You Have Me escrita por Nyh_Cah


Capítulo 76
Trying a Second Chance




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Esme

Depois da visita surpresa da assistente social, as coisas acalmaram e o processo de adoção ficou já meio encaminhado. Sabia que ainda tínhamos um longo caminho a percorrer, visto que este tipo de processo era sempre longo, mas o facto de tudo se estar a encaminhar e a correr bem dava-me esperanças. Além de toda gente dizer que de certeza que ia receber a autorização de adoção da Alice, eu tinha medo que isso não acontecesse. E depois ficava a pensar do que seria da Alice se não pudesse ficar connosco, o que lhe aconteceria? O que aconteceria a mim? Ela já era minha filha, já estava cravada no meu coração e nada a podia tirar de lá. O que me aconteceria se ela fosse tirada de mim? Não sei, mas não queria pensar nisso. Queria viver o presente e pensar que ela se encontrava ao nosso lado e feliz.

– Mãe, vamos sair! Vamos para a praia! – Disse a Rose entusiasmada, interrompendo os meus pensamentos.

– Está bem, querida! Tenham cuidado, sim?

– Sim, mãe. Nós temos sempre cuidado! – Respondeu ela dando-me um beijo na bochecha de seguida. – Voltamos à tarde.

– Divirtam-se!

– Sim, mãe! – Disse ela saindo da cozinha a correr. Sorri ao pensar que a minha menina já ia para a universidade, este ano. Ia sair de casa. Sabia que me ia custar imenso, mas também sabia que tinha que ser. Ela estava a tornar-se uma adulta e tinha que começar a criar mais independência. Acalmava o meu coração saber que ela ia com o Emmett e não sozinha, deixava-me mais segura.

–Até logo, mãe! – Disse a Alice interrompendo os meus pensamentos. Sorri ternamente para ela e ela beijou-me a bochecha e sorriu também.

– Tem cuidado na água, está bem, querida? – Pedi preocupada. Eu sabia que a Alice não sabia nadar e não se sentia muito confiante dentro de água por isso tinha sempre medo que algo lhe acontecesse.

– Sim, eu tenho! Mas nem devo entrar dentro de água, muito fria para mim! – Disse ela sorrindo.

– Está bem. – Disse rindo um pouco. Ela era tão friorenta, nem a água da piscina aqui de casa aguentava.

– Tens a certeza que não queres vir connosco? – Perguntou pela quarta vez hoje.

– Sim, querida tenho. O Carlisle vem depois de almoço do hospital. – Respondi-lhe.

– Mas assim ficas o resto da manhã sozinha.

– Eu não me importo, querida! Vai lá, eles já devem estar à tua espera. – Disse beijando a bochecha dela de seguida. Ela abraçou-me e depois saiu da cozinha em direcção ao carro para ir para a praia.

Acabei de tomar o meu pequeno-almoço e depois fui para o escritório adiantar um projecto que tinha em mãos. Eu adorava o meu emprego e poder trabalhar em casa era perfeito para mim, uma vez que também adorava estar em casa com a minha família. Embrenhei-me tanto no trabalho que quando tocaram à campainha assustei-me um pouco. Não estava à espera de ninguém hoje. Deixei o trabalho de lado e fui em direcção à porta. Voltaram a tocar como se estivessem apressados e corri um pouco para não deixar a pessoa mais à espera. Abri a porta e quando percebi quem estava do outro lado, fiquei demasiado surpresa para dizer alguma coisa.

– Posso entrar, filha? – Perguntou o meu pai. Ele estava do outro lado da porta, com uma pequena mala ao lado dele. O que é que ele estava aqui a fazer?

– Pai? – Perguntei ainda surpreendida. – O que é que estás aqui a fazer?

– Não posso vir visitar a minha filha? – Perguntou como nada se tivesse passado na última vez que ele esteve aqui em casa.

– Como é que tens a lata de fazer o que fizeste e chegares agora aqui como nada se tivesse passado, pai? Tu magoaste-me, a mim e a um do meus filhos! Tu sabes que os meus filhos são tudo para mim. – Disse num tom um pouco elevado. – E sim, a Alice é minha filha, digas o que disseres. – Disse de seguida quando percebi que ele ia dizer alguma coisa.

– Eu não ia dizer que ela não o era! – Conseguiu ele dizer. – Eu ia dizer que eu sei que errei e sei que não fui o melhor pai nesse momento, devia ter-te apoiado. – Disse ele, entrando dentro de casa visto que ainda estava na rua.

– Nesse momento, pai? Tu nunca aceitaste nada do que eu escolhi para mim de boa vontade! – Disse fechando a porta atrás dele. – Não aceitaste quando decidi casar com o Carl, não achaste que fiz bem quando engravidei pela primeira vez, não achaste bem ter um segundo filho e quando engravidei a terceira vez ficaste realmente furioso. O meu marido e os meus filhos são as pessoas mais importantes na minha vida, pai e tu nunca aceitaste a chegada de nenhum com boa vontade. Achavas sempre que estava a cometer um erro.

– Eu sei, Esme! Eu fui realmente um péssimo pai para ti nestes últimos anos. Não fui um pai presente e quando aparecia, apenas criticava o que tinhas escolhido para ti e para a tua vida. – Disse ele. – Eu devia ter-te apoiado, mas tinha medo que tivesses a cometer um erro.

– Pai, não me podes proteger para sempre, se eu cometesse um erro eventualmente perceberia e corrigiria o erro, mas nada que diz respeito à minha família é um erro. Eles são o mais importante que tenho e não me arrependo em nada de todas as decisões que tomei para estar aqui e agora com eles.

