Youre The Only One Who Can Save Me escrita por itsClaraMalik


Capítulo 15
Dude, what am I doing?


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH, Podem me matar, eu deixo.Primeiro eu gostaria de pedir mil desculpas pra vocês. Eu passei mais de um mês sem postar, mesmo quando eu disse que não ia demorar tanto, mas eu explico.Eu fiquei em matemática e me matei pra estudar, a internet daqui não colabora, muito menos a minha imaginação. Então por favor desculpem (:E MUITO obrigada por todos os reviews, eu nem sei se eu respondi todos, mas eu li e fiquei muito feliz *-*Mas ok, boa leitura.



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Rebecca me deixou em casa umas seis da tarde, nós duas iríamos ao cinema no dia seguinte.

Subi pro meu quarto e me joguei na cama, eu estava exausta de tanto andar pra lá e pra cá naquele shopping - gigantesco, por sinal.

Peguei o papel surrado que Chris me deu hoje mais cedo no parque e fiquei analisando, vi que além do endereço também tinha um número de telefone.

Curiosa, resolvi ligar pra saber de quem era. Peguei o telefone que tinha no meu quarto, disquei o número e depois de alguns toques a pessoa atendeu.

Alô? - uma voz feminina falou.

- Caitlin? - arrisquei.

Sim? - ela respondeu, me deixando de certa maneira aliviada.

- Ah, oi. Hm, é a Kristin, uma amiga do Chris. - falei tímida.

Kristin! Então você existe mesmo! - ela riu ao telefone. Como assim? É claro que eu existo.

- É, acho que sim, afinal. - ri também e ela me acompanhou.

Você vem á minha festa no sábado? - ela perguntou educada.

- Claro. - respondi do mesmo modo - Anh... Se não for pedir muito, eu poderia levar uma amiga? - perguntei com cautela e temendo a resposta.

Pode sim, sei que vai se sentir um pouco deslocada. - ela disse dando uma risada fraca.

- Obrigada, Caitlin. Mal posso esperar pra te conhecer, o Christian vive falando de você. - falei sem jeito.

Eu digo o mesmo. Christian não para de falar de você. - ela riu e eu corei. Sorte que não tinha como ela me ver agora, senão veria como fiquei igual a um pimentão.

- Mesmo? - perguntei envergonhada.

Mesmo. Ele fala tanto que a gente até cansa. É Kristin pra cá, Kristin pra lá... - ela falou rindo novamente.

- Ai, meu Deus. - ri também.

Kristin, foi realmente muito legal falar com você, mas eu preciso desligar agora. Te vejo no sábado? - ela falou.

- Até sábado, boa noite. - respondi.

- Boa noite, tchau. - ela falou e desligou. Levantei da cama e fui até o banheiro.

Tomei um banho, escovei os dentes e coloquei uma blusa antiga e folgada de manga longa, vesti um short jeans e desci pra comer alguma coisa.

Fiz um sanduíche de geléia e pasta de amendoim e fui pra sala. Sentei no sofá e liguei a TV, deixei na Nickelodeon e estava passando Bob Esponja, eu nunca havia gostado daquele desenho, mas deixei lá do mesmo jeito.

Eu estava ficando com sono, apesar de serem somente sete horas da noite. Desliguei a televisão e fui colocar o prato que eu estava usando na pia, quando ia subindo as escadas a campainha tocou.

Praticamente me arrastando fui até a porta e a abri.

Deparei-me com Justin, eu não o via desde o nosso beijo há dois dias.

- Oi. - ele falou sorrindo de leve, ele estava diferente, parecia cansado.

- Oi. - falei sorrindo também.

Nos minutos seguintes ele ficou encarando seu par de tênis vermelhos, esse garoto estava tão estranho.

- Quer entrar? - perguntei vendo que as coisas iam ficar por onde estavam mesmo.

- Pode ser. - ele respondeu indiferente e eu saí do caminho pra que ele pudesse passar.

Fechei a porta e fiquei olhando o garoto parado no meio da minha sala, ele também estava me olhando, mas parecia incomodado com alguma coisa.

- Tá tudo bem, Justin? - perguntei preocupada indo até ele, mas ele se afastou. Aquilo de alguma forma fez meu estômago virar e revirar várias vezes, me deixou mal e sem saber o que eu tinha feito pra ele estar agindo tão diferente comigo.

- Tá. - ele respondeu novamente. Cruzei meus braços e arqueei as sobrancelhas. - Não, não tá. - desistiu.

- O que aconteceu? - cheguei mais perto, mas novamente ele se afastou.

- Não foi nada. - ele disse impaciente.

xx Justin xx

- Não foi nada. - respondi seco à pergunta da Kristin.

Ela me olhou um tanto confusa, e eu também me olharia assim se estivesse no lugar dela.

