You Have Me escrita por Nyh_Cah


Capítulo 46
Maternal Instinct




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/120457/chapter/46

Esme
Eu já não aguentava mais esperar em casa pela Alice. Eu estava angustiada, e isso estava a torturar-me por dentro. Eu sabia que nada estava bem com ela. Que ela precisava de alguém para falar, de alguém para se apoiar. Eu já não conseguia estar parada, já tinha tentado adiantar um projecto, para me distrair, mas não resultou. Nada estava a sair bem, por isso, desisti. Sentei-me na sala um pouco para ver se o tempo passava. Mas não. Os minutos pareciam horas. A angústia era cada vez maior e a necessidade de estar com a Alice sabendo que ela não estava bem, só aumentava com o passar do tempo. Eu estava a andar de um lado para o outro há algum tempo. Eu tinha que fazer alguma coisa, não podia ficar aqui à espera que ela aparecesse. E se ela não aparecesse? Se ela não voltasse? Eu quero-a de volta, eu amo-a tanto. Olhei para as escadas, quando ouvi passos. O Edward estava a desce-las. Eu estava tão decepcionada com ele. Eu nunca pensei que ele visse a Alice daquela maneira, sempre pensei que ele ia compreender o que ela fez, mas não, enganei-me. Ele olhou para mim com um olhar triste. Eu sabia que ele estava arrependido. Olhei outra vez para o relógio. Oito e meia da noite. Já fazia horas que a Alice tinha saído de casa. Horas, e nada de ela aparecer. Onde ela estaria? Não havia lugar nenhum em que ela se pudesse sentir bem, reconfortada. A não ser…
– Carl? – Chamei-o, indo para o pé dele que se encontrava no sofá.
– Sim, querida? – Perguntou ele. Ele também estava preocupado. Era visível, isso, no seu rosto.
– Em que cemitério é que o irmão da Alice foi enterrado? – Perguntei. Ele olhou para mim confuso com a minha pergunta. – No cemitério aqui de Forks. – Respondeu ele ainda aparentando confusão.
Será que ela estaria lá? Acho que desde que ele morreu, ela nunca foi lá. Algo me dizia que sim, que ela estava lá. Eu tinha de tentar. Eu sabia que era um tiro no escuro, mas eu tinha que tentar. Era a minha única hipótese.
– Vou atrás da Alice. – Disse decidida. Eu sabia que o Carlisle tinha que ir para o hospital. Ele já estava atrasado, ele continuava sentado no sofá o máximo de tempo que podia para ver se a Alice aparecia. – Edward, vem comigo. – Pedi.
– O quê? – Gritou o Jasper, mas baixou logo o tom assim que viu o meu olhar repreensor. - Porquê o Edward, mãe? Ele deve ser a última pessoa que a Alice quer ver agora. Deixa-me ir ou deixa ir a Rose. – Disse o Jasper zangado. Eu sabia que ele teria uma reacção como esta, mas precisamente por a Alice não querer ver o Edward à frente é que eu queria que a Rose e o Jasper ficassem em casa, no caso de ela voltar.
– Por isso mesmo, Jasper. Eu não tenho a certeza onde ela está, vou testar uma hipótese, mas se ela voltar enquanto eu não estiver aqui, eu quero que pelo menos ela vos tenha para a apararem. Ela vai estar mal e se só estiver o Edward em casa vai ser pior. – Expliquei. Eu via nos olhos da Rose e do Jasper a vontade de virem comigo. Eu sabia como a Alice era importante na vida deles, tal como ela era na minha.
– Mas, mãe… - Começou a Rose a retrucar comigo.
– Querida, eu sei o quanto queres vir, mas eu preciso de vocês aqui no caso de ela voltar. Está bem? Compreende isso, querida.
– Eu compreendo, mãe. Mas sinto-me tão impotente, aqui em casa, sem fazer nada. É como se eu não estivesse a fazer nada para a trazer de volta, como se eu não me importasse. – Explicou ela.
– Eu sei, querida. Mas agora, tens de ficar. Se ela voltar, ela vai precisar de ti aqui e não na rua. E de ti também, Jasper. Ela vai precisar dos dois aqui, se voltar enquanto eu for procurá-la. Está bem? – Eles apenas assentiram com a cabeça. – Querido, e tu tens de ir trabalhar. Já estás atrasado. – Disse para ele. Ele olhou para mim relutante. Ele também queria vir, eu sabia. – Se eu precisar de algo, ligo-te. Está bem?
