecil do Nichol estivesse rondando.

- Oi, Marissa, nós podemos conversar? – ele perguntou; Marissa estava sentada na sala de aula de Literatura e Cal estava ao seu lado.

- Nós tiramos A. – ela disse.

- Legal. Mas, podemos conversar?

- Tudo bem.

- Em particular? – antes que Marissa respondesse, Cal pegou a mochila e se levantou.

- A gente se vê. – disse ele e foi embora.

- Então, sobre o que você queria falar, Ryan?

- Sobre o baile. Nós íamos juntos, lembra?

- Isso foi antes de você me trair com a Lindsay Wheeler.

- Eu não trai você, porque nós tínhamos terminado.

- Não, você terminou comigo, sem motivo.

- Porque você ficava falando o tempo todo com o idiota do Nichol, mas isso não vem ao caso, Marissa, o que importa é que esse seria o nosso baile, não é? Eu te convidei e você disse sim.

- Ah, Ryan, isso não faz mais sentido, não depois de tudo que aconteceu.

- Porque não? Nós não merecemos uma segunda chance?

- Acho que não.

- Você vai com o Nichol, é isso?

- Não importa com quem eu vou.

- Pelo visto eu não estava errado em pensar sobre vocês dois.

- Olha aqui, Ryan. – Marissa respirou fundo e controlou a raiva. – Porque você não convida a Lindsay? – Marissa pegou a bolsa e foi embora sem dar mais atenção a Ryan; ele não podia pensar que ela tinha lhe traído, ok, ela e Cal estavam ficando, isso só aconteceu depois que eles terminaram; como as coisas pareciam mudadas agora; no início daquele ano ela e Ryan estavam apaixonados e pensando em dar “o próximo passo” e agora ela ia ao baile com outro.

            Ryan até considerou a hipótese de chamar Lindsay para o baile, se até Seth tinha uma companhia, ele não poderia ir sozinho, mas Lindsay também estava com raiva dele. De qualquer forma, foi em Marissa que ele voltou a pensar, era com ela que ele queria ficar, mas tinha feito tudo errado e agora teria mais trabalho, mas não desistir; ainda lutaria por Marissa, não ia perdê-la para ninguém, muito menos para Caleb Nichol Junior. Telefonou várias vezes e entupiu a caixa de e-mails dela de mensagens, até escreveu no seu mural no Facebook e resolveu ir falar com ela pessoalmente. Ia descendo as escadas quando encontrou Sandy no caminho.

- Você vai sair?

- Vou, preciso ver a Marissa. Me empresta o carro?

- Tudo bem. Mas, e o carro da sua mãe? – Ryan deu de ombros.

- Não sei, ela saiu, eu acho. – Pegou as chaves em cima da mesa e se dirigiu para a saída, mas voltou-se para o pai. – Como eu faço pra consertar uma besteira e convencer a Marissa a ir comigo ao baile?

- Depende da besteira que você fez. Mas, se um pedido de desculpas não funcionar, compre flores, diga que a ama, essas coisas.

- Ok, obrigado por nada. – Ryan saiu e Sandy foi perguntar a Seth se sabia onde Kirsten estava, ele disse que não, mas ela tinha saído há umas duas horas; Sandy não fazia ideia de onde ela poderia ter ido, já que tinha saído sem a carteira com dinheiro e sem o celular.

            Ryan não acreditava que alguma dica do pai fosse útil, mas só por via das dúvidas passou na floricultura e comprou um buquê de hortênsias; foi para o apartamento dos Cooper, tocou várias vezes a campainha, mas ninguém atendeu, então ele bateu na porta porque talvez a campainha tivesse queimada; mas novamente não obteve resposta. Ele ainda não tinha desistido quando o vizinho do apartamento em frente saiu e o viu esmurrando a porta.

- Eles saíram, os, ahm, Cooper, eu os vi saindo de manhã. – disse ele e para não parecer que era alguém que ficava espiando a vida dos vizinhos preferiu não mencionar que a garota tinha saído com alguém muito parecido com os modelos da Calvin Klein.

- Valeu. – Ryan já estava de saída quando outra pessoa apareceu no hall.

- Eu preciso ir, Trey, eu... – Kirsten parou de falar e teve certeza que a cor tinha desaparecido do seu rosto.

- Mãe?

- Ryan...

- Ryan? – Trey murmurou.

- O que você tá fazendo aqui? – Ryan olhou para o visinho dos Cooper, um cara que não devia ser muito mais velho que ele, e depois para Kirsten, e não lembrou de algum dia tê-la visto tão nervosa. – Ok, isso deve ser um pesadelo.

