Perspectiva escrita por mamita


Capítulo 6
Casamento


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo não existiria, mas seria muita maldade não deixar Rose falar de seu próprio casamento.



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PDV Rosálie

O decorrer da noite foi ainda mais agradável do que eu podia imaginar, terminar de bordar o vestido era mais que uma tarefa a ser cumprida. Era eu pela primeira vez sentindo esperança. Pode parecer bobo, mas jamais achei que voltaria a me sentir humana, não no aspecto orgânico. Recuperar as sensações humanas de que o Carlisle tanto falava.

Ele acreditava que a abstinência do sangue humano, nos humanizava. É um paradoxo muito irônico: quanto menos sangue humano, mais humano. Da mesma forma ele cria que isso fortalecia nossos laços. Senti que aos olhos de meu criador os vampiros que conseguiam essa proeza eram bem conceituados, queria isso. Edward fazia questão de destacar todos os aspectos predatórios de minha personalidade vampiresca.  

- Como você localiza rápido a presa, Rosálie.

Morte limpa, muito bem!

Não se angustie Esme é só a irracionalidade dela assumindo o controle. Aliás, parece que a razão dela tirou umas férias.

Sentia a ira da caçadora se aproximar, ela vinha majestosa e eu sucumbia encantada. Quando eu voltava a meu tino, já tinha feito. Depois que matei o primeiro dos homens que me agrediu eu não tive coragem de encarar os afetuosos olhos de Carlisle. Edward disse:

- Hábil assassina, natural como saciar a sede. A vingança me pareceu apetitosa através de seus olhos, Rosálie.

Acostumei-me muito rápido com a desumanidade do meu lado vampira e isso me assustava. Será que foi por isso que fui condenada a esta existência. Por que no fundo sempre fui selvagem e até certo ponto cruel?

Eu me dediquei a manter a dieta que Carlisle propôs, já tinha perdido minha honra, inocência e humanidade, o mínimo que podia fazer era provar algum valor reprimindo meu instinto mais óbvio: Sangue humano. Minha esperança era que isso me devolvesse o mínimo do “meu eu” que perdi ao ser transformada.

Era por isso que apesar de ter consciência da maldição de minha beleza eu continuava a alimentar meu lado narcisista. Quando humana eu vivia para ser linda, meu cotidiano se organizava em torno disso. Escovar os cabelos, ir à modista, ser vista na praça, passar cremes e perfumes, fazer inveja nas outras meninas. Além disso, todos os meus sonhos giravam em torno dela, eu me casaria com um homem atraído por minha beleza, teria filhos cujos genes manteriam a tradição de serem belos como todos da minha família.

Ser bela era preservar o mínimo da humanidade que me sobrou, não permitir que o monstro assumisse o controle de vez (já que ele era tão natural em mim).

Não sei o motivo, mas sempre senti a necessidade de agradar a minha família imortal, e isso inclui o Edward. Me lembro de seu asco pronunciando meu nome, sempre achei que foi por que ele me viu em estado tão impuro ao ser violada, mas descobri que era por que ele me achava mimada, fútil e superficial. Uma vez eu o ouvi dizer ao Carlisle (que me defendia em uma de nossas discussões):

- Por que não pode ler pensamentos. Ela é um lago raso, vive refletindo a si mesma. Eu sou bela, sou linda. Se ilude achando que ela pode ser madura e inteligente, mas não é. Ela não vai crescer, não quer enxergar que existe mais no mundo. Que pessoas sofrem e sofreram mais que ela.

Essa obsessão por vingança é uma meninice, parece uma menina que vai roubar a boneca da vizinha por que a pobre quebrou a dela. Ela é infantil e você apóia por culpa. E não devia se culpar, deu a ela o que mais desejava: Ser bonita e jovem para sempre.

Muitas vezes nem eu entendo meus pensamentos, mas diante disso resolvi não compartilhá-los com ele. Ele disse que é como uma sala cheia de gente falando então se concentra em um e ouve. Talvez em dois ou três, dada a nossa facilidade de ter várias linhas de pensamento. Se ao me ouvir só me visse me admirando, se cansaria e me deixaria de lado, não precisaria revelar meus temores, fragilidades. Na maioria das vezes dá certo, mas às vezes não consigo disfarçar o pensamento e ele vê. No fundo queria que ele tivesse algum apreço por mim, que pensasse diferente. Mas se eu mostrar tudo e ele se decepcionar mais? E se disser ao Carlisle que eu não valho a pena?

Agora, ao menos tenho a certeza que Esme me ama, e isso é um alívio. Ela afirma categoricamente que não é só culpa que Carlisle sente a me ver, que também me ama, talvez até o leitor de mentes sinta algum apreço por mim. Por isso tenho esperanças renovadas. Talvez me redescobrindo consiga recuperar algo que valha a pena, que ele admire. Talvez consiga fazer com que meu pai também se orgulhe de mim, como se orgulha deles.

