Diario de um Semideus 2 - As Portas da Morte escrita por H Lounie


Capítulo 21
Esperando pelo fim




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‘‘Mamãe cantarolava, mas eu tapei meus ouvidos e fugi. Pois a sua canção de ninar era a ceia de refeição dos meus monstros no armário’’

Um trovão agitava o céu enquanto eu aos poucos tentava assimilar o que via pairando sobre minha cabeça e as palavras de Quíron. Então Apolo errou? Não sou filha dele e sim de Afrodite? Fazia certo sentido, uma vez que descobri que Harriet, ou Níobe, não era minha verdadeira mãe. Mas então porque Apolo me ‘determinou’ quando eu era pequena? Tudo bem que não houve essa coisa toda de luz sobre a cabeça e benção... E por falar em benção, eu não vestia mais shorts e camiseta, vestia um vestido rosa claro, sem mangas, que ia até perto do joelho e tinha um decote enorme para lá de embaraçoso. Ao passar a mão pelos cabelos vi que meus cachos foram presos em uma trança entrelaçada com fios de ouro. Nos meus braços havia braceletes de ouro, assim como quando Piper foi determinada.

– Você está incrível. – Nico falou, olhando fixamente para mim.

Os demais campistas começavam a levantar, enquanto Sr D soltava uma risada abafada a minha direita.

– Filha de Afrodite? Eu bem que desconfiei. – Garantiu.

– Quíron, o que está havendo? Eu não... Não sou filha de Apolo? Quer dizer... Eu...

Não pude distinguir se o que ouvi em seguida foi um grito ou uma gargalhada histérica, só sei que veio de Drew

– ISSO É IMPOSSÍVEL! – Gritou ela. – Como ela pode ser filha de Afrodite?

Duas de suas – ou nossas – irmãs a agarraram pelos braços e a levaram para fora da praia.

– E todo esse tempo eu fiquei aqui pensando que Afrodite jamais teria coragem suficiente para fazer isso. – Falou uma voz desconhecida, enquanto novos trovões agitavam o céu. Os deuses estavam muito nervosos. – Acho que te ver perder um amor a fez ficar muito irritada Lyra. Ou talvez foi apenas por seu pai ficar se gabando sobre como sua filha é uma grande heroína. Acho que ela quer ter os créditos também. – O homem bonito sorriu.

– Pai? – Luke surgiu novamente entre os campistas, dirigindo-se ao homem com certo respeito.

– Hermes? – Perguntei confusa, olhando de um para o outro.

O homem sorriu. Nem em um milhão de anos eu arriscaria dizer que ele era um deus. Era incrivelmente bonito como a maioria dos deuses, é claro, mas vestido com um tênis de corrida, uma camiseta e jeans, ele parecia mais com um modelo de uma marca famosa do que com um deus. O sorriso em seu rosto era divertido, na realidade parecia muito com o sorriso zombeteiro de seus filhos, como se estivesse prestes a roubar. Os cabelos arrumados em um corte desigual lhe davam um ar jovem e descontraído, e o fato de passar a mão por eles repetidas vezes me fez pensar que ele estava nervoso. Os olhos esverdeados analisavam o filho com uma mescla de saudade e receio.

– Filho, é bom te ver outra vez.

Abraço entre os dois foi rápido, como se nenhum deles soubesse exatamente o que fazer. O olhar do deus então se voltou a mim e eu não consegui identificar o que eles queriam dizer.

– Vim buscá-la em nome de seus pais. – Ele sorriu sem jeito, me estendendo uma mão.

Olhei para Quíron que assentiu uma vez, encorajando-me.

– Bom, acho que a festa acabou pessoal. Voltem para os chalés.

A ordem do centauro foi seguida de muitas reclamações, mas por fim todos acabaram saindo da praia. Os últimos foram Nico e Luke, ambos lançando um olhar preocupado em minha direção. A mão de Hermes continuava estendida para mim, então por puro reflexo eu a segurei. O deus me puxou para mais perto de si, iniciando uma caminhada pela areia.

– Sabe Lyra, acho que devo adverti-la sobre o que está prestes a enfrentar. Sei que deve estar um pouco confusa agora.

– Um pouco? Ah, você não faz idéia. – Comentei, ainda me sentindo boba com toda aquela história e até um pouco envergonhada pela benção dada por Afrodite. – Quer dizer que eu sou filha de Apolo... E Afrodite?

– Quer dizer exatamente isso. – O sorriso do deus aumentou.

Afrodite. Fazia sentido, considerado a facilidade que eu parecia ter para conquistar garotos, apesar de magoa-los e perdê-los quase sempre.

– Então porque raios só agora resolveram me dizer isso?

Ele parou de frente para mim, tomando minha outra mão.