- Ryan, eu posso explicar, filho.

- Isso era exatamente o que eu não queria ouvir; eu não posso acreditar. – Ryan deu as costas à mãe.

- Ryan, por favor, espera.

- Kirsten, eu sinto muito, eu não sabia que era o seu filho.

- Ok, a gente conversa depois, Trey, eu tenho que falar com o Ryan antes que ele... bom, eu preciso ir. – Kirsten não viu mais sinal de Ryan e quando ligou para o celular dele só dava na caixa postal. Não estava preocupada se ele ia correr e contar ao pai o que tinha visto, se isso acontecesse talvez fosse até melhor, ela já estava mesmo planejando contar tudo a Sandy e pedir o divórcio. O que lhe preocupava mesmo era a maneira como Ryan tinha descoberto. Ela não sabia se poderia suportar sentir o desprezo dos filhos.

- Kirsten, onde você estava?

- Cadê o Ryan?

- O Ryan saiu, foi ver a Marissa.

- A Marissa. – Kirsten não imaginava que Trey era vizinho dos Cooper. – Oh, meu Deus, ele não veio em casa?

- Não, mas o que aconteceu, Kirsten? O que...?

- Sandy, eu preciso encontrar o Ryan, eu preciso encontrá-lo.

- Kirsten, você pode explicar o que aconteceu? – Sandy alterou o tom de voz.

- Eu não sei, eu, eu tô com um pressentimento, Sandy, é coisa de mãe, e não é nada bom, por favor, encontra o meu filho.

- Está bem, ok, se acalma um pouco, Kirsten. Eu vou procurar o Ryan. – Sandy pegou um copo d’água e deu a Kirsten, esperando que ela se acalmasse e explicasse o que tinha acontecido, mas ela só conseguiu chorar e pedir que ele encontrasse Ryan; então, Sandy começou a ficar realmente preocupado porque nunca viu a esposa tão nervosa; e depois que telefonou para Ryan e ele não atendeu o celular, começou a imaginar se tinha mesmo acontecido alguma coisa com o filho.

- Ei, Seth, você viu o seu irmão?

- Não, eu estava com a Summer.

- Será que você pode ligar pra Marissa e perguntar se o Ryan está com ela?

- Claro. Mas, aconteceu alguma coisa?

- Não sei, a sua mãe está nervosa, ela acha que o Ryan... bom, eu não sei o que ela acha, só está pedindo pra eu encontrá-lo.

 - A mãe enlouqueceu?

- Não brinca, Seth. E telefone para Marissa, o Ryan disse que ia vê-la, então eles devem estar juntos. – Seth voltou ao quarto, pegou o telefone e ligou para Marissa; ainda falava com ela quando descia a escada.

- Ok, desculpa por te atrapalhar, Marissa. A gente se vê. – ele desligou o celular. – A Marissa esta passeando de barco com o Caleb, então o Ryan não esta com ela. Mas, pai, relaxa, o Ryan tá saindo com outra garota, Lindsay Wheeler, extra-oficialmente, fala isso pra a mamãe.

            Sandy ficou mais tranquilo e tentou acalmar a esposa dizendo que Ryan estava com Lindsay, mas Kirsten continuava estranha e pra falar a verdade, ela estava estranha há vários dias e ele não conseguia fazer ideia do motivo. O dia passou e Ryan não voltou pra casa, mas telefonou e disse a Seth que ia demorar e, como as aulas tinham acabado e ele passou com boas notas em todas as matérias, Sandy não se importou, estavam de férias e mereciam aproveitar. Mesmo assim Kirsten não se acalmou. Quando Seth saiu pra ir buscar Summer e levá-la ao baile, ele foi vê-la para que conversassem; se havia alguma coisa errada com a esposa, ele precisava saber. Kirsten estava no banheiro; Sandy sentou na cama e ficou esperando; ao pegar a revista na mesinha da cabeceira deixou a caixa onde Kirsten guardava as jóias cair, ela aparentemente tinha esquecido aberta e as jóias espalharam-se no tapete, mas não foram os anéis e pulseiras que chamaram a atenção, havia um cartão de floricultura; Sandy apanhou e leu as três palavras escritas com uma letra elegante. “Eu te amo” e a assinatura embaixo “Trey Atwood”. Ele ficou segurando o cartão entre os dedos, se perguntando quem seria Trey Atwood e porque Kirsten tinha esse cartão guardado; analisou o logotipo da floricultura no verso do cartão e era a mesma onde ele comprou flores para a esposa no dia dos namorados, no mesmo dia que ela recebeu outro buquê de flores, que certamente não veio de Ryan. Kirsten saiu do banheiro, enxugando os cabelos com uma toalha, ela ficou paralisada, vendo Sandy fitar aquele pedaço de papel e imaginar mil coisas; quando os dois se encararam ela abriu a boca, mas não emitiu som algum, nem precisou, Sandy podia andar desligado do que acontecia em casa, mas ainda sabia juntar dois mais dois; além disso os olhas dela diziam tudo, aqueles olhos que ele amava e que sempre imaginou serem os mais sinceros e verdadeiros do mundo.

