Book And Tea escrita por Lhamelet
Notas iniciais do capítulo
Tentativa de fazer uma fic para o 56° Chall Relampago do 6v, que acabou saindo uma long fic, espero que gostem :D
Keep Calm and Have a Cupcake.
Ninguém nunca soube, mas Rose e Scorpius se conheceram muito antes de Hogwarts.
Todo ano, quando a primavera chegava, Ronald e Hermione Weasley levavam os filhos para gastar um dia no Holland Park, um parque ecológico localizado na área central de Londres, onde ela e o irmão almoçavam sorvete e passavam o dia perseguindo os gordos pombos que passavam pela calçada.
Rose sempre fora particularmente encantada por esse dia, não pelos pombos ou pelo sorvete, mas por causa das flores: a menina gostava de andar pela calçada sentindo as pétalas macias roçarem suas mãozinhas e o sol morno de primavera aquecer seus ombros, a sensação do vento afastando gentilmente as mechas ruivas de seus olhos e os risos chegando aos seus ouvidos.
Rose poderia andar por ali por horas e horas, só mexendo nas florzinhas, não fossem os olhos afiados da mãe que a lembravam constantemente de não se afastar demais para não se perder ou ser levada pelo ''Homem do Saco'', como a própria morena dizia.
Um dia, porém, enquanto Hermione estava distraída comprando sorvete para o pequeno Hugo, Rose se afastou demais e só se deu conta disso quando se virou para mostrar uma flor particularmente pequena para a mãe e viu que ela não estava mais ali.
A menina, naquela época com seis anos, fez a coisa mais racional que lhe ocorreu na hora: Sentou na borda de um canteiro, enfiou o rosto nas mãos e começou a chorar.
E se seus pais fossem embora sem ela e só percebessem que ela não estava no carro quando já estivessem em casa? Ou se o Homem do Saco a pegasse! Rose se esquecera completamente de perguntar para a mãe o que aconteceria com ela se fosse pega pelo Homem do Saco.
Será que ele a jogaria em um caldeirão fervendo para poder jantá-la, como naquele conto trouxa que a mãe havia contado há poucos dias? Ou a trancaria em uma torre, como naquele outro? Rose levantou os olhos úmidos, com a intenção de ver se o Homem do Saco estava por perto, e arfou de surpresa ao notar o garotinho parado bem a sua frente.
Ele tinha um rosto fino e pálido e cabelos cor do sol, que pareciam adornados de ouro em alguns pontos, e não parecia ser muito mais velho do que a ruiva. A olhava com os olhos claros cheios de curiosidade.
- Que foi? – Fungou Rose, corando um pouco por estar se descabelando na frente de um estranho.
- Por que você está chorando? – Ele se aproximou um passo.
- Eu... E-Eu me perdi da minha mãe – Murmurou Rose, esfregando os olhos. – Eu fiquei andando e quando eu virei pra falar com ela, ela não tava mais lá.
- Ei, não precisa chorar por isso – Disse ele, em uma tentativa desajeitada de confortá-la. Ele se sentou ao lado dela – Nós vamos achar ela de novo.
- Como você sabe? E se ela não perceber que eu sumi e for embora?
O menino pareceu se esforçar para encontrar uma resposta para aquilo.
- Você quer um cupcake? – Disse por fim, tirando um saquinho de papel de dentro do bolso da jaqueta.
- Hm? – exclamou confusa.
- Um cupcake – uma leve coloração rosada cobriu as bochechas pálidas do loiro – Minha mãe diz que sempre ajuda quando nós estamos tristes.
Rose olhou curiosamente para dentro do saquinho e tirou um doce.
- Obrigada – Agradeceu hesitante. Depois se lembrou que ainda não sabia o nome dele e perguntou, com a boca cheia de bolo.
- Meu nome é Scorpius. – Respondeu ele, pescando um bolinho no saco.
- Scopius, como o escorpião? – O menino deu de ombros. – O meu é Rose.
- Rose, como a flor? – Perguntou com um sorriso, imitando as palavras dela.
A ruiva sorriu.
- Huhum. – Os olhos cor de tempestade de Scorpius se viraram para ela e ele riu.
- O cupcake funcionou com você também – anunciou ele, animado.
- É, acho que sim – Riu a ruiva, corando sem-graça. – Onde você arrumou esses dai?
- Minha mãe fez.
- Ah. E onde ela está? – Rose olhou em volta, sem saber as certo quem estava procurando, já que não tinha a menor idéia de como era a mãe de Scorpius
- Em casa, ué.
Rose arregalou os olhos para ele.
- Ela te deixou vir sozinho?
- Nossa casa é ali – Respondeu, apontando para uma casa do outro lado da rua.
- Ok, mas ela não tem medo que o homem do saco te leve?
Scorpius olhou para ela, medindo se estava falando sério, e explodiu em uma gargalhada.
- O... Homem... Do... Do... Saco! – Exclamou sem fôlego, quase caindo em cima das flores por causa da crise de riso. Os lábios de Rose se contraíram num bico irritado.
- Não tem graça! – Exclamou a ruiva batendo em Scorpius com o bolinho, que se espatifou instantaneamente contra a jaqueta dele. – Besta.
- Ei, espera ai – Exclamou, limpando os farelos da jaqueta – Era por isso que você estava chorando antes, não era? Porque você tava com medo do Homem do Saco.
- Não era – Respondeu em um tom muito pouco convincente.
Scorpius riu por mais um segundo, fazendo Rose lhe lançar um olhar de repreensão.
- O Homem do Saco não existe – O tom dele era prepotente, como se soubesse mais do que ela- Isso é só uma história que as mães contam pra você não sair de perto delas.
- É? E como é que você tem tanta certeza, gênio?
- Porque eu tenho, ué. Minha tia que me disse.
- Mas a minha mãe disse que...
- Rose! – A voz familiar ecoou nos ouvidos da menina e ela se virou para ver o pai correndo até ela. – Pelo amor de Merlin, Rose! Quase nos mata do coração. – Exclamou ele, abraçando-a com força.
- Onde você estava?
- Eu me perdi – Explicou ela.
- Sua mãe quase enfartou!
- Eu sei, desculpa.
Ronald resmungou alguma coisa para si mesmo e começou a puxar a filha para longe, mas quando Rose se lembrou de virar para trás, Scorpius já tinha sumido.
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Alguém já reparo que a gente escreve melhor de madrugada? .-. Tenso, né? Mais é verdade :)
Se gostou, mande um review para aumentar o meu ego; Se não gostou, pode me xingar, eu deixo .-.