– Consegue entender o que isso significa? Consegue entender o problema em que seus pais se meteram e por conseqüência você também?

– Afrodite é casada! – Exclamei surpresa, uma vez que aquilo acabara de me ocorrer.

– Não por isso, veja, seus pais são deuses, deuses grandes. Você é filha deles...

– Eu deveria ser uma deusa? – Arrisquei.

– Para começo de conversa você não deveria existir, poderia ser extremamente perigosa se quisesse, mas devido às circunstâncias, sim.

– E isso é tão ruim assim?

– É o que eu acabei de dizer, você poderia ser, ou melhor, você é poderosa, esteve prestes a mudar de lado, é claro que você ajudou, escolheu ficar do lado de seu pai, mas poderia ser diferente. Ao ter você e ocultar seu nascimento seus pais poderiam ter cometido um dos maiores erros da história. Você poderia ter despertado Gaia ao invés de tê-la feito adormecer novamente.

– Piper estava lá, ela poderia conter Gaia. – Falei nervosa.

– Você mesma sabe que não, se você quisesse despertá-la, nada a impediria.

Não consegui formular resposta alguma. Apenas continuamos caminhando mais alguns metros em silêncio.

– Gaia sabia sobre isso, por isso me escolheu?

– Eu acredito que não. Você tem uma protetora, sabia? A deusa Lara, a deusa do silêncio. Seu nome é uma homenagem a ela. Ela a manteve no silêncio, impedindo que escutasse qualquer coisa sobre seu nascimento, qualquer verdade sobre sua mãe. Ela impediu também que qualquer deus ouvisse. Apenas eu, Leto, Lara, Apolo e Afrodite sabemos a verdade sobre você. Bom, ao menos até agora.

Ele olhou preocupado para o céu que ainda estremecia com os trovões.

– Por que você? – Perguntei tímida, não sabendo se devia ou não perguntar.

O deus suspirou e depois sorriu como quem se desculpa, murmurando um ‘logo você saberá’.

– Ok, sei que estou sendo chata com todas essas perguntas, mas...

– Você tem todo o direito.

– Por que meu pai e Afrodite resolveram fazer isso se era tão arriscado assim?

– Ah, eles não resolveram. Não há nada que possa remediar os caprichos do destino, nem os deuses podem fugir do que é determinado pelas moiras, por mais arriscado que seja.

– Vocês já devem conhecer o futuro. – Não era uma indagação, era uma afirmação.

– O futuro tem o engraçado costume de cair em meio ao vão. – O deus sorriu e parou mais uma vez. - Está preparada?

– Preparada para que?

– Para ir ao Olimpo.

Minutos se passaram antes que eu conseguisse formular algo para falar.

– O que vai acontecer comigo?

– Calma, você tem muitos pontos ao seu favor.

Em um click aparecemos em frente ao elevador no Empire State. Hermes entrou primeiro e me incentivou a entrar, acabando por fim por me puxar para dentro, uma vez que eu mal conseguia mexer as pernas. Os trovões eram ainda mais altos ali, chegavam a ser ensurdecedores.

– Agora vão todos decidir se vão me matar ou não, é isso? – Perguntei quando saíamos do elevador, sentindo tremores percorrer meu corpo. Pela primeira vez não me sentia maravilhada com a visão do Olimpo.

– Relaxe, nem tudo esta perdido ainda. Você tem uma carta ao seu favor, talvez no fim você mesma possa decidir. – Parecia que ele falava mais para ele mesmo do que para mim.

Os gritos na sala dos tronos eram ensurdecedores, eram os trovões que se ouvia lá embaixo. De imediato reconhecia quatro vozes que se sobressaiam a aquilo tudo: Apolo, Afrodite, Leto e Hera.

Escondi-me atrás de Hermes enquanto entravamos, eu nunca havia visto os deuses em uma discussão e poderia muito bem morrer outra vez sem isso. Assim que nos colocamos no meio dos tronos, senti todos os olhares em mim, imaginando que no momento em que Hermes virasse um gigante de seis metros de altura e fosse para o seu trono e me deixasse sozinha eu desmaiaria, mas para meu completo espanto, ele não fez isso.

– Eu disse a você Zeus, você deveria tê-la matado quando teve a oportunidade. – Nem precisei desviar meu olhar para saber de quem vinha aquele comentário. Hera, tão detestável quanto uma serpente.

Leto se aproximou de mim, passando um braço ao meu redor.

– Por onde começamos? – Falou uma voz estrondosa como um trovão. Levantei meus olhos a tempo de encontrar um par de orbes azuis elétricos me analisando com cautela, como se eu oferecesse um sério perigo, o que poderia ser verdade.

– Pai, - Hermes começou. – Lyra não fez nada...

– Nada ainda! – Hera o cortou. – Ela ainda não teve tempo.