- Porque, Kirsten? Porque você fez isso comigo, por quê?

- Sandy, eu sinto muito.

- O que eu fiz pra merecer uma covardia dessas de você, Kirsten? Ham? Me diz. O que eu fiz? Eu te dei tudo, eu te dei a minha vida, eu faço de tudo por essa família, eu...

- Você me abandonou, Sandy. O que você chama de tudo? As reuniões importante, os contratos, os sábados trabalhando? Você é casado com o seu trabalho e não tem mais tempo pra nada, principalmente pra mim.

- Você não vê como isso é injusto? Se eu não der duro no trabalho, quem vai pagar as contas dessa casa, e a escola dos garotos, e as suas roupas de grife e suas jóias?

- Eu nunca precisei do seu dinheiro, Sandy.

- Ok, você sempre foi rica, mas eu sempre precisei trabalhar e nunca tive tempo pra frescuras. – Kirsten sentiu os olhos úmidos e deixou as lágrimas caírem, raiva e magoa queimando em seu peito.

- Não é frescura uma mulher querer ser desejada por seu marido! Você não percebe que eu existo, Sandy, esse é o problema, eu passei os últimos 18 anos cuidando da sua casa, criando seus filhos, me preocupando em ser uma esposa perfeita, enquanto você progredia profissionalmente; e quanto mais você se dava bem como profissional, menos se importava comigo.

- Isso não é verdade, Kirsten, eu sempre me importei com você.

- Faz seis meses que eu transo com outro homem e você não percebeu nada de estranho.

- Porque eu confiava em você.

- Não, porque você não repara em mim, porque eu sou um objeto de decoração, que às vezes serve pra você aliviar a tensão do trabalho.

- Você esta completamente louca. – Sandy falou, com um desejo inconsciente de que fosse isso; seria mil vezes melhor que sua esposa estivesse sofrendo de algum distúrbio mental a encarar a verdade de que ela tinha um amante. – O Ryan sabe? Como ele descobriu? – Sandy não esperou uma resposta, pelo modo como ela procurou o filho a tarde toda, era óbvio que ele tinha visto. – Oh, meu Deus, eu tenho nojo de você. – ele cuspiu as palavras com desprezo, mas Kirsten manteve a cabeça erguida, sempre soube que estava cometendo um erro e não pretendia fugir das consequências. Mesmo preocupada com o que aconteceria dali pra frente, também sentia-se mais leve, como se um peso enorme tivesse sido tirado das suas costas.

***

Seth colocou a orquídea branca no braço de Summer e ficou um instante admirando o sorriso brilhante da garota; deu o braço a Summer e depois de ouvirem as recomendações do Sr. Roberts para que tivessem juízo, foram para o baile. Summer estava radiante, não só porque pela primeira vez na vida tinha um par para o baile da escola, mas porque estava com Seth; mesmo que muitas vezes tivesse idealizado aquele momento com caras do tipo Zach Stephens ou Caleb, tinha certeza de que não queria estar com nenhum outro que não fosse Seth; e entrar no salão de mãos dadas com ele foi a melhor coisa que poderia ter acontecido.

- Cohen, você não vai me convidar pra dançar?

- Dançar, você quer dizer... – Seth engoliu em seco. – Dançar? – por um instante Summer imaginou que ele ia estragar tudo e começar a rir da cara dela, mas Seth se levantou e lhe estendeu a mão. – Você me daria a honra dessa dança, senhorita? – ela sorriu e pegou a mão de Seth e os dois foram dançar; Seth sentiu como se estivesse sonhando, com o rosto dela encostado ao seu.

- Seth?

- É verdade o que você falou?

- O que?

- Que eu sou a única garota que você queria trazer para o baile.

- Claro que é, Summer, eu nem sei dizer o quanto estou feliz por estar aqui com você.