O que está acontecendo? Fácil. Nesses últimos dois dias eu entrei em conflito comigo mesmo pra decidir se contava ou não a verdade pra Kristin. E eu ia falar, mas assim que a vi sorrindo daquele jeito, simplesmente travei. Não consegui contar, pois sabia que ela não queria se magoar e a esse ponto da minha mentira ela nunca mais ia falar comigo.

- Tem certeza, Justin? - ela perguntou duvidando.

- Já disse que tenho! - respondi irritado.

Ela baixou a cabeça e pude notar uma expressão indecifrável no seu rosto.

- Me desculpa. - falei e fui abraçá-la, mas ela recuou.

- Não, Justin. Vai embora, por favor. - ela falou com sua voz ainda calma.

- Kris... - tentei. Se ela pelo menos soubesse o motivo dessa minha atitude repentina.

- Só vai, por favor. Amanhã a gente conversa. - insistiu, ainda com a voz firme e calma.

Fui em direção da porta e saí como ela pediu.

Caía uma garoa fina do lado de fora. Entrei no carro e fui em direção de casa. Liguei o rádio e uma música minha tocava, irritado desliguei o rádio.

- Droga! - falei quando um carro entrou na minha frente, fiquei a centímetros de bater nele.

Estava xingando tudo dos piores palavrões mentalmente.

Parei o carro e fiquei ali, estacionado no meio da rua.

De repente eu senti meu coração se apertar, eu estava com vontade de gritar, chorar ou pelo menos desabafar com alguém, mas eu estava sozinho e ninguém ia me ouvir.

Olhei em volta e alguns carros estavam vindo atrás do meu, liguei o carro novamente e resolvi ir pra casa.

...

Entrei no meu quarto, Chaz e Ryan estavam jogando vídeo game. Me viram passar encharcado e começaram a fazer algumas piadinhas idiotas.

Ignorei os dois.

Tomei um banho bem quente pra relaxar pelo menos um pouco.

Saí do banho e vesti o primeiro pijama que vi, e também o que menos me agradava, até por ser cheio de ursinhos e estrelinhas.

- Ai, amiga, você tá tão bonitinha com essa roupitcha. – Ryan tentou falar com uma voz feminina. Revirei os olhos e deitei na cama.

- Ui, olha o respeito, Ryan. A madame vai se chatear. – Chaz falou e os dois bobos riram.

- Calem a boca. – falei por fim, e funcionou; os dois se calaram.

Depois de alguns minutos os vendo jogar, me deu uma crise de espirros. Droga de chuva, droga de vida.

Olhei no relógio e ainda era 20h50min, cedo demais pra dormir.

Os dois patetas perguntaram por que eu cheguei todo molhado e com cara de tacho e eu tive que explicar toda a história pra eles, cansei e resolvi ir comer alguma coisa.

Desci e encontrei minha mãe sentada na mesa da cozinha falando com Scooter no celular.Lá vem trabalho.

Fui até a dispensa e peguei um saco de salgadinhos e uma lata de refrigerante. Voltei pro quarto e mal comecei a comer que os meninos atacaram e acabaram comendo a maioria do salgadinho.

Joguei um pouco com eles e quando me dei conta já estava de madrugada, resolvi deitar e logo dormi.

*

- Justin, acorda. – alguém falava me sacudindo.

- Me deixa dormir mais um pouco, mãe. – pedi de olhos fechados. Escutei risadas femininas e duas garotas cochichando. Abri os olhos e vi Selena rindo acompanhada da minha mãe.

- Resolveu acordar, bela adormecida? – Selena falou sorrindo. E que sorriso.

- Bom dia, Justin. – minha mãe falou depositando um beijo na minha testa.

- Bom dia. Desculpa, mas o que vocês fazer aqui tão cedo? – perguntei bocejando.

- Já são três da tarde, e você tinha me chamado pra sair, esqueceu? – Selena perguntou um pouco desapontada. Minha mãe saiu do quarto.

- Ah, é mesmo. – falei me sentando e coçando a nuca.

- Se você não quiser ir, tá tudo bem. – ela falou forçando um sorriso.

- Eu quero, só vou me arrumar. – respondi. Ela sorriu e saiu do quarto.

Tirei a camisa do pijama e Selena abriu novamente a porta.

- A propósito... Você ficou uma gracinha com esse pijama. – ela riu e fechou a porta. Senti minhas bochechas queimarem.

Fui tomar um banho rápido, escovei os dentes e fui pro meu closet escolher uma roupa.

Vesti uma bermuda xadrez, uma camiseta preta, calcei um tênis e coloquei um boné roxo, um dos meus preferidos.

Quando saí do closet, encontrei Selena sentada na minha cama, ela estava mexendo no meu celular.

- Já podemos ir? – perguntei. Ela soltou meu celular e sorriu. Peguei o celular, a carteira e a chave do carro e descemos.

- Mãe, estamos indo. – avisei, já estava indo pra garagem.