– Eu percebo isso, Esme, eu agora percebo. Desculpa por ter sido um pai terrível estes anos todos. Estou mesmo arrependido, Esme. Verdadeiramente. – Disse ele.

– Pai, eu desculpo, eu nunca estive chateada contigo, eu ficava magoada porque o meu pai não aceitava o facto de eu estar feliz com as minhas escolhas, apenas isso. Eu queria que tu tivesses acompanhado todas as vezes que fiquei grávida, em vez de só teres conhecido e aceitado todos os teus netos quando eles tinham cerca de um ano. Queria que tivesses ido ao meu casamento de livre vontade e feliz por a tua filha se estar a casar com o homem que ama e não que tivesses ido como uma obrigação. Queria que tivesses aceitado a profissão que escolhi para mim, porque é algo que eu amo fazer e sou boa nisso.

– Eu sei, querida. Desculpa por isso, tudo! Se eu pudesse voltar com o tempo atrás eu voltaria, juro. – Disse ele chegando-se ao pé de mim e acariciando a minha bochecha. – Tu cresceste e tornaste-te numa mulher tão bonita, numa mulher tão forte! – Admirou ele fazendo os meus olhos lacrimejar, o que fez com que ele me abraçasse. – Tal como os teus filhos são tudo para ti, tu és tudo para mim, Esme. Amo-te tanto, filha! – Disse ele ao meu ouvido, fazendo-me lacrimejar ainda mais.

– Também te amo, pai! – Disse-lhe abraçando-o com mais força. – Mas pai, quero que faças uma coisa.

– O quê? – Perguntou intrigado.

– Bem, quero que peças desculpas à Alice. Ela sofreu bastante com o facto de tu não a aceitares e muito mais por teres deixado de me falar devido à adoção dela. Ela ficou a pensar que a culpa era toda dela e até quis voltar para a instituição só para voltares a falar comigo. – Expliquei-lhe. – Não te vou dizer que vai ser fácil, ela não gosta especialmente de ti, mas tenta! Vais ver que ela é uma rapariga com um coração enorme.

– Está bem, filha, eu prometo que vou tentar, não fui o mais correto com ela, principalmente sobre a relação dela com o Jasper.

– Sim, pai, não foste. Eles amam-se muito, é lindo vê-los juntos, vais ver isso.

– Está bem, mas onde é que estão todos? – Perguntou.

– Os teus netos foram para a praia e o Carl está a fazer o turno da manhã, vem à hora de almoço. – Respondi.

– Está bem. – Disse ele. – Onde posso deixar as minhas coisas? – Perguntou.

– Anda, que digo o quarto onde vais dormir. – Disse-lhe dirigindo-me às escadas.

Subimos os dois e fomos em direcção ao quarto de hóspedes, que era onde ele iria ficar. Ajudei-o a arrumar as roupas dele e depois descemos e fomos em direcção à cozinha para eu fazer alguma coisa para almoçarmos, o Carlisle também deveria estar quase a chegar. O meu pai ficou a fazer-me companhia e íamos conversando enquanto eu fazia a comida. Como ele já não trabalhava, viajava regularmente, uma vez que tinha posses para isso e esteve a contar-me por onde tinha andado estes meses. Quando estava quase a acabar o jantar, o Carlisle acabou por chegar. Percebi que ele ficou surpreendido por ver o meu pai aqui, mas tratou de disfarçar e cumprimenta-lo. Depois de termos almoçado todos juntos, arrumei a cozinha e fui para o escritório trabalhar, tinha um prazo de entrega para acabar este projecto. O Carlisle foi descansar um pouco para o quarto e o meu pai ficou na sala a ler e a ver televisão. Mal dei pelas horas passaram e quando dei por mim, eram seis da tarde e os meus filhos estavam a chegar a casa. Saí do escritório e fui até à sala ter com eles. Quando lá cheguei percebi logo que a Alice se encontrava assustada com o facto do meu pai se encontrar aqui. O Edward, o Jasper e a Rose foram cumprimentar o avô e a Alice passou por mim apressada e subiu as escadas. Isto não seria fácil! A Alice era frágil, não sabia se ela iria deixar que o meu pai se aproximasse dela para lhe pedir desculpas. Ele magoou –a bastante da última vez. Depois de terem cumprimentado o avô, foram para cima para tomarem banho e o meu pai veio ter comigo.

– Vai ser difícil, pai! – Disse sabendo no que ele estava a pensar. – Ela não sabe que mudaste, tanta gente já a enganou, a deixou e não a aceitou, tens de perceber isso.

– Eu sei, pensava que seria mais fácil, mas agora deparando-me com a situação não sei o que hei-de fazer.

– Tem paciência, aos poucos ela vai deixar-te aproximar, quando começar a perceber que mudaste. – Disse-lhe. Ele voltou para sala e eu fui em direcção da cozinha para começar a fazer o jantar.


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Notas finais do capítulo

i'm so sorry guys! desculpem mesmo! eu era para postar nas minhas férias mas não consegui, foram meio atribuladas e depois voltei para a faculdade e fiquei sem tempo, tive que escrever no pouco tempo livre que tinha, mas bem, aqui está um novo capitulo, vou tentar postar mais rápido da proxima vez, eu sei que digo sempre isto mas vou esforço me mesmo! :p Espero que não desistam de comentar, fico à espera dos vossos comentários, sim?
Beijinhos
S2



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