- Então você...

- Aham... – no momento em que seus lábios tocaram os de Summer, Seth decidiu que aquele valeria como o primeiro beijo, porque a sensação foi incomparavelmente melhor. Ele riu sem jeito quando percebeu que a garota ficara vermelha e os dois continuaram dançando, juntinhos, como se fossem as únicas pessoas na festa.

Marissa e Cal também estavam dançando, agora satisfeitos por verem os amigos finalmente se entenderem; Cal deu um beijo nos cabelos de Marissa e sussurrou alguma coisa no seu ouvido que ela não entendeu, mas sorriu; gostava quando ele falava no seu ouvido, fazendo cócegas e estava feliz por estar com ele, mesmo que aquela história de ir devagar com as coisas ainda deixasse-a confusa, porque afinal, não sabia o que Cal queria dizer com devagar, não mesmo, principalmente quando ele a beijava daquele jeito como estava beijando agora, tocando de leve o seu pescoço, roçando os lábios cheios de desejo, fazendo a pele de Marissa arrepiar. Isso era agradável, mas não quando estavam em público.

- Cal, pára com isso. – disse ela, tirando a mão dele que insistia em descer até abaixo do seu quadril.

- Ah, qual é o problema, Marissa?

- O problema é que nós estamos no meio de uma festa, e...

- Ok, eu entendi; me desculpa, eu vou me comportar, eu prometo.

Nesse instante o treinador Hers, quase irreconhecível de terno e gravata, subiu ao palco para anunciar o rei e a rainha do baile; o salão explodiu em aplausos, mas Cal fez a cara mais debochada que conseguia.

- O rei e a rainha do baile da turma de 2009 são Marissa Cooper e Ryan Atwood. Onde estão vocês?

- Hey, Coop! – Summer praticamente empurrou Marissa para a frente e ela quase sem acreditar, completamente surpresa se dirigiu até o palco para receber a coroa. O rei e a rainha do baile deveriam dançar, mas ela pensou que Ryan não estava lá, então poderia voltar a dançar com Caleb. Só que Ryan estava, não tão apresentável como deveria um rei; ao invés do smoking estava de jeans e camiseta e caminhou entre os colegas até Marissa, estendendo-lhe a mão, que ela, sem jeito de recusar em frente de toda a escola, aceitou; Cal, evidentemente não gostou disso, mas Summer impediu que ele fizesse uma cena, argumentando que toda garota sonha em ser rainha do baile e ele não poderia transformar o sonho de Marissa em pesadelo, porque ela ficaria arrasada se ele começasse uma briga com Ryan e...

- Ok, eu já entendi, Summer. Bom, eu vou esperar lá fora. – Marissa viu Cal sair e quis ir atrás dele, mas Ryan não a alrgou.

- Ryan, eu...

- Eu preciso que você me perdoe, Marissa, eu fui muito idiota por desconfiar de você; me perdoa, eu preciso de você, Marissa.

- Ryan, você andou bebendo? – ela falou, sentindo o hálito rescendendo a cerveja.

- Só um pouco, mas eu queria falar com você, Marissa, eu tinha que vir, eu prometi que levaria você ao baile.

- Ryan, é melhor você ir pra casa, ok? – Marissa parou de dançar e começou a andar na direção da saída; Ryan a acompanhou.

- Marissa não me deixa.

- Eu preciso ir, Ryan.

- Por favor, não me deixa, eu tenho que falar uma coisa, e eu só confio em você. – Marissa tinha acabado de sair e viu Cal sentado no banco mais a frente; pra variar ele estava com uma lata de cerveja; ela foi até lá e Ryan continuou seguindo-a. – Marissa, espera. – ele segurou-a pelo braço. – Vamos conversar.

- Me solta, Ryan.

- Eu fui até a sua casa hoje te levar flores...

- Ryan, solta o meu braço, por favor. – Marissa pediu calmamente, sem querer magoar Ryan; embora soubesse que ele bebia às vezes, nunca tinha visto o ex namorado tão bêbado.

- Tira as mãos dela, Atwood. – disse Cal, atirando a lata de cerveja para longe.

- Isso não é com você, Nichol.

- Ah, é comigo sim. Eu disse pra você tirar as mãos da minha garota.

- Ou então, o que? Você vai contar para o papai?

- Vou retribuir a sua gentileza e quebrar a sua cara.

- Engraçado, só estou vendo você falar.