Selena entrelaçou nossas mãos e encostou a cabeça no meu ombro. O cheiro de shampoo de melancia invadiu minhas narinas, aquele cheiro era realmente muito bom.

Fiquei um tanto desconfortável, mas continuei na mesma posição.

O que eu não entendia é que eu pensei estar apaixonado pela Kristin, mas agora veio a Selena e me confundiu completamente.

Entramos no carro, Selena ligou o rádio e eu liguei o carro.

- Aonde você quer ir? – perguntei quando estávamos saindo da minha casa.

- Bom, eu pensei em irmos comer alguma coisa. – ela sugeriu. Fui em direção do Burger King.

Chegamos lá depois de um tempo, já que era um pouco afastado da cidade.

Fizemos nossos pedidos e comemos em silêncio, eu já estava ficando incomodado.

- Com licença, Justin Bieber, você poderia tirar uma foto com a gente? – um grupo de garotas veio até nossa mesa perguntar. A garota que falou parecia estar bastante emocionada.

- Claro. – falei. Elas pediram a uma atendente pra tirar a foto, sorri pra câmera e pronto.

- Muito obrigada, minha irmã nem vai acreditar. – a mesma garota falou. Agora ela estava com os olhos marejados.

- Qual é o nome da sua irmã? – perguntei pegando meu boné e assinando.

- Joan, ela tem câncer e ama muito você. – ela sorriu fraco.

- Para Joan, fique forte, eu amo você. Com amor, Justin Bieber... Prontinho. – falei entregando o boné pra ela. Suas amigas vibraram, e a garota acabou chorando.

- Obrigada, Justin. – ela falou me dando um abraço e depois ela e suas amigas foram embora.

Sentei e vi que Selena estava de cara amarrada.

- O que foi? – perguntei baixinho.

- Você... Que dá mais atenção às suas fãs do que pra mim. – ela falou emburrada.

- Ah, qual é, Sel. – falei. Podia jurar que aquilo era brincadeira dela.

- Não, Justin. Me leva pra casa, tá? – ela perguntou mal-humorada.

- Tá. – falei seco.

Abri a porta do carro pra ela e ela entrou, depois entrei no carro e fui em direção da casa dela.

- Jus? – ela falou no meio do caminho. A primeira palavra que ela teve coragem de falar depois do showzinho dela no Burger King.

- Fala. – respondi sem tirar os olhos da estrada.

- Pode parar o carro, um pouco? – ela perguntou em tom de dúvida.

Parei o carro no encosto da rua.

- O que foi Selena? – perguntei sem paciência.

- Você sabe que eu gosto muito de você, né? – ela perguntou sorrindo. O Sol batendo levemente em seu rosto pela janela, o que dava um efeito mais incrível ainda naquele sorriso.

Assenti, deixando um sorriso bobo escapar.

- Eu também gosto muito de você, Sel. – falei.

- Eu... Bom, eu queria que a gente desse um passo mais sério no nosso relacionamento. – Selena falou. Olhei-a surpreso.

- Como assim? – perguntei fingindo não estar entendendo aonde ela queria chegar.

- Se você não tiver pronta pra isso, eu vou entender. – ela falou sem graça.

Segurei a mão dela e ela olhou pra mim com um olhar confuso e curioso ao mesmo tempo. Dei um selinho nela.

- Sel, eu gosto de você, até demais. É só que eu não sei se daria certo. – falei cauteloso. Ela sorriu.

- Fico feliz por ter sido sincero. – falou e me deu um abraço.

- Ah, ia me esquecendo. Sábado a Caitlin vai dar uma festa. Quer ir comigo? – perguntei assim que nos soltamos.

- Vai ser ótimo. – ela respondeu me dando outro abraço.

- Podemos voltar, agora? – perguntei.

- Pode ser, estou cansada. – ela sorriu fraco.

Não falamos mais nada depois disso.

- Chegamos. – falei assim que parei o carro. Selena tinha ficado muito esquisita depois da conversa que tivemos.

- É, chegamos. – ela falou baixo.

- Aconteceu alguma coisa? – perguntei confuso.

- Nada, não se preocupe. – ela falou desanimada. Ela ia descendo do carro quando eu a puxei pela mão e lhe dei um beijo.

Um beijo rápido e quente, mas não era como o que eu sentia quando beijava a Kristin.

- Obrigada, Jus. Eu me diverti muito. – ela falou e me deu outro beijo, novamente eu estava retribuindo, até que percebi que não era ela quem eu queria.

- É, eu também. – falei corado, ela sorriu e desceu do carro. Entrou em casa e acenou pra mim.

Fui pra casa envolvido por milhares de pensamentos, eu estava confuso, chateado, feliz, cansado e principalmente indeciso. Afinal o que eu estava fazendo?


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo está quase terminado, acho que posto ele no máximo sexta-feira. EU QUERO REVIEWS, hein? E se não for pedir muito, recomendações são bem-vindas e não custa nada mandar uma. Ok? Haha, sério. Beijos ;*