– Ela ajudou com Gaia! – Disse uma voz chorosa. Olhei para a mulher que falou, era sem duvidas a mais bela ali. Tinha cabelos longos, loiros e ondulados como os meus, embora os meus pendessem mais para um tom dourado. Os olhos azuis brilhantes derramavam lágrimas. – Já disse a vocês, ela jamais nos...

– Cale-se Afrodite! Se ele não fosse capaz de nada, porque Gaia a escolheria?

– Gaia pode ter errado. – Propôs Hermes.

– Gaia não erraria em algo tão grande. – Hera continuou, obviamente ela faria de tudo para me deixar mal.

– O que não é justo é culpar Lyra por isso – Hermes fuzilou a deusa com os olhos, deixando-me completamente surpresa.

– Ela representa perigo a família olimpiana, você sabe Hermes.

– Só oferece perigo ao seu ego rainha Hera, não aos olimpianos. – Papai pulou em minha defesa, juntando-se a Hermes no que parecia ser uma tentativa de intimidar apenas pelo olhar.

– Silêncio! – Berrou o soberano dos céus, Zeus. – Estamos nessa conversa há horas, já discutimos tudo o que havia para discutir.

– Eu não participei da discussão. – reclamou Sr D, tamborilando os dedos na lateral de seu trono, completamente entediado.

– Conviveu tempo suficiente com ela para saber – Argumentou Apolo.

– Então, vamos a votação. – Proferiu Zeus, analisando-me com cautela. – Todos a fazer de lançá-la ao tártaro antes que...

– Espere! Antes da votação, quero que saibam que se forem favoráveis a absolvição desta garota que por certo deveria ser uma deusa e que em nada tem culpa, eu assumo toda e qualquer responsabilidade por seus atos e como deus das profecias posso garantir que não se arrependerão disso. – Apolo voltou a falar, colocando-se em pé, olhando diretamente para Zeus, que lançou-lhe um olhar de aprovação.

– Sendo assim, que comece a votação.

Tudo havia acontecido tão rápido. Aos poucos meu corpo ia dando os primeiros sinais de que começava a compreender o que estava prestes a acontecer ali. Dependendo do resultado, eu seria morta e lançada ao tártaro muito em breve, por algo que eu não tinha a menor culpa. Eu queria protestar, reclamar e exigir direitos que pensava ter mais parecia que as palavras haviam me abandonado, pareciam que todos aqueles propósitos que um dia me ensinaram a ser forte me deixaram ali, em frente aos deuses desarmada, sem vontade de lutar por minha própria vida. Eu realmente estava só, mais do que nunca estive.

Olhei para os deuses que levantam suas mãos. Hera, Hefesto, Ares, Atena e Dionísio. Zeus ordenou que baixassem as mãos e que aqueles a favor de me deixar continuar a viver erguessem. Papai, Hermes, Afrodite, Deméter, Poseidon. Não pude deixar de perceber que uma deusa não havia opinado.

– E quanto a seu voto Ártemis? – Perguntou Zeus.

– Não me importo, façam o que quiser. Matem-na, salvem-na, isso não me importa.

Lancei um olhar suplicante para a deusa, mas esta o ignorou. Zeus arrumou-se em seu trono, olhando para o nada como quem busca resposta.

– E você, o que tem a dizer? – Dirigiu-se a mim pela primeira vez.

– Nada senhor- Respondi com sinceridade.

– Nada? Você semideuses não estão sempre reclamando que nós deuses somos injustos? Ora, vamos, não quer defender o seu lado? Chegou a hora da verdade.

– É aí que eu estou encrencada, comigo ultimamente as coisas vinham sendo na mentira.

– Como disse?

– Sim. Quando Gaia me trouxe de volta eu aceitei entrar na batalha contra vocês, eu conhecia os planos de Quione contra Jason e os outros, eu...

– Você escolheu um lado no fim, não foi? – Afrodite levou as mãos à cabeça, olhando-me com desespero.

– Sim, mas não acredito que isso conte agora.

De uma hora para outra senti-me cansada de tudo, desejando sumir, desejando ter um pouco de paz, uma paz que eu não tenho desde o dia que Rachel me deu a profecia. Peguei-me imaginando o fim, o momento onde eu finalmente estaria livre de tudo aquilo, livre de mentiras, livre de lutas e batalhas que desde o inicio já são perdidas. Como esta, eu não precisei queimar minha casa, os deuses fizeram isso por mim e agora eu estava mais do que pronta para morrer.

– Considerando a declaração final e a...

– Não! Senhor espere, há um jeito! – Afrodite levantou-se de seu trono, lançando a Zeus o mesmo tipo de olhar suplicante que a pouco eu havia lançado para Ártemis. – Hermes, tem algo a pedir.