– Ligas mesmo. É só ligares-me que eu venho a correr. – Disse ele levantando-se do sofá para ir buscar as coisas para ir trabalhar.
– Anda, Edward. – Chamei-o. Fomos os dois até à garagem e sentei-me no banco ao lado do condutor. O Edward entrou no lado do condutor e ligou o carro, saindo da garagem de seguida.
– Mãe, desculpa, a sério…
– Edward, agora não é o momento. Leva-me para o cemitério de Forks, está bem? – Perguntei. Eu sabia que ele se ia desculpar, mas havia tempo para isso depois. Agora, a prioridade era a Alice. Nós precisávamos de encontrá-la. Ele não disse mais nada, apenas conduziu até ao cemitério. O percurso não demorou mais do que dez minutos. Ele estacionou o carro no parque que havia do lado de fora e saímos os dois do carro.
– Edward, vou procurar pela lápide do irmão da Alice. Fica perto de mim mas se ela estiver lá não te aproximes. Mantêm-te afastado. Não sei como é que ela irá reagir se te vir. Eu quero que ela volte para casa connosco. – Disse-lhe. Ele assentiu. Percebi que ele tinha um olhar magoado. Sabia que ele estava a sofrer, por ter feito isto com a Alice. Ele era um bom rapaz e não gostava de magoar as pessoas. Andei pelo meio das lápides e olhava os nomes para ver se era o do Sean. O cemitério era grande, por isso, tinha muito sítio em que a lápide poderia estar. Não desisti. Enquanto eu não encontrasse a lápide dele, eu não saía do cemitério. Reparei que o Edward também andava à procura mas de uma maneira mais discreta. Sorri instantaneamente, quando vi que a Alice estava deitada ao lado do túmulo do Sean. Sabia que ela estaria aqui e isto fez-me ver que eu já estava ligada à Alice. Eu amava-a como amava um filho meu, mas agora, sabia que havia aquela ligação materna, aquele instinto materno que me avisava sobre o que se passava com os meus filhos. Sentia-me mãe dela, sentia-a como minha filha, tal e qual como acontecia com a Rose. Aproximei-me aos pouco para não a assustar. Reparei que o Edward fez o que lhe pedi. Assim que ele percebeu que a Alice estava ali, afastou-se um pouco para ela não o conseguir ver. Assim que vi o estado em que ela estava, o meu sorriso desapareceu tão instantaneamente como tinha aparecido. Ela estava deitada na relva ao lado do túmulo do irmão de olhos fechados. As lágrimas deixaram rastos bem visíveis nas suas bochechas e ela estava em posição fetal e encolhida como se estivesse a proteger-se de algo. Sentei-me ao lado dela calmamente. Eu tinha uma vontade enorme de aconchegá-la no meu peito e fazer como que a dor dela desaparecesse, mas eu não sabia como agir, não sabia o que fazer. Também não sabia como ela iria reagir. Não sabia se ela iria rejeitar o meu abraço. Sinceramente, tinha medo que isso acontecesse. Eu queria que a Alice me visse como uma mãe ou pelo menos como um apoio, um porto de abrigo e sabia que se ela rejeitasse a minha ajuda, eu iria ficar muito triste. A primeira impressão que tive, é que ela tinha adormecido, ali devido ao cansaço emocional mas estava enganada. Assim que me sentei no chão, ela abriu os olhos com o barulho. Ela olhou esperançosa para mim mas numa fracção de segundos os olhos dela perderam a esperança e a única coisa que eu via, era decepção.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oláa! :$ Sei que estou muito atrasada com as postagens de capitulo e sinto mesmoo muito por isso! Eu queria postar a tempo e horas só que não conseguia escrever nada. Estava sem imaginação! :$ Por isso, quero agradecer muitoo, mas mesmo muitoo, à Mamita que me ajudou! (: Muito obrigaga, ok?
Espero que tenham gostado do capitulo, o que acham que vai acontecer a seguir? Espero os vossos comentários e recomendações *.*
Beijinhos
S2