- Cal, Ryan, parem com isso, por favor, parem. – Cal não reparou que Marissa estava quase chorando e acertou um soco no rosto de Ryan; ela soltou um grito, Ryan cambaleou, mas não caiu e por sua vez, acertou Cal, dando dois murros seguidos e antes que Cal recuperasse do baque o acertou novamente, dessa vez no estômago. – Ryan, pára, por favor, você tá machucando ele, Ryan. – Ryan baixou o braço que já estava pronto pra continuar socando Caleb e olhou pra Marissa.

- Eu só queria falar com você, Marissa.

- Vá embora, Ryan.

- Sinto muito. – Ryan foi embora e Marissa ajudou Cal a se levantar.

- Obrigado.

- Você precisa colocar gelo no olho. É melhor a gente ir pra casa. – sem perguntar pra qual casa ela queria ir, Cal dirigiu direto para a mansão; Marissa estava quieta e séria e ele não entendia porque ela estava de mau humor, se foi ele quem apanhou de Ryan, outra vez. – Eu vou pegar o gelo.

- Porque você tá com raiva, Marissa? – ela não disse nada, virou as costas e foi até a cozinha, abriu a geladeira para pegar o gelo e quando fechou a porta, Cal estava de pé. – O que foi?

- Porque você tinha que brigar com o Ryan? – ela preparou uma bolsa de gelo, mas Cal afastou o rosto antes que ela colocasse.

- Porque você acha que eu briguei?

- A gente só estava conversando, não precisava começar a brigar.

- Eu vi vocês conversando. – Cal falou com um tom cético e abriu a geladeira, tirou a jarra de suco e serviu um copo.

- Eu não acredito que você está com ciúme! E aquela história de ir devagar? – Marissa cruzou os braços encarando-o.

- Ir devagar não significa que eu gosto de ver outro cara tocando em você.

- Eu fico lisonjeada, Caleb, mas você pode confiar em mim.

- Eu ando tendo problemas com confiança. – ele disse, bebendo um gole longo de suco e fixando os olhos em lugar nenhum.

- Ok. – Marissa quis sair, mas ele a impediu; Cal deixou o copo em cima da pia e tocou o ombro de Marissa, acariciando a pele macia.

- Desculpa, isso não é com você, Marissa. – disse ele e seus lábios tocaram os dela; Marissa tentou resistir e continuar chateada, mas sentiu as mãos dele tocando suas coxas e o prazer de sentir a língua dele explorando sua boca era maior que isso.

- MARISSA! CALEB! – o susto de Marissa foi tão grande que ela deu um empurrão com força em Cal, que também se surpreendeu e bateu com as costas na geladeira. Julie acabara de acender a luz e olhava para os dois com a expressão de quem acabara de ver uma assombração. – O que você fez com a minha filha? – Marissa baixou a cabeça envergonhada, olhando de soslaio para Cal, sem camisa e com o zíper da calça aberto; mas ele não parecia muito preocupado. – O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA FILHA?

- Julie, calma... – Cal gaguejou, mas não soube o que mais poderia dizer.

- CALEB! CALEB! – ela gritou e Cal percebeu que era seu pai quem ela estava chamando, depois continuou a falar com ele. – Como você teve coragem de encostar na minha filha? Seu moleque! – o que Cal mais queria naquele instante era fazer Julie calar a boca, mandá-la para o quinto dos infernos, mas olhou para Marissa e viu lágrimas caindo do seu rosto, por isso preferiu ficar calado.

- Julie, o que está acontecendo? Que gritaria é essa? – Caleb apareceu na porta e Marissa ficou ainda mais vermelha; ele olhou para o filho. – O que está acontecendo?

- Pai...

- Seu filho tentou violentar a Marissa. – Caleb arregalou os olhos e Cal perdeu a calma.

- Quê? Julie, você ficou maluca? Eu não... Marissa, fala pra sua mãe.

- Cala a boca, não fala com a minha filha.

- Caleb, me explica o que está acontecendo. – Caleb bufou.

- A sua mulher é louca.

- Seu filho é um cafajeste.

- Mãe, pára, o Cal não. fez. nada. – Marissa disse, sentindo uma vontade enorme de ser invisível.

- O que? Marissa, querida, você tá assustada. Olha o que o seu filho fez.

- Julie, por favor, você não pode acusar o Cal, a sua filha sabe o que faz.

- Caleb! Você acha que isso é normal?

- Não, mas você não pode falar desse jeito com o meu filho.

- Seu filho é um moleque irresponsável...

- Que não precisa forçar nenhuma garota a fazer nada... – Julie ficou vermelha, se fosse possível teria explodido de raiva.