– Tem Hermes? – Zeus olhou desconfiado para o filho.

– Sim. Tenho algo a pedir. Para Apolo.

– Para mim? – Papai perguntou, sua surpresa exagerada entregava completamente o fato de que ele já sabia que aquilo ia acontecer.

– Sim. Eu quero pedir a mão de Lyra em casamento.

– Como disse? – Perguntei chocada, ele me ignorou.

– Pai, se Apolo permitir, eu a aceito como minha esposa e, assim como ele, estou disposto a assumir a responsabilidade por seus atos futuros.

– Eu permito. – Papai sentenciou – E vocês têm a minha benção.

Senti que lágrimas escorriam por meu rosto. Aquilo estava mesmo acontecendo?

– Sendo assim, Lyra será tomada como esposa de Hermes, que fará dela uma imortal. Declaro a reunião encerrada. – Disse o soberano dos céus como quem diz ‘olá’.

Os olhares dos outros deuses repousavam em mim com uma mescla de repulsa e compaixão. Afrodite sorria e Hermes me olhava esperançoso, como se estivesse esperando por aquilo durante muito tempo. Apolo diminuiu até estar na altura de um ser humano normal. Olhava-me como quem se desculpa enquanto Afrodite ameaçava vir em minha direção. E eu? Bem, eu sequei minhas lágrimas e fugi, desvencilhando-me facilmente dos braços de Leto. Deixando a sala dos tronos e me perdendo nas ruelas do Olimpo. Enquanto corria, ouvi a voz de meu pai soar triste em minha mente.

‘‘Porque menos mal é tendo-a presente, sofrer sua crueza, e teu tormento, que sentir sua ausência eternamente’’

– Olá – Disse uma já conhecia voz atrás de mim enquanto eu me ocupava em apenas chorar tudo o que vinha guardando há muito tempo. – Posso me sentar?

Assenti uma vez, tentando esconder as lágrimas. Depois de correr por alguns minutos, encontrei um bonito jardim, iluminada fracamente por uma única lâmpada.

– Em um dia claro, no meio da noite, dois meninos mortos se levantaram para lutar. De costas eles se encararam, puxaram suas espadas e atiraram um no outro. Um policial surdo ouviu o barulho, foi até lá e matou os dois meninos mortos. Eu não consegui mudar o final.

– Do que está falando? – Perguntou, preocupado.

Não respondi. Apenas eu precisava saber o significado do final. Eu havia levantado do mundo dos mortos para lutar, virando as costas para que mais amei a ponto de perdê-lo. Eu estava pior do que morta, eu estava sozinha e destinada a um futuro que me assustava. Hermes, aquele que nada deveria ter a ver com a história, acabou com as esperanças dos meninos mortos. Apenas agora eu entendi que os ‘meninos mortos’ não éramos Luke e eu, mas Nico e eu. Tudo entre nós morreu no fim.

– Devo lhe agradecer? – Perguntei ao homem que gostando ou não, logo seria meu marido. Não podia acreditar que isso estava acontecendo. Minha opinião sequer importava?

Hermes sorriu, tomando minha mão esquerda.

– De maneira alguma. Não quero que pense que fiz isso apenas para livrá-la da morte, quero que saiba que sinto amor por você.

– Há quantos dias descobriu esse amor? – Comentei, sentindo ter exagerado na ironia.

– Desde antes de você nascer. – Ele sorriu outra vez. – Estive te observando e aguardando esse tempo todo. Devo dizer que correspondeu a todas as minhas expectativas.

– A ponto de querer casar comigo? Já passou pela sua cabeça que esse seu amor pode não ser correspondido?

– Isso você ainda vai me dizer, mas temos tempo, não? Acho que terei que conquistá-la de alguma forma.

Ficamos nos encarando por algum tempo. O sorriso de Hermes não desaparecia momento algum enquanto ele limitava-se a deslizar a mão suavemente por meus cabelos, ou apertar os dedos em minhas mãos.

– Está feliz? – Perguntei, começando a sorrir também. Talvez não fosse assim tão difícil conviver com ele.

– A verdade? Estou realmente feliz. Posso dizer que este momento é o que eu sempre quis. Tenho preparado-o há muito tempo. Lembra da missão que dei a Luke há muitos anos, a que deixou nele aquela cicatriz?

– Sim, roubar uma maçã das hespérides.

Ele mexeu em seu bolso, retirando dele uma maçã dourada.

– É esta aqui? – Perguntei chocada.

– Sim, pedi que ele pegasse isso para você. Obviamente ele não sabia que seria você a recebê-la, até porque nos dias de hoje ele não concordaria, com certeza será um choque para ele, em dadas circunstâncias.

– Eu... Eu nem sei...

– Ela irá te conferir a imortalidade. Luke a roubou para você.


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