POV LOGAN

Acordei, mas uma vez os sonhos vieram na minha cabeça e com eles uma crise de asma também veio de brinde, poucas pessoas sabiam que eu tinha essa doença, confesso que por muito tempo senti vergonha da mesma afinal era a única coisa que mostrava realmente que minha vida não é aquilo no qual eu sempre achei. Quando levantei da cama avistei a porta do banheiro trancado, com certeza Alex já tinha ido tomar banho. Fiquei pensando um pouco quando ela me tirou dos meus pensamentos.

- Tudo bem ? – perguntou ela sorrindo ternamente.

- Sim, vou tomar banho – eu falei isso e a mesma apenas assentiu brevemente e ao contrario dela em menos de dez minutos já tinha tomado banho, gostava da agua me fazia pensar nas coisas porem naquele momento não queria pensar muito.

Quando voltei Alexia estava penteando o cabelo ela me olhou e sorriu e eu apenas, retribui, não sabia o que sentia de verdade pela mesma, mas tinha a certeza era muito forte.

- Vamos ao quarto deles ? – ela me perguntou.

- Mas como iremos entrar, quero dizer não temos a chave – eu falei não entendendo.

- Fica frio que eu resolvo – a mesma deu uma piscadela e saímos indo em direção ao quarto onde eles estavam.

Chegando nele vimos uma camareira passando pelo corredor com vários cartões para abrir a porta, não sei o que Alexia fez, creio eu que manipulou a nevoa, pois no minuto seguinte a camareira saiu deixando cair todos os cartões.

- Como fez isso ? – perguntei.

- Sebastian não é o único que tem seus truques – sorriu – ele me ensinou a manipular a nevoa como ele – ela sorriu e dessa vez fechei a cara, confesso estava morto de ciúmes, mas parece que ela não percebeu isso, pois estava concentrada de mais tentando achar um cartão que abrisse a porta.

Quando finalmente conseguimos avistar um cartão que pegasse, vimos uma cena do tipo só acredita vendo, Sebastian e a minha irmã estavam dormindo juntinhos ela estava com a cabeça no ombro do mesmo enquanto ele estava com suas mãos ao redor do pescoço da mesma, em outro momento aquilo teria sido hilário, mas precisávamos acorda-los.

- Maninha – eu sussurrei – acorda – passei a mão em volta da maça do rosto da mesma sabia que ela acordava assim.

- O que foi ? – ela resmungou de olhos fechados.

- A noite foi boa ontem ? – Alex perguntou rindo ao notar Sebastian sem camisa.

- Do que você ta falando ? – disse para logo depois abrir os olhos e ver com que ela estava dormindo, não foi preciso de muito e a mesma deu um grito quase matando um, leia-se Sebastian, depois dando um tapa no mesmo.

- O que aconteceu ? – acordou Sebastian assustado.

- Eu é que pergunto, o que faz na cama comigo ? – minha irmã falou.

- Dormindo obvio – ele respondeu como se fosse o obvio.

- Te disse que era para dormir no chão.

- Mas eu senti dor na coluna e decidi vir aqui para dormir.

- Velho – resmungou Miranda.

- Fresca – retrucou Sebastian.

- Gente não quero estragar o joguinho de vocês, mas esta tarde precisamos ir – Alex começou.

- Tem razão – ele concordou olhando para o relógio e saindo da cama.

Pude notar os olhares de Miranda e Alexia perante o corpo do mesmo e logo depois virando de volta em direção ao nada, quando repararam que eu estava as mirrando.

Estávamos saindo do hotel quando Sebastian falou.

- Gente, vocês estão ouvindo isso ? – ele perguntou.

- Não – respondemos.

- Eu vou ver isso, Alex vem comigo ?

- Não – eu respondi – Miranda vai com ele eu vou por aqui – disse indo para o outro lado do beco onde estávamos.

- Por que eu tenho que ir com ele ? – ela falou com desdém.

- Sou um dia mais velho que você e eu mando – sorri, a mesma odiava quando lembrava isso a ela.

Vi ela bufar de raiva enquanto ia em direção a Sebastian que já andava.

- Eu acho que este garoto esta pirando – disse ao constatar que não tinha ninguém.

- Não contaria com isso – ela falou e no mesmo instante apareceu um cão infernal.

O cão infernal parecia muito nervoso, tentávamos a todo custo mata-lo, porem não conseguíamos nem feri-lo, como se o objetivo não fosse bem mata-lo.

POV MIRANDA

Andávamos por alguns minutos e eu já me encontava impaciente.

- Para onde estamos indo ? – perguntei

- Não sei – ele respondeu.

- Então por que estamos indo por aqui ? – franzi o cenho sarcasticamente.

- Porque papai noel quer – ele ironizou.

- Cabron idiota – eu bufei.

- Rosadinha mimada – disse.

- Vem ca por que você não para de me chamar de rosada ? – eu protestei.

- E por que você não para de me chamar de Cabron ? – ele também protestou.

Teria dito algo se mais uma vez não fossemos interrompidos por monstros, dez deles, para ser mais exata.

- Como iremos destruir eles ? – perguntei nervosa.

- Calma, eu tenho a solução, mas para isso você devera confiar em mim, confia ? – me perguntou olhando bem nos meus olhos, o olhar dele estava determinado e só aquilo me fez ter certeza do que responder.

- Tudo bem eu confio em você – falei convicta olhando fundo nos olhos azuis do mesmo.

No mesmo instante Sebastian saiu correndo, droga ele fugiu eu pensei já com raiva. Comecei a lutar contra os monstros que viam em minha direção, por sorte conseguia me virar porem aos poucos não tinha mais forças, estava ficando sem esperanças quando monstros fantasmas apareceram para me ajudar do alto do beco pude ver Sebastian, seus olhos agora estavam de um azul vivo.

- Rápido Miranda, faça um furacão – ele estava louco ? Como faria isso, tudo bem sabia que como herdeira do meu avo poderia fazer isso, porem não sabia como, então rezei para o meu avo me ajudar e não demorou muito para quem um poder chegasse sobre mim e me ajudasse a fazer um furacão.

Logo Sebastian desceu de onde estava e começou a criar uma corrente elétrica e jogou em cima do meu furacão, logo um imenso furacão elétrico foi direto para o restante dos monstros acabando de vez com eles.

- Conseguimos – eu disse me ajoelhando impressionada.

- É graças ao trabalho em equipe – ele sorriu e eu apenas assenti.

Por um momento estávamos parecendo dois amigos, por um momento eu pensei que talvez conseguiríamos ser amigos ?  Mas logo isso tudo saiu da minha mente.

- Mas aonde você tava ? Eu quase morri – meu sorriso se desfez e voltei a ficar irritada.

- Eu fui te ajudar, tinha que ter algo para distrair os monstros – protestou.

- A claro e eu fui à cobaia – ironizei.

- Garota, você não tem jeito – grunhiu irritado.

Ele falou isso e logo depois me puxou para mais perto de mim, ficamos a milímetros de distancia.

- O que você pensa que esta fazendo seu idiota ? – falei nervosa com a aproximação.

- Aquilo que eu deveria ter feito desde o momento que eu te vi – falou isso para logo depois me beijar.

Não acreditei naquilo que ele fez de inicio protestei, mas aos poucos ao ver que não tinha jeito correspondi ao beijo sem pensar em mais nada, passei os braços pelo pescoço do mesmo que segurava meu rosto de uma forma delicada. Beijava o mesmo com intensidade, pois de cera forma aquela seria a primeira e única vez que isso aconteceria, na minha cabeça.