- Eu não admito que você fale da minha filha como se ela fosse uma vagabunda.

- E eu não admito que você acuse o meu filho de ser um maníaco sexual, dentro da minha própria casa.

- Sua casa, até onde eu sei é minha casa também; e o seu filho passou dos limites.

Julie e Caleb começaram a discutir cada vez mais alto, e a usar palavras que não faziam parte do vocabulário normal do casal, que costumavam se tratar até muito carinhosamente para seus padrões; Cal e Marissa perceberam que aquilo já não era com eles, alguma coisa acabara de explodir entre o casal, e não era só por que os filhos estavam se beijando na cozinha. Cal fez um gesto com a cabeça, chamando Marissa e os dois saíram sorrateiramente, deixando os dois brigarem em paz, e foram sentar no jardim a borda da piscina.

- Desculpa, eu não sabia que a sua mãe ia ficar tão irritada. – Cal arregaçou as pernas da calça e colocou os pés dentro da água.

- Nem eu. Quer dizer, eu sabia, ela sempre foi assim, quando eu comecei a sair com o Ryan, ela fez um escândalo e eu fiquei de castigo por uma semana até que ela aceitasse. Mas o meu pai é mais relax, quer dizer, não que ele não tenha ciúme, mas ele é mais compreensível.

- Você gosta muito do seu pai não é?

- Claro, ele é meu pai! – Marissa sorriu, como se isso fosse óbvio.

- Claro. – Cal encostou o rosto no de Marissa, tocando-se com os narizes, eles quase voltaram a se beijar, mas uma voz fria e irritada acabou com o clima romântico.

- Marissa, a sua mãe está te esperando, vá falar com ela. – disse Caleb, e Marissa não esperou mais para sair dali correndo; era por motivos como esse que evitava ficar naquela casa.

- Poxa, você poderia ser menos gentil!

- Me poupe das suas gracinhas. O que você pensa que está fazendo? – Cal deu de ombros. – Você viu o tamanho da confusão que arrumou?

- Não é problema meu se o seu casamento está em crise.

- Escute aqui, garoto, isso não é sobre o meu casamento. Você não pode agarrar a filha da Julie, ela é praticamente sua irmã.

- Ah, por favor, para Marissa ser minha irmã eu teria que considerar a Julie como mãe, e isso não vai acontecer, nunca, nem você é muito paternal com ela. Você nem sabe quantos anos a Marissa tem!

- Eu não quero saber de você agarrando a Marissa, entendeu? – Cal bateu os pés dentro da piscina. – Entendeu? – Cal deu de ombros, e ficou satisfeito quando o pai desistiu de querer conversar, eles nunca conversavam, era algo impossível. Talvez Marissa tivesse mais sorte com a mãe.

            Mas Julie não era de desistir de uma conversa quando Marissa ficava fazendo de conta que não estava ouvindo; e naquela madrugada ela não parecia disposta a deixar a filha dormir, Marissa já estava pensando em telefonar e pedir ajuda ao pai.

- Mãe, por favor...

- Marissa, eu não posso aceitar que você... Dentro da minha própria casa, isso é impossível.

- Mãe, não aconteceu nada.

- Nem vai acontecer; Marissa, eu proíbo você de se envolver com o Caleb, ele pode ser lindo, sexy, e atraente, mas ele não é confiável, ele é um rebelde sem causa. Prometa que você vai ficar longe dele, Marissa.

- Eu acho que isso é um pouco difícil, você não acha mãe, considerando que ele mora aqui?

- Você sabe do que eu estou falando, Marissa. Por que você não continua namorando o Ryan?

- Agora você gosta do Ryan?

- Comparado com o Caleb, o Ryan é um ótimo garoto. Marissa, filha, eu só quero o seu bem, você sabe disso, não sabe? Eu não estaria dizendo isso se não fosse o melhor para você. Promete?

- Ok, mãe, eu prometo. – Marissa findou dizendo, mais para fazer com que Julie a deixasse em paz; ela não esperava uma reação tão exagerada da mãe, não esperava que ela achasse uma maravilha, mas foi muito além, afinal, Caleb era filho do marido dela, não deveria ter tanta raiva dele. Ela se deitou e só então voltou a pensar no que estava acontecendo antes de Julie começar a gritar; era incrível como Cal a deixava sem noção do tempo e espaço ao redor, quando ele a beijava ela não pensava em mais nada a não ser em senti-lo mais perto, era algo que nunca tinha sentido, nem mesmo com Ryan.






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