‘E então, Ash? Vamos continuar a batalha?’ Helena se vira para Ash.

‘Vamos lá!’

Foi uma batalha bem difícil. Uma partida entre dois treinadores talentosos e com boas estratégias, no início de uma boa amizade. Mas depois que Breelom foi eliminado, Kirlia não foi páreo para Treecko e Corphish juntos, dando a vitória a Ash.

‘Excelente batalha, pessoal.’ Max elogiou empolgado.

‘Obrigado, Max.’ Respondeu Ash.

Durante o tempo que passaram em Petalburg, May treinou dando duro para ser uma coordenadora cada vez melhor, para que pudesse realizar seu sonho de ganhar o Grande Festival. Ash e Helena treinaram muito juntos, compartilhando o mesmo sonho de tornarem-se Mestres Pokemon. Brock estudou um bocado sobre criação e deu força aos amigos, além de fazer visitas constantes ao Centro Pokemon a fim de ver a enfermeira Joy.

Duas semanas se passaram tranquilamente (com algumas aparições da Equipe Rocket). Ash e seus amigos nunca tinham esse tempo para aliviar as tensões e isso estava fazendo muito bem a todos eles. Mas é só elogiar que a coisa desanda...

Era uma bela manhã quando Ash, May e Brock estavam no Centro Pokemon deixando seus pokemons descansarem um pouco, pois faltavam duas semanas para o início da Liga Hoenn e menos de dez dias para o Grande Festival. Iriam partir rumo a Slateport de manhã. Ash ouviu uma voz enjoada que se assemelhava muito à de Gary.

‘Olá, perdedores. O que fazem em Petalburg?’ May reconheceu seu rival, Drew.

‘Eu é que te pergunto o que faz aqui, Drew!’ May estourou. ‘ Eu MORO aqui, sabia?’

‘Claro que não, por que deveria saber?’ Drew falou hesitante. ‘É claro que eu sabia, eu pesquiso tudo sobre você, estou aqui por sua causa’ pensou em silêncio.

‘Porque você foi quem perguntou o que eu faço aqui.’

‘Não gosto desse cara, ele me lembra muito um certo neto do Prof. Carvalho, na época em que era um treinador metido.’ Ash cochichou para Brock.

‘Pode até ser, mas May não compartilha da sua opinião.’ Brock disse dando um risinho.

‘Mas já que estamos aqui, te aconselharia a não perder tempo no Grande Festival, coordenadora. É apenas para coordenadores talentosos, não para amadores.’ Drew olhou para May com desprezo.

‘Ora, seu metido! Quando nos enfrentarmos no Grande Festival você vai pagar língua! Aliás, você é uma criança mimada. Cresce, Drew!’ May gritou ficando cada vez mais vermelha.

‘Eu estava em Dewford, treinando para o Grande Festival num lugar tranquilo onde minhas fãs não me perseguem, estou viajando para Slateport agora. E, a propósito, a única criança aqui é você.’ Drew falou com ar de superioridade.

‘Por que ele tem que ser tão chato?’ May pensou, entristecida. ‘Nós também estamos indo. Partiremos amanhã de manhã.’

‘Posso ir com vocês?’ A pergunta de Drew assustou os três. Esperavam qualquer coisa de Drew, menos que ele simplesmente pedisse para se juntar a eles na viagem.

May queria responder, mas perdeu o controle de seu corpo. A pulsação aumentou e ela sentiu que estava corando ligeiramente. As palavras não saíam de sua boca. Parte dela queria gritar e xingar de todas as palavras que conhecia. Outra parte queria dizer sim, queria a presença dele. Ash já ia falar que não, quando Brock puxou a orelha do amigo e disse ‘Claro, quanto mais companheiros, melhor!’

‘Brock, o que você está fazendo?’ Ash sussurou para Brock.

‘Deixe ele ir, precisamos dele.’

‘Precisamos?’ Ash perguntou confuso.

‘Deixa de ser lerdo, Ash. Tá na cara que aqueles dois se amam.’

‘Como assim se amam? Eles só se xingam.’ Ash disse confuso.

‘Por isso mesmo, dãa. Pelo mesmo motivo que você e a Misty.’

Ash quis argumentar, mas se lembrou de uma frase que Danny, o segundo líder da Liga Laranja que Ash enfrentou na companhia de Misty, lhes disse: “Só se fere quem se ama.”

‘Bem, eu tô com fome.’ Ash falou, procurando mudar de assunto.