Já está quase amanhecendo, creio que eles devem estar voltando. Vou descer para a porta, Emmet gosta quando o espero. Acertei! Já posso sentir o aroma reconfortante dele, também sinto o cheiro de Edward e Carlisle, mas quase não ouço o telepata (ele realmente é excelente corredor).

Eu sorri para ele, nada se compara a sensação de satisfação de tê-lo por perto, mas assim que Esme se desprendeu do abraço de Carlisle ela me roubou dele, dizendo que precisava me deixar linda.

Passei um dia de banhos e óleos enquanto sentia o ar se encher de uma fragrância floral, ela estava arrumando tudo. Tentei escapar e ver meu noivo, mas o irritante irmãozinho (que ganhei durante a noite) me delatava e ela vinha sorrindo me dizer:

- Não seja apressada, estou criando o clima. Normalmente os noivos não moram na mesma casa, e só se encontram na hora da cerimônia.

Durante a noite não pude perceber o quanto meu vestido era bonito, mas assim aberto sobre a cama me pareceu divino. Esme entrou no quarto, já arrumada e me disse:

- Agora é a sua vez!

Me lembrei dela dizer que ao se ver no espelho se achou “até linda”, na verdade ela é uma mulher deslumbrante. Ela usava um vestido verde com um tecido sem detalhes, acho que era seda chinesa. No colo pequenas pregas palito se encontravam vindas dos ombros e laterais formando um retorcido pouco abaixo dos seios, no meio deste um lindo broche de ouro branco e esmeraldas arrematava a peça. Após o detalhe ele descia fluído, mas não colado ao corpo dando apenas uma vaga nuance de suas formas curvas. O cabelo estava preso apenas na lateral por uma travessa que lembrava o broche, deixando-a muito diferente de seu visual cotidiano, ela estava absolutamente linda. Fiz menção de elogiá-la, mas ela começou a me vestir.

Senti a textura suave do tecido sobre minha pele, ela fechou os botões e sorriu com algum pensamento secreto. Depois me virou para ela e passou rouge em minhas bochechas, eu protestei. Não satisfeita, me obrigou a passar um batom rosado.

Depois me analisou e disse:

- O véu foi meu, é velho; a maquiagem é minha, então eu emprestei; aquilo é uma coisa nova. Mas e o azul?

Hum! Os sapatos são azuis, embaixo do tecido, mas azuis.

Ela sorriu, me olhando como se refletisse sobre algo e sem desviar o olhar anunciou que estávamos prontas. De repente todas as minhas certezas sumiram e deram lugar ao desespero, claro que ela sentiu. Como é valioso ter uma mãe nessas horas.

Ela fez um comentário irônico sobre Emmet estar suando, como se isso fosse possível para os vampiros. Depois ela brincou com a diferença entre o equilíbrio humano e o vampiresco. Eu ri, um sorriso nervoso.

Não pude deixar de pensar em meus pais biológicos, em tudo que eles fariam para estar hoje comigo. O fato de eles serem ambiciosos, não anula o afeto contido em cada gesto. Eles realmente me amavam e faziam tudo para que me sentisse especial.

Pensando bem, me preparar para um casamento milionário era a prova do quanto eles queriam meu bem, eles só associavam esta bem a estabilidade financeira. Ninguém que tivesse vivido no período da recessão poderia condená-los, o crash de 29 provou o quanto o dinheiro pode ser associado à felicidade em nossa cultura e neste país.

Pensei em como os olhos de meu pai brilhavam quando ele sonhava em me conduzir ao altar, por mais que tivesse afeto por Carlisle não podia deixar de sentir uma enorme tristeza. Ele certamente estaria com as mãos frias, tremeria um pouco, mas me pediria para ter calma, ele diria:

- Papai está aqui com você, meu anjinho! Como você está linda!

Lembrei-me agora das inúmeras vezes que obriguei meu irmão Richard Júnior a entrar na igreja com minhas bonecas (na brincadeira nossas filhas). Ele era apenas 18 meses mais novo que eu, já o pequeno Robert nasceu quando eu tinha 8 anos, ele ainda era um menino. Pensei que meus irmãos, estariam vestidos de fraque, Robert tentando impressionar o Rick e parecer mais velho enquanto meu maninho tentava seduzir as moçoilas da festa (Rick era meio gaanteador, dizia que queria apreciar a vida de solteiro ao máximo).

Deixei o mais doloroso para o final. Pensei em minha mãe, em como ela sonhava com meu casamento, nas inúmeras vezes em que detalhou o vestido e a cerimônia. Me senti culpada por estar feliz sem a presença dela, de ter feito o enxoval sem suas opiniões, de compartilhar com Esme minhas inseguranças, de não viver com ela meu último dia de solteira, de não ser ela conferindo os itens para a boa sorte de meu casamento. No fundo sinto como se traísse Violet, se desconsiderasse seus sonhos e pior, seu amor incondicional por mim.

Nesse contexto não considerava uma ingratidão desejar ser humana novamente, não consigo deixar de querer meu pai e minha mãe, meus irmãos, as pessoas com quem dividi toda a minha vida, que me deram à vida. E mais, desejar ter esta vida humana com o meu marido também.

Ainda não acho um disparate desejar um filho do Emmet, senti-lo mexer em meu ventre, amamentá-lo, acalentá-lo, contar histórias para ele dormir, cantar para ele.

Vejo claramente a imagem do menininho gorducho de cabelos pretos e sorriso de covinhas soltar seus dedinhos de minhas mãos e cambalear os primeiros passos em direção ao pai enternecido e orgulhoso. Posso ouvi-lo balbuciar mamã ou papá, enquanto estende os braços em nossa direção. Imagino mais, o Emmet ensinando-o a jogar bola, levando-o a escola e apresentando a ele sua irmãzinha no berçário do hospital. Posso me imaginar separando as brigas, costurando fantasias para o dia de ação de graças, comprando presentes de natal.

Vejo meu filho indo para a universidade, me apresentando suas namoradas e ajudando o pai a tomar conta da irmã.

Me vejo odiando minhas noras e fazendo o enxoval com minha filha. Preparando-a para as núpcias e vestindo-a em meu quarto. O Emmet conduzindo-a ao altar.

Mas olho novamente para Esme e sei que apesar de não ser possível isso acontecer, sou de alguma forma sortuda. Fico grata por ter uma família que me ame (mesmo que uma família de vampiros), uma mãe inesperada e certamente imerecida. Por saber que atrás da porta há um pai misericordiosos que consegue se sentir feliz por ser meu pai. Até pelo irmão irritante que irá graciosamente tocar para que eu entre e faz meu futuro marido muito feliz.

Acho que Esme não entendeu minha hesitação, ela me disse para ter coragem e no mesmo instante ouvimos as batidas na porta.

Carlisle entrou e ficou parado, pensei em minha maquiagem, eu devia estar ridícula. Num impulso repreendi Esme, ela apenas me sorriu. Ao me virar as mãos de meu pai prenderam meu rosto e ele disse que eu estava linda. Então ele me pediu perdão por me transformar, desejou que meu casamento fizesse com que o sacrifício valesse a pena e com os olhos carregados de sinceridade e afeto me disse:

- Seja muito feliz!

Esme pigarreou rompendo o clima sentimentalista da ocasião e fez gestos muito estranhos. Ele retirou do bolso uma caixinha azul de veludo e me entregou dizendo ser um presente dos dois (eu achei que fosse a casa), agora entendi por que ela disse:

- Aquilo é uma coisa nova.

E pela primeira vez percebi que o arrependimento pela minha transformação tomou a forma de um enorme fardo de culpa e remorso para ele, e que infelizmente ele o carregava através dos anos. Não era justo alguém tão misericordioso ser condenado a tão grande “via crucis”, precisa encontrar uma forma de libertá-lo disto. Possivelmente eu já estava chorando, ser noiva estava provocando reações muito estranhas em mim, já não me controlava.

Eu não gostava de ser tocada então resolvi que enfrentaria o desconforto para dar-lhe este gesto de afeto. Eu pedi para que ele colocasse os brincos, acho que os dois se surpreenderam, mas ele prontamente aceitou. Depois que ele terminou eu o abracei, talvez aquilo não fosse o suficiente. Resolvi verbalizar meus sentimentos e disse:

- Carlisle.

Mas pensei melhor e resolvi reconhecer sua evidente paternidade e completei:

- ou melhor, pai.

Me deu mais do que podia pedir: abrigo, compreensão (toquei os brincos lembrando das singelas palavras dele ao se desculpar pelo nervosismo de ser a primeira filha que ele casava) paternidade, afeto e agora um marido.

Depois que nos desvencilhamos, eu me cobri com o véu, virei para a porta e andei sem medo. Era a primeira vez que não sentia medo em muito tempo, voltei a ter pais e família, estava de fato segura. Mas ele me impediu e disse:

- Sabe Rose, o véu é a forma que os pais das noivas feias acharam para esconder as filhas e assim impedir que os noivos desistissem de casar antes de terminar a cerimônia. Já que os casamentos eram arranjados e os noivos só se conheciam na hora de tornarem cônjuges.

Só um louco deixaria de casar com você, creio que jamais um pai tenha conduzido uma noiva tão linda ao altar. Vamos fazer diferente, quero que todos admirem minha filha.

Não esperava aquelas palavras, eu me senti bem pelo fato de ser bonita novamente. Não havia o remorso de ser aquela a minha condenação, eu estava em paz por ser linda, podia ser “eu” novamente. Sem que o fato de me admirar fosse um aspecto monstruoso de minha personalidade. Além do mais, apesar dele já ter me chamado assim, a palavra filha adquiriu novo sentido para mim, era o estabelecimento de uma nova relação entre nós.

Ele retirou o véu do meu rosto e foi impossível conter o sorriso que brotou em meus lábios. Esme desceu em nossa frente e depois de um tempo ouvimos a marcha nupcial. Ele me fez perceber que Edward se esforçava em tocar para minha entrada, um tentativa de nos aproximar, eu suponho. E então ele surgiu em meu campo de visão, para ser sincera não sei ao certo o seu traje ou qualquer outro detalhe da decoração, eu me perdi no sorriso de covinhas e no brilho de seu olhar.

Eu me sentia caminhado para a felicidade, meus pés não vacilaram, nem mesmo a confiança que Esme imprimiu em mim vacilou. Enfim eu o alcancei, mas Carlisle rompeu a bolha de amor em que eu estava e desviou o meu olhar para ele. Ele nos abençoou e elogiou Emmet, depois fez uma brincadeira sobre colocá-lo de castigo.

O juiz de paz começou começando se era nosso desejo estar ali, ele não percebeu a ambigüidade destas palavras para mim.

Se desejava ser vampira? Não. Mas se imaginava minha existência sem Emmet? Menos ainda.

E agora olhando em volta, tampouco conseguia conceber um mundo onde não existissem a misericórdia e a sabedoria de Carlisle, o afeto e a gentileza de Esme, ou mesmo as implicâncias de Edward. Não existia a possibilidade de eu conseguir existir sem esta minha inusitada família.

Tudo parecia normal até ele pedir para que o noivo repetisse os votos e ele disse que tinha os seus próprios. Eu tremi, não era justo não havia me preparado. Emmet começou discursando sobre a sua “quase morte”, eu me assustei, mas seu semblante sereno me fez ter certeza que ele se lembrava que o juiz era humano.

Eu absorvia com veemência suas palavras tão cheias de ternura, ele descreveu suas perspectiva de seu “salvamento” e como me via. Me dizia as palavras que me libertavam da incerteza, ele não me amava pela minha beleza, mas por que eu era. Disse que eu era toda a sua vida.

O juiz me olhou e eu gaguejei, não sabia o que dizer, me lembrei de minha noite com Esme e em como as palavras fluíram quando permiti que ela conhecesse meus anseios, meus pensamentos mais íntimos. Então confessei:

- Emmet, você faz tudo valer a pena. Antes de você eu carregava uma dor profunda e cruel, eu me sentia perdida e infeliz.

Não foi você quem foi salvo naquele dia. Você é que me salvou, transformou minha triste existência em algo que valha a pena.

Eu sei que sou difícil e que dificulto as coisas, às vezes. Sei também que não te mereço, mas eu te amo.

Nunca disse nada com tanta verdade: Eu te amo.

Por isso prometo me esforçar para construir um casamento feliz e duradouro com você e te amar enquanto eu existir.

O juiz de paz disse algo sobre nós sermos muito realistas quanto ao casamento, herança singela de Carlisle para nós. E beijamos nossas alianças ao trocá-las. No fim havia um carro na entrada da casa e meu pai pediu para que nos sentássemos atrás, pois ala ia dirigir.

Eleazar brincou:

 - Carlisle, não banque o pai ciumento. O menino procedeu corretamente, se se opunha tinha que dizer antes do juiz declará-los casados. Não vai querer fazer parte da lua de mel não é?

Meu pai disse que ele poderia considerar a possibilidade e pediu para até ele nos acompanhar. Pensando agora eu até preferiria, seria uma forma singela de não vivenciar a temida noite de núpcias. Mas Esme surgiu para acabar com a brincadeira de Carlisle.

Ela se impôs:

- Deixe de fazer arrelias com os meninos, amor. É claro que não vamos, hoje ficarão na casa de campo de Tânia. Os Denali a cederam gentilmente. Obrigado!

Ela disse se virando para nossos parentes mais próximos (era assim que Carlisle os considerava). Então nos instruiu:

Amanhã, devem ir à Vancouver e pagar a Balsa para os Estados Unidos, seu irmão estará lá para pegar o carro. Ao chegarem lá sigam em direção á Port Angeles e depois procurem por uma cidade recém criada chamada Forks. Nos arredores da cidade há uma pequena casa para vocês começarem a vida. Boa Sorte!

Todos nos abraçaram e entramos no carro, mas foi Emmet quem conduziu. E eu me preparava para o começo de minha nova vida. Tomara que não seja esse o meu fim. 

 


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo, veremos como a primeira casa foi destruída.
Ódio